sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Na patranha e na patrola se faz um Plano Diretor


   Por Eduardo Guerini
   Fazendo uma planta baixa por geoprocessamento da Capital
 dos Catarinenses em seu
 multiprocessador político.

   Por muito tempo se falou em gestão popular das cidades, especialmente, no período de transição democrática. Em algum território desse país continental, temos algumas experiências exitosas - poucas, exemplos que poderiam nos levar para uma nova forma de fazer política, naquele enredo de meio-termo, uma gestão técnica para explicitar as necessidades instrumentais (ou meios), para se atingir determinado objetivo projetado-planejado, a tal da gestão política.
   Nossa memória política contudo nos trai - seja pelo esquecimento, seja pelas cortinas de fumaça que são lançadas por alguma imagem bela e paradisíaca, nesta vã consciência que se faz com experiências sensoriais e materiais.
   Na campanha eleitoral de 2012, a mensagem de mudanças na forma centralizada e corrompida da gestão municipal , varreu do mapa político, figuras que não atendiam mais os interesses da maioria. A campanha usou da linguagem subliminar da mudança necessária, da ideia de se ordenar e planejar o futuro de uma cidade-ilha e Capital de Estado decadente. Assim, o discurso da mudança foi vitorioso, todos os florianopolitanos sonharam com a esperançosa transformação de seu território existencial.
   Na base do pragmatismo e oportunismo de ocasião, basta cooptar um comunista de botequim, dar-lhe algum título e colocar outro para viajar. Deixe a oposição falando aos cântaros, alguns manifestantes aparecerão. Porém, nada melhor que ter o apoio sintomático da maioria - com acordos nada transparentes.
   No festejado Réveillon das Luzes, uma nebulosa cortina de fumaça encobriu a visão de nossos cúmplices munícipes extasiados pelo barulho e brilho dos fogos de artifícios, e, transformou a gestão municipal que pregava a mudança em gestão obscura de transações inexplicáveis.
   Na patranha se autorizou um aumento desmedido para o IPTU e ITBI, desproporcional em termos nominais e reais, na patrola se aprovou um Plano Diretor, e, nesse ensaio de cegueira política com tepidez cidadã, alguém tem dúvida que os vencedores estão brindando os novos empreendimentos que tocarão as nuvens na Ilha da Magia?

Um comentário:

  1. Quem está brindando é o Cesar Pai (Casa Feliz) que tem um laranja na Globo Construtora para ficar camuflado. Espere e o tempo mostrará os empreendimentos dessa turma aflorando por ai... Ps. fiz o mesmo comentário no blog do Cacau do clickrbs e ficou no ar uns minutos e depois foi removido como que por encanto, não resta dúvida que tem fundamento em razão da atitude dos Chapas Brancas.

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