domingo, 15 de junho de 2014

Vaias, Xingamentos e Pronunciamentos nos “Tapumes” da Copa


   Por Eduardo Guerini
   Em sua ilha de obscenidades
descobrindo a “moral” do uso
 de palavras de baixo calão
 no cotidiano brasileiro.
   
  Quem nunca desferiu um palavrão, que fique calado!!!
   No convívio cotidiano, nos deparamos com cenas que assustam pela sua selvageria e violência simbólica. As palavras atiradas são flechas com destino certeiro. O brasileiro médio que convive com a “patuleia”, sabe muito bem que o uso e consumo de palavrões é recorrente como meio simbólico para expressar alegria, decepção ou raiva.

   No episódio recente, a figura simbólica da governante do Planalto Central, foi alvo de uma fúria coletiva na arena de futebol que inaugurava um megaevento questionável, em todos os seus quesitos. Seja na prioridade, nos gastos desmensurados ou nas obras inacabadas. Eis que, uma cena de um xingamento em coro, contra a figura que representou o divórcio do interesse de quem governa e seus governados - a presidente Dilma e a FIFA, sofreu um sonoro repúdio com uso de palavras de baixo calão. Moleques mal-educados!!!

   Um episódio lamentável!!! Um bando de coxinhas !!! Um classe média mal agradecida!!! Rebeldia juvenil de uma elite que não pode ser contrariada!!! Proto-fascistas!!! Neoconservadores da moda!!!  Moleques !!!  Mal-Educados!!!  Derrotados e pessimistas!!!

   A polarização do discurso governista diante da Copa de 2014, elevou as tensões entre oposição e governo, muitas vezes pelo tom dos discursos presidenciais e seus fiéis militantes. Nesta sanha para manter sua versão para todos os fatos da narrativa política e social, se divorciaram da realidade, encastelados nos discursos burocráticos e diplomáticos (límpidos e oficialescos). Todos sabem em privado dos ataques e impropérios que uma autoridade desfere contra a população, quando é incompreendida. Assistimos a cena do ministro “toc-toc”, que simbolicamente traduz um palavra decifrável para qualquer moleque que frequenta as escolas – públicas e privadas.

   Nossa governanta do Planalto Central e a FIFA, no evento de abertura da Copa de 2014, no Brasil, foram vítimas do falso enredo daquilo que protagonizaram. A prioridade da população brasileira já foi entoada em prosa e verso, desde os Manifestos de Junho de 2013. Os brasileiros querem serviços públicos PADRÃO FIFA. Não bastasse os tapumes de obras inacabadas, querem nos impor os “tapumes morais”. Não sou frequentador de estádios de futebol. Porém, todos que um dia, assistiram à partida de futebol sabem que a figura do árbitro e seus auxiliares não é poupada. E mente peremptoriamente aquele que nunca escutou um palavrão em bares ou restaurantes, na rua ou transporte coletivo. Em casa quem nunca elevou o tom, com palavras nada elogiosas.

   Como muitas vezes, nossos colonizados governantes se afastam dos desejos da população em geral, nada melhor que um grito de alerta para coloca-los no mundo real. Daí que, para os moralistas de primeira ordem ou militantes alucinados, sugiro que peguem um dicionário de “vulgatas brasilianas” para descobrirem o significado real!!!

3 comentários:

  1. Estou tecnicamente morta para esse mundo onde pessoas "instruídas" defendem a total falta de educação. A mim pouco importa de que partido seja o(a)presidente(a). O que houve no estádio foi vergonhoso. O mundo inteiro viu nossos "bons modos".
    Sim, sim, já protestei muito ao longo da vida, gritando refrões como " trabalho, pão, saúde, educação" e afins...Acho as manifestações super válidas. A cretinice, não. E não me venha falar em moralismo...
    Emma

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  2. Dilma foi tratada como ela trata seus subalternos.... E Lulla é tão educadinho... SQN!

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  3. Artur Nogueira diz:

    Minha vovó Cotinha já dizia :" meu neto, QUEM FALA O QUE QUER, OUVE O QUE NÃO QUER OUVIR".Moral da estória: Dê respeito para ser respeitado.O falastrão de Garanhuns e sua trupe sempre pregou o ódio entre aqueles que nao concordam com sua ideologia. Penso que o desespero está tomando conta da SEITA PT.

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