domingo, 7 de novembro de 2010

Bakunin, Paulo Freire, Pavlov e a falta de educação

Domingo de sol! Maravilhoso! Da janela do quarto a primeira visão foi a ilha do Campeche flutuando em um azul tuquesa de encher os olhos. 
Decidi aproveitar o dia para mexer no jardim. Tinha Tumbergias, Pingos de Ouro e Azaléias para plantar.  A isso me dediquei.
Estava tão feliz que até permiti que o Bakunin (meu cão) passasse para a frente da casa  e ficasse me rodeando enquanto mexia nos canteiros.
Estava tudo bem, tudo legal, até o momento que o vizinho, americano, passasse em frente ao portão, voltando da praia com o seu pequeno cachorro. O Bakunin, em um acesso de...sei lá, rapidamente subiu no canteiro, saltou o muro e caiu sobre o pequeno infeliz.
Sem controle remoto à mão para abrir o portão, também saltei o muro e cai embolado com o Bakunin, americano e...a vítima. 
No calor da refrega tentei pedir desculpas, em inglês, para o vizinho e só me saía
- Why?Why? 
Ao que o vizinho me respondeu prontamente:
- Because ele é muito mal educado!
Bem, problemas idiomáticos à parte, como a descarga de adrenalina foi grande, bateu o stress.
Fiquei suado, inquieto e toda aquela placidez e mundinho zen em que me encontrava, de repente, foi para as cucuias. Fiquei pensando o porque do ataque do Bakunin. Onde será que errei?
Pensei em toda a educação que dei ao meu cachorro e não conseguia encontrar uma brecha de erro. Sei, somos muito condescendentes conosco. Cheguei até a pensar se a escolha do nome, Bakunin, teria influenciado neste comportamento anárquico e rebeldo do meu cão.
Não! Acho que não! O erro está no método. Na linha pedagógica. Ministrei ao Bakunin uma educação muito Paulo Freire. Descobri, agora, que com certos seres a solução é Pavlov!
Treinando com reflexos condicionados não corremos o risco de errar. É como militante ideológico. É só dar o comando que eles obedecem.

Neste domingo maravilhoso saí de uma situação zen para uma situação de conflito. A troca por um lado foi ruim. Mas aprendi alguma coisa. E como sabemos, só no conflito se aprende.

 Acrobata deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Bakunin, Paulo Freire, Pavlov e a falta de educaçã...": Sr. Canga, com todo o respeito, Pavlov é o que a mídia puxa saco faz com a gente. O Bakunin fez o trabalho dele certinho. E o senhor fez a sua parte pulando o muro e defendendo as "vítimas". Explico, os machos da raça canina são territoriais - assim, defendem a propriedade. As fêmeas defendem seus donos. Embora possa parecer que as fêmeas estão latindo para o estranho não entrar no território. Acrobata

Nenhum comentário:

Postar um comentário