quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Concessionária da 101 dá calote e abandona o país

Marco Santiago/ND
   Empresa espanhola que tem a concessão da BR-101 em Santa Catarina dá calote em vários estado brasileiros e abandona o país. Aqui, conta com a "complacência" da agência reguladora ANTT que deveria defender os interesses do contribuinte e faz o contrário, defende a espanhola. 
   Porque será?   
  Mesmo em dívida, desde Março de 2012, com a autoridade federal, por não ter concluída a alça de passagem na Grande Florianópolis, a ANTT concedeu duas novas licenças ou prorrogações à empresa Litoral Sul, sem sequer multá-la ou adverti-la. O contrato de concessão deve dispor sobre a matéria. 

   Fosse nos EEUU seria assim:
Indício de corrupção. Agente federal facilita negócios de empresa concessionária de serviço público. Quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal do agente da ANTT e dos diretores da Litoral Sul. Rito sumário. Indício pode levar à prova. Teoria da agilidade processual. Cassa a concessão, bloqueio de bens para garantir a devolução dos valores arrecadados em pedágio. Cadeia aos culpados.


De O Globo   
Empresa OHL, que arrematou rodovias federais em 2008, no governo Lula, é vendida para outra gigante espanhola e deixa obras incompletas em estradas importantes do Brasil.

    
   Por Henrique Gomes Batista

   Maior vencedora do leilão de privatizações de rodovias promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, a espanhola OHL vendeu seus ativos no Brasil e no Chile para a conterrânea Abertis e para a canadense Brookfield. Com isso, as concessões de grandes estradas do país, como a BR-101 no Rio, entre Niterói e Espírito Santo, a Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba) trocam de controle. No total, o negócio envolve 3.226 quilômetros de estradas com pedágio no país, muitas obtidas com uma estratégia agressiva em um leilão surpreendente, quando o preço final da tarifa do pedágio chegou a ser 70% inferior ao proposto pelo governo.

   A empresa deve mudar seu nome de OHL Brasil para Arteris e fazer parte do maior grupo de concessão de estradas do mundo, com quase oito mil quilômetros de rodovias em diversos países. A empresa também fará uma oferta pelas ações dos minoritários da OHL, seguindo a legislação brasileira, que garante aos acionistas as mesmas condições oferecidas aos controladores.

   Empresa tem obras atrasadas
   A OHL Brasil era subsidiária da OHL espanhola. No país, 60% das ações eram da controladora e 40% estavam no mercado, na Bovespa. Para ter o controle da OHL, como foi anunciado em agosto, a Abertis ofereceu ações próprias e propôs assumir uma dívida de ¬ 504 milhões, segundo o jornal "El País". O valor total da operação, segundo a publicação, é estimado em ¬ 2,5 bilhões, e a empresa deverá investir cerca de ¬ 480 milhões entre 2013 e 2016. A joint venture será encabeçada pela Abertis, que ficará com 51% do bloco controlador da OHL Brasil. A Brookfield terá os 49% restantes do controle.

   Completando a transação, a OHL espanhola terá uma participação de 15% no total da Abertis, grande empresa do setor de infraestrutura, que, além de rodovias, tem participação em 29 aeroportos, incluindo unidades nos Estados Unidos e na Inglaterra, e atua no setor de telecomunicações.

   Fontes do setor estimam que a Abertis, além de tentar melhorar sua situação em meio à crise que atinge a Espanha - embora a empresa alegue que mais de 60% de seu faturamento vem de fora -, pode ter investido na mudança para se posicionar em novas concessões, inclusive de aeroportos.

   A princípio, nada muda na administração das estradas da OHL Brasil - cinco rodovias federais e quatro paulistas. Apesar de administrar rodovias que contam com os pedágios mais baratos do país, a empresa - que, no total, emprega 6.749 funcionários - muitas das principais obras previstas pela empresa não saíram do papel. Entre elas, está a duplicação da avenida do contorno, em Niterói. E a construção de um novo acesso em Campos da BR-101 está atrasado - a empresa ainda está em fase debates sobre o projeto. A duplicação de um trecho da serra do Cafezal, entre São Paulo e Curitiba, na Régis Bittencourt, está parada.

   Problemas com licenciamento
   A empresa alega que esses problemas se devem a alterações de projeto, dificuldades com licenciamento ambiental e problemas na desapropriação de terrenos. A OHL Brasil alega que já investiu R$ 3,3 bilhões nos trechos que tem no Brasil, sendo R$ 912,8 milhões nos nove primeiros meses deste ano.

4 comentários:

  1. Nunca neste país, maracutaias é que não faltaram e nem faltarão na atual condição política. Cada vez que se passa numa praça de pedágio, poderia-se questionar qual seria o quantum do caixa-2 (vulgo mensalão) que sustenta partidos e seu s dirigentes, em detrimento do usuário - a BR-101 Sul (SC), por exemplo, se arrasta desde 2002, quando do lançamento do primeiro edital à sua duplicação. Chama a o Bebê de Rosemary...

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  2. Olha, juntar brasileiros com espanhóis não poderia resultar em outra coisa!

    BV

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  3. MATASTE A PAU NO COMPARATIVO COM OS EUA!!!

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  4. cacau, o canga é fera, leio o blog ele e o seu todo dia. comento em ambos. vocês dois tem estilos próprios, sempre dão furos e são autênticos. apesar de vc me censurar um pouco mais. foi o canga que ensinou o falecido mosquito a montar um blog. (dizem que o suicídio do mosquito foi forjado e foi homicídio-fontes quentíssimas)

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