terça-feira, 29 de setembro de 2009

APARÊNCIAS OFUSCANDO A VERDADE

Texto do Tenente do Exército Coronel Pimentel, que está na Escola de Estado-Maior em Honduras. Pimentel é irmão do Capitão Nascimento que inspirou o filme "Tropa de Elite". Trabalhava em Honduras quando Zelaya foi apeado do poder. Segundo Pimentel, está na Constituição de Honduras que a reeleição é vedada e que quem tentar instaurá-la será considerado "traidor da pátria" e deve ser destituido. A destituição de Zelaya foi decidia pela Suprema Corte do país e referendada pelo Congresso Nacional por uma votação de 123 votos contra apenas 5 votos. Segundo Paulo Pimentel, Zelaya liderou uma multidão na invasão de instalações da Força Aérea onde estavam urnas para o plebiscito que decidiria sua reeleição. As urnas vinham da Venezuela mandadas por Hugo Cháves. Uma graça esses bolivarianos. E falam em democracia.

Como diria o saudoso Tarso de Castro: - Meus sais, por favor!

Zelaya e o padrinho Cháves

1. Introdução

A imagem de militares invadindo a casa de um presidente legitimamente eleito, sua detenção e imediata expulsão do país, reveste-se de todos os ingredientes de algo que, hoje em dia, causa forte repugnância na comunidade internacional. Difícil de explicar, quase impossível de justificar.

O quadro de um golpe de Estado patrocinado por militares está tão bem pintado, e reflete tão claramente, que se torna desnecessário, para muitos, fazer um esforço em ver a cena de outro ponto de vista, o que ofusca a verdade. Em nome dela, e por acreditar que realmente nem sempre os fatos falam por si mesmos, vou me atrever a mostrar esta mesma imagem desde outro ângulo.

Definitivamente, o que aconteceu em Honduras (e segue acontecendo) não guarda relação com o que se noticia na imprensa internacional. Se realmente conceitos tais como autodeterminação dos povos e soberania têm algum significado - e estão acima do pragmatismo que rege a relação entre os Estados - talvez valesse a pena o esforço em enxergar a cena descrita no primeiro parágrafo sob a ótica dos demais poderes do Estado de Honduras, de sua Constituição e, principalmente, da grande maioria do seu povo. Leia a análise completa aqui.

Um comentário:

  1. Enquanto houver liberdade e autodeterminação dos povos a constituição de Honduras deve ser respeitada.

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