terça-feira, 24 de novembro de 2015

Erramos... desculpem, roubamos...

   Por Marcos Bayer

   A prisão de mais um, desta vez o pecuarista Bumlai, na Operação Lava a Jato, vai revirando as tripas do Brasil.

   O ex-presidente Lula declarou em recente entrevista para Roberto D’Avila, em tom de pergunta, o seguinte: Então o dinheiro que o PSDB pega na Petrobrás é o limpo, e o dinheiro do PT, no outro cofre, é o sujo?

   Com esta pergunta/afirmação fica expressa não só a confissão como também o reconhecimento de que todos os partidos políticos vão buscar dinheiros nas empresas públicas para suas campanhas eleitorais.

   Da mesma forma que a CELESC e CASAN e o BESC, faziam o papel de “estruturadores” de campanhas políticas. Ainda fazem...

   Na Roma antiga, há uma citação de Túlio Cícero, sobre o financiamento das campanhas militares... E da gratidão aos empreiteiros financiadores.

   É urgente regulamentar a matéria... Ainda que seja pelas mãos do STF.

   É por isto que temos governos mais corruptos e outros menos. Em todos os níveis... Ou mais caros e mais baratos, como refere um político catarinense.

   Da Ave de Rapina, passando pela Monreal/Celesc até a Petrobrás.

   A população brasileira está aprendendo muito com a sua classe política.

   O exemplo vem de cima... Claro que vem de cima. Dizer que a política reflete a sociedade é uma sacanagem para justificar outras.

   O que o PT fez, ao prometer o Nirvana ao povo brasileiro, foi um lamentável engano, desculpe, um roubo.

   Agora, por lógica de movimento pendular, a tendência será votar em quem representar o anti-PT.

   Assim demonstram as pesquisas de opinião.

   E, mais uma vez, muito ladrão aproveita para lavar suas condutas.

   Mas, no fundo, estamos aprendendo a praticar a democracia. Ainda que sob uma fachada de “cleptocracia tropical”.

   Ou como disse o Gustavo Franco recentemente, na Roda-Viva da TV Cultura: Existem vários capitalismos... Inclusive o capitalismo de quadrilhas...

   E o Juiz Moro que mostre ao Brasil que ainda é possível existir Juízes como os de Berlin...

Nenhum comentário:

Postar um comentário