terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Leopoldo Federico, lenda argentina do bandoneón, morre aos 87 anos

   Conheci Leopoldo Federico em um show de tango e de jazz no Centro Cultural Torquato Tasso em San Telmo, Buenos Aires. Foi uma noite memorável. Federico era o último grande maestro de orquestra de tango tradicional da Argentina.

Notícia do G1
Diretor de orquestra morreu neste domingo em hospital de Buenos Aires.
Músico brilhou ao lado de nomes como Ástor Piazzolla e Julio Sosa.

   O reconhecido bandoneonista e diretor de orquestra Leopoldo Federico, uma das maiores figuras do tango argentino, morreu neste domingo (28) aos 87 anos em Buenos Aires, informou a Associação Argentina de Intérpretes (AADI) em comunicado.

Federico, que presidia a AADI, morreu nesta madrugada em um hospital da capital argentina onde estava internado.

Começou na música ainda adolescente e brilhou ao lado de nomes como Ástor Piazzolla, Julio Sosa e Mariano Mores. Em 1958, fundou sua própria orquestra. Entre suas obras de mais destaque estão "Que me juzgue Dios", "Cabulero" e "Al galope".

Além disso, Federico foi um dos músicos convidados do documentário "Café dos Maestros" (2008), dirigido por Miguel Kohan e com Gustavo Santaolalla como co-roteirista. A produção foi exibida no Festival de Cinema de Berlim.

Ao longo de sua carreira, recebeu várias prêmios, entre eles dois Grammys Latinos. O músico foi declarado cidadão ilustre de Buenos Aires em 2002.

Cangablog 

sábado, 19 de junho de 2010

Esta noite...(parte I...e última)


Quando acreditei que tudo nesta noite estava terminado. Que nada mais iria me surpreender, de repente, ao chegar no hotel, aconteceu!

Saí de um show de jazz e tango no Centro Cultural Torquato Tasso em San Telmo. A dica veio por e-mail da jornalista Gisele Teixeira do blog Aquí me quedo. Assistimos dois músicos fantásticos: Luis Salinas e Leopoldo Federico. Teatro pequeno, 200 pessoas no máximo, acústica impecável com ambiente extremamente aconchegante.

Fizemos reserva e chegamos uma hora antes. Fila pequena, éramos os únicos brasileiros no lance. Entramos e fomos encaminhados par uma mesa com quatro cadeiras. Ao sentarmos fomos informados que teríamos de compartilhar a mesa com mais duas pessoas. Isso me incomodou. Quando fui falar alguma coisa o rapaz disse:

és el sistema de la casa.

Nunca se sabe "quem vem para jantar" mas fazer o quê?
Logo chegou um casal para sentar conosco. Como cavalheiro que sou, levantei e ofereci a cadeira para la señora.
Nos apresentamos, falei que éramos brasileiros e o Ruben (esse era o nome do meu futuro amigo) falou:

Somos argentinos. Então é só não falar de futebol que ficará tudo bem.

Pôrra! Já senti ali uma pequena falta para cartão amarelo. Afinal eles estão com 6 pontos. Duas vitórias. Sei, claro, ainda nos falta um jogo. Bem, não falamos de esportes em geral. Começamos pelos nomes, de onde somos, filhos, netos (Vantagem nossa. Eles tem três filhos e nem projeto de netos).
Resulta que o casal era de Santa Isabel, uma pequena cidade da província de Santa Fé. Conversa vai, conversa vem e eu já estava com sede. Propus então, já que tinhamos que compartilhar a mesa que compartilhásemos um vinho.
Pedimos um cabernet sauvignon de La Linda, cave de Alícia Arizu que vem a ser a esposa do produtor do Luigi Bosca um dos excelentes vinhos produzidos hoje na Argentina.

Após os shows tomamos mais um vinho e a emoção começou a aflorar. Estávamos emocionados com a apresentação da orquestra de Leopoldo Federico. Quatro violinos, dois celos, um piano de cauda e quatro bandoniões.
Quando tocaram La Cumparsita, para encerrar, me disse Ruben:

- Este es el hino del tango!

Aí é pra matar!
Charlamos
 mais um pouco e o papo caiu inevitavelmente no futebol. Amigos que estávamos, tudo eram gentilezas e alegria. De repente, uma daquelas promessas que faço "na festa" e depois tenho que correr atrás para cumprir:

Se a final for entre Brasil e Argentina vamos a Santa Isabel para assistir com vocês.

Imediatamente nos ofereceram a sua casa para ficarmos, que segundo eles ficou grande demais depois que os filhos cresceram e se foram morar em Rosário.
Nos despedimos, caminhamos algumas quadras nas ruas de paralelepípedos de San Telmo até encontrar um táxi.
Passamos no Walker (pub/restaurante ótimo na nova peatonal da Reconquista) para comer algo e fomos para o hotel.
Eram 2 e meia da manhã. No lobby tem um bar com um belo balcão. A Gisa subiu e acabei travando uma conversa com um recepcionista da noite. Ele estava com dois livros na mão.
Um de poesia. Me disse que era de um guri que veio da Espanha e escreveu a sua biografia em versos.De La Coruña, era. Peguei o livro, Memórias de um Rosto na Escoltilha, dei uma olhada e achei bem interessante. Ele começou a me falar sobre o personagem e a ler alguns poemas. Ouvi com atenção e de repente ele não lia mais e recitava os poemas como se fosse o proprietário das letras, das palavras dos versos.
Perguntei como sabia tudo de memória.

Porque esse personagem sou eu.
Respondeu.
Bem, pedi a saideira e subi. Ganhei um livro autografado e estou me deliciando com as poesias de Francisco Lópes Santos. Um poeta. Um amigo. 








músico foi declarado cidadão ilustre de Buenos Aires em 2002.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um olhar pelo buraco da fechadura da história

  

 A história da fotografia de nu é a história do fascínio das pessoas com o tema. Na verdade, a reprresentação fotográfica do corpo humano é o único assunto que tem encantado fotógrafos, teóricos e consumidores ao longo de um período tão longo - mais de 150 anos .
    É o que se vê num livro publicado pela Taschen - a mais importantes editora de fotografia do mundo - mostrando imagens de nudez desde os princípios da fotografia até os anos 1930. O que se vê nada tem a ver com pornografia, mas com o foco na beleza do corpo humano, buscando transgredir os limites da sociedade sem perder a estética.

   O livro se chama 1000 Nudes, já que revela esse número de fotos de nudez. (Do Catraca Livre)

domingo, 21 de dezembro de 2014

Enquanto isso em Leiges...

God Save the Queen  
    Por A. A. Bracatinga

   Reunidos em alegria e satisfação na Praça Central da cidade, escutavam o mestre de cerimônias bradar: God Save the Queen... E o povo gritava uníssono: Leiges, Leiges, Leiges... *

   Conversações adiantadas na ALESC dão conta de uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 55/15, introduzindo uma monarquia parlamentarista em Santa Catarina.

   Já é consenso entre vários partidos, notadamente o PSD, PMDB, PL e PR, que esta é a solução para o panorama político estadual.

   Graças ao tom moderador do governador, que tem o perfil ideal para o regime proposto, há uma pessoa capaz de amenizar todos os impasses: Vamos corrigir, vamos estudar, estamos melhorando, será ampliado, faremos modificações, enfim... Nada, absolutamente nada fica sem resposta de sua Excelência. Ele ajeita tudo nas palavras. Sempre rindo, bonachão, ele vive no mundo da lua. Não por acaso seu nome é Raimundo. O rei do mundo.

   A sede da Coroa Catarinense será na Coxilha Rica, no planalto, como requer uma Monarquia. A sucessão sempre se dará pelo Colégio de Anciãos, presidido pelo senador Silveira, ad vitalicium.

   A recente decisão tomada pelos poderes constituídos e auxiliares, relativamente ao abono de R$ 4 mil reais, é a primeira manifestação da generosidade da monarquia nascente.

   * God Save the Queen significa: Deus Salve a Rainha.

   *Leiges, Leiges, Leiges significa: Lages, Lages, Lages (no idioma inglês).
O autor A. A. Bracatinga nasceu em Salto Caveira na região de Lages, embarcou no último navio carregado de madeira serrana no Porto de Itajaí, em 1969, para Liverpool no Reino Unido. Lá estudou sociologia e história anglo-saxônica. Formou-se em Oxford e foi contratado pela Consultoria Rolando O’ Berger para oferecer soluções ao governo catarinense. Por ter nascido na serra, A. A. Bracatinga não cobrou um centavo pelo estudo realizado. Cobrou libras esterlinas (sterling pounds).


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Almoço com a Luisa. Uma aventura!

   Ontem fui ao shopping almoçar com a Luisa, minha neta. A Luisa está com 4 anos e tem nos surpreendido com as famosas "tiradas" de criança. Só que as tiradas das crianças de hoje são cada vez mais surpreendentes.

   No outro dia postei no FB uma tirada dela onde demonstra uma preocupação com o Papai Noel: "mãe, acho que o papai noel não vai trazer nada para mim...eu chorei para tomar banho, reclamei pra dormir, não obedeci a mãe às vezes... Mas era meu direito não fazer essas coisas! O papai noel sabe do meu direito?"


Só 1% Papai Noel!
   Bem, ontem quando chegamos no shopping fomos direto encontrar com o Papai Noel. A Luisa sentou ao lado do bom velhinho e escutou com muita atenção os seus conselhos. Eu do outro lado fiz o meu pedido: apenas 1% de tudo que o PT roubou da Petrobrás. O Papai Noel reagiu com indignação e desandou a falar da corrupção e sobre o prejuízo que teve ao cair no conto do vigário do Lula que colocou à venda ações da Petrobras que poderiam ser compradas com dinheiro do Fundo de Garantia.

   - As ações hoje não valem mais nada! Estou quebrado! De saco cheio! Disse o bom velhinho.

   Ao saírmos, a Luisa me falou ao mouvido com uma carinha de chororô:

   - Vô, eu não fiz os pedidos!

   Morri de pena e fui obrigado a improvisar uma explicação. Disse que quando o Papai Noel encostou a cabeça na cabeça dela, captou todos os desejos e pedido. Que ela poderia ficar tranquila.

   - É verdade vô?

   - Claro! respondi e mudei de assunto.
   
   Depois fomos andar no carroção do velho oeste que circulava por uns trilhos no meio da floresta de Natal que decora o saguão do shopping. Foi divertido!

   Findo o programa fui intimado a almoçar. Pegamos a escada rolante, onde a Luisa sobe sozinha e independente e nos encaminhamos para a praça de alimentação. A escolha do cardápio foi um pouco complicada. Frango ou peixe, salada...qual salada? e com direito a perguntas se as verduras eram orgânicas.

   Sentamos para almoçar, e começamos a comer misturando colheradas com muita conversa. A coisa não andava muito. No meio do almoço o clássico pedido. - Vovô, quero fazer xixi!

   Putz, o banheiro fica, agora, do outro lado da praça de alimentação. Pedi a um casal de americanos que estava ao nosso lado, para cuidar nossos pratos e bebidas que já voltaríamos. A caminho falei para a Luisa que ela teria que entrar sozinha pois eu não poderia entrar no banheiro feminino. Ela, cheia de independência e confiança, falou que tudo bem. Entraria sozinha. Uma mocinha...pensei com um certo orgulho!

   Fiquei na porta esperando. Passou pouco tempo e já achei que estava demorando. Fiquei pensando se o banheiro estava limpo, onde ela colocaria as mãos...essas coisas de avô preocupado.

   Logo a porta se abriu e a Luisa apareceu correndo, me dando a mão e dizendo: - vamos terminar de comer, né vô?

   Ao retornar à mesa agradecemos ao casal "gringo" e sentamos. 

   - Vô, cadê o meu suco?

    Realmente estava faltando uma garrafinha de suco natural de laranja que ela havia
escolhido. Olhamos para o casal ao lado e, com cara constrangida, nos disseram que um homem passou e levou a garrafinha. Pode? Eu me indignei e larguei a palasvra, ladrão! A Luisa, na sua inocência, me falou: - Vô, será que ele pensou que era a mesa dele?, melhor assim, pensei, concordando com ela.

   Teminamos o almoço, arregalei os olhos, cheguei perto dela por cima da mesa e falei com ar de cumplicidade que almoço com o vô era com direito à sobremesa. Ela, em um primeiro momento também arregalou os olhos concordando para logo em seguida, depois de "elaborar" a proposta, me dizer: - eu não como mais sobremesa vô. Não como açúcar!

- Mas nem um sorvetinho???!!!

- Só de casquinha, então, vô!

   Bem, passeio completo, fui devolver a criança para a mãe. Depois que saí, a Luisa fez a seguinte observcação: 

   - Mamãe o vovô não pensa numas coisas! Ele me mandou sozinha no banheiro para fazer xixi porque disse que não podia entrar!

   Crianças...crianças...







SC: GOVERNO DO PMDB

   A ausência do deputado federal João Rodrigues (PSD) na cerimônia de diplomação dos eleitos na última eleição, realizada ontem (18) no Centro de Eventos da Baia Sul, causou espécie nos meios políticos e jurídicos de Santa Catarina.

  O segundo candidato mais votado na eleição de 2014, João Rodrigues não atendeu aos inúmeros apelos partidários para que comparecesse à diplomação, com o seguinte argumento: "não quero nem ver a cara do Raimundo!".

   Ex-secretário da Agricultura em todo o primeiro mandato de Raimundo Colombo, onde alavancou uma impressionante votação em Santa Catarina, João Rodrigues - e o PSD - perdeu a secretaria para o PMDB. Na verdade, Rodrigues fez o protesto para denunciar a hegemonia do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) no comando do governo catarinense.

   Se Luiz Henrique já controlava as principais secretarias do primeiro mandato de Raimundo, agora comanda o governo. Raimundo Colombo, ao contrário do que vem apregoando - "esse será o meu governo" - se transformou na verdadeira Rainha da Inglaterra. Terá apenas três anos na cadeira do Centro Administrativo e, em março de 2018, tem que desocupar a moita conforme acordo pré estabelecido com o PMDB. 

   Assume o poder Eduardo Pinho Moreira, atual vice, que será o candidato do PMDB ao governo do estado nas próximas eleições conforme condição imposta por Luiz Henrique da Silveira durante o conchavo que garantiu a reeleição de Raimundo (PSD).

   Pretenso candidato ao governo em 2018 pelo PSD, João "Coragem" vê todo o seu projeto político naufragar nas mãos do seu maior adversário na região do oeste catarinense. O indicado de Luiz Henrique da Silveira, para tomar o lugar de Rodrigues na Agricultura, foi o deputado oestino Moacir Sopelsa (PMDB).

   Tripla traição! Perde João Rodrigues, perde o PSD e ganha o PMDB de Luiz Henrique!

   O domínio do PMDB no governo do PSD é tamanho que chega ao escancaramento de que quando existe uma divergência política interna dentro do poder executivo, as cotoveladas se dão entre Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Eduardo Pinho Moreira (PMDB).

   E o governador Raimundo? Vai passear na Espanha!

Ao lado do mais votado (Amin), a cadeira vazia do segundão! (Foto de Zé Rabelo)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

EXCLUSIVO EXCLUSIVO EXCLUSIVO

 Íntegra da denúncia do MPF na Operação Moeda Verde
   Nas 132 páginas destinadas à denúncia contra os 48 incriminados na Operação Moeda Verde, o Ministério Público Federal faz um resgate histórico da criação de Jurerê Internacional, o bairro/balneário mais valorizado e badalado da Ilha de Santa Catarina. 

   Quem teve acesso à peça, percebe que o foco inicial da operação da Polícia Federal, a disputa comercial entre dois shoppings da cidade, não se refletiu na denúncia, que sequer menciona os dois empreendedoras que, em 2006, ano da operação, eram figuras centrais da polícia.  

   Passados oito anos da deflagração da Operação Moeda Verde, a denúncia é encaminhada para a Justiça Federal com novos personagens e ingredientes. O foco é Jurerê Internacional e os inúmeros empreendimentos liberados ao longo dos anos, como hotéis, boates e os beach clubs. 

   O Cangablog disponibiliza aos seus leitores, na íntegra e com exclusividade, a denúncia assinada pelos procuradores da República Eduardo Barragan Serôa da Mota e João Marques Brandão Néto. 


Para ter acesso, BEBA NA FONTE.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A lista de presentes de Raimundo Noel Colombo

1. Muitos votos para o PT e para a Dilma.

2. Ponte Hercílio Luz reformada.


3. Acesso ao aeroporto da capital inaugurado.


4. Gelson Merísio para as eleições de governo em 2018.


5. Gelson Merísio para comandante da PM, antes.


6. Um casal de pardais para os vereadores Badeko e Cesar Faria.


7. Piso de R$ 3 mil reais para os professores estaduais.


8. Novos hospitais inaugurados.


9. Consultoria gratuita de uma universidade da Flórida para governar o governo.


10. Aumento salarial para os policiais civis.


11. Colchão novo com densidade 33 para o Elizeu Mattos.


12. César Souza para chefe do Detran e a nova mobilidade urbana em SC.


13. Indicação de Luiz Henrique da Silveira para "endireitar" a Petrobrás
.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

MOSQUITO: TRÊS ANOS DE AUSÊNCIA


   Por Emanuel Medeiros Vieira

   No dia 13 deste dezembro, faz três anos da morte do Mosquito. Já escrevi no ano passado e não vou me alongar. Mas creio que a memória é também instrumento de Justiça e de Misericórdia.
   Alguns dos seus amigos, conversavam com ele: sugeriam que ele usasse termos menos pesados, que solidificasse suas acusações. Mas não venho dar lição de moral - ainda mais para quem não tem mais defesa.
   Senti hostilidade de pessoas que pareciam "amigas" por dialogar com o Mosquito.
Paciência. É o preço de quem escreve - não para bajular ou para adular os poderosos -, de quem dá a cara ao tapa, e não esconde-se atrás da falsidade e da dissimulação.
   MOSQUITO.
   Fazes falta.
   Num mundo cada vez mais individualista, mais feroz, menos generoso - onde são escassos os seres corajosos - tua voz era valiosa - balançava o coro dos contentes..

   Eu sei: foi muito processo, muita perseguição, muito advogado, muita falta de dinheiro, muita aporrinhação - além do coração já fragilizado.
Quem somos nós para julgar?
A vida nada tem a ver com justiça ou injustiça.
Mas não resisto a tentação de proclamar: QUANTO PATIFES E VELHACOS VIVOS E O MOSQUITO MORTO!
É preciso lembrar.
É preciso não esquecer.
Sábios ou fúteis, deslumbrados ou cultos, um dia seremos apenas pó e memória.
No fundo, só queria te dar um abraço, Mosquito.
E dizer o que o teu (nosso) Avaí voltou para a Série A (que forme um time pelo menos razoável, para que o retorno à sinistra série B não ocorra).
Enquanto aqui estiver, continuarei te lembrando e buscando a verdade.
TENTANDO COMBATER O BOM COMBATE.
Sim: continuo acreditando que a Verdade liberta - sempre liberta.
(Brasília, dezembro de 2014)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

"Todo filme é sobre cinema"



"Ao lançar meu primeiro livro de ensaios, uma seleta sobre a Sétima Arte, quero encerrar o ano compartilhando com as pessoas apaixonadas e estudiosas do cinema essa viagem pelos filmes inesquecíveis. Gostaria de conhecer pessoalmente todos os aficcionados, para estabelecermos um vínculo virtuoso de interloução e debate. Será uma honra e um privilégio contar com a presença de todos. E um privilégio reencontrar os amigos que interagem aqui no face." 

Nei Duclós

Dia 15/12/2014, segunda-feira, das 16 às 18 horas
Espaço do Escritor. 29ª Feira do Livro de Florianópolis
Largo da Alfândega - Centro - Florianópolis - SC

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Saint Exupéry e outros autores e nome

   Por Emanuel Medeiros Vieira

   Antoine de Saint Exupéry (1900-1944) deve estar no vasto Mediterrâneo. Nunca acharam o corpo deste aviador por profissão e escritor por vocação (e devoção).
   Não importa. Ele é do mar e de todos nós.
   O grande Antoine um dia desceu na nossa ilha, no Campeche (felizmente, antes de sua favelização).
   Não, não é, como muitos pensam, um escritor das misses que, com suas curtas massas encefálicas, nunca o entenderam. É maior. Leiam só o final de “Terra dos Homens”, na tradução de Braga.
   Traduzi trechos do livro de Saint Éxupery.
   Mas a versão do maior cronista brasileiro de todos os tempos é perfeita.

   Leiam: “O que me atormenta, as sopas populares não remedeiam. O que me atormenta não são essas faces escavadas nem essas feiúras. É Mozart assassinado, um pouco, em cada um desses homens. Só o Espírito, soprando sobre a argila, pode criar o homem.”
  

    ARTHUR RIMBAUD: Tive a ousadia de fazer uma tradução de “O Barco Bêbado”, de Arthur Rimbaud (1854-1891), um dos mais belos poemas de todos os tempos.
   Algumas fontes informam que ele escreveu essa obra-prima aos 17 anos. Ele nasceu na cidade francesa de Charleville. Foi um aluno brilhante, e aos 15 anos já havia ganho vários prêmios por composições em latim.
   Em 1871, escreve vários poemas, que envia ao já célebre poeta Paulo Verlaine (1844-1896).
No mesmo ano, vai para Paris, onde Verlaine o introduz à comunidade literária.
Resumindo: Verlaine abandona a mulher e o filho por sua causa. Em 1872, os dois vão até Londres e Bruxelas. No ano seguinte, em meio a uma briga, Verlaine atira duas vezes no amante, e é condenado a dois anos de prisão. Rimbaud volta a Charleville e termina o livro “Une saison en enfer” (“Uma temporada no inferno”).
   Esta obra inspirou o cineasta Jean Luc Godard (1930) na construção de um de seus mais importantes e belos filmes: “O Demônio das Onze Horas” (“Pierrot le Fou”), de 1965.
   Em 1874, Rimbaud retorna a Londres e conclui “Illuminations” (“Iluminações”). Aos 21 anos pára de escrever.
   Sim, desiste da poesia na casa dos 20 anos.
   Decide trabalhar, viaja muito, vive “relacionamentos amorosos com exóticas nativas e ganhando a vida como traficante e comerciante de armas.” (Paulo Hecker Filho).
   Volta à França em 1891 e tem a perna amputada. Morre em Marselha, em novembro de 1891, aos 37 anos.

   Vinícius de Moraes (que leu tudo) confessou a Paulo Hecker Filho: “O maior de todos é Rimbaud.”
   Henry Miller afirmou: “A última palavra do desespero, da audácia, da maldição. A poesia tudo deve a Rimbaud. Até agora ninguém o superou em audácia e imaginação.”
   POESIA: Os poetas, como os cegos, enxergam na escuridão. Hoelderlin já nos ensinava: “O que permanece, fundam-no os poetas.”
  Alphonsus de Guimaraens Filho escreveu: “Se não for pela poesia/como crer na eternidade?”

   Numa mensagem, meu amigo Ronaldo Cagiano, confessa: “Um minuto no túmulo de Balzac, uma tarde à beira do Sena ou um café n’A Brasileira, onde sentou Pessoa, me ensinam mais que todas as religiões e filosofias.”
   Kafka já dizia: tudo o que não é literatura me aborrece.

   Complementa Cagiano, o colega escritor: "Não tenho medo de andar contra a corrente. A vida não é feita de adesões ao política, estética e culturalmente correto, mas ao que tem dimensão onírica, humana e solitária. E isso não dá votos, nem resenhas na Folha.”
   Me perguntaram numa escola aqui em Brasília: “Como se faz um bom livro?”
Eu sorri, sala cheia, jovens de 20 anos. Sabia de cor a resposta de Somerset Maugham: “Há três regras para se escrever um bom livro. Infelizmente, ninguém sabe quais são.”  
   
   Dia de citações, não é? Meus perdões.
   Porque escrever não tem receita. Tem inspiração sim. Mas tem muito trabalho. “Transpiração”, disciplina. Há que começar a faina diária mal rompe a aurora. Todos os dias, todos. E ler, muito. Reler. Ler mais. Sempre. Até o último suspiro. Se paramos de ler, vamos morrer. O aprendizado da escrita é misterioso.

   “O processo de aprender a escrever é desanimador porque é inexplicável”, afirma Alberto Manguel. Ele complementa: “A leitura é uma atividade pela qual os governos sempre manifestaram um limitado entusiasmo”

   É claro. A leitura abre os espíritos. A literatura “revela”.

   A verdade liberta. Com ela no seu coração, você não votaria mais por ter recebido uma esmola, um saco de cimento, umas telhas ou uma bolsa-família.

   Ler sempre incomoda os ditadores, os napoleões tupiniquins, desagrada os poderosos, os idiotas e medíocres de plantão.
   E, no geral, eles estão nos órgãos ditos culturais, com o seu vasto número de funcionários entediados, seus burocratas mesquinhos e seus lanches vespertinos, suas panelinhas burlescas, que querem camuflar o seu enorme vazio com roupas chics ou retóricas e preciosismos. Não enganam. Não adianta. São figuras que merecem a piedade. Serão varridos por qualquer vento sul. Podem receber prebendas, se acham “sérios”, às vezes assinam colunas diárias. Mas serão sempre figuras menores: aquelas que morrerão sem a solidariedade de si mesmas.

   Manguel lembra que Pinochet proibiu “Dom Quixote”, de Cervantes. Lógico, o leitor lendo Quixote descobriria a alma nazista do facínora sanguinário que foi o ditador chileno, uma besta do Apocalipse sul-americano.

   Penso no que disse um republicano espanhol (pai de um escritor) que passou muitos anos numa prisão política: “Até na cadeia vocês serão mais felizes de gostarem de ler.”

   É verdade!
   O que me salvou nos meses de prisão política no DOPS foi a leitura (na OBAN não permitiam: lá era só porrada).

   LEMBRANDO PRESTES: Agildo Barata estava numa cela com Luiz Carlos Prestes, em 1945. Notou um opúsculo de capa verde. Na capa: “Pensamentos de Augusto Comte”. No interior: aforismas estóicos, que Prestes traduzia do grego para passar o tempo. E dizia que como a capa era de Comte, os milicos não iriam tomá-la.
   Conclusão de Barata: quando penso em Prestes, penso sempre num livro de máximas estóicas e de capa positivista.
  “Que sacada, hein”, interpreta o meu velho amigo Flávio Aguiar (desde 1962, no Colégio Anchieta, em Porto Alegre), editor do “Carta Maior”, e que agora vive em Berlim.
   Essa cidade sempre me emociona, pois lá varei noites conversando com Luiz Travassos, tomando todo o vinho alemão existente, a gente caminhando até perto do Muro.

   Ele lá exilado. Eu fugido da “ditabranda”, segundo a Folha.

   Voltando ao líder comunista: quando penso em Prestes penso mais num pensamento granítico e positivista de um homem íntegro, profundamente digno (às vezes equivocado, mas nunca desonroso).

   Por exemplo: sua aliança (“Constituinte com Getúlio”) com Vargas (que o deixaria muitos anos preso nas mãos do perverso Filinto Miller) foi um erro ou uma necessidade naquele momento, em função de um projeto político maior?
   Em termos éticos não se justifica. Foi Filinto quem entregou Olga, a mulher de Prestes, para a Gestapo. Prestes era mais positivista que comunista. Estou equivocado?

   David Nasser escreveu um livro chamado “Falta Alguém em Nuremberg”.
   Esse alguém era Filinto “carrasco” Miller, que foi presidente da ARENA, o “maior partido do Ocidente”, segundo o inesquecível Francelino Pereira. Francelino foi quem fez a nunca respondida indagação: “Que país é esse?”

   Lembrando: a polícia política do Estado Novo (1937-1945), chefiada por Filinto Miller, arrancou com torquês um dente de Carlos Marighella.
   Marighella, segundo o juízo insuspeito de Jarbas Passarinho (que fez a célebre proclamação no dia da promulgação do AI-5, 13 de dezembro de 1968: “às favas com os escrúpulos, senhor presidente”), teria sido o homem mais corajoso que existiu no Brasil no enfrentamento da tortura.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Floripa / Leiges* Connection

   Por Marcos Bayer

   A construção de uma República tem diferentes velocidades. Da Roma Antiga passando pelos Estados Unidos da America em 1776, pela Revolução Francesa de 1789 ou pela República de Weimar de 1919 na Alemanha.

   Nós estamos construindo a nossa. De 1889 para cá, passamos pela República Velha (da elite São Paulo/Minas Gerais), pelo Getúlio Vargas ditador de 1930 até 45, pela iniciante democracia de 1946 até 1964, onde ele e Juscelino Kubitschek são políticos fundamentais, a ditadura de 1964 até as eleições presidenciais de 1989, com o Movimento Democrático Brasileiro – MDB (uma escola política de grandes mestres) e o novo ciclo sob a égide da constituição de 1988.

   As consequências começam a aparecer agora. Um serviço público ainda viciado pelos hábitos do período ditatorial onde os que mandavam não davam explicações para ninguém e uma casta de novos agentes públicos concursados, cientes de suas garantias constitucionais, entre eles, juízes, promotores, delegados federais, fiscais de tributos e ou de rendas, apoiados por uma imprensa de vários tons de cinza, mas que ainda assim, ajuda a construir a República Federativa do Brasil.

   Elogiável o papel da Polícia Federal que não espera e vai atrás do indício, do Ministério Público em seus vários tons de rosa, dos magistrados cujas togas, em vários tons de preto, precisam processar e julgar com mais velocidade para que andem na mesma batida das modernas Repúblicas do século 21. Justiça e Democracia precisam caminhar no mesmo ritmo. Vide: “Univitelinos” neste blog.

   O trabalho de investigação policial realizado na Câmara de Vereadores de Florianópolis e na Prefeitura de Lages, para ficar com os exemplos da semana, tem um significado didático. Ensina aos novos políticos a não repetirem os vícios do passado.

   Vereadores de primeiro mandato cujo objetivo é comprar uma caminhonete importada 4x4 e uma lancha não cabem no plenário municipal, onde o salário é de R$ 13 mi. Prefeitos que querem ganhar a mega-sena inicial na prefeitura devem procurar outra vocação.

   Se o exemplo vem de cima, ensinava Ulysses Guimarães que o homem público não pode roubar e não deve deixar roubar. Nem todos os discípulos aprenderam sua lição. Paciência...

   O político de hoje precisa ser reconfigurado. O governador Raimundo Colombo, por exemplo, é um bom modelo para estudo. Herdou a máquina pública de seu aliado, o governador Silveira, que estava em curso por oito anos (2003-2010). Nos dois primeiros anos de mandato disse que estava aprendendo a gerenciá-lo, aí fez um empréstimo com a presidenta e repentinamente aprendeu tudo. Prometeu ajudá-la nas eleições passadas por gratidão. Ela sofreu a maior derrota proporcional justo em Santa Catarina. Ele venceu no primeiro turno, veiculando propaganda onde o governo era perfeito. Foi ao Corvo Branco assinar a ordem de serviço para asfaltar a estrada e enalteceu os desbravadores que cortaram a serra na mão e na picareta. Mas, tem dificuldades de vencer a obra da rodovia que liga o bairro dos Ingleses à SC 401. Diz que brigou com muita gente dentro do governo para romper o contrato com empreiteira que “cuidava” da restauração da Ponte Hercílio Luz. Brigou porque tinha muita gente interessada na obra?

   Agora, num lance genial, anuncia o novo projeto de funcionamento do governo (é preciso governar o governo, diz ele) elaborado pela Roland Berger, consultoria internacional, cujo site: http://www.rolandberger.com/expertise/experts/index_country_brazil.html mostra que é uma consultoria muito mais voltada à iniciativa privada do que ao setor público.

   Quanto custou? Quem pagou? Onde estão os diversos professores, doutores e mestres da UDESC/UFSC formados em Administração Pública pela University of Southern California – USC, desde os anos oitenta? E os outros formados em outras instituições?

   O projeto irá para a Assembleia Legislativa. O que dirão os nossos deputados?

   Esta conexão Floripa – Leiges tem sido fonte de inspiração para pouca gente. Para “experts” apenas...

Nota: * Leiges significa Lages em ingles para o assessor internacional de São José do Cerrito que acompanha o governo mundo afora.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Prisão do prefeito Elizeu Mattos de Lages

A Justiça determinou a prisão do prefeito de Lages, Elizeu Mattos (PMDB), que não foi encontrado em sua casa nesta manhã. Elizeu estava em Florianópolis e viaja, neste momento, para se entregar às forças policiais da sua cidade. Irá para a prisão.
As pessoas certas no lugar certo!
(Slogan de campanha de Elizeu)

   Informações do blog do Edson Varela, dão conta de que a Procuradoria Geral de Justiça confirmou, em Florianópolis, tanto o pedido de prisão quanto o afastamento do prefeito de Lages, Elizeu Mattos (PMDB).   
Força policial chega na prefeitura (imagem de Vantuir Reche)
   Um dos Promotores de Justiça que atua nas investigações confirmou ao repórter Cláudio Pereira (Rádio Clube): “Não é só afastamento, é prisão do prefeito”

   Segundo o advogado do prefeito, Ruy Espíndola, Elizeu está em viagem para Lages, onde se entregará às forças policiais do GAECO. O prefeito cumprirá prisão temporária de 5 dias no presídio da cidade que preside. bonito, né?
   
    Comenta-se no no Julius Café, centro de Lages, que Elizeu se entregará exatamente às 15:23 h. Uma alusão aos números do PMDB e PSB de seu vice.
Imagem de Vantuir Reche (Rádio Clube)
   GAECO busca documentos
   Promotores de Justiça e demais agentes que integram a força de investigação que forma o Gaeco estiveram logo às 8 da manhã na Prefeitura de Lages e Semasa. Estão em busca de documentos sobre a investigação.

   Empresários entregaram o prefeito
   Acordo feito entre os empresários Arnaldo e Julian Scheller (Viaplan) com o Gaeco objetivando benefícios de relaxamento da prisão, caracterizada como delação premiada, teria sido determinante para o afastamento dos agentes públicos dos cargos e a prisão do prefeito Elizeu Mattos. Os relatos dos empresários teriam completado umquebra cabeças sobre a investigação, com detalhes relacionados ao recolhimento de dinheiro em espécie na cidade de Curitiba e outras práticas criminosas em Lages.


   Jornal O Momento fez o registro da presença de policiais civis na casa do prefeito Elizeu na manhã de sexta. Eles levavam mandado de prisão. (blog do Edson Varela)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Operação Águas Limpas de Lages: Gaeco constata envolvimento de Elizeu Mattos

A vida política do prefeito de Lages está por um fio. O inquérito instruido pelo GAECO e encaminhado ao Tribunal de Justiça é farto em provas e indícios do envolvimento do prefeito Elizeu Mattos do PMDB no esquema de corrupção
     

   O envolvimento do prefeito Elizeu Mattos no esquema de corrupção entre a empresa pública Semasa e a Viaplan está cada vez mais claro.
   Mesmo negando sua participação no esquema criminoso, e acusando o seu motorista - preso em flagrante com uma sacola cheia de dinheiro - de agir por conta própria, o prefeito não consegue fazer frente ao que mostra a análise do inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas, que através de meses de investigações e escutas telefônicas, comprova a participação de Elizeu Mattos no esquema criminosos.

Festival de dinheiro
   Segundo o GAECO, o esquema acertado entre os criminosos era de 10% do valor de cada fatura paga pela prefeitura à empresa Viaplan.
   
  Chega a ser hilária a ansiedade do grupo do prefeito às vésperas de cada pagamento de fatura. Tudo issso registrado em escutas telefônicas. Os pagamentos, que aconteciam mensalmente, eram engendrados com uma logística estremamente complicada. Malas e malas de dinheiro viajaram "por toda Santa Catarina" neste perído do bonança e alegria da quadrilha. 
   Embora a logística chegasse à sofisticação de um salto triplo carpado, na prática era de um amadorismo atroz. O roteiro a ser seguido pelos atores do roubo era detalhadamente acertado via telefone. De um lado o "capo" do prefeito Elizeu, Toninho, do outro lado da linha os empresários da Viaplan e na escuta a polícia. Falavam em local, hora e valores. Em relação ao dinheiro usavam metáforas primárias tipo -Está faltando seis mil folhas no projeto. Agindo desta forma amadora acreditavam que poderiam enganar algum boi na linha.
  
    Mal sabiam que estavam sendo seguidos, fotografados e gravados dioturnamente por meses. A polícia muitas vezes chegava antes nos locais previamente combinado pelo quadrilheiros. Os locais de encontro e baldeação do dinheiro eram quase sempre os mesmos: casa do Toninho, apart Hotel, onde houve o flagrante e pátio da pizzaria Muzzarella.


Reunião com o "chefe"   
Mais adiante, nas conversas entre os meliantes, aparece a figura do "chefe". Arnaldo, o empresário dono da Viaplan, tenta acerta com Toninho um encontro com o "chefe", que segundo o GAECO, seria o prefeito Elizeu Mattos


   A medida que avançava a investigação o nome de Elizeu Mattos aparecia com mais frequência até chegar o momento da constatação de que ele seria mesmo o "Chefe" - como falavam os empresários no telefone - do esquema criminoso.

Nepotismo
   "O Elizeu está tendo problemas também em casa. Pois ficaram de contratar o sobrinho do Elizeu com um salário e contrataram por menos..."



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Guerra da Brahma – ops, Brahva – na Guatemala

Como a AmBev Centroamerica se meteu em uma tremenda disputa familiar no coração da elite guatemalteca

Por Andrés Zepeda*

   De um lado do ringue, a vantagem da Cervejaria Centroamericana – ou Cervecería, em bom espanhol – com 128 anos de estrada e 80% do mercado interno de consumo de cerveja na Guatemala, obtidos com muito fervor empreendedor e favorecimentos do Estado. Do outro lado, o avanço da AmBev Centroamerica, com 10 anos de idade e 20% das vendas totais de cerveja na Guatemala graças à formidável infraestrutura de distribuição que lhe dá a Pepsi e o respaldo da gigante Anheuser-Busch InBev, a maior produtora de cervejas do mundo, formada a partir da brasileira Ambev com o grupo belga Interbrew.

   Para uma batalha de tais proporções em um país como a Guatemala, foi necessário alistar famílias cujo poder acumulado vem de tanto, mas tampo tempo, que remonta aos fundadores desta nação latinoamericana.

   Os Irmãos Castillo descendem daquele que foi braço direito de Dom Pedro de Alvarado, conquistador espanhol que governou a Guatemala colonial. São netos dos netos dos netos do soldado conquistador Bernal Díaz del Castillo. Três séculos mais tarde, em 1886, seus descendentes Rafael e Mariano Castillo Córdova fundaram a Cervecería Centroamericana, que produz a cerveja Gallo, a vedete nacional.
Briga de primos

   Para fundar a cervejaria eles importaram maquinário e matérias primas sem pagar nenhum imposto, segundo o historiador Paul Dosal. Desde o princípio, os políticos permitiram que a Gallo monopolizasse a produção de cerveja no país, como conta uma reportagem publicada pela Bloomberg Businessweek.

   Um ano antes, em 1885, o irmão mais novo de ambos, Enrique Castillo Córdova, havia fundado uma engarrafadora que com o tempo se tornaria a Central American Bottling Company (CBC) uma gigante regional na América Central que opera em 17 países e cujas vendas superam os US$1.2 bilhões anuais, mais que o orçamento do Ministério da Educação da Guatemala.

   Então, há cem anos, a Gallo construiu um fábrica super moderna para a época e adquiriu uma então concorrente, a cervejaria de Quetzaltenango “para evitar qualquer concorrência possível”, explica a historiadora Marta Elena Casaús Arzú.

   A outra linhagem da família – os outros primos Castillo – demorou um pouco para reagir. Mas não ficou de braços cruzados. Em 1942 tornaram-se distribuidores exclusivos da Pepsi transformando de vez a CBC em uma potência regional.

   Os Irmãos Castilho, da Gallo, responderam 16 anos depois com o lançamento do refrigerante Orange Crush.

   Aí o rompimento entre as duas linhagens da família foi definitivo. E já faz meio século.

   Leia reportagem completa. Na Pública.

* Martín Rodríguez participou nesta reportagem. Editada por Agência Pública

Secretaria de estado volta à era das trevas

Negando todo o avanço tecnológico conquistado pela humanidade, Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), determinou a utilização da folha de ponto manual para o registro da jornada de trabalho

   Os motivos alegados pelo secretário para acabar com o ponto eletrônico soam no mínimo estranhos. É o ponto eletrônico que evita fraudes, como aquela que ocorreu na cidade de Goiânia no ano passado. quando a prefeitura da cidade abriu investigação em 2013 e descobriu fraudes na folha de ponto em uma unidade de assistência de saúde do município. Os médicos faltavam ao serviço, não cumprindo as escalas e plantões, mas mesmo assim recebiam pelo trabalho, conforme pode ser conferido na matéria publicada pelo Portal G1.

    Uma circular, distribuída no dia 31 de outubro, determinou a utilização da folha de ponto manual para o registro da jornada de trabalho. Dessa forma, o ponto eletrônico – adquirido com recurso público – deixará de ser utilizado.

   O documento é assinado pelo Secretário Jorge Teixeira e a medida começou a valer a partir do dia 1º de novembro. Três motivos foram apontados para justificar a volta ao passado: viagens e saídas de servidores para cumprimento de agenda da diretoria da Pasta; a carga horária de 6h que já é excedida pela maioria dos servidores e o número de servidores, que em maioria são ocupantes de cargo em comissão. 
   
     Leia matéria completa. Beba na fonte.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Brasil: o país da piada pronta!


Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita
(Do "filósofo" Tim Maia)

   "O Brasil não é um país sério", a famosa frase do diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, (errôneamente atribuida ao general Charles De Gaulle) continua valendo até hoje.

Dilma publica chantagem no Diário Oficial 
   As manchetes dos jornais de hoje no Brasil não podem ser mais engraçadas e seria cômico se não fosse trágico!
   Quanto vale um congressista? Pelo que foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União no final do dia 28, sexta-feira, em torno de R$ 750 mil. No decreto publicado, o governo autoriza a liberação de mais de R$ 444 milhões para as emendas parlamentares de deputados e senadores.
   Mas...e sempre tem um mas com essa gente, o texto do decreto condiciona explicitamente a ampliação do repasse à aprovação pelo Congresso do projeto de lei que derruba a meta fiscal e destrói a lei de Responsabilidade Fiscal, uma das melhores coisas que aconteceram no brasil para evitar corrupção e desmandos administrativos. ´
É a Dilma querendo escapar do crime de responsabilidade!


Propina com nota fiscal
    Essa foi de cabo de esquadro! 
    Somente no Brasil para acontecer isso. 
    O advogado, José Luis Oliveira Lima, do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca, preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), entregou à polícia comprovantes do pagamento R$ 8,8 milhões de propina a uma pessoa que se apresentou como emissário da Diretoria de Serviços da Petrobras. 
   Segundo o advogado, a empresa foi obrigada a pagar propina por meio da LSFN   Consultoria Engenharia, entre 2010 e 2014. 
    E tudo foi feito com NOTA FISCAL !!!!!!! PROPINA COM NOTA FISCAL !!!!!!


Jornalista ameaçado de morte

Raul Sartori ameaçado por vereador de Nova Trento

 
Raul Sartori
 Em seu blog , dia 28 de novembro, Raul publica a seguinte denúncia: 
   "Desculpe e(sic) cabotinismo, leitor, mas é necessário tal registro. O colunista é sócio de um semanário (“O Trentino”, em Nova Trento), absolutamente independente, o que não agrada muitas pessoas, que sempre, sem ele, manipularam pessoas simples e éticas. Agora não é mais possível, porque aquelas estão sendo informados das falcatruas – e com provas – de maus políticos e gestores públicos. Ontem, fez boletim policial de uma segunda ameaça de morte feita por político local. Que isso fique registrado para mostrar como é enorme o desafio, até sob risco de vida, de se fazer verdadeiro jornalismo em SC, sem concessões aos tiranetes de plantão, de todos os escalões".

   O Jornalista foi ameaçado pelo vereador Leonir Maestri (PMDB) quando cobria a instalação de uma CPI para investigar fraude em notas fiscais de despesas de três vereadores na Marcha dos Prefeitos, ocorrida em maio, em Brasília.

   O vereador Maestri, um dos investigados, descontrolou-se e chamou o jornalista de "bandido", ainda dentro da Câmara de Vereadores. Ao final da sessão, já na rua, o vereador voltou às agressões e fazendo gestos com os dedos que simulavam um revólver, ameaçou o jornalista de morte.

   A Comissão Estadual de Liberdade de Expressão da Ordem dos Advogados de SC entrou com pedido de abertura de inquérito na Secretaria de Segurança Pública estadual, para apurar o crime de ameaça de morte (Art. 147 do CP) que prevê detenção de 1 a 6 meses e multa.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Abafa em Jurerê internacional

   Circulando neste momento, 17:30hs, em Jurerê Internacional, cinco motos Harley Davidson da PRF, um micro ônibus com vidros pretos, dois carros brancos sem identificação e duas caminhonetes identificadas nas portas como Receita Federal/Ministério da Justiça.
   O séquito chamou a atenção pela barulheira das sirenes e velocidadade dos carros. Devem estar atras de peixe "grado"em Jurerê!