segunda-feira, 30 de março de 2015

Justiça bloqueia bens do vice-governador por improbidade administrativa

   Vice-governador, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), tem seus bens indisponibilizados por decisão da desembargadora, Cláudia Lambert de Faria, do Tribunal de Justiça de SC. 

 "(...) Da análise dos autos, constata-se que o Ministério Público apontou que a Celesc, através de seus presidentes e diretores, ora agravados, publicou edital de concorrência para contratação de empresa para efetuar cobrança de débitos faturas de energia elétrica pendentes de pagamento, tendo como vencedora a empresa Monreal Corporação Nacional de Serviços de Cobrança S/C Ltda. Alega que o ente público efetuou pagamentos à aludida empresa pelo período de 6 anos, sem que houvesse qualquer controle e em total desconformidade com as exigências previstas no edital licitatório. Além disso, defendeu que houve desvirtuamento do objeto do contrato para que a empresa realizasse a cobrança de créditos de recuperação ordinária, o que foi materializado através das Deliberações de n. 149/2005 (fl. 235 dos autos de origem), 236/2006 (fl. 236 dos autos de origem), 392/2008 (fl. 237 dos autos de origem) e 067/2009 (fl. 238 dos autos de origem). Tais fatos serão examinados com maior profundidade pela Câmara especializada por ocasião do julgamento do recurso. Porém, as supostas irregularidades praticadas pelos agravados e o evidente prejuízo ao erário, por si só, já são suficientes para a caracterização do fumus boni iuris ao recorrente (...)

Leia íntegra da decisão: Beba na fonte



Entenda o Caso Monreal, denunciado com exclusividade elo cangablog. Clique no título.


Publicado em 25 de novembro de 2014

Em decisão, atendendo pedido do Ministério Público de bloqueio de bens no valor de R$ 24.358.298,12, sobre caso de improbidade administrativa na Celesc, o juiz o Rafael Sandi conclui: 

"Nada mais abusivo e ilegal - senão criminoso!

sábado, 28 de março de 2015

Grupo RBS envolvido em fraude na Receita Federal

O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores.O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão.
 
    Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na relação das empresas listadas na Operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.

"Aqui no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não"

resumiu um ex-conselheiro do Carf, com cargo até 2013, numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores. Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.

   A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de "tribunal" da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.
   
   O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores.O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão.

   O Grupo RBS informou que "desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal". A Gerdau afirmou que não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito da Operação Zelotes. "A empresa reitera que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos", informou, por meio de nota.

   O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.

   Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).

   A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.

   Outro lado   Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada.
   A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods.
   A empresas citadas foram procuradas pela reportagem. . O Bradesco e a seguradora especializada em saúde do grupo Bradesco Seguros informaram, por meio de nota, que não comentam assuntos sob investigação das autoridades judiciais.
   O banco BTG Pactual, sucessor do antigo banco Pactual, também afirmou, via assessoria, que não comentaria. Entre as instituições financeiras, Santander e Banco Safra foram procurados, mas não se manifestaram. O BankBoston não foi encontrado.
   A Embraer afirmou que não tem nenhuma informação a respeito do assunto. A Camargo Corrêa também informou desconhecer "informações suscitadas pela reportagem". A Petrobras não quis se pronunciar, da mesma forma que a concessionária Light, do Rio de Janeiro. A Copersucar disse que desconhece o teor das informações e reitera que cumpre rigorosamente com todas as normas e legislação vigente.

   BR Foods, Mitsubishi MMC, Ford Indústria, Cervejaria Petrópolis, Évora, Marcopolo, Nardini Agroindustrial foram procurados mas não responderam até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu localizar Ometto, Viação Vale do Ribeira, Via Concessões, Dascan, Holdenn, Kanebo Silk e Cimento Penha e CF Prestadora de Serviços. A reportagem não conseguiu identificar com segurança quem são Carlos Alberto Mansur e Newton Cardoso. 

   A denuncia é do jornal O Estado de SP

sexta-feira, 27 de março de 2015

Cheiro de maconha infesta a Av. Osmar Cunha

   Caminhão de Itapevi, SP, sendo descarregado, neste momento, com uma carga de tabletes de maconha, na 1º DP da Capital, na Avenida Osmar Cunha, centro de Florianópolis.

   Policial, amigo do cangablog, diz que o nível de THC é absurdo! 

   Petistas dizem que é FHC!





Como faço para virar um empresário do PT?


   Esta pergunta atormentou o ex-mega empresário, Eike Batista, durante muito tempo. Segundo assessores próximos, o empresário repetia a pergunta de vez em quando, em voz alta, para si mesmo, sem se preocupar com quem a ouvia. 


   O tormento tem origem lá em novembro de 2002, logo após a vitória de Lula para a presidência da República. Segundo a jornalista Malu Gaspar, autora do livro Tudo ou Nada, sobre a trajetória de vida de Eike Batista, uma comitiva de petistas visitou o escritório da holding EBX no Rio.

   Os petistas foram diretos: o partido tinha deixado uma dívida de alguns milhões de reais no caixa 2 e mais 700 mil reais nas doações oficiais.  Precisavam tapar os rombos e, para pressionar, repetiam o discurso de que Lula precisava se aproximar do empresariado, "empresários do PT", diziam.

   Eike gostou do "empresários do PT", e entrou com uma ajuda de seis zeros, algo entre 1 milhão e 9 milhões de reais, no caixa 2. Mas os petistas insistiam em que deveria haver um registro, para efeito contábeis, na prestação de contas à Justiça. Só que naquele ano os ganhos com vendas de participação em empresas - o grosso das receitas dos negócios de Eike - não serviam como fonte de renda para doação de campanha.

   Dinheirinho da Playboy
   Mesmo com dinheiro para doar, Eike estava em uma sinuca de bico, não poderia oficializar nada. Mas para esses casos, sempre se acha uma solução. Alguém, da assessoria íntima, lembrou que a única pessoa que tivera renda declarada no ano fiscal anterior fora Luma de Oliveira, ainda mulher de Eike. Luma havia declarado os ganhos de 200 mil dólares de cachê que havia amealhado da revista Playboy.

   Luma foi colocada como colaboradora oficial da campanha de Lula, com 27 mil reais. A generosa quantia está registrada na última versão da prestação de contas da campanha do PT, em 25 de novembro de 2002. Divulgada a contabilidade, ficou-se sabendo que a modelo fora a maior doadora individual da campanha vitoriosa do Lula.

   Mesmo com todos estes agrados, Eike não foi convidado para a concorrida cerimônia de posse do petista. Luma recebeu convite, sem direito a acompanhante. Solidária com o maridão, preferiu não ir.

   A fraude está na origem do PT.

quinta-feira, 26 de março de 2015

The man of the year

   Por Leal Roubão*

   Com absoluta exclusividade este blog obteve a informação de que a revista Time Magazine, a mais vendida no mundo ocidental, decidiu escolher, antecipadamente, o homem do ano (The man of the year). Embora prematura, a escolha reflete os feitos administrativos e políticos de um sujeito da América do Sul, brasileiro e lageano. Trata-se de Raimundo Colombo, uma revelação para o mundo.

   Ele já foi eleito três vezes prefeito de Leiges (Lages em inglês). Duas vezes governador de Santa Catarina e pode vir a ser eleito, pela segunda vez, ao Senado da República.

   Afora isto, presidiu empresas estatais no seu estado. Um caso raro.

   Conhecido pelos apelidos de “gandula” ou “soneca”, ambos cunhados pelos seus pares no Senado Federal, é um tipo bonachão que sabe exercitar como ninguém o jeito “rolando lero”.
Pouco sabe, mas tudo resolve com expressões como: vamos analisar, vamos aperfeiçoar, estamos resolvendo, conseguimos recuperar, é possível equacionar e etc.

   Instalou a fábrica da BMW no norte catarinense, cujas consequências para o setor metal-mecânico, serão admiráveis.

   Restaurou a Ponte Hercílio Luz, construiu novo acesso ao aeroporto da capital. Assinou várias “Ordens de Serviço” para obras inacabadas em todo o território estadual. Instalou um radar em Lontras que avisa quando as chuvas serão torrenciais. Ocorrendo  enchentes, apesar do aviso do radar, as pessoas continuam a perder seus animais, móveis e até bens imóveis. Além de ficaram acampadas em escolas ou ginásios esportivos.

   Contraiu empréstimo de R$ 10 bilhões de reais com o governo federal, mas não se sabe quanto já gastou. Fez uma operação de crédito com o Bank of America no valor de US$ 726 milhões de dólares para saldar uma dívida com a União no valor de R$ 1,5 bilhão e, pela variação cambial, o montante já está em R$ 2,2 bilhões de reais. Ou seja, perdeu R$ 700 milhões de reais.

   Fixou o piso salarial para professores em R$ 5 mil reais, sendo que os mestres recebem R$ 7 mil reais e os doutores R$ 9 mil reais.

   Contratou uma consultoria com a empresa multinacional Roland Berger, não se sabe por quanto, nem quem a pagou, para a reforma administrativa que está “empacada” na Assembleia Legislativa, desprezando a capacidade da elite intelectual de Santa Catarina.
Inaugurou o Memorial Cruz e Souza, museu que atrai a visita de milhares de cidadãos mensalmente.

   Foi capaz de reunir vários partidos políticos, entre eles o PSD, PMDB, PC do B, PSDB, PP e outros menores para facilitar sua gestão na ALESC. Tudo por amor ao povo.
Construiu inúmeras câmaras frigorificadas para as diversas cooperativas de agricultores estaduais. Despoluiu rios e lagos e recompôs a mata ciliar onde era necessária. Construiu hospitais de primeira linha e acabou com as filas de necessitados.
Modernizou a segurança pública, adquiriu máquinas, veículos e armas e baixou os níveis de criminalidade para zero.

   Introduziu melhorias na maricultura e fez da atividade a mais competitiva do hemisfério sul. Instalou antenas parabólicas nas escolas da rede escolar estadual e, sintonizando canais estrangeiros, fez dos estudantes catarinenses, pequenos poliglotas.

   Despoluiu o mar. Fez da atividade pesqueira a mais rentável do planeta. 
Acabou com as verbas de publicidade e usou os veículos concessionários de comunicação para anunciar suas conquistas. Fez da CELESC e da CASAN as empresas mais eficientes do país em suas respectivas áreas: Luz e água/esgoto.     

   Em seu governo não há um caso de corrupção. Vozes da oposição dizem que é porque muitos roubam, pulverizando a atividade ilícita.

   Por último, deixou na manga da camisa a sua última cartada: Se a empresa chinesa SINOTRUCK não construir caminhões pesados na região de Leiges (Lages em inglês), será a maior construtora de vacas-mecânicas para laçadas, na América do Sul.



quarta-feira, 25 de março de 2015

Reflexos da Operação Lava Jato em SC

   A eficiência e os robustos resultado da Operação Lava Jato, presidida pelo juiz Sérgio Moro, da 13º Vara de Curitiba, têm causado temor e arrefecimento de operações clandestinas nos meios políticos de todos os estados.

   O esguicho da Lava Jato está respingando em todos os estados da Federação. Os reflexos da eficiência  da Operação são o arrefecimentos da distribuição do dinheiro sujo, a falta de lubrificação das engrenagens da máquina da corrupção e, agora, a fuga de operadores partidários que tentam abandonar o barco antes de serem enjaulados no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Grande Curitiba.

   Aqui na aldeia, já começa o movimento de fuga. Um dos notórios operadores do PMDB, gente de alto coturno, há 12 anos no poder, já iniciou o movimento limpa-gavetas e acionou a máquina de picar papel. 

terça-feira, 24 de março de 2015

DETER e a cancela quebrada

   Mesmo com o desaparecimento de R$ 550 mil dos cofres do Departamento de Transportes e Terminais (Deter) denunciado com exclusividade por este blog (leia aqui), as coisas não se emendam na instituição. 

   A cancela do estacionamento B, do Terminal Rita Maria, está quebrada desde dezembro. O Deter continua pagando a empresa de manutenção que nada faz e a entrada e a cobrança continuam sem controle. 

   Cobra-se o que se quiser e registra-se o que quiser.

Excesso de liberdade de expressão

Outdoor serve de suporte para polícia dar "geral" em suspeitos, na Av. Ivo Silveira (foto Cangablog)
   Parece piada pronta. 

   Os vereadores de Florianópolis, que votaram pelo aumento do IPTU, tiveram negada uma ação judicial contra a ACIF e SECOVI, onde pediam a retirada dos outdoors, com suas fotos, espalhadas pela cidade.
   

   Os vereadores, na ação, alegaram “excesso na liberdade de expressão na veiculação da propaganda difamatória”.

   O pedido foi negado pela juíza Daniela Vieira Soares com a seguinte sentença: “O veto, de fato, existiu, assim como a respectiva manutenção na Câmara de Vereadores, detalhe bastante notório e também enfocado na causa de pedir. Logo, as palavras empregadas nos outdoors não encerram inverdade”.

quarta-feira, 18 de março de 2015

DETER investiga sumiço de R$ 550 mil

Após denúncia exclusiva deste blog, sobre o sumiço de R$ 550 mil dos cofres do Departamento de Transportes e Terminais, o presidente do DETER nomeou uma Comissão de Sindicância que irá investigar o desaparecimento da bufunfa. Segundo rumores internos na instituição, teriam irrigado a campanha eleitoral de um deputado do PMDB.

Ecos dos protestos...


   Por Jaison Barreto

   Ainda sob os efeitos do que assisti no domingo, gostaria de dizer da minha alegria. Fui sentir de perto e quase sozinho, a manifestação anunciada.
   Lamento as declarações do Vignatti, que sempre reconheci equilibrado e até mesmo vítima da cúpula petista nacional.
   Falar em BMW e elite burguesa, num governo que enriquece banqueiros, acoberta ladrões e transformou o país em um paraíso da indústria automobilística abandonando o transporte coletivo, internacional, com políticas de "casa comida e roupa lavada”, subsídios, etc, é realmente incompreensível.
   Compreendo também até a postura do Prates, que gostaria de ver mais "sangue nos olhos", comparando a manifestação com o Micareta. Faz parte do seu estilo.
   Do nosso Governador Colombo, fiel aliado do governo de Dilma, apenas o comportamento previsível da sua personalidade.
   Não entra em bola dividida.
   Como um “gandula” prefere sempre jogar a bola pra dentro de campo.
   “Constituinte” é a solução contra a corrupção que assola o país e também setores do seu governo, garante ele.
   Hábil como ninguém, e fruto da “Corrente da Felicidade”, inventou com a assessoria de “experts” conhecidos por toda Santa Catarina, um governo sem oposição: desde comunistas fazendo assistência social, direitistas de todos os matizes, “inimigos em cima mas amigos em baixo”, vai acabar se colocando como o governo central, nas mãos de algum aliado seu, preso pela Polícia Federal, usando a delação premiada.
   É o que eu ouço do barulho que vem das ruas.
   Sem pretender posar de cientista político ou coisa parecida, o que vi me convenceu de que mesmo lembrando que a história não dá saltos, já temos massa crítica capaz de garantir transformações sociais no Brasil.
De maneira consciente, adultos, jovens, famílias inteiras desfilaram sua cidadania com orgulho e altivez.
   Não ouvi demagogos, populistas, políticos ladrões, mistificando, fazendo promessas.
   O principal já existe.
   Agora é ficar alerta.
   A empulhação tem nome é – Reforma Política.
   30 anos atrás na mesma Praça ajudamos a realizar o segundo comício pelas Diretas, dois dias depois do de Curitiba com lideranças nacionais, capitaneadas pelo grande Ulisses.
Postei a foto aqui no Facebook em janeiro.
   Acabamos no Colégio Eleitoral, garantindo empregos pra todo mundo, consolidando a Era Sarney.
   No mesmo local anos depois, com diferentes lideranças nacionais defendemos oParlamentarismo como solução para os desacertos da política brasileira.
   O país vive até hoje pagando o preço pela solução adotada, com essePresidencialismo irresponsável.
   Agora das prateleiras da Ditadura inclusive, estão à procura de solução para os mesmos males que o país sempre enfrenta.
   Mais grave ainda, é a pretensa urgência, para impedir uma discussão honesta e definitiva.
   O besteirol vai desde o voto facultativo, distrital, distritão, distritinho, lista fechada, voto majoritário, circunscrição etc. etc.
   Só falta “circuncisão”!
   Voltaremos ao assunto.

Saudações

Vaias, Protestos, Manifestos e Pronunciamentos no Armário Ideológico

   Por Eduardo Guerini
Com sua clepsidra político-ideológica
contando o tempo de duração de um governo sabujo. 
Apoiado em seu ábaco fazendo o cálculo entre número
de manifestantes e nível de insatisfação popular.
                                         
   No limiar da era lulo-petista todos os sonhos decantados pela utópica tomada do poder na sociedade brasileira, com a implantação de uma equação mais justa na distribuição de renda, alicerçadas na batuta forte da “ética na política”. No ápice do primeiro mandato, todos as esperanças foram embaladas para inclusão de um país miserável em crise econômica, com uma classe política – da elite branca e dependentista associada, que não tinha mais respaldo popular, e, de seus apoiadores históricos.
   E assim, as vaias e manifestações contra a elite no poder, foram marcas históricas de um Partido – que mantinha a ética na condução de suas ações políticas, o Partido dos Trabalhadores. O tom do discurso era radical, pregava uma nova sociedade e um novo tempo, que nunca chegou. Daí, os conchavos com a elite, a conciliação de classes, marcas indeléveis do ciclo lulo-petista, se esgotaram na sucessão de escândalos de corrupção com resultados conjunturais pífios e transformações superficiais na “inclusão pelo consumo”. As ditas reformas estruturais de caráter social, foram solapados pelo continuísmo das políticas econômicas neoliberais implementadas pelo seu antecessor.
   Em cada pronunciamento, em cada manifesto, a explicação que era retirada do “armário ideológico” do lulo-petismo para justificar uma acordo conciliado com a elite dirigente que financiou este projeto de poder, passava pela surrada marca da “herança maldita” de FHC. A culpa de toda a desgraça e impossibilidade de superação das velhas fórmulas e práticas era atribuída a “costela de adão” da Nova República.
   No estágio da sucessão do Criador (Lula), esgotada todas as possibilidades das velhas lideranças, aprisionadas pelo escândalo do Mensalão, não restou outra alternativa para a equação política de continuidade, senão a velha e surrada indicação de um “poste”, que seria um marionete fácil de manipular no enredo da máquina reeleitoral, a primeira mulher assume a Presidência da República. Eis o legado do Criador, uma criatura (Dilma) que tinha as condições de fazer o controle burocrático da máquina estatal, enquanto o Criador e seus operadores mantinham o controle político e financeiro.
   Nem sempre o ciclo político é sincrônico com o movimento econômico, a crise que fora escamoteada, chegou com força de um tsunami no último ano de governo do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Portanto, era necessário uma forte dose de polarização e desconstrução dos opositores. Novamente, é sacado do “armário ideológico”, a ideia putrefata de uma onda conservadora, uma direita reorganizada, de alarmismos e profecias de golpismo que pretendiam retiram “o pão da mesa” dos miseráveis que encontraram o paraíso terreno sob o ciclo lulo-petista-dilmista.
   Na recente onda de protestos, as Cassandras Alucinadas e Lamuriosas, não se cansam de fazer comparações esdruxulas e estapafúrdias, apresentando uma teoria conspiratória de pânico e instabilidade que culminaria com a tomada do poder pelos militares. A negação da crise econômica, tal como no escândalo do Petrolão, no ensaiado recurso de cegueira ideológica, colocando todos os partidos na vala comum da esbórnia política que tomou conta do atual governo, transformou o segundo mandato presidencial numa “velha e putrefata senhora”, prestes a frequentar o inferno político na opinião pública.
   Nos protestos dominicais, nas vaias cotidianas com panelaços a cada pronunciamento, segundo o Evangelho do Lulo-Petismo (Seita da Verdade Absoluta), somente uma elite branca e aquinhoada está insatisfeita com a condução de um governo envelhecido em menos de noventa dias de nascimento. A negação da negação, com estabanado ataque aos manifestantes e suas bandeiras transformaram o Partido dos Trabalhadores em agremiação mumificada, suas lideranças acomodadas nos palacetes governamentais envelheceram e perderam todo o vigor para entender a dinâmica de um novo tempo, onde não terão capacidade de protagonizar as mudanças que outrora sonharam.
   O ideal radicalizado da juventude do lulo-petismo, no período dilmista, se transformou na “velha senhora” que corrompeu, degenerou e enganou um nação por um longo período, sem norte e direção, na falta de recursos políticos, nada melhor que sacar de velhas cantilenas com apoio da escória da política nacional, desqualificando opositores e manifestantes.
   Assim, na volta dos ponteiros de uma crise abissal conjugada – política e econômica, seria interessante que o Partido dos Trabalhadores saísse do “armário ideológico” para não ser empurrado para o abismo histórico.

Cai a central de boatos e difamação do PT

Divulgação de documento reservado do Palácio do Planalto com análise interna da Secretaria de Comunicação do governo, mostra as entranhas da central de boatos e acusações que meia dúzia de jornalistas - pagos com dinheiro público - produziam e difundiam para seus blogs "progressistas" e seus tarefeiros usados para replicar as mentiras em todos os estado do país

Do Estadão
São Paulo - Documento reservado do Palácio do Planalto, publicado pelo portalestadão.com.br com exclusividade às 17h11 desta terça-feira, admite que o governo tem adotado uma comunicação "errática" desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff, afirma que seus apoiadores estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais e aponta como saída para reverter o quadro pós-manifestações de 15 de março o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad onde se concentra, atualmente, a maior rejeição ao PT.


O gênio da comunicação
Thomas Traumann, o inconfundível (Do O Antagonista)

O relatório da Secom que fala abertamente do financiamento do governo aos blogs sujos -- uma vergonha a ser investigada pelo Ministério Público Federal -- não tem assinatura, mas, eu, Mario, reconheço o "estilo".

Pelos erros de português, o falso tom técnico, o conjunto palerma a ponto de adentrar abertamente a ilegalidade, o relatório foi escrito pelo ministro Thomas Traumann.

O hoje ministro foi subordinado meu na revista Veja. Quando fechava comigo, eu constatava como a incompetência é irmã da presunção. O sujeito era incapaz de acertar uma legenda, mas se achava um outro Thomas, o Mann.

Era também um despreparado para a vida civilizada. Thomas Traumann achava que podia sair de casa vestido de camisa e gravata, sem paletó. Da última vez que o vi, no Palácio do Eliseu, em Paris, continuava com a sua risada de puxa-saco, sempre muito mais alta do que a graça da piada.

Como virou ministro? Sem chance de alcançar cargos de chefia no jornalismo, seguiu um caminho mais fácil. Foi ser membro do governo mais ridículo da história do Brasil. Agora, pelo jeito, terá de bater perna em outra freguesia.

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,documento-do-planalto-admite-comunicacao-erratica-e-defende-mais-propaganda-em-sp,1652751
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terça-feira, 17 de março de 2015

Feliz Aniversário, Elis! Saudades!

Caminhando sob chuva...

Bruno Ropelato/ND
  Por Hélio da Costa Almeida

   Parecia que ia ser um fracasso. Quando o céu acinzentou nós pensamos que a chuva iria acabar com a brincadeira das elites brancas de Florianópolis, uma elite que mama no dinheiro público, como nós do PT queremos mamar. Nossa cúpula já conseguiu. Nós ainda não.
   Ficamos atordoados com tanta gente. Pensávamos que iria aparecer meia dúzia de gatos pingados. Foram milhões de pingos na cabeça de milhares de pessoas. Para nós foi uma lição de mobilização. As elites aprenderam a protestar. Havia gente de tudo quanto é tipo, sobretudo da classe média que já foi nossa aliada quando falávamos em decência, ética no poder, igualdade nos direitos, distribuição de renda, isonomia e todas as bandeiras do novo Brasil.
   Foi a maior passeata que a cidade já experimentou. Sem pagamentos, sem sandwiches de mortadela, sem promessa de cargos comissionados.
   A nossa Dilma está encurralada. Se vai  para as ruas é vaiada. Se vai para encontros fechados, também é vaiada. Se fala na TV, as elites apagam as luzes, apitam e batem as tampas nas panelas.
   Ela quer o ajuste fiscal para poder pagar aos bancos os juros da dívida interna com mais facilidade. São mais de R$ 250 bilhões anuais. Dez vezes o valor declarado na organização da Copa da Fifa, em 2014. O Joaquim Levi é do Bradesco e não brinca em serviço.
   Vai ter arrocho, inflação, cortes orçamentários e empobrecimento. As elites vão ter que aguentar.
   Mas, nós vamos voltar com toda a força. Não sabemos quando, mas vamos voltar. A Ideli, nossa ministra, não apareceu nem na passeata de sexta-feira, nem na de domingo. Nós aprendemos com as elites como operar a Petrobrás e outras estatais. Já somos “experts”. No STF estamos aprendendo como é que as elites procedem. Estamos gostando.

sexta-feira, 13 de março de 2015

O Palhaço da Vassoura

  Dia desses, remexendo na garagem do Pai, lá em Quaraí - é uma caixa de Pandora - encontrei esse compacto duplo produzido pela Odeon.

   O Palhaço da Vassoura é uma marchinha que ridicularizava o Jânio Quadros, então candidato à presidência da República, pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN) com o apoio da 
UDN. Tinha a vassoura como símbolo da sua campanha. Iria varrer a corrupção do Brasil, dizia: 

“varre, varre vassourinha/ varre, varre a bandalheira/ que o povo está cansado de sofrer dessa maneira/ Jânio Quadros é a esperança dessa gente brasileira”

   Do outro lado do compacto, tinha outra marchinha, O Homem da Espada, que enaltecia o Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, opção das esquerdas na disputa. Lott, ex-Ministro da Guerra, desde sempre, usava a espada como símbolo da sua campanha.


   Jânio ganhou de lavada. Lembro do meu pai, escutando o escrutínio pela eletrola Telefunken, com olho mágico, e a cada apuração de cidade ou estado que só aumentavam a vantagem de Jânio Quadros, dizer: - o povo enlouqueceu! É uma Janeada!

    Não consegui achar a marchinha do Palhaço da Vassoura no youtube. Mas achei a marchinha da campanha do Jânio.

Comentários sobre a crise política brasileira atual


   Por Leal Roubão

   O Brasil, nosso querido filho nas Américas, acabou ficando mais rico e mais poderoso do que a Coroa. Já era previsto, e Pero Vaz de Caminha registrou, a terra brasilis seria um eldorado no Novo Mundo.
   No entanto, paralelamente à riqueza e fartura dos brasileiros, permitiu-se criar uma casta governante, nos três poderes, que esfola o Tesouro Nacional. Salvo as exceções que sempre existem em qualquer regra, o Brasil é governado por "gangues" de todos os matizes ideológicos que obtém no Estado a melhor forma de sobrevivência.
   A própria iniciativa privada, desde os canaviais do Nordeste colonial às jazidas minerais da Vale do Rio Doce do país moderno, é protegida pelo Estado.
   Risco no Brasil só na hora de atravessar as ruas ou quando votar nos candidatos ao Poder. No restante, para quem quiser e souber, há proteção.
   Isto explica, sem nenhum ranço partidário, como se instalou na maior empresa estatal do país, a Petrobrás, uma engrenagem lubrificada para drenar "propinas" dignas das grandes fortunas da realeza européia.
   Um simples gerente executivo, como Pedro Barusco, foi capaz de depositar U$ 97 milhões de dólares em bancos estrangeiros, ao longo de sua carreira.
   Seria ingenuidade pensar que foi o único ou que seus superiores nada sabiam e não participavam.
   Se na Petrobrás a "propina" floresceu, também deve ter florescido em outras empresas estatais, inclusive no BNDES, o banco que fomenta negócios no país.
   Muitos "empreendimentos privados" festejados por empresários nacionais são frutos de propinas, de arranjos, de créditos subsidiados e outras facilidades estatais. Muito ICMS não pago, anistiado ou renegociado ajudou a construir fortunas com aparência de "tino empresarial" nos estados da federação.
   O Brasil está vivendo momentos fundamentais para sua emancipação politica, econômica e moral. Que aproveitem a oportunidade.


quinta-feira, 12 de março de 2015

DETER: O mistério do sumiço dos R$ 550 mil

   Na sede do Departamento de Transportes e Terminais (DETER), em Florianópolis, não se fala de outra coisa: onde foram parar os R$ 550.000,00 referentes à cobrança de 9 meses do estacionamento do Rita Maria.

   O Terminal Rita Maria, a nossa rodoviária, trabalha com estacionamento e tem cerca de 400 vagas ofertadas para mensalistas e diaristas. Isso gera uma média de R$ 2 mil, por dia, em dinheiro vivo.


   O dinheiro é contado no final do dia e depositado em uma conta no Banco do Brasil. O depósito gera uma guia DARE, que gera um número indicando o valor do depósito. Isso acontece diariamente por muitos anos. Só que de repente, a partir de julho de 2014, as guias começaram a rarear no sistema do financeiro do DETER. Ou seja, os depósitos do Rita Maria pararam de entrar no Banco do Brasil.

   O montante do valor não depositado chega, hoje, a R$ 550.000,00 e ninguém sabe que fim levou esse dinheiro. O presidente, Fúlvio Rosar Neto, afilhado do deputado Valdir Cobalchini (PMDB), eleito na última eleição, pressionado por funcionários, prometeu abrir uma sindicância para apurar o paradeiro do dinheiro.

   Até agora, a sindicância ficou na promessa.

   A suspeita que rola no meio dos funcionários do DETER, é de que o dinheiro foi para turbinar a campanha política de um deputado que se elegeu na última eleição.

   Alô Ministério Público!!!!!!

terça-feira, 10 de março de 2015

Militantes convocam população para protesto


Al Jazeera comenta escândalos políticos no Brasil


   Por Abdhulah Mohammed Harrit (especial para o Cangablog)
   Aqui no Médio Oriente os comentários sobre os escândalos da política brasileira são muito analíticos. Em brimeiro lugar, o PP, aí conhecido por Partido Progressista, aqui sempre foi identificado por Partido da Petrobrás. Simples e fácil o disfarce.

   Alberto Youssef, brimo e membro da colônia, caiu porque foi abandonado. Já a brima polonesa Roussef está protegida pelo artigo 86, § 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

   Entretanto, o Lula bresidente fica protegido pela 51.

   Situação muito complexa para os brasileiros. Depois de conhecidos os nomes dos barlamentares do PMDB e do PT, alguns do PSDB talvez, deve ser atingida a maioria absoluta, ou seja 257 membros.

   Sobem os breços do gasolina, do luz e dos outras coisas todos. Os breços dos apoios políticos também. 

   Um inflação espiral ascendente.

sábado, 7 de março de 2015

Não cabem todos na mesma barca...


   Por Marcos Bayer

   Os jornais de Santa Catarina dão conta de um governo estadual sem oposição. É assim mesmo. Quando a inteligência se omite, quando o brilho fica opaco, quando a voz se cala... Os medíocres se juntam.

    Estamos assistindo a um fenômeno raro na história política catarinense: A união da Arena Jovem com o PC do B, envolvendo PMDB, PSD (PFL, DEM), PP, PSDB e possivelmente o PSB. Todos na mesma barca. Um acinte ao eleitor. Eleitos e refugados, juntos, abrigam-se nas marquises do poder e bem remunerados riem da população que votou pensando em oposição, fiscalização, eficiência e decência. Fazem negócios de diferentes montas. Publicidade enganosa, consultorias inúteis, obras de engenharia capengas, licitações marcadas.

   Há muito tempo que Santa Catarina não tem uma voz consistente de oposição nos cenários nacional e estadual. Jaison Barreto deve ter sido o último. Por isto, talvez, tenhamos que viver das migalhas da República tão choradas pelos nossos falsos profetas-representantes.

   O preço que a sociedade catarinense pagará por este consórcio de vários lances, muitos fraudulentos, será quantificado nas próximas gerações.

   Além da baixa densidade moral que permeia a administração pública, a inutilidade de algumas ações empobrecerá a prática política necessária aos homens.

   O Estado virou uma fonte de negócios. Algum “brazilianista” logo cunhará a expressão “statebusiness” para diferenciar de “privatebusiness”.

   Como citei um político para ilustrar um comportamento de oposição à corrupção e à ditadura, devo citar outro para dar feição ao momento que estamos vivendo na política local. Vem à lembrança o nome do vereador Içuriti Pereira, do velho MDB, que saiu da posição de telefonista de hotel, passou pelo legislativo municipal, virou membro do clube dos gourmets e terminou como diretor de rede de emissora de televisão. Ainda bem que Içuriti é nome indígena. Porque Pereira é nome de novo rico português...

sexta-feira, 6 de março de 2015

A Economia dos Calotes Imperfeitos

Por Eduardo Guerini

Decifrando o enigma gerencial da Governanta
do Planalto Central no seu enredo de eficiência
e eficácia midiática com empulhação política
rotineira, onde contribuintes brasileiros
se  transformaram em idiotas funcionais.

   Na campanha eleitoral de 2014, o Criador (Lula) não cansa de vociferar contra os opositores que desqualificaram a Criatura (Dilma Rousseff). Afinal, a capacidade gerencial era insuperável para conduzir o Brasil na Era pós-Lula diante de um cenário de dificuldades na economia internacional.   
   
   A propaganda governamental que projetava o Brasil-Potência prestes a atingir o Olimpo   do desenvolvimento no mundo ocidental, uma questão patrocinada pelos bons ventos e o acaso temporal, com a anuência do Criador sob a batuta da Criatura. 

   Num arroubo esquizofrênico de nossa governanta, ela chegou a dizer que a Europa deveria se espelhar no modelo de desenvolvimento brasileiro e suas famosas políticas anticíclicas, com o cálculo econométrico do Ministro Guido Mantega (aquele das previsões  otimistas que nunca se realizaram) e controle do cofre do Tesouro Nacional de um auxiliar nada suspeito  - Arno Augustin, o garoto prodígio da contabilidade criativa.

   No embalo de um projeto de poder que fazia água no horizonte econômico critico, o remédio foi dosado – pedaladas fiscais e políticas do populismo caboclo, com uma horda de Cassandras alucinadas de lulo-petismo apresentando o modelo econômico continuísta como tábua de salvação. Assim, qualquer alternativa era demonizada como volta ao passado (sic) em detrimento dos avanços substantivos inquebrantáveis narrados pelos “profetas do caos”.

   Na posse da Criatura (Dilma), a sociedade brasileira estupefata assistiu as primeiras medidas ditadas pelo Ministro Chefe da Casa Civil, como primeiro ato no enredo  do estelionato eleitoral – corte em direitos sociais ,  retração nos investimentos e aplicação de uma política ortodoxa, que nem o mais ferrenho neoliberal tomaria com tamanha avidez.   

   Na condução silente da eficiente gestora surgiram alguns esqueletos que  estavam no armário. No primeiro momento, o slogan “Brasil - Pátria Educadora” ruiu pelos atrasos desde outubro de 2014 no pagamento de programas de educação. Uma gama de bolsistas começou a postar nas redes sociais reclames da falta de “regularidade no fluxo de pagamento”. 

   No segundo momento,   universidades e estudantes  do programa de Financiamento Estudantil – FIES, são submetidos ao processo de cortes e redução de acesso. Um calote orquestrado na base legal-institucional de mudanças das regras no andamento do curso.

   No programa-vitrine – PRONATEC, a novidade é o atraso no pagamento de instituições que prestaram serviço e atraso no inicio de tal política de qualificação de trabalhadores.   
Uma vez mais, o fluxo de pagamentos não funcionou devido a reordenamento das diretrizes conjunturais.

    Finalmente, o PAC- Programa de Aceleração do Crescimento, se transformou em  “elefante-branco”, com obras atrasadas, reprogramação de pagamentos e uma divida de mais de R$ 1 bilhão de reais. O resultado apimentado pela Operação Lava Jato, não poderia ser pior – desemprego e crise de solvência das grandes empreiteiras. 

   Na última esperança da pedagogia do gestor Macunaíma – com pedaladas orçamentárias,  fruto da retração econômica produzida na condução de um governo sem projeto e sem norte, não restava alternativa senão aplicar pequenos calotes e silenciar.  

   A economia imperfeita dos calotes, se transformará na guilhotina que cortará cabeças de governantes e partidos, fruto de  equações desencontradas e desiludidas, onde estelionato eleitoral é medido com réguas passadas e apoio da escória da política nacional.

   A eficácia e eficiência na gestão midiática da Criatura (Dilma) fez do cidadão brasileiro um idiota funcional.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Petrobrás "investe" 1 milhão de dólares em programas sociais...na Bolívia

O jornal boliviano, La Razón, de 1 de fevereiro de 2015, noticía o milionário "agrado" que a Petrobrás - com sua sede penhorada e uma dívida de 300 bilhões de reais - fez à Bolívia: 1 milhão de dólares para programas sociais.   Alguém acredita que este dinheiro foi aplicado nos tais programas sociais bolivianos? Aqui no Brasil a gente sabe para onde vai a grana dos programas sociais. 
   Como dizia o Juca Chaves: - Caixinha obrigado!

Petrobras invierte $us 1 MM en 15 proyectos sociales
Apoyo. 
La petrolera benefició a 2.850 familias del sur de Bolivia   

Con una inversión de $us 1 millón, Petrobras benefició el 2014 a 2.850 familias con 15 proyectos que apoyaron el desarrollo social de poblaciones aledañas a sus áreas de exploración y explotación petrolera.

   Entre proyectos y cursos de cualificación, efectuados en alianza con autoridades departamentales, regionales y locales de Tarija, el Chaco y comunidades que habitan en el área de influencia de sus proyectos petroleros, Petrobras benefició de forma directa a unas 2.850 familias y de manera indirecta al menos a 7.000.

   Los proyectos, orientados a apoyar el deporte, la cultura, la educación, el cuidado del medio ambiente y la ciudadanía responsable, fueron ejecutados por 15 organizaciones con presencia local, nacional e internacional, informó la petrolera brasileña, que destaca la ejecución de 27 cursos de cualificación de mano de obra no calificada y calificada, 70% de los cuales se llevó adelante en alianza con YPFB.

   Asimismo, al menos 50 microempresarios de los bloques gasíferos San Alberto, San Antonio e Itaú recibieron asistencia técnica personalizada para fortalecer sus emprendimientos.

   El 90% de los beneficiarios de los diferentes cursos y proyectos de fortalecimiento de competencias calificaron como “satisfechos” y “muy satisfechos” el contenido, calidad y pertinencia del apoyo recibido, según informó la empresa brasileña.

   La capacitación llegó también a 60 periodistas de la región, quienes fueron parte de microprogramas radiales que actualmente fomentan los derechos de la niñez y adolescencia. Asimismo, el cuerpo de voluntarios de la empresa llevó a cabo nueve actividades que permitieron beneficiar a más de 500 personas con los aportes de todos los funcionarios de Petrobras.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Operação "Entrevero" investiga Festa do Pinhão

GAECO cumpre mandados e investiga processo licitatório da Festa do Pinhão.
Proibidas de contratar com o poder público, empresas criaram falsas sociedades de fachada para conseguir fraudar licitação. O entrevero, comida típica da região serrana, a base de pinhão, virou prato indigesto para vigaristas. 

Na manhã desta terça-feira (03/03), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou a operação batizada “Entrevero”, dando cumprimento a mandados de busca e apreensão nos municípios de Lages, Chapecó, São Miguel do Oeste e Florianópolis. O GAECO de Lages investiga supostos crimes contra a administração pública, associação criminosa e fraude no processo licitatório que outorgou a concessão para realizar, organizar e explorar a Festa Nacional do Pinhão no município de Lages/SC. A operação teve desdobramentos ainda na cidade de Novo Hamburgo/RS, sede da Gaby Produções Ltda., empresa licitante que se sagrou vencedora do certame sob suspeita. O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Polícias Civil e Militar e Secretaria Estadual da Fazenda.

A trama investigada perpassa pelo conluio e ações previamente ajustadas entre empresas do ramo de eventos e de publicidade, com destaque para a GDO Produções Ltda. Para driblar a proibição de contratar com o poder público, as investigadas utilizaram empresa de fachada a fim de dar aparência de legalidade ao processo licitatório, passando a operar de forma colaborativa entre si.

Ao todo, foram expedidos pela Justiça de Santa Catarina onze mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em empresas, órgãos públicos e residências pelos policiais dos GAECOS de Lages, Capital, Itajaí e Chapecó, com o apoio, ainda, do GAECO de Porto Alegre e do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O nome da operação teve inspiração no prato típico da gastronomia serrana - o entrevero - servido na Festa Nacional do Pinhão que retrata a confusão de empresas que exploraram de forma ilegítima o citado evento.

terça-feira, 3 de março de 2015

Nunca ântef na iftória dêfte paíf...

Os movimentos políticos foram sistematicamente controlados no Brasil por uma elite. Os caminhoneiros fazem hoje a diferença

Por Olavo de Carvalho

Reunindo aproximadamente um milhão de pessoas e repetindo-se em várias cidades de março a junho de 1964, a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” foi o maior protesto de rua observado até então na nossa História – maior, provavelmente, do que muitos movimentos similares, com signo ideológico invertido, que viriam nas décadas de 80 e 90.

No entanto, é certo que, na origem, nada teve de popular ou espontâneo. Foi longamente planejada por um grupo de devotados conspiradores, com vasto apoio da grande mídia - a começar pelosDiários Associados de Assis Chateaubriand (mais de oitenta jornais, estações de rádio e canais de TV em todo o país) -, de empresas bilionárias como o grupo Light, de vários governadores, deputados e senadores e de importantes organizações da sociedade civil, como a Liga das Senhoras Católicas, a ABI, a OAB, os sindicatos patronais em peso e a maioria do clero católico.

Não se pode dizer que foi propriamente um movimento popular, mas uma mobilização popular orquestrada pela elite, uma obra de engenharia política.

Pega de surpresa, derrubada sem que fosse preciso dar um só tiro, a liderança esquerdista saiu em debandada, com uma pressa obscena de salvar a pele, mas logo em seguida procurou redimir-se ao menos intelectualmente, entregando-se a uma séria revisão crítica dos seus erros estratégicos e planejando um retorno triunfal a longo prazo.

A mais oportuna contribuição individual a esse esforço foi a do editor Ênio Silveira, que, publicando em tradução as obras do fundador do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci, e fundando duas revistas inspiradas nas concepções desse grande estrategista político (Civilização Brasileira e Paz & Terra), indicou aos comunistas e seus parceiros o caminho a seguir.

Esse caminho consistia em tomar do adversário, mediante longa, paciente e discreta infiltração, o comando das entidades capacitadas a organizar a mobilização popular. Roubar da direita, sem que esta percebesse, o monopólio da engenharia política.

As guerrilhas, concomitantemente, serviram apenas como “bois de piranha”, atraindo a atenção do governo para desviá-la da operação mais vasta e silenciosa que acabaria por mudar os destinos do país.

Partindo de uma base modesta, limitada ao movimento estudantil e a alguns sindicatos da região do ABC, os comunistas e filo comunistas foram dominando passo a passo a grande mídia, a OAB, a ABI, a Igreja Católica, etc.

Vinte anos decorreram antes que a aplicação do método gramsciano de “ocupação de espaços” produzisse o seu primeiro resultado espetaculoso: a campanha das “Diretas Já”, em 1984, formulada – de acordo com o preceito de Gramsci – numa linguagem puramente cívica, sem qualquer apelo comunista explícito. Oito anos depois, o movimento “Fora Collor” já vinha com um tom ideológico um pouco mais definido.

Essas duas campanhas seguiram fielmente o modelo organizacional da “Marcha da Família”, com ricas e poderosas entidades controlando a massa e construindo ex post facto, mediante as falsificações históricas usuais nesse tipo de coisas, o mito da “revolta popular”.

Tanto em 1964 quanto em 1984 e 1992, o povo brasileiro só entrou em cena como massa de manobra. A troca do pretexto ideológico não alterou em nada a substância do fenômeno, reduzido, em todos esses casos, a uma bem sucedida obra de manipulação arquitetada e dirigida desde cima.

Nada disso é o que se observa agora, seja na série de protestos anti-PT a partir de 15 de novembro do ano passado, seja na valente carreata dos caminhoneiros até Brasília.

Tudo começou, na verdade, da maneira mais impremeditada, espontânea e anárquica que se pode imaginar. Começou com a imprevista reação popular à fraude do “Passe Livre”.

O governo federal, interessado em desestabilizar a administração estadual de seu desafeto Geraldo Alckmin em São Paulo, contratou baderneiros Black Blocs e dúzias de Pablos Capilés para que, sob a desculpa ridícula e artificiosa de protestar contra um aumento ínfimo do preço das passagens de ônibus, saíssem pelas ruas posando de pobres espoliados, quebrando tudo, agredindo policiais, ateando fogo em carros e aterrorizando a população.

Mas a massa, em vez de se deixar atemorizar, aproveitou a ocasião para expressar sua verdadeira revolta, que não era contra o sr. Alckmin – pelo qual também não morria de amores, é claro – e sim contra o promotor mesmo da confusão: o governo federal ladrão, mentiroso, manipulador, parceiro íntimo de narcotraficantes, sequestradores e ditadores genocidas.

A massa anárquica, sem qualquer comando, organização ou programa ideológico, tomou de assalto as ruas, gritando mais alto que os agitadores e infundindo medo naqueles que tencionavam amedrontá-la.

Tão surpreso e assustado ficou o aprendiz de feiticeiro com o efeito inverso obtido pela sua mágica que, ponderando que “quanto mais mexe, mais fede”, chamou de volta os agitadores pagos e ordenou que permanecessem quietinhos em suas casas, aguardando que o dragão despertado por acidente se esquecesse de tudo e voltasse a cair no sono.

Mas o dragão havia tomado gosto pela coisa. Vendo o governo trêmulo e inerme por trás de uma cortina de blefes e garganteios, saiu às ruas de novo e de novo, num “crescendo” que agora culmina no movimento dos caminhoneiros.

Ao longo de todos esses episódios, não se viu um só político à frente da massa, uma só empresa ou ONG bilionária subsidiando os revoltados, um só investidor estrangeiro oferecendo ajuda, um só partido político manifestando alguma solidariedade ou um só órgão de mídia noticiando os acontecimentos sem minimizá-los, distorcê-los pejorativamente ou achincalhá-los de maneira velada ou ostensiva.

A Rede Globo colaborou descaradamente com uma jogada maligna do governo ao espalhar a notícia falsa de que um acordo tinha sido firmado e os caminhoneiros tinham desistido da carreata.

Até mesmo o Canal Veja, tão odiado pelos petistas por noticiar frequentemente os escândalos financeiros do governo Dilma, não conseguiu falar dos caminhoneiros sem criticá-los por atrapalhar o trânsito nas estradas.

Em compensação, os moradores, os comerciantes das cidades do interior por onde passa a carreata, os pequenos proprietários rurais e uma infinidade de pessoas das classes sociais mais humildes correm para as estradas para aplaudir os caminhoneiros, oferecer-lhes comida e até dinheiro para a gasolina.

Passada de boca em boca, pessoalmente ou pela internet, as palavras-de-ordem emanam do povo e se espalham entre o próprio povo, enquanto, no topo da sociedade, uns rosnam de raiva impotente, tramando vingancinhas fúteis na pessoa do juiz Moro, que nada tem a ver com o movimento, outros fazem de conta que nada está acontecendo.

Este é, em quinhentos e tantos anos de existência do Brasil, o primeiro movimento autenticamente popular, espontâneo, nascido de baixo, sem comandantes chiques, sem estrategistas profissionais, sem interferência nem apoio das elites falantes, do beautiful people, do grande capital ou da grande mídia.

Se o sr. Lula tivesse um pingo da consciência social que alardeia, agora sim seria o seu momento de proclamar: “Nunca ântef na iftória dêfte paíf...”

Qualquer pessoa no uso perfeito das suas faculdades mentais percebe a diferença.

Um cientista social incapaz de notá-la, ou indisposto a reconhecê-la, revela uma dose de inépcia e de desonestidade que faz jus à sua expulsão vergonhosa e definitiva de toda profissão intelectual.

Esse é o caso, precisamente, do economista e ex-ministro, prof. Luiz Carlos Bresser Pereira, que, diante de fatos cujo sentido brada aos céus e só um louco negaria, não se vexa de assumir o papel desse louco e atribuir a revolta popular ao “ódio que os ricos têm do PT”.

Que raio de sociologia é essa, em que caminhoneiros e carreteiros se tornam a elite milionária, e os donos da mídia chapa-branca os pobres e oprimidos?

No cérebro do professor, os estereótipos mais tolos da propaganda petista se impregnaram com tamanha força, que o impedem de enxergar – ou de admitir – aquilo que qualquer criança do interior está vendo com os olhos da cara.

Não há atitude mais vergonhosa para um intelectual do que prevalecer-se de glórias acadêmicas passadas – modestas, mas nem por isso irreais – para tentar insuflar numa mentirinha tola e já desmoralizada de antemão, um arremedo pífio de credibilidade.

domingo, 1 de março de 2015

Finalmente lucidez na trincheira petista


   Ex-secretário de imprensa de Lula, petista de primeira hora e considerado um dos mais competentes e lúcido jornalista brasileiro, Ricardo Kotscho, ao contrário da massa ignara fanatizada, não se deixa enganar pelo fundamentalismo e faz uma análise real e centrada da crise política e econômica que vive o país depois de 12 anos de governo petista.
Leia abaixo:


“Um clima de fim de feira varre o país de ponta a ponta apenas dois meses após a posse da presidente Dilma Rousseff para o seu segundo mandato. Feirantes e fregueses estão igualmente insatisfeitos e cabisbaixos, alternando sentimentos de revolta e desesperança.

Esta é a realidade. Não adianta desligar a televisão e deixar de ler jornais nem ficar blasfemando pelas redes sociais. Estamos todos no mesmo barco e temos que continuar remando para pagar nossas contas e botar comida na mesa.

Nunca antes na história da humanidade um governo se desmanchou tão rápido antes mesmo de ter começado. Para onde vamos, Dilma? Cada vez mais gente acha que já chegamos ao fundo do poço, mas tenho minhas dúvidas se este poço tem fundo.

“O que já está ruim sempre pode piorar”, escrevi aqui mesmo no dia 5 de fevereiro, uma quinta-feira, às 10 horas da manhã, na abertura do texto “Governo Dilma-2 caminha para a autodestruição”.

“Pelo ranger da carruagem desgovernada, a oposição nem precisa perder muito tempo com CPIs e pareceres para detonar o impeachment da presidente da República, que continua recolhida e calada em seus palácios, sem mostrar qualquer reação. O governo Dilma-2 está se acabando sozinho num inimaginável processo de autodestruição”.

Pelas bobagens que tem falado nas suas raras aparições públicas, completamente sem noção do que se passa no país, melhor faria a presidente se continuasse em silêncio, já que não tem mais nada para dizer.

Três semanas somente se passaram e os fatos, infelizmente, confirmaram minhas piores previsões. Profetas de boteco ou sabichões acadêmicos, qualquer um poderia prever que a tendência era tudo só piorar ainda mais.

Basta ver algumas manchetes deste último dia de fevereiro para constatar o descalabro econômico em que nos metemos. Cada uma delas já seria preocupante, mas o conjunto da obra chega a ser assustador:

“Dilma sobe tributo em 150% e empresas preveem demissões”.

“País elimina 82 mil empregos em janeiro, pior resultado desde 2009″.

“Conta da Eletropaulo sobe 40% em março”.

“Bloqueio de caminheiros deixa animais sem ração _ Na região sul, aves são sacrificadas em granjas, porcos ficam sem alimento e preço do leite deve subir”.

“Indicadores do ano apontam todos para a recessão”.

“Estudo da indústria calcula impacto de racionamento no PIB _ Queda de 10% no abastecimento de gás, energia e água levaria a perda de R$ 28,8 bi”.

As imagens mostram estradas que continuam bloqueadas por caminheiros, depois de mais de uma semana de protestos, agentes da Força Nacional armados até os dentes avançando sobre os manifestantes, produtores despejando nas ruas toneladas de latões de leite que ficaram sem transporte. O que ainda falta?

Enquanto isso, parece que as principais lideranças políticas do país ainda não se deram conta da gravidade do momento que vivemos, com a ameaça de uma ruptura institucional.

De um lado, o ex-presidente Lula, convoca o “exército do Stédile” e é atacado pelo Clube Militar por “incitar o confronto”; de outro, os principais caciques tucanos, FHC à frente, fazem gracinhas e se divertem no Facebook. Estão todos brincando com fogo sentados sobre um barril de pólvora. É difícil saber o que é pior: o governo ou a oposição. Não temos para onde correr.

A esta altura, só os mais celerados oposicionistas defendem o impeachment de Dilma e pregam abertamente o golpe paraguaio, ainda defendido por alguns dos seus aliados na mídia, que teria um final imprevisível.

O governo Dilma-2 está cavando a sua própria cova desde que resolveu esnobar o PMDB, e não adianta Lula ficar pensando em 2018 porque, do jeito que vamos, o país não aguenta até 2018.

Nem Dilma, em seus piores pesadelos, poderia imaginar este cenário de terra arrasada _ ou não teria se candidatado à reeleição, da qual já deve estar profundamente arrependida.”