sábado, 20 de agosto de 2016

Eleições Municipais – Um plebiscito de golpistas e golpeados

Por Eduardo Guerini
Calculando o percentual de candidaturas
que lançarão programas de araque e falsas
promessas na multidão de desencantados
e desiludidos eleitores que tratarão de julgar
 o grau de hipocrisia política dos fraudadores
da esperança brasileira no pleito municipal.
 
  A largada do pleito eleitoral municipal no Brasil e Santa Catarina, no ano de 2016 foi dada!
   Será uma eleição diferenciada pelas novas regras eleitorais que limitaram o tempo de campanha para 45 dias, assim como, a exposição da propaganda de rádio e televisão.
   Porém, o tema mais importante um verdadeiro “salto no escuro”, é a questão nevrálgica para todos os partidos políticos, coligações e candidatos, a questão dos recursos que deverão ser drenados dos fundos partidários e de pessoas físicas.
   O Brasil, Santa Catarina e todos os municípios brasileiros sentem o reflexo da crise econômica, com crescimento exponencial do desemprego e queda cavalar na renda das pessoas. O desalento e indignação serão marcas indeléveis que a classe política brasileira sentirá no seu “retorno para as bases”.
   A alardeada “era da prosperidade” e “ascensão da classe emergente” bateu novamente “na trave” das escandalosas e promíscuas relações de governantes, políticos com uma elite empresarial que traiu os eleitores, cidadãos e contribuintes.  Nenhum partido político foi poupado pela escalada de “colaborações e delações premiadas”. Os partidos políticos do “consórcio governista” foram lançados na “vitrine da corrupção”, principalmente, o PT e PMDB. Nem a oposição foi poupada – PSDB.
   Nesta tortuosa caminhada democrática, os brasileiros estão às voltas com novo processo de impedimento da Presidente (ou Presidenta como alguns grupos desejam), está em sua fase final, com ampla maioria, Dilma Rousseff encerrará o legado do lulopetismo, uma tragédia que enveredou na corrupção de uma burocracia partidária “jamais vista na história política da republiqueta”. A retórica do suposto “golpe institucional” continuará sendo alardeada pelo petismo, carregando o pesado fardo de ser o Partido que traiu uma geração esperançosa.
   Serão as candidaturas PETISTAS golpeadas pela história?
   Os supostos golpeadores do PMDB e PSDB, aliados ao PP, continuarão articulados em torno de um governo tampão que deverá efetuar o AJUSTE FISCAL mais drástico da história econômica. Qual será a resposta do eleitor neste pleito eleitoral?
   Embora os analistas chapas brancas, bem servidos pelas forças políticas regionais desejem afastar o tom que se observa pelas plagas municipais, o tom plebiscitário que referendará ou não, a coalizão em curso do PMDB-PSDB, com suporte dos partidos satélites tradicionais, o que se nota é a verticalização implícita com potencial uso de “recursos não contabilizados”, algo bastante comum nos processos eleitorais da “republiqueta do Pixuleco” e nas “províncias federativas”.
   Nesta perspectiva, o agravante maior, atenuado pela elevação dos recursos públicos aumentados para o Fundo Partidário, com aval de todos os partidos políticos, será a ausência dos nossos valiosos “marqueteiros” que conseguiam produzir um “realismo fantástico”, capaz de enganar eleitores e produzir estelionatos eleitorais com recorrência. Será o momento que o eleitor perceberá o quanto os “candidatos” eram meros “produtos sem conteúdo”, com raríssimas exceções diante dos excessos de efeitos especiais. Será o retorno ao “pastelão amordaçado e comprimido” pela velocidade da campanha “fast food”. E tem campanha das afáveis corporações pedindo “voto consciente”!!!
   No embalo dessa fantasiosa cidadania, os municípios serão brindados por programas de araque e falsas promessas, dado que, a nossa “canalha política” mantem a tradição de transformar as virtudes republicanas em escoadouro para seus vícios privados.
   Na ausência de alternativas no quadro partidário brasileiro e seus candidatos, os principais municípios de Santa Catarina, repetem o enredo visto nas demais cidades do Brasil, velhas figuras e alguns figurantes com toda sua responsabilidade e cumplicidade em manter uma cultura política petrificada e um sistema político corrompido e falido.
   A falta de participação popular, a ausência de uma vida partidária ativa com bases atuando na formação de quadros altivos e ativos, o desencantamento com as candidaturas lançadas e coligações forjadas pelos “caciques partidários regionais” mirando 2018, a desilusão com a velha forma de fazer política, somada a hipocrisia e falsas promessas, engendrarão uma grande surpresa - transformar o voto branco-nulo somado aos eleitores que se ausentarão do pleito municipal, em grandes vencedores neste pleito municipal de 2016.
   Será um “recado silencioso” do eleitor que se cansou de ser enganado e ludibriado por traficantes de ilusão!!!

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