sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A Trapaça da Sorte e Ascensão da Canalhice

Por Eduardo Guerini
Enterrando todas as esperanças na possibilidade de julgamento célere dos envolvidos na Operação Lava Jato. Atento as teorias conspiratórias diante do final trágico do Ministro do STF – Teori Zavascki.
  
   A republiqueta brasileira novamente foi tomada de perplexidade diante do final trágico em acidente aéreo onde estava o Ministro do STF – Teori Zavascki. A cobertura do acidente e repercussão nas redes sociais admite uma série de conjecturas, dentre estas teorias, a conspiratória tomou envergadura, sendo legitimidade por uma gama considerável da opinião pública.

   O Governo Federal após a confirmação da morte, decretou luto oficial e lamentou profundamente a morte do magistrado, destacando no pronunciamento do Presidente da República a honradez e probidade do Ministro do STF na magistratura.

   As associações de magistrados cobraram rigor na apuração do acidente, visto que, o Magistrado estava prestes a homologar a delação da Empreiteira Odebrecht, e, tornaria pública a vasta lista de políticos de todos os partidos envolvidos na miríade do maior escândalo de corrupção do Brasil.

   Os magistrados do STF, surpresos e abatidos com a perda de um membro da mais alta corte judiciária brasileira, destacaram suas qualidades técnicas e sobriedade na condução dos processos, especialmente, no caso da Operação Lava Jato. Nos seus pares, a frase mais contundente coube a Luis Roberto Barroso declarando que “somos todos vítimas da trapaça da sorte”.

   O acaso na república brasileira tem garantido muita sorte para “canalha política” que nos governa, alguns exemplos históricos são contundentes: de Ulysses Guimarães que repousa nas profundezas da mesma região do acidente aéreo, Paulo Cesar Farias que morreu tragicamente, Eduardo Campos – candidato vitimado por queda de jato em período de campanha, e, agora o Ministro do STF.

   A imprensa brasileira e especialistas na área jurídica trataram de anunciar imediatamente a paralisação da Operação Lava Jato, a substituição técnica possível, e, destacar que o próximo relator deverá levar pelo menos 12 meses para “tomar pé da situação”. Inegavelmente a fatalidade com o Ministro do STF vitimado pode justificar a morosidade do Judiciário brasileiro.

   Com pesar e lamentos para os familiares, fica evidente o maniqueísmo político de todos envolvidos no escândalo de corrupção, num misto de cinismo e hipocrisia, os brasileiros que creem em condenações podem enterrar sua esperança para mais um desfecho dessa trapaça da sorte que alivia historicamente a CANALHA POLITICA de seu julgamento final.

   No “sorriso do lagarto”, nossa canalha política conduzirá silenciosamente a fatalidade para o terreno da superstição. Afinal, para maioria dos brasileiros “Deus escreve certo por linhas tortas”!!!

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