segunda-feira, 11 de maio de 2015

O jornalismo da RBS

   Sem dúvida que nos primeiros momentos da morte de uma pessoa pública, convém não malhar o defunto e mostrar os seus defeitos e desvios de comportamento em blogs e páginas de jornais.

   Mas no Brasil, temos o péssimo hábito de santificar qualquer político morto, mesmo que seu passado esteja eivado de dúvidas sobre a legalidade e moralidade de atos e fatos. 

   A repentina morte de Luiz Henrique da Silveira, que governou Santa Catarina por oito anos, foi transformada pela mídia local na sua santificação. O porque dos meios de comunicação da província agirem de forma tão escandalosamente lisonjeira com o senador morto, tem motivos claros que todos sabemos. 

  Com o cadáver ainda quente, até se entende a tentativa de santificação, mas não precisa exagerar. Distorcer, manipular e esconder fatos notórios da sua vida é mal informar o leitor e a população catarinense.

   Na foto acima, destaco um detalhe de manipulação na biografia do político catarinense feita pelo DC. Na legenda da foto, o editor do jornal cravou: "1958 a 1965 trabalhou durante sete anos como escrivão"

   Escrivão de quê, Diário Catarinense? Escrivão do Departamento de Ordem Social e Política - DOPS, o temido órgão de informação da ditadura militar. Sim, Luiz Henrique tem essa passagem em seu currículo, mas que o DC, fazendo mau jornalismo, esconde de seus leitores.

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