domingo, 12 de junho de 2016

Urnas Eleitorais que Enterram SC

Por Eduardo Guerini

 “Na expectativa das alianças
e coligações estapafúrdias para o pleito municipal
 de 2016 em Santa Catarina”
 
        Na democracia representativa brasileira, o processo de hibridismo ideológico que as agremiações políticas e suas lideranças vicejam na atualidade são escandalosas, independe qual sua matiz ou origem – se à direita ou à esquerda, no caso do centro, que deveria ser o ponto de equilíbrio, no Brasil e Santa Catarina, é fonte das mais variadas formas de degeneração e corrupção. A comparação do Centrão da transição democrática na década de 1980 com o atual, demonstra que petrificação e putrefação de intere$eiros e intere$ados em usar da representação política para ter ganhos adicionais e vantagens corporativas é inegável.

  A publicação de notícias sobre desistências de potenciais candidatos nas cidades catarinenses, com possibilidade de reeleição demonstrou que a RENOVAÇÃO nos quadros das câmaras e executivo municipais não passa de um grande engodo de comentaristas desavisados. O modelo político-institucional não mudou com remendos eleitorais produzidos na corrompida Câmara dos Deputados, o resumo da ópera dos partidos que nos representam é único – manter o “status quo” com aval de todos os partidos políticos que governaram e governam na atualidade.

  O furor das manifestações de junho de 2013 foi apenas um sopro de indignação do “gigante adormecido” por anos de fantasias da inclusão dos miseráveis ao mundo do consumo sob a batuta do lulopetismo. Os partidos políticos e suas lideranças trataram de decantar a agenda e sutilmente foram cooptando movimentos e lideranças, para coloca-los no “círculo de fogo” da democracia representativa, tal como aconteceu com o MBL e Revoltados “on-line” (sic!). O bafo do povo emparedando os parlamentares e governos transformou-se em “fogo de palha”.

  As mudanças funcionais do sistema político que deveriam ser reorientadas para “oxigenar” as estruturas políticas petrificadas e corrompidas, não são porosas e permeáveis com a rapidez que o cidadão-eleitor deseja, e, portanto o diálogo e compartilhamento de decisões não passam por uma horizontalidade, mas a formação de hierarquias rígidas de um mandarinato político sem precedentes.

  Em Santa Catarina, as eleições municipais seguem o curso anunciado desde a reeleição do “estancieiro da Coxilha Rica”, os acordos do finado arquiteto da Tríplice Aliança que se transformou na Polialiança pragmática e oportunista na atualidade, transformou a eleição municipal em plataforma para lançamento de lideranças políticas tradicionais.

  O que esperar de uma eleição municipal onde os Partidos tradicionais que governam Santa Catarina “in saecula saeculorum” continuam movendo as peças pelos desejos restritos de caciques políticos (à esquerda e à direita)?

  Quando soar o apito para competição no mercado de votos, os partidos e suas coligações lançarão suas peças midiáticas sem nenhum compromisso com a realidade atual, espalhando o “realismo fantástico” do marqueteiro, com auxílio interesseiro dos financiadores do “Caixa dois”, deixando o eleitor catarinense novamente na condição de outrora: um idiota funcional que legitima um sistema corrompido!

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