domingo, 31 de janeiro de 2010

Coincidências

Sempre que viajo acabo encontrando pessoas conhecidas. Tipo, certa vez em Salvador em um bar no Pelourinho estava com a familia e de repente o músico, que começava a tocar naquele momento, disse:
- Gostaria de dedicar esta música ao amigo Canga que está paseando por Salvador com a família.
Bem, lembrei na hora do amigo que havia conhecido há uns 10 anos em Porto Alegre. Coincidências.

Noutra feita, em Búzios, entrava em uma cafeteria com minha família e de repente escutamos:
- Mirá, el hijo del guarda Rubim!
Era um amigo de Montevidéu que conheceu meu pai - guarda aduaneiro em Quaraí - quando descia à fronteira para buscar erva-mate, fumo (de corda) cachaça e feijão. Coincidências.

Outra vez em Montevidéu, saindo da Ciudad Vieja, na esquina da 18 de julho com Andes parei em uma banca onde se vendiam cuias de chimarrão e alpargatas. Perguntei o preço e o dono da bnc me olha e diz:
- Sos el Canga, no?

Era el Negro Poli, amigo que não via há mais de 30 anos. Me abrigou em seu apartamento, Calle Democracia, por uma semana quando voltava de "missão política" em Buenos Aires. Coincidências.

Ontem dei uma banda pela noite de Nizza. Saí com endereço certo. Bar Havana. Uma casa estilizada, decoração kitche com direito a enormes palmeiras de plástico, sacos de Café du Brésil e fotos de cubanos cortando cana. Tava lotado.
Pedi uma cerveja "na pressão" e fiquei observando aquele povo tentando bailar como latinos. Um sarro!
Acabou a música lá pelas 2 da manhã, aqui os bares fecham às 2:30hs. Uma merda! Puxei assunto com o baixista da banda "cubana", o Alan, francês. Dois minutos de conversa e ele me disse que iria conhecer o Brasil. Partiria segunda-feira para, divinhem onde?
Florianópolis!!!!!!
Coincidiências.

Nei Duclós disse...

Canga, são anjos. Eles te aparecem em forma de um amigo perdido, alguém que conheceu teu pai, um conhecido que jamais te esqueceu. Uma vez, pegando carona de volta a Porto Alegre, fomos abandonados no ermo de uma estrada que escurecia. Não havia nada por perto, nenhuma luz, casa, fazenda, apenas a carretera, lúgubre, se misturando ao campo ao redor. De repente,passa um carro a toda. Ele anda mais uns duzentos metros, pára e dá meia volta. Pensei: É agora, vão nos pegar. Pensei no pior.

De dentro do carro, agarrado ao volante, uma voz gritou:
- Ei, teu irmão não estuda lá na Engenharia ?
A súbita aparição era o famosos Chinês (que, se não me engano, era coreano), colega do meu irmão mais velho. Entramos todos no carro e fomos confortavelmente para nosso destino.

Te falo, são anjos. Eles te abrigam no momento em que estás envolvido numa aventura complicada. E te reconhecem, quando ninguém ao redor sabe quem tu és. Nesse momento, emerges da tua solidão anônima e ganhas forma no universo hostil.

Coincidência? Nada. Veja como eles desaparecem como surgem. Nunca mais vi o Chinês. Mas nunca me esqueci que foi ele quem me arrancou dos braços de uma assombração.

Zainer deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coincidências": ...fui as lágrimas com o comentário do Nei, já encontrei "vários" por este Brazilzão de Deus....pô!

Amilton Alexandre deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coincidências": Puxa Canga. Então o meu ex- Bar Havana era melhor que o similar francês?
Curta bem essa viagem
Musca

DIÁRIO DA PROVYNCIA III



CÍNICO, CÉTICO E EFICIENTE!

Por Olsen Jr.

olsenjr@matrix.com.br


Foi somente depois que o carro passou sobre a água empossada num desvão (de um trabalho mal feito anteriormente) nas lajotas oitavadas da Avenida das Rendeiras, pulverizando com água barrenta uma família inteira que caminhava no passeio em frente é que me dei conta: tínhamos de ser muito otimistas para acreditar que havia alguma esperança para o ser humano.

O veículo trafegava com o dobro da velocidade permitida naquele trajeto no bairro boêmio da Lagoa da Conceição. Compreende-se que as pessoas de férias possam distrair-se com o ambiente enquanto passeiam, mas é injustificável que um motorista não tenha a dimensão de uma atitude imprudente. Seja pelo excesso de velocidade ou pela visão embotada do percurso. O que é pior, que encare ambas com naturalidade como se estivessem incorporadas ao “seu fazer” e até, a danação, que sequer tenha consciência da imperícia e da infração cometida.

Sei! Alguém pode lembrar que uma ação isolada não serve de parâmetro para avalizar um comportamento humano. De tanto observar atitudes desrespeitosas como essa, me tornei um cético. Então, resta o quê?

Lembrei de um texto do Paulo Fancis na Folha, década de 1970 “Resta o consolo do trabalho. São Paulo estava errado e São João certo. A salvação é pelas obras e não pela fé. Esta matamos há muito tempo”.

Parte do meu aprendizado foi aperfeiçoada num texto do mesmo Paulo Francis (já que mencionei o trabalho) comentando o filme “Mississippi em Chamas”, de Alan Parker e a atuação de Gene Hackman.

O filme é baseado no assassinato em 1964, de três ativistas dos direitos civis no sul segregacionista dos EUA. O foco está na investigação de dois agentes do FBI, o sulista Rupert Anderson (Gene Hackman) e o nortista Alan Ward (William Defoe) e os métodos de cada um para chegar a verdade: o primeiro com suavidade e o segundo agressivo. No fim triunfa a astúcia do primeiro e a perseverança do segundo. Em 2005, um ex-integrante da Ku-Kux-Klan, Edgar Ray Killen, então com 80 anos, foi condenado a 60 anos de prisão pela morte dos ativistas no qual o filme se baseou, corroborando a tese de seu diretor, que acreditava que um filme pode ter funções políticas.

Francis ressaltava que a atuação de Gene Hackman era a expressão pura do que o crítico Edmund Wilson chama de Jobbism num ensaio em afirmava que “só nos resta neste mundo corrupto fazer nosso trabalho bem feito, sem tomar conhecimento de causas e pretensões iluministas”.

No filme, as pessoas se recusam a falar. Quem diz alguma coisa é espancada. Lá como aqui, uma realidade que se repete nomundo e no submundo da impunidade. Mas o Francis afirma que “Hackman olha e ri nos falando uma enciclopédia britânica sobre a natureza humana. Não se vangloria e nem tem ilusões. São pessoas assim que avançam as causas, poucas ainda em que acreditamos, e não ideólogos e idealistas. São céticas, cínicas e eficientes. Nossa única esperança, e Gene Hackman é emblemático de nossa condição”.

Esse “jobbism” que pode ser traduzido como “mãos-à-obra” descoberto pelo Francis no ensaio de Edmund “Bunny” Wilson que ele tomou conhecimento no início da década de 1960 e só foi assimilado na de 1980 pode ter raízes no médico e poeta transcendentalista americano Oliver Wendell Holmes... A uni-los, a descoberta da dignidade profissional enquanto último e inoxidável instrumento de participação social. Não será a pólvora, como lembrou a jornalista Ana Claudia Vicente, mas para mim o jobbism foi um achado. Que funcionará, quando muita gente o achar também.

É isso, desde então, na cabeceira da minha cama, além de um champanhe e do livro que estiver lendo, está o trípdico: cínico, cético e eficiente...

Justifica-se: a bebida, porque como lembrou Zózimo Barroso do Amaral “enquanto houver champanhe, há esperança”; um livro, porque como diz o poeta que habita em mim “é a melhor companhia quando você não quer ver ninguém” e as palavras, para manter uma atitude enquanto não se põe mãos-à-obra!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Imagens de Nizza








Caros leitores,
tenho acordado cedo e, enquanto minha neta não chega, estou aproveitando para correr e caminhar pela Promenade des Anglais. Ando duas horas diariamente. Hoje aproveitei para fazer algumas fotos da orla de Nizza, do porto e do casario desta cidade maravilhosa.
Andando pelo porto, percebi as cores de Nizza. Terracota e marelo. Divido com vocês estas imagens que capturei hoje. Clique em cima que aumenta.

Walkiria Mattos Becker deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Imagens de Nizza": Putz, hoje é que fui me atinar que a sua "Nizza" é a famosíssima NICE, que fica na Côte d'Azur, e que é a segunda cidade turística francesa, após Paris. E quando vc vc falava "promenade das angles", era, na verdade, a também famosa Promenade des Anglais (ou seja, dos ingleses, e não dos ângulos...rs...rsss..). Por que raios vc não chama essa cidade pelo nome que ela é conhecida aqui e lá na França?? Aff!!!

Cangablog: Querida leitora Walkiria, quando minha filha esteve em Florianópolis me falou que iria morar em "Nizza". Nice? perguntei, e ela respondeu: não pai, em Nizza! Morava na Espanha, à época, onde se falava desta forma.
Pesquisei o assunto e descobri que "Nice" foi anexada à França em 1860 sendo até então parte do Reino da Sardenha, nunca foi parte do Estado italiano, que surgiu apenas um ano depois. O estado italiano foi unificado por Giussepe Garibaldi (o da Anita) nascido, casualmente, em Nizza.
O nome Nice foi adotado pelos norte-americanos que se apaixonarm pelo local e o transformaram, durante anos, no centro da badalação do jet set internacional. Tipo: o lugar era uma nice (ehehe). Adotei o nome original. Só isso.
Aí uma foto do Garibaldi na sua praça. Local de minhas corridas diárias.

Desvendado mistério da ex-miss de LHS

Com este comentário da leitora Rosa Maria, fica desvendado o misstério da convidada especial que Luiz Henrique Boceli trouxe para a Europa

Rosa Maria deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A ex-miss (teriosa) de Luis Boceli Berlusconi da S...": Prezado Sérgio!
Pesquisando, encontrei no site abaixo:
http://misssantacatarina.blogspot.com
vá no link Miss Santa Catarina 1960 e lá está
a tal Elisiana Haverroth, acho que ela foi ou ainda é casada com o ex-presidente da Celesc, Sr. Paulo de Freitas Melro, lembra dele?
Ela foi indicada pelo Zury Machado e foi coroada no dia 04 de junho no Lira Tenis Clube

MISS SANTA CATARINA 1960


A Miss Santa Catarina 1960, foi indicada pelo colunista Zury Machado do jornal o Estado de florianopolis. A miss Florianopolis Eliseana Haverroth , foi coroada no dia 4 de junho no lira tenis clube.

A ex-miss (teriosa) de Luis Boceli Berlusconi da Silveira

Está o maior ti-ti-ti nas colunas socias e sites de relacionamento sobre a verdadeira identidade da tal ex-miss que viajou a Paris e Itália com o governador Luiz Henrique Boceli Berlusconi da Silveira. Segundo o blog do Moa a moça se chama Elisiana Haveroth. Teria passado mal e estaria internada em um hospital de Florença. Na companhia do fôfo, é claro!
Não existem referências da moça na internet. Se foi miss de alguma coisa deveria aparecer ao menos no site da Capricho ou na Caras.
Mas sabem como é, com o bom gosto desse povo do governo é bem possível que a parceira de viagem tenha sido escolhida entre as últimas concorrentes do concurso A Garota da Laje.

TVF
deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Governador leva miss para a Europa":Esta miss não existe, não com este nome. Não tem registro na web. Não tem nem foto. Caso requer maiores investigações. Vamos acionar correspondentes na Italia. Afinal a ex-miss merece seus segundos de fama.

Savedra
deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Governador leva miss para a Europa": Vixi, mais um fio de meada do LHS... Será que tem parentes dela empregados no governo?

Especialistas defendem a criação de associação para proteger blogueiros

Izabela Vasconcelos, de São Paulo

Jornalistas e advogados reunidos no debate “O Direito e a Internet”, na Campus Party, apoiaram a criação de uma entidade nos moldes da Eletronic Frontier Foundation para proteger blogueiros ameaçados ou sob processo judicial. Participaram do debate, realizado nesta quinta-feira (28/01), o jornalista Alessandro Martins, do queroterumblog.com; e os advogados Jorge Araújo, especializado em direito do trabalho; Marcel Leonardi, especialista em direito e internet; e Flávia Penido, do blog ladyrasta; moderados pelo jornalista e professor da PUC-RS, Marcelo Trasel. Leia mais. Beba na fonte.

Jurerê internacional mesmo


Realmente o investimento da Habitasul no seu empreendimento Jurerê é internacional. Encontrei na revista da Air France, no aeroporto Charles De Gaulle, três páginas de propaganda do balneário mané. Textos em francês e ingles. Duas páginas da praia de Jurerê e uma do Il Campanario, resort construido ilegalmente em área de preservação e que foi pivô de investigações da Operação Moeda Verde, da PF, envolvendo empresários, vereadores, funcionários públicos e amigos do governador Luiz Henrique Boceli.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Governador leva miss para a Europa

Acabei de ler no blog do Moacir que o governador Luis Henrique Boceli Berlusconi da Silveira (cadê os R$ 2,5 milhões?) levou a ex-miss Elisiana Haveroth como convidada especial em seu giro pela Europa e que inclusive a moça teve problemas de saúde e foi internada com problemas respiratórios num Hospital de Florença. Coisa très chic.

Como perguntar não ofende:

- Governador, a moça em questão, foi com o nosso dinheiro? Ou o Sr. pagou por fora?

Jerônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Governador leva miss para a Europa": LHS à la Berlusconi. Afinal, não somos também italianos?
Jerônimo Rubim

Luiz C. Schneider deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Governador leva miss para a Europa": Da Marlene Rica, passando pela Alpinista Social, aos dias de hoje, temos muitas incógnitas. Até aí tudo bem. O problema é quando governantes não respeitam às leis. Tem até um caso de um governante que entregou (em espécie) R$ 100 mil para a amante comprar automóvel. Interessante! Dinheiro quente ou frio? Parece que é tudo sem nota POR TODA SANTA CATARINA. Inclusive no caso do Pavan, onde a defesa parece exigir a nota fiscal.
Helicópteros, lanchas, páginas em revistas, viagens, porres, Ilhas Caymans e o barco segue. Quem vai fazer justiça?

Alfa deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Governador leva miss para a Europa":
O mais impressionante vai ser a resposta do LHS a essa pergunta. O magalopata simplesmente não vai dar a mínima. O que é típico do político fdp. Sugestão pro LHS, mudar o visual: puxa o cabelo sobre a testa e estreita um pouco mais o bigode. Vais ficar é igualzinho ao teu alterego.
Anônimo Alfa


Cercando a bandidagem

No Rio, candidato a desembargador terá de fazer prova

Esta notícia é muito boa!
Está lá blog do Cláudio Humberto. Tem um monte de cupincha político que é indicado politicamente por governadores corruptos que depois servirão aos interesses dos padrinhos. Agora, essa decisão meio saneadora partindo do TJ do Rio de Janeiro é surpreendente!!!!!

A resolução do Tribunal de Justiça do Rio é inédita: candidatos a desembargador pelo quinto constitucional – advogados e membros do Ministério Público, indicados em lista tríplice – terão que fazer exame comprovando o “notório saber jurídico”. Descontente com os “critérios subjetivos e políticos” dos indicados, que ferem os “princípios constitucionais”, o TJ-RJ exigirá nota mínima de 7, no “vestibular”.

Xeique marroquino dá outra entrevista ao P&A

Mais uma vez o mágico marroquino xeique Mohamed Bin Harrit fala sobre o a situação política catarinense, a periclitante situação do vice-governador Leonel Pavan, envolvido em crimes de corrupção e pistolagem, e sobre a doação que sua família fará para realizar a outra promessa de Luiz Boceli da Silveira (Cadê os R$ 2.5 milhões governador?) que é implantar, em Joinville, uma fábrica de carros elétricos.

Jornalistas acreditam que blogs podem pautar a imprensa

Izabela Vasconcelos, de São Paulo

Notícias exclusivas e assuntos diferenciados postados em blogs podem pautar a grande imprensa. É o que os jornalistas reunidos no painel "Jornalismo na rede", na Campus Party, acreditam. Um exemplo é o PEbodycount, blog sobre segurança público, mantido pelo jornalista Eduardo Machado e sua equipe, que retrata os índices de violência em Pernambuco. A página já chegou a pautar veículos e programas como Le Monde, Los Angeles Times, Profissão Repórter e Fantástico. Leia mais. Beba na fonte.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Inveja do Xeique

Hoje, passeando pelo centro antigo de Nizza, Avenue Jean Medecin, matei a minha inveja do xeique Mohamed Bin Harrit, aquele mágico marroquino que andou por Florianópolis e deu uma entrevista exclusiva para o pessoal do blog Temperos & Apimentadas.
O xeique falou sobre vários assuntos políticos e mundanos da nossa cidade. Fez previsões tipo:

- Vejo um futuro xadrez para o vice-governador Leonel Pavan

Mas de tudo o que disse uma coisa me matou de inveja: ele andou no metrô de superfície contruido pelo governador Luiz Boceli da Silveira (cadê os R$ 2.5 milhões governador? Isso vai dar cadeia hein?) e disse que esta foi a maior obra do governo do PMDB. Elogiou o conforto e a qualidade do serviço. E eu aqui sem poder desfrutar da relização da maior promessa de campanha do LHS e também do Dário.

Hoje tive a oportunidade de andar em um metrô de superfície de qualidade que imagino seja igual ao nosso daí de Florianópolis. Embora Nizza seja um cidade maravilhosa, preservada, sem monstrengos de concreto como Florianópolis, não tem um metrô de superfície que passe por uma ponte como a Hercílio Luz.

Ah! isso não tem!

Quando chegar de volta vou fazer o mesmo passeio do xeique e comparar os serviços. Sem dúvida o nosso deve ser melhor. Foi superfaturado já na promessa!

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Inveja do Xeique": Caríssimo Canga, hoje estive rapidamente em Nizza via Google Earth, para conferir o metrô de superfície que você faz referência no seu blog.
Na Avenue Jean Medecin, nº 29, em frente a galeria NICETOILE observei o “sujo” traçado que percorre o veículo e as duas estações (pontos de parada) existentes no dois lados dos trilhos.
Minha impressão é que elas mais parecem aquelas paradas de concreto usadas anteriormente como banco de reservas no Estádio da Ressacada, se comparados as nossas aqui de Florianópolis.
Noutro ponto dessa avenida tive também a oportunidade de conhecer o veículo metrô, claro externamente, e uma coisa que me chamou a atenção é que o mesmo trafegava com as “janelas” abertas.
Logo concluí que lá como cá no nosso antigo transporte coletivo também andam desligando o ár-condicionado para economia, afim de proporcionar a "tarifa social".
Nessa rápida visita também me chamou a atenção, que a limpeza pública, a assitência social, e a saúde animal dessa cidade (Nizza)também estão deixando a desejar.
Fiquei impressionado com a quantidade de sujeira e matinho nos trilhos do metrô de superfície na Avenue Jean Medecin, e a quantidade de pedintes nos semáforos, e de animais perambulando.
Gostaria de te apresentar fotos dessa incursão que fiz hoje (28/01/2010) aí por Nizza, mais não consegui inseri-las neste pequeno comentário.
Já de volta a Florianópolis posso lhe atualizar que nossa Ponte Hercílio Luz ja está pronta, e toda a iluminação de natal utilizada na avenida beira-mar, foi, num golpe inimaginável de extrema economia perpetrada por um administrador público, utilizada para o clareamento deste importante ponto turístico dos catarinenses.
Segundo informações técnicas “vazadas” para o “monopólio da informação do sul do Brasil”, este artefato eletrônico exibirá, quando o nosso metrô estiver passando, a palavra inglesa “GO”, viabiliza numa PPP com uma empresa de cartão de crédito. Fruto das inúmeras viagens internacionais custeadas pelos catarinenses.
Tudo licitado, auditado e autorizado pelo nosso glorioso Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina.
Aquelas “paradas” da Avenue Jean Medecin são biroscas quando comparadas as nossas estações climatizadas de Barreiros, do Canto ou mesmo a final, no Ingleses.
Coisa mais linda!
Você terá surpresas quando voltar.


Canga
Interessante comparativo. Para o próximo passeio sugiro um título mais atualizado: "O vovô no metrô", para não desperdiçar a rima.
Na "Temperos & Apimentadas" de amanhã teremos mais uma entrevista exclusiva com o xeique. Fala sobre a Casa da Marlene Rica e outras revelações bombásticas.
Abraços
Schneide

Wilmor Henrique deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Inveja do Xeique": Espero que o figura que está na bicicleta tenha picado a mula da linha, senão virou panqueca!

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Inveja do Xeique": Wilmor, o bonde tá indo e não vindo. Bonde em Nizza tem frente igual à traseira. Nunca viu?
Anônimo Alfa

DIÁRIO DA PROVYNCIA II

Olá, camaradas, salve!
Well, com este texto já cheguei até a última sexta-feira...
Nessa, portanto, tudo volta ao seu ritmo...
É tem de manter essa rotina para o cérebro não atrofiar enquanto se espera para um vôo maior...
Um livro de contos, por exemplo...
A música está aí, explicada na crônica, acho...







A INFÂNCIA QUE NOS PERSEGUE

Por Olsen Jr.

(olsenjr@matrix.com.br)

Já está virando moda por aqui. Lugares públicos tocando discos de vinil. Pode ser bizarro num primeiro momento, mas é um diferencial. Sei disso porque não abri mão dos meus discos, tenho dois aparelhos para tocá-los e estou namorando um terceiro que vi em um antiquário.

O “Canto do Noel” é um boteco situado na Rua Tiradentes, no centro de Florianópolis, onde funcionava o “Pettit” e que volta a ser um ponto de intelectuais que resolveram dar um tempo no disque-me-disque do Mercado Público com o seu cheiro de peixe característico e os pedintes e bordejadores de sempre. Pois é, o “Canto do Noel” tem produzido alguns diferenciais, um deles é este, precisamente, você ouve grandes intérpretes nacionais, começando logicamente pelo que empresta o nome ao local, em discos de vinil, claro tem outros compositores brasileiros de qualidade, mas também a história ou parte dela é mantida com as imagens, fotografias, recortes de jornal emoldurados e dispostos nas paredes criando verdadeiros nichos de saudades onde se vê como essa cidade era bonita. Desde o casario antigo até uma população que parecia mais romântica e pacata. O fotógrafo Édio Melo certamente tem muito a ver com todo aquele acervo.

Parte da memória da cidade está ali naquelas paredes zelosamente guardada pelo carinho dos novos proprietários Edson e Sônia. O Rio de Janeiro e Florianópolis irmanadas por reminiscências, composições musicais, talentos e o que cada um dos clientes acrescenta com a própria experiência.

No Empório Mineiro no Boulevard da Lagoa da Conceição, outro lugar aconchegante, vejo o disco de vinil rodando no toca-disco de cor alaranjada onde o poeta Vinicius de Moraes e o violonista Toquinho acabam de cantar “Meu Pai Oxalá” que tinha sido uma das músicas da trilha sonora da novela “O Bem Amado”...

O disco terminou e continuou girando, a agulha acompanhava as voltas do vinil naquela faixa neutra que não tinha nada gravado nela e somente se ouvia o rodar do acetato. Ao invés de ir até lá e erguer a agulha, trocar o disco ou quem sabe por o mesmo para tocar novamente, fiquei observando o brilho da luz refletido no vinil rodando ali na minha frente e logo aquele aparelho é substituído pela eletrola lá de casa, em Chapecó quando os discos caiam um a um após tocarem naquele pino automático onde estavam empilhados (até cinco recomendavam os especialistas, para não arranharem uns com os outros)... E já não era mais o Vinicius de Moraes e sim o Billy Vaughn tocando “Look for a Star”. Composta por Buzz Cason, nascido em Nashville (Tennessee) e que passou a assinar com o psudônimo de Garry Miles e, em 1960 compôs a música que o consagraria.

“Look For a Star” que, aliás, está completando em 2010, 50 anos, era uma das preferidas da minha mãe. Também andei assobiando uma versão interpretada pelo Roberto Carlos “... Duas noites são teus lindos olhos, onde estrelas estão a brilhar, que ternura olhar mil estrelas, em teu olhar”...

Outro dia assisti ao filme “Circus of Horrors” e a trilha sonora era Look for a Star na composição original de Garry Miles, e viajei novamente ouvindo aquilo associado a minha infância enquanto lia um dos 30 volumes da obra do Karl May, naquela edição encadernada da Ed. Globo de Porto Alegre e que vinha em caixas retratando em maravilhosos bicos de pena os personagens e o mundo criado pela mente prodigiosa do escritor alemão que marcou a minha juventude (minha, do Fernando Sabino, do Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, entre outros)...

Num dos filmes do Harry Potter, a música Look for a Star também aparece de fundo, está muito impregnada na minha infância e parece que de muito mais gente...

Em fração de segundos lembro de tudo isso enquanto observo ainda o disco de vinil ali sem que ninguém tome uma providência, acredito que foram aquelas faixas girando que me transportaram, como uma máquina do tempo...

Alguém passou em frente e cortou o meu fluxo de pensamentos, mas ainda tive a sensação de ver por ali, a minha mãe com um pano tirando o pó de cima do móvel e afirmando que gostava muito daquela música!

Andrino tirou Tijoladas do ar

Fico sabendo agora que o deputado Edson Andrino foi quem conseguiu tirar o blog Tijoladas do Mosquito do ar. O blog do Mosquito já estáfuncionando via blogspot. Clique e leia. (http://tijoladasdomosquito.blogspot.com/).

O Mosquito me comunicou agora, indignado, dizendo que descobriu que foi "o f..*!@#$^%&" do Andrino que, através de uma liminar da justiça conseguiu com que o Universo Online retirasse o blog do ar.
Tá virado num diabo. Pragueja e esperneia e não entende como isso pode acontecer.
Já falei várias vêzes com o Mosquito sobre esse tipo de jogo. Ele ataca e as pessoas se defendem. Como podem, cada um com suas armas. Sem dúvida que é surprendente uma ação de censura à imprensa partindo do Edson Andrino, companheiro de combate à ditadura e à censura de imprensa.
Mas ....é isso aí. Essa é a briga. Se o Mosquito está fazendo acusações infundadas ao deputado, existem várias instâncias para que isso seja esclarecido. Tentar calar um meio de comunicação não acho que seja o mais adequado para um político que se diz democrata.

Leia aqui a liminar que tirou o Tijoladas do ar.

Luiz Paulo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Andrino tirou Tijoladas do ar":
Parabéns EDISON ANDRINO, em nome de DÁRIO BERGUER, FERNANDO MARCONDES,GILMAR KNASEL,SAVEDRA,MARCIO SOUSA, ÍÇURITI,ROSALINO,IDELI SALVATI,GERSON BASSO,MANOEL DIAS,E PROMOTORR PÚBLICO TRAJANO.

Amilton Alexandre deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Andrino tirou Tijoladas do ar": Canga o Andrino não admite que chamo ele especulador imobiliário, um dos mentores da destruição da Ponta do Gravatá. O Andrino usa seu poder para conseguir facilidades na Prefeitura.
Andrino é escroque da política. Posa de democrata. Quer fechar meu blog. Não vai. Não adianta colocar seu filho para advogar contra mim nos processos do Knaesel e do Fernando Marcondes. Vou ao inferno para desmascarar esse político sem voto.
Se a Lagoa hoje é poluida é pela omissão desse político carreirista.
Andrino votou a favor do Código do desmatamento. Andrino apoio o governo corrupto do LHS em troca de emprego de deputado. Andrino não tem voto. É suplente. Deputado usado para fazer serviço sujo. Vota contra o povo na ALESC .

Amilton Alexandre
Tijoladas do Mosquito.
O blog que não cala e não tem medo de político sem voto

CNJ declara vagos 7 mil cartórios

Vários cartórios foram declarados vagos pelo Conselho Nacional de Justiça no país, cerca de 7 mil, muitos daqui de Santa Catarina.

Vale conferir !

Queridos amigos,
Estaremos cantando, eu e Verônica Kimura, no Jinga Bar, na Lagoa da Conceição, nesta 5a. feira, 28/Jan, a partir das 23 horas.
Nos acompanham Wagner Segura no violão 7 cordas, Chico Camargo no cavaco, Lê Souza no pandeiro e Dôga na percussão.
Venham curtir com a gente uma noite de bons sambas, com repertório de Tulio Piva, Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Noel Rosa, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Paulo Cesar Pinheiro e outros bambas da nossa música!
Um beijo e até mais
Iara

Primeira noite em Nizza


Queridos leitores,
acabo de chegar da minha primeira incurssão noturna em Nizza. Aí são as 00:28hs, aqui 3:30hs. Foi bom pero no mucho. Saí de casa às 2 da madruga depois de abrir a mala dos presentes para minha neta que só chegou hoje (a mala).
Frio seco, coloquei uma campera e me larguei em direção à Avenue Gambeta. Termina na Promenage des Angles, a beira mar daqui.
Na saida senti que a coisa não ia render muito. Sempre que viajo gosto de provar coisas do lugar como bebida, comida e relações humanas. Andar à noite, quando os puros estão dormindo, é uma excelente forma de conhecer uma cidade. Melhor ainda se não conheces o idioma. As pessoas se traem pelos gestos.
Bem, andei até a Rue de France e encontrei uma gordinha de preto, aqui todos usam preto no inverno. Fazia ponto na esquina. Perguntei:

-Hablás español?
- Sí, soy de Buenos Aires

Me senti em casa. Uma porteña, que na verdade era um porteño bem ajeitadinho, e que poderia me dar uma informação.
Queria saber onde, naquela hora, poderia tomar uma cerveja e ver gente. Me disse que era difícil mas que seguisse por Rue de France uns 15 minutos encontraria uma praça e que ao redor deveria ter algum bar aberto.
Engatei um primeira e larguei. Ninguém na rua. Encontrei a tal praça e apenas um pub estava aberto. Cheio de jovens na rua em frente. Tentei entrar mas o preço era 15 euros de consumação mínima. Não era para tanto. Perguntei sobre outro bar e me indicram algo como a três qudras de distância.
Sempre perguntava, em um francês sofrível, se era seguro. Na maioria das vezes não entendiam a pergunta. Jamais relacionavam com insegurança no sentido de assalto ou crime. Achavam que eu queria confirmação "segura" da informação. Não existe a paranóia de andar de noite pelas ruas de Nizza.
Bem, não encontrei nada aberto. Logo avistei um caminhão de lixo naquele frenessi habitual de correria, gritos e arrancadas em primeira marcha.
Só fiz o gesto e perguntei:
- beer?
Eles que andam por todas as ruas saberiam me dizer se existia algum bar aberto. Não existia!
Puêrra! É pior que o Campeche!
Tudo bem, voltei para casa pela Promenage des Angles. De repente...um cassino!!!!
A noite estava salva!
Entrei e falei:
- Je sui brasilian

Me pediram o passaporte e entrei. Algumas mesas de roleta, duas de bacará (blanco y negro) e uma infinidade de maquininhas caça níqueis. Tava feita festa.
Bobagem. Máquinas sem nenhum sentimento. Mecânicas, apenas mecânicas. Diferentes dquelas que o Içuriti Pereira mantinha em Santa Catarina, controladas pela Codesc e que bancou campanhas políticas do PMDB.

Aí em SC ao menos se colocava créditos na máquina e dava o start e travava uma coluna duas ou todas. Tinhas a sensação de que estavas jogando. Daí o velho ditado de jogador:
Se perdendo é bom imagina ganhando!

É claro que jogo bancado ganha a banca. Mas "interagir" com máquina é parte emocional e importante da perca. Não gostei da, digamos, franqueza do cassino. Achei de um frieza atroz.
Quando estava saindo e fui pegar a minha campeira no chapeleiro vi uma foto grande de um senhor na parede. Perguntei a um dos seguranças quem era.
Me respondeu em francês e não entendi direito. Percebi que se esmerava em falar sobre o personagem com certa ternura.
Percebendo que eu não estava entendendo, captva apenas a emoção, a senhora que me alcançou a campeira me disse:

- Le big boss!

- Ah! O dono? perguntei.
E os dois ao mesmo tempo fizeram gestos de que sim, era o dono, mas estava morto. O porteiro, mais bronco, colocou as duas mãos ao lado do rosto e fez gesto como se ele estivesse dormindo. A senhora me explicou que já tinha morrido.

Tudo isso com uma certa ternura pelo patrão. Ternura que não encontrei nas máquinas.

Alfa deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Primeira noite em Nizza":C,est vrai, mon cher Canga. Pior que uma noite no Campeche, só outra noite no Campeche. Dizem que Saint Exupery nunca conseguiu passar mais de uma noite aqui. Mas um verdadeiro campechano é um forte, como diria Euclides. Nós resistimos aos maus turistas que povoam nossas dunas de latinhas vazias e outros quetais, resistimos às noches tristes, mas jamais desistiremos. Salut les copains a Nizza!

Anônimo Alfa

Paulão deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Primeira noite em Nizza": Nada como um Jornalita 'em campo'. DU CARAGLIO, 'mon ami'.Canguita, meus conhecimentos de francês são patéticos (e dá-lhe os sêbos da Rua Riachuelo no centrão velho de POA me socorrendo em Filosofia do Direito e outras sendas menos confortáveis), mas podes arriscar algo assim: Est-il sûr de s'y promener à cette heure? Combien de temps y aller à pied? Il est calme ou occupé? É seguro caminhar até lá a esta hora? Quanto tempo de caminhada até lá? É tranquilo ou agitado? E PARA FINALIZAR: chienne qui a donné naissance = Puta que os Pariu. Paulão, uma última vez mais Les Paul em homenagem à netinha, também a Quai de la douane - um dia te mostro um conto 'nascido' nessa marina.

PS é phlóda: Tem um estacionamento em frente ao cais da duana, tinha uns butecos franceses. É só contornar o morrinho ao final da Promenage de Angle, seguindo em direção ao porto. Se a conversa for mais séria para o bolso recheado de euros, no cais, mais a frente tem um restaurante pequenino chamado La Zucca Mágica, um vegetariano que faz - quase - esquecer os pecados da carne - cuidado com o preço do vinho). Mais à frente, entrando à esquerda na Rue Cassini tem um italiano legal: L Altra Bottiglia - nesse a comida é de lamber os beiços e tem tudo quanto é tipo de vinho. Santé et de la célébration!!!)