sexta-feira, 25 de abril de 2014

"Pensar como Grego e agir como Romano"

   Por Jaison Barreto

   É o DNA dos funcionários do DOPS de 1966, da fraude de um falso esquerdismo, da arrogância própria dos deslumbrados que ridiculamente afirmam nunca ter perdido eleições.

   Foi lá na Urca, na Praia Vermelha, na Faculdade Nacional de Medicina que eu ouvi do meu professor de Clínica Médica uma afirmação estranha, logo no primeiro dia de aula: “Eu não tenho nada pra ensinar a vocês, só quero ajudar vocês a pensar”!
   Nunca mais me esqueci disso: Fazer uma boa anamnese, ouvir as queixas, o histórico do paciente, analisar os sintomas, os sinais para fazer um bom diagnóstico e dar a receita.
   Ao longo da vida a gente vai aprendendo.Hoje todo mundo finalmente descobriu que o papel do professor é cada vez mais importante do que apenas fornecer informações, mas fundamentalmente ensinar o aluno a pensar.
   Esses dois “artiguetes” do Sérgio da Costa Ramos, de repente me obrigaram a pensar a respeito da representação aqui de Santa Catarina.
   Acompanho os debates no Senado e vejo e ouço sempre as vozes que representam os Estados da Federação.
   Independente de partidos, vejo o Paim do PT brigando e lutando pelos trabalhadores e aposentados, solidário com os interesses do Rio Grande do Sul, com um mínimo de independência que o seu papel exige.
   Pedro Simon do PMDB não precisa de apresentação pela sua história e conduta ética.
   A Senadora Ana Amélia do PP (Partido Progressista) garante uma postura de mulher, de independência, representante dos interesses do seu Estado, sempre afirmativa, sem fugir de bola dividida, sem temor de opinar, sem subserviências pros de cima, com espírito de brasilidade, honrando o papel que um representante político tem que ter, seja no Senado, na Câmara, na Assembleia ou na Câmara de Vereadores.
   Confesso que se fosse gaúcho, talvez votasse nela para o Governo do Estado.
   Abro os jornais e infelizmente vejo quadro diferente aqui de Santa Catarina.
   Petrobrás, Reforma Tributária, infraestrutura, educação, saúde, segurança, não são nem citadas em páginas inteiras dos jornais nas entrevistas, como por exemplo, do Luís XV, no Diário Catarinense de hoje (24/04/14).
   Só negócios, conchavos, interesses menores, reeleições, manutenção de cargos, vitória nas eleições, manutenção de privilégios, usufruto do poder, segurança de cargos, o retrato mais claro e definido do fisiologismo da classe política brasileira.
   É o DNA dos funcionários do DOPS de 1966, da fraude de um falso esquerdismo, da arrogância própria dos deslumbrados que ridiculamente afirmam nunca ter perdido eleições.
   Os médicos se preocupam sempre com a “infecção hospitalar”, alguns políticos deveriam se preocupar com a “infecção palaciana”.

Saudações pouco democráticas,

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