domingo, 30 de junho de 2013

Prefeito suspende "adoção" do Parque de Coqueiros


   Por determinação do prefeito César Souza, foi suspensa a assinatura do contrato de “adoção” do Parque de Coqueiros pelo Grupo Globo (que é composto por empresas como a Globovel e Globo Construtora). 
   A parceria deveria ter sido firmada segunda-feira (24), em um ato que marcou o lançamento oficial do Continente Saudável, projeto que, entre outras ações, prevê a revitalização de praças e parques da área Continental. De acordo com o secretário municipal do Continente, João Batista, o projeto de adoção do Parque passará por um processo de debate com a comunidade, o que havia faltado.
   Na cerimônia, foi anunciada a adoção de 21 locais. As praças da Praia do Meio e do Bom Abrigo serão adotadas pela Hoepke e pela Associação Islâmica, respectivamente. Já a futura praça que será feita no Abraão terá como padrinho a empresa Cota.
   No início da solenidade, o prefeito Cesar Souza - questionado sobre os protestos feito por lideranças de Coqueiros contra a adoção do Parque pela Globovel - garantiu que “nada será feito se a comunidade não estiver à vontade”.

O coronel e a cobertura jornalistica da RBS


  Com um pouco de atraso, publico o interessante "olhar" do Tenente Coronel Araújo Gomes (4º Batalhão da PM/SC) sobre a matéria Manifestantes surpreendem a PM ao decidir fechar túnel em Florianópolis.
     Pau puro!

    Imagino que deva ser frustrante acompanhar uma passeata por quase 10 km, sem ter um confronto ou ato violento para a manchete. Talvez na próxima vez, amigo jornalista, pois nossa postura não significa que não utilizaremos a força se for necessário, oportuno e legal faze-lo. Tomara que não!
Até lá, caro jornalista, desculpe o incômodo, mas estamos tentando mudar o Brasil.

    Alguns segmentos mais reacionários da mídia parecem ter dificuldade em perceber (ou aceitar) uma nova lógica de atuação da Polícia Militar (buscando a mediação ao invés da intervenção) ou então escrevem atemorizados pela hostilidade dos manifestantes ao seu grupo de comunicação.

    Além de não relatar aquilo que presenciou em termos de esforço da Polícia Militar para atuar desta maneira cidadã, não fez nenhuma menção ao fato de que ele e colegas de grupo de comunicação, apesar de tentarem trabalhar sem identificação, foram seguidamente identificados e ameaçados pelo movimento: em várias ocasiões precisamos posicionar policiais para protege-los pois iam quase apanhando.

    Desde a edição de sábado, vem tentando empurrar a Polícia Militar para o conflito. Chegou a sugerir em uma matéria que nós infiltrassemos policiais mascarados na manifestação, seguissemos manifestantes após o encerramento dos atos e então os prendessemos quando estivessem sozinhos, prática condenada por instituições de direitos humanos e jornalistas mais críticos. Ainda bem para todos que nós da polícia amadurecemos (talvez mais do que outros atores nesta situação) e não usaremos a força por pressão da mídia. Ela (a força) está reservada ao momento em que for necessária, oportuna e legal.
    Nós somos a Polícia Militar, e existimos para proteger!

   O texto a que o coronel se refere você pode ler clicando aqui.

Florianópolis anos 50


Belo resgate do antigo centro de Florianópolis feito pelo amigo Luiz Eduardo Fontoura Teixeira (o Peixe) no seu FB

sábado, 29 de junho de 2013

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

Qual a idéia que o governo tem da gente?


   Por Armando José d’Acampora* 

   Estou pasmo.
   Diante de tamanha manifestação de descontentamento popular, o governo federal se cala num primeiro instante e fala bobagens depois, quando já não havia espaço para sua manifestação, pois não há um discurso que seja coerente da parte da Presidente. 
   Porque? 
   O que será que estão pensando de nós?Pois é. A escola que por muitos anos frequentamos sem que houvesse uma matrícula, foi compulsória e muito boa. 
Durante trinta, eu disse 30, anos o partido que hoje ocupa o planalto, nos mostrou como realizar manifestações de efeito. Também nos ensinou como conduzir uma assembleia para que resultasse sempre em favor dos comandantes, daqueles que portavam o microfone. Muitas vezes isso era obtido pelo cansaço. 
   Portanto, depois de tanto tempo na escola, parece que aprendemos o suficiente para imitá-los. 
   Aprendemos a nos manifestar contra com esse pessoal que hoje é governo, numa patrulha instalada de forma contínua, da mesma forma como se manifestavam quando eram oposição. 
   Mas eles também tem que aprender que uma coisa é ser pedra e outra é ser telhado. São situações opostas e parece que isso ainda não aprenderam. 
   Nós, que estamos de fora, sim. Aprendemos um monte de coisas. E, principalmente, aprendemos a mostrar o que pensamos sem ser do contra só por ser do contra, pois temos consistência no que pensamos, e daí agirmos sem arruaça, sem a violência da invasão ou depredação de nenhuma propriedade, seja ela pública ou privada. Também não precisamos de nenhuma bandeira, seja ideológica ou partidária. 
   Aprendemos a ser contra a corrupção que nos avilta o ser, contra a volúpia do poder que nos corroi, contra as mordomias que nos assustam, como a dos vereadores, deputados estaduais, federais, senadores e todos os políticos desse país rico em tudo, mas pobre em idéias que façam com que possamos pertencer ao primeiro mundo. Já percebemos que não temos educação, nem segurança e nem saúde. Tudo o que eles pregavam como reivindicações primárias antes de ser governo, e que se perdeu no tempo, assim que tomaram o gosto pelo poder e suas inerentes mordomias. Esqueceram de tudo o que era, em princípio, seus objetivos.    Estamos cansados do aditamento absurdo das obras governamentais, da falta de planejamento e da aceitação de condições impostas de fora do país como aquelas que a FIFA determinou. 
   Já que falamos em FIFA, está na hora de exigirmos escolas, saúde e segurança no mesmo padrão que a FIFA exigiu dos nossos governantes, para que os estádios de futebol tenham beleza, segurança e infraestrutura, que infelizmente não temos em nenhum nível, das ferrovias, estradas e aeroportos. 
   Também estamos cansados de sermos tachados com uma maioria da população como analfabetos funcionais, que não conseguem interpretar um texto simples. 
   Chega de sermos presos em nossas casas, por insegurança, o que se transforma em medo de sair, pois seremos vítimas de furtos, roubos e até mesmo podemos morrer por portar um tênis, um relógio, ou um carro de maior valor que a porcaria dos populares sem um pingo de segurança que o país oferece a crédito ínfimo à chamada nova classe média. 
   Classe média que compra o carro, mas não tem como realizar a manutenção do mesmo, muito menos pagar o seguro. 
   Está na hora de se acabar com a precariedade da saúde, sucateada e, a olhos vistos, sendo entregue a iniciativa privada, exatamente como já ocorre com a educação superior, ou considerada como sendo superior. 
   Em suma: estamos cansados de pagar impostos sem retribuição em serviços que deveriam ser obrigação do governo. 
   Cansados da idéia do governo de que somos uma manada de idiotas, e que seremos eternamente ludibriados pela propaganda enganosa da televisão. 
   Ou alguma coisa muda de verdade e em benefício do povo, ou não sei o que irá acontecer. 

*Médico, Cirurgião, Professor Universitário

O país do sol nascente


  Por William Ears Long*
   enviado especial do Cangablog

    A comitiva catarinense é grande. Quase a população do Japão. A equipe de marketing do governo prepara a maior e mais espetacular cobertura para compensar os dois anos de aprendizagem da máquina pública. Colombo perguntou por que não a China? Disse que assim poderia dormir até mais tarde, pois não é muito chegado no sol nascente.
    Ao cumprimentar as autoridades japonesas do Ministério da Agricultura, senhor Tomate Cru e Lamba Ri, disse que os porcos de SC já estão com as tomadas adaptadas aos pinos modernos.
    Disse também que estudos feitos em Lages apontam para a escassez de peixes no planeta. A tainha, por exemplo, está escassa. Assim, o sushi do futuro será o sushi de porco, já conhecido por sushi-oinc.
    Colombo está encantado com o Japão. Todos lhe sorriem continuadamente.
    Perguntou ao assessor para assuntos de alegria se o diretório do PSD em Tokyo era muito popular.
    Colombo em seu discurso de abertura disse que os oinc-oinc (porcos) e as cocorocó (galinhas) são uma parte muito importante da economia catarinense e que governos passados, orientados pela agro-industria, já haviam percorrido outras partes do mundo para vender tais produtos.
   Por último ficou o Japão, justo onde nasce o sol, reclamou ele.

*Ear Long acompanha a comitiva governamental ao Japão às expensas do Cangablog

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações de Ruas e outros assuntos


  Por Laurita Mourão
   
  Querido Sergio, grande CANGA !
   
   Sei que também em Florianópolis há manifestações de rua, mas você, como grande Jornalista e Comunicador que é, adoraria estar aqui no Rio para ver e sentir na pele o clamor das ruas por um povo dito pacífico e cordato mas que graças aos abusos e desleixos dos governantes (os que mandam e fazem leis) não aguentou mais e jogou-se nas ruas como se suas casas estivessem incendiando-se ! Parece que não mas são reações naturais quando se está sendo abusado demais, escravizado demais, sem voz nem votos, e agora sem dinheiro porque a vida-de-todos-os-dias está caríssima, da carne aos vegetais, das frutas aos laticínios, dos produtos de higiene até os rolos de papel higiênico que a Venezuela do Chavez se viu obrigada a importar nada menos que 70 milhões de rolos. Aqui o que estamos por importar é muita vergonha na cara e pinceladas fortes de honestidade e bem gastar com o dinheiro público, “aquele” que nós fazemos o governo juntar pagando em dia os nossos extravagantes impostos !!!

   A nossa honra e os nossos problemas valem muito mais que R$ 0,20 e foi justamente essa pequena e quase desprezada moeda que nos fez reclamar os altíssimos preços das construções dos Estádios de Futebol, os gastos com a preparação da “Copa das Confederações” e as ciclópicas despesas com as obras para a realização das próximas Olimpíadas ... e ainda ver um aumento de um transporte antiquado, velho, barulhento, mal atendido e que ainda se dá ao luxo de não parar no locais previstos para levantar passageiros, idosos e crianças guiados por motoristas mal-alimentados, cansados, e que extrapolam tanto com a velocidade que mergulham no vazio das passagens aéreas matando passageiros indefesos !

   A imprensa publicou que a África do Sul fez obras parecidas e tão modernas quanto o momento para a Copa anterior e os custos foram 3 vezes menores que as nossas. Verdade ou não, o POVO se desespera porque 45 por cento do país acorda sentindo o fétido cheiro dos esgotos e pisa nele quando saem correndo para o trabalho depois de terem muito modestamente tomado seus banhos de chuveiro elétrico que gasta mais energia que uma recepção em palácio com todas as luzes acesas !

   E enquanto os novos aparelhinhos eletrônicos falam com o mundo inteiro de graça inclusive mostrando as caras dos que se comunicam, o pobre brasileiro continua pagando pelo telefone fixo uma barbaridade com mais de 30 por cento de impostos quando recebe a sua conta mensal ...

   Não pertenço a qualquer ONG ou Sociedade de Caráter Beneficente, estou velha e os 87 anos que venho vivendo me dão base para pensar em como era o mundo “antes” e tendo vivido durante cincuenta (50) anos fora do Brasil servindo-o, vi e vivi em muitos outros países onde a vida é muito mais cômoda para os que têm menos e os governos se dedicam – mesmo que tenham defeitos ou pratiquem fraudes – aos seus habitantes dando-lhes muito mais conforto, muito mais assistência médica, muito mais transportes públicos cômodos e aquecidos no inverno, rápidos e baratos e nem falemos nos estudos, primários e secundários, onde em todos os países a primeira parte é sempre gratis e ainda dão de presente aos alunos os livros e mantêm as crianças das 7 às 5 horas da tarde de segundas a sextas sob o ensinamento das letras e do comportamento social.

   Dias melhores virão.

   Aproveitando-me de sua nunca desmentida amabilidade, muito agradeceria pudesse me reenviar nome e e-mail de uma estudante, sua amiga, que desejou manter contato comigo por conta de um dos meus livros. Na minha casa-circo que eu amo de paixão e onde você e família têm um quarto com banho privado, esse seu e-mail deve estar no “ICLOUD” para aonde dizem que vão as mensagens e os arquivos virtuais ... Desde já fico-lhe grata.

   Que sua saúde seja boa e sua família com o prazer de tê-lo a seu lado desfrutando da sua inteligência, sou a amiga e admiradora,

Laurita (Linhares Mourão de Irazabal).

terça-feira, 25 de junho de 2013

Oitenta anos agora!

    Do jornalista Valdir Alves

   Lá nos primórdios, os oceanos eram calmos e tranquilos. Os viajantes só dispunham dos remos para empurrar os barcos em seus deslocamentos. Havia serenidade nas viagens, mas obrigatoriamente eram curtas e limitadas; e proibidas para determinadas ilhas reservadas, especialmente, para os deuses. Assim navegava a humanidade até o dia que os vikings arrombaram a ilha do deus vento. E o vento libertado foi soprando, esparramando por todos os cantos do mundo a sua força. Os vikings, primeiro tentaram detê-lo, mas perceberam que quem corre para a liberdade é sempre mais rápido e astuto que o carcereiro. E assim escolheram se libertarem com ele inventando a quilha e as velas, que davam às embarcações equilíbrio e estabilidade, mas, principalmente, combustível para longas jornadas.
    Lembro-me da lenda a propósito dos 80 aniversários deste ilustre brasileiro Jaison Barreto que, na biografia das minhas boas lembranças, foi o protagonista de um embate memorável disputando o cargo de governador de Santa Catarina, em 1982. O discurso veemente, a postura serena e inflexível, o verbo feito pão, o pão que haviam subtraído dos catarinenses. Com dignidade violou uma ilha da ditadura e soltou o vento da liberdade, o vento que se esparramaria por todo o Brasil soprado pela sinfonia dos galos tecendo uma nova manhã, segundo o debruado do João Cabral de Mello Neto.
    No começo do mês de outubro, reta final da eleição, fui assistir um comício na cidade Imbituba. Os fatos, com pequenos detalhes que diferenciavam aqui ou ali, se repetiam numa sucessão de comícios por diversas cidades que eu acompanhava sempre que possível: palavras de ordem contra a ditadura, contra as oligarquias e, finalmente a vitória inexorável da democracia faziam de Jaison Barreto uma comemoração. Era o começo de uma catarse, embora ainda lambuzada de medo.
    Nesta oportunidade, para compor uma matéria que eu preparava para o Jornal O Globo, perguntei para um garoto, ainda imberbe, que acompanhava o evento nas proximidades, que motivação tinha para apoiar um candidato da oposição. “O Jaison – me respondeu – é a novembrada do palanque”. Atônito, fiquei ali sem comentar, sem anotar, atônito até o garoto partir. Mas nunca esqueci aquele sucinto e esclarecedor encontro.
    Como também nunca esqueci o Jaison Barreto cidadão comum, com o estranho gosto de misturar uísque com coca-cola, é verdade, mas sábio quando entre um gole e outro argumentava que a ignorância não se higieniza, se varre. Logo, educação era o fundamental. O palco e o boteco tinham harmonia, eram os versos do Quintana apertando o interruptor: Venho do fundo das eras/Quando o mundo mal nascia/Sou tão antigo e tão novo/ Como luz de cada dia.
    A alegria durou até a abertura das urnas no mês de novembro. Junto com elas, todavia, se abriram também os depósitos das falcatruas que os penduricalhos da ditadura obsequiavam aos poderosos de plantão. Roubaram a eleição de Jaison Barreto. Mas não roubaram os ventos da liberdade, estes estavam espalhados e, sobretudo, soprando nos corações libertários das pessoas que não se trocaram por uns poucos vinténs, da gente honesta brasileira. Não roubaram o desejo dos catarinenses de por fim a ditadura, não roubaram dos catarinenses o desejo de acabar com as oligarquias.
    Hoje, estes milhões de brasileiros que estão nas ruas exigindo o fim da corrupção, exigindo o aroma da honestidade, estão também cantando um pouco: parabéns Jaison Barreto, feliz aniversário.

    Com o carinho do escriba Valdir Alves.

Por que protestam contra a Copa

   Por Marina Amaral 


  Em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza protestos contra a Copa se misturam às bandeiras por participação política, transporte e serviços públicos de qualidade. Veja aqui 7 razões para que a festa esteja se transformando em manifestação.
 
   Já foram gastos 27,4 bilhões de reais na Copa e a previsão atual é de custo total de 33 bilhões, uma quantia que se aproxima do total do orçamento federal em educação para este ano: 38 bilhões de reais. Uma priorização de recursos que a população questiona nas ruas, assim como a concentração do dinheiro público na construção de estádios, em muitos casos, como em Manaus e Cuiabá, “elefantes brancos” sem futuro aproveitamento.
   Além disso, as obras de mobilidade urbana – apresentadas pelo governo como o principal legado para as cidades-sede – atualmente orçadas em 12 bilhões de reais – privilegiam os acessos viários para carros (viadutos, alargamentos de avenidas) e a rota aeroportos-hoteis-estádios que não é necessariamente a prioritária para a mobilidade urbana no cotidiano das cidades. Um exemplo claro é Itaquera, onde as obras reivindicadas pela comunidade foram suspensas enquanto se investe a todo vapor nas obras de acesso ao estádio. Promessas em investimento em transporte público, como a construção do metrô de Salvador e o Monotrilho da linha Ouro em São Paulo foram retiradas da Matriz de Responsabilidades (o orçamento federal para a Copa) e o transporte público chegou a ser prejudicado no Rio de Janeiro, onde os moradores e comércio sofrem com a falta do tradicional bondinho – que não circula desde 2011 – depois de um acidente denunciado pelos moradores como resultante de um projeto equivocado de modernização (que teve de ser refeito e ainda não está pronto)
   Por fim, as obras de mobilidade urbana são as principais responsáveis pelas remoções de comunidades, ameaças ambientais e perda de equipamentos públicas. (Da Pública)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MPF contesta venda casada da CEF em Florianópolis


 A instituição tem vinculado o financiamento da casa própria à contratação de outros produtos
   
   O procurador da República Carlos Augusto de Amorim Dutra enviou ontem uma recomendação ao superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Roberto Carlos Ceratto, na qual diz ser ilegal a atitude do banco de realizar venda casada. A caixa tem condicionado o financiamento habitacional à compra de outro produto ou contratação de serviço. O Ministério Público deu prazo de dez dias à instituição para que informe as providências tomadas para adequar-se à legislação federal.

Trinta Contos do Dr. Benjamin

  Será no hall da Assembléia Legislativa, na próxima quarta-feira (26), às 20 horas, o lançamento de Trinta Contos do Dr. Benjamin, o mais novo livro de Armando José D'Campora.

Rumo ao Japão

   Por William Ear Long   Raimundo Colombo, acompanhado de assessores especiais e com a orientação do Bira, embarca para o Japão. Nosso correspondente William Ear Long fará a cobertura para o Cangablog com todas as despesas pagas por nós. A repórter da RBS viajará com despesas pagas pelo grupo de comunicação em que trabalha.   Colombo estudou durante cinco dias roteiros, cerimoniais e logística para a missão.
   O voo será via New York em direção à Tokyo. O nome da missão, concebido em segredo na Casa d'Agronômica, é: Santa Catalina Oinc - Oinc. Os porcos no Japão, muito educados e calmos, cumprimentam as pessoas diariamente desta forma: Oinc - Oinc.   Colombo vai dar um show de suinocultura. Estudou tudo. Desde de porco-espinho até porco-do-mato. O porco, inclusive, estará dentro do Pacto por Santa Catarina. Um dos assessores sugeriu a mudança para Porco por Santa Catarina. As discussões avançam.   

   Em dois anos vamos exportar BMW com presunto embutido no porta-luvas para a União Européia.    Durante a viagem, revelaremos muitas novidades.
   Está na comitiva catarinense, o Senhor Arigatô Saionará, principal assessor do governador e amigo do Bira, conhecido no Japão por Bila.

Ditadura brasileira criou cadeias para índios com trabalhos forçados e torturas

Acusações de vadiagem, consumo de álcool e pederastia jogaram índios em prisões durante o regime militar

   Por André Campos

   Durante os anos de chumbo, após o golpe de 1964, a Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá foram levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundas de ao menos 11 estados das cinco regiões do país. O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e vigiados por policiais militares. Sobre eles recaem diversas denúncias de violações de direitos humanos.
   Os “campos de concentração” étnicos em Minas Gerais representaram uma radicalização de práticas repressivas que já existiam na época do antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – órgão federal, criado em 1910, substituído pela Funai em 1967. Em diversas aldeias, os servidores do SPI, muitos deles de origem militar, implantaram castigos cruéis e cadeias desumanas para prender índios.
   Os anos desde o fim da ditadura pouco contribuíram para tirar da obscuridade a existência dos presídios indígenas. Um silêncio que incomoda novas lideranças como Douglas Krenak, 30 anos, ex-coordenador do Conselho dos Povos Indígenas de Minas Gerais (Copimg). “Em 2009, recebi um convite para participar das comemorações, em Belo Horizonte (MG), dos 30 anos da Anistia no Brasil. Havia toda uma discussão sobre a indenização dos que sofreram com a ditadura, mas a questão indígena não foi nem sequer lembrada”, reclama.
   Douglas é mais um entre os que têm histórias familiares de violência física e cultural sofridas nesse período. “Meu avô foi preso no reformatório Krenak”, conta. “Chegou a ser arrastado com o cavalo de um militar, amarrado pelos pés”.
   Para a pedagoga Geralda Soares, ex-integrante do Conselho Indigenista Missionário em Minas Gerais (Cimi/MG), é fundamental reparar a dívida com os indígenas vítimas de violências no período – que, acredita ela, não difere daquela reconhecida como direito de outros grupos que sofreram nos porões da ditadura. “Muitos desses índios, na minha concepção, são presos políticos. Na verdade, eles estavam em uma luta justa, lutando pela terra”, defende. Não existe, no Brasil, nenhum indivíduo ou comunidade indígena indenizado pelos crimes cometidos pelo Estado nessas áreas de confinamento.
   Leia reportagem completa no site da Pública

domingo, 23 de junho de 2013

Parque de Coqueiros ameaçado?

Comunidade protesta contra “adoção” pela Globovel

“A Globovel nunca foi uma empresa amiga do Parque, pois desde que se instalou em Coqueiros ocupou terreno de mangue, trouxe insalubridade ao prédio vizinho e hoje seus funcionários utilizam boa parte do estacionamento”

   Por Márcia Quartiero/colunista da Folha de Coqueiros
    
   Repercutiu muito mal, entre os moradores e as lideranças comunitárias do bairro, a informação de que o Parque de Coqueiros entrou numa lista de 42 parques, praças e etc que serão “adotados” por empresas privadas. A maioria foi pega de surpresa com o anúncio de que o contrato de “adoção” será firmado já nesta segunda-feira, dia 24, pelo prefeito César Souza e o Secretário do Continente, João Batista Nunes, dentro do projeto denominado Continente Saudável. “Estão agindo à revelia da comunidade, pois em nenhum momento convocaram as associações de moradores para opinar sobre a adoção”, afirma a secretária da Pró Coqueiros, Beatriz Cardoso.   A revolta aumentou ainda mais quando foi divulgado o nome da empresa Goblovel (Grupo Globo) como “adotante” do espaço. “A Globovel nunca foi uma empresa amiga do Parque, pois desde que se instalou em Coqueiros ocupou terreno de mangue, trouxe insalubridade ao prédio vizinho e hoje seus funcionários utilizam boa parte do estacionamento”, diz Cardoso. A moradora Elaine Otto tem a mesma posição: “Desconheço qualquer ação desenvolvida até hoje por essa empresa em prol do parque, ao contrário do Supermercado Imperatriz, que no início doou parte do dinheiro necessário para viabilizar este espaço”, lembra-se. Mais incisivo, o presidente da Pró Coqueiros, Ricardo Muller, julga que a adoção do Parque de Coqueiros pela empresa Globovel "cheira à privatização"
   Procurado pela Folha de Coqueiros, o secretário do Continente disse que sua administração entrou em contato com várias empresas e foram selecionadas aquelas que manifestaram interesse. Para ele, as críticas à Globovel, uma empresa que considera tão respeitável quanto um Dimas ou um Imperatriz, é uma “afronta à inteligência das pessoas”. João Batista informou que só após a assinatura do contrato de adoção é que será feito um projeto detalhando ações e investimentos. “Vamos debater com a comunidade esse projeto de forma clara e transparente”, disse. Genericamente, o secretário considera que as melhorias poderão incluir a pista de caminhada, árvores e o lago.
   No convite aos órgãos de comunicação, para participar da cerimônia de assinatura do projeto, a assessoria de Comunicação da Secretaria informa que “a lista completa das praças e espaços adotados e seus padrinhos (e também o percentual de investimento) só será divulgada durante o evento”. 
   Contatado pela Folha de Coqueiros, o Instituto Guga Kuerten, por meio de sua assessoria, informou que o papel da entidade se concentra em conceder o selo de acessibilidade do IGK, garantindo que o espaço respeita os direitos à acessibilidade das pessoas que possuem necessidades especiais, como cegos e cadeirantes.

Ex -presidente da Sociedade Amigos de Coqueiros também critica a iniciativa
A adoção do Parque de Coqueiros por uma empresa privada também é criticada pelo engenheiro Hamilton Schaefer, figura fundamental na criação do parque, viabilizado em 1999 graças à mobilização da comunidade e de algumas empresas parceiras, que se cotizaram financeiramente para transformar o espaço conhecido como Saco da Lama, de um depósito de entulhos num dos locais mais frequentados da cidade.

   Ex-presidente da Sociedade Amigos de Coqueiros, Schaefer conta que foi convidado recentemente pelo secretário João Batista para uma reunião, destinada a tratar da recolocação da placa em homenagem aos moradores que ajudaram a construir o parque. “No segundo encontro, quando íamos entregar a lista de pessoas que deram início ao projeto, havia vários representantes de comunidades e nos foi apresentado o projeto de adoção de praças”, informa. “Na hora, nos recusamos a participar da proposta e a Elaine Otto até falou: só se revitaliza aquilo de está meio morto ou abandonado. E este não é o caso do Parque de Coqueiros”, relata.
   Para ele, o Parque de Coqueiros não pode ser igualado a uma praça qualquer. “É um espaço que a comunidade construiu e é a prova de que só com o engajamento dos moradores um lugar se mantém vivo”, observou.
   O Parque de Coqueiros foi viabilizado pela ação da comunidade, que conseguiu que o terreno fosse cedido pela União ao Estado de Santa Catarina e, posteriormente, repassado pelo então governador Paulo Afonso Vieira à Sociedade de Moradores de Coqueiros (declarada de utilidade púbica estadual, em 1992), sob a presidência do engenheiro Hamilton Schaefer, que fora também professor na Universidade Federal de SC. Em 2006, a administração do espaço passou para a Prefeitura de Florianópolis.

sábado, 22 de junho de 2013

Nascido para ser livre...

  Por Marcos Bayer

   Foi em Laguna, no dia 16 de agosto de 1933. Nascido de família humilde, porém letrada, o pequeno aprendiz interessava-se desde cedo pelos outros e pela vida dos outros. Interno no Colégio catarinense na capital fez parte da turma de 1947, para minha surpresa satisfeita através do Google, onde estava meu pai.
   Formado em Medicina (1951-57) na Escola Nacional do Rio de Janeiro, frequentador da vida acadêmica e da noite carioca, formou-se oftalmologista e foi para a Espanha, na Clínica Barraquer, uma das mais conceituadas do mundo. Jorge Lacerda, governador de Santa Catarina, soube que aquele catarinense havia sido o orador da turma e mandou imprimir alguns livretos com o teor do discurso. Nascia o político Jaison Tupy Barreto.
   No Brasil acontecia o golpe militar de 1964, na Espanha o general Francisco Franco mandava desde 1939 e assim iria até 1975. Foram 36 anos de guerra civil. Quem quiser compreender o horror basta olhar a tela Guernica de Pablo Picasso.
   Jaison Barreto foi forjado sob duas ditaduras, a nossa e a espanhola.
   Voltou, foi para Rio do Sul, de lá para Brusque, em razão das enchentes.
   Foi trabalhar como médico nos sindicatos dos trabalhadores onde conheceu Francisco Dall’igna, então vice-governador de SC, eleito pelo PTB na chapa de Ivo Silveira. Cassado em julho de 1966, seu cargo foi preenchido em março de 1967 pelo jovem Jorge Konder Bornhausen, cuja posse foi possível após alteração na Constituição Estadual, em razão de sua insuficiente idade.
   É assim que Jaison Barreto vai abrindo espaços na política. Perdendo amigos, aliados e formando um grupo de pessoas interessadas nas coisas daquele cavaleiro andante. Uma de suas características era a capacidade de demolir adversários pelas palavras. No MDB, partido que fundou, quando o debate era com alguém mais qualificado do outro lado, mandavam o Jaison...
   Elegeu-se deputado federal em 1970 e renovou o mandato em 1974. Em 1978 elegeu-se Senador da República. Foram 16 anos com mandato, apenas. Mas, mesmo sem ele não para quieto, não deixa de opinar, escrever, aconselhar e participar.
   Foi o político mais contundente da nossa geração. Sempre soube o significado da República, nos mínimos gestos. Quando se afastou do Senado para permitir a posse de Dejandir Dalpasquale e depois de Maria Shirley, a primeira mulher catarinense a ocupar a tribuna do Senado Federal, disse a ele que não tinha outra renda, pois há pelo menos 15 anos deixara a medicina, e que gostaria de saber se poderia contar com uma parte do salário para sobreviver. Dejandir, homem de posses, não só
entendeu a raiz do pedido, como lhe concedeu parte da remuneração. Na época quando um parlamentar se licenciava, perdia a salário.
   Hoje, o homem público, na grande maioria, ocupa o cargo, o automóvel, o salário, as secretárias, as salas, emprega os familiares, pede ao funcionário comissionado parte do salário oferecido, participa
indiretamente das licitações, libera verbas para o amigo publicitário, superfatura obras e faz uma grande festa pecuniária envolvida numa meleca jurídica que acoberta e protege a sinecura.
   No Brasil não são os pobres, ignorantes e desesperados que corrompem a República e seu significado. São os doutos, pseudo-doutos, mandatários sem sentimentos e capatazes sem coração.
   O que estamos assistindo nas ruas do Brasil, nestes dias, é apenas isto: o despertar da República.
 Jaison não coube dentro de seu mandato. Participa do movimento dos autênticos, das eleições diretas em 1984. Em 1982 perdera a eleição para Esperidião Amin por 12 mil votos aproximadamente. As versões não oficiais falam de eleições roubadas, manipuladas pelo SNI – Serviço Nacional de Informações.
   Mas, como no Rio de Janeiro, Leonel de Brizola denunciou e venceu o aparato montado pela chamada Revolução, houve esperança no Brasil.
   Jaison procurou justamente seu mais nítido adversário e propôs uma aliança política. Antevia a necessidade de sucesso no movimento das eleições diretas, antevia a eleição de Leonel Brizola para a Presidência do Brasil e uma nova Constituição.
   O jovem Amin, governador, não tinha temperamento para empregado do esquema que o elegeu. Por inteligência, soberania de caráter e sobrevivência política viu no Jaison a outra parte.
   Nasceu o projeto Jasmin cujo escopo final era a eleição de Leonel Brizola para governar a República.
   Em 1985, nas eleições diretas para as capitais, o PMDB apresentou Andrino, o PFL apresentou Enio Branco e a AST/Jasmin apresentou Chiquinho Assis. Andrino venceu e chegou à líder do governo de
Raimundo Colombo na ALESC recentemente. O candidato da AST não ganhou porque não representava o novo. Não representava o conceito asmin. Tancredo Neves havia falecido em 21 de abril deste ano. As eleições municipais provocaram uma comoção nacional favorável ao PMDB. Só seria possível uma vitória da AST (Brizola, Jaison e Amin) se o candidato fosse alguém da esquerda.   E se o Maneca Dias fosse para o Uruguay.
   Em 1986 Pedro Ivo levou a convenção do PMDB e chegou ao governo estadual. Amin elegeu-se prefeito em 1988, senador em 1990 e governador em 1998. Nesta eleição com aval público de Jaison Barreto.
   Ficaram amigos. Jaison perdeu as eleições de 1986.
   Jaison continua, desde então, a participar da vida pública nacional.
   Usufrui da vida, dos amigos, do banho de sol, da Coca-Cola com gelo e whiskey, de los riñones uruguayos e das boas companhias. 
   Porque foi sério em sua luta, poderá sair da vida rindo, serelepe tal qual moleque menino que tanto honra o Brasil.
   Parabéns pelos 80 anos...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eles não entendem!!!!!!


    Interessante ver os políticos e "líderes" do país com caras abobalhadas, estupefatos, dizendo que não entendem o que está acontecendo. Falam como se nada tivesse a ver com eles. Mas é com eles mesmo que têm a ver todas essas manifestações de protestos de repúdio à corrupção e ao abandono total da população pelo poder público.   Em 2004/2005, Florianópolis foi uma das primeiras cidades brasileiras onde o movimento Passe Livre surgiu e se manifestou.
   A surpreendente manifestação de indignação contra o aumento das tarifas de ônibus, que ficou conhecida como "Revolta da Catraca", durou vários dias. Os estudantes tomaram as ruas da cidade, fecharam as pontes de acesso à Ilha de Santa Catarina e desestabilizaram o poder político vigente. Mais uma vez, como hoje, os políticos diziam não entender o que estava acontecendo, embora o movimento Passe Livre fosse focado e pontual na revindicação de tarifa zero no transporte público.
   O poder reagiu repressivamente com violência desproporcional agredindo estudantes, populares, jornalistas e todos que estivessem pela frente. Apenas potencializou o movimento causando mais revolta.

   Eles não entendem!!!!!

   Naquela época, os jovens estudantes já mostravam o seu grau de insatisfação e sua capacidade de organização e mobilização via redes sociais, internet. O novo fenômeno que transformou o mundo e hoje é a plataforma básica da organização e mobilização dos jovens "rebeldes", agora espalhados por todo o país e pelo mundo (Europa, Asia, EUA), é a pedra no sapato dos políticos.

   Eles não entendem!!!!!

   E nem vão entender! O congresso nacional e suas câmaras estaduais e municipais são habitadas hoje por 90% de políticos corruptos, marginais e bandidos organizados. Indivíduos que também foram marginalizados nas suas infâncias por força de um sistema político caolho e sem vergonha.
   A corrupção do poder produz miséria, violência, falta de saúde e educação. Produz também marginais que por esperteza acabam escalando os meandros do poder e chegam a posições de decisões sobre a vida dos cidadãos comuns. É isso que está acontecendo. É contra esse lumpemparlamentar que a nova geração de brasileiros está protestando.
   Eles não entendem!!!!

"De fato, está difícil entender. Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo. Agora eles mesmo dizem 'nós não temos uma liderança, são múltiplas lideranças, nós não temos carro de som'. Não tem um comando, um comando único, e portanto se torna extremamente complexo o processo de compreensão, de entendimento, da multiplicidade das manifestações internas"

   Palavras do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. Gilberto carvalho é um conhecido "borgia" dessa estrutura corrupta. Funciona nos subterrâneos do poder e é personagem da infindável novela do assassinato do prefeito Celso Daniel, seu ex-companheiro do PT.

   Isso mostra bem porque ele não entendem o que está acontecendo. Sem lideranças, sem partidos e ONGs para enquadrar ou corromper, eles ficam sem elementos para entender. Onde está a tão combativa União Nacional dos Estudantes, a UNE? Foi cooptada pelo PT, pelo poder. Foi corrompida e amansada.

   Não perceberam ainda, os políticos, que estão tratando com uma geração de mutantes. Mutantes nas ligações neuronais, na velocidade de pensamento e que não usam músicas de protesto de Chico Buarque ou outros elementos "de outrora" como palavras de ordem contra a "burguesia" e o "imperialismo norte americano".

   Essa geração nasceu durante a jovem democracia neoliberal brasileira, leu sobre a ditadura e os caras-pintadas de 1992 nos livros. As canções contestadoras de Chico Buarque, se é que as conhecem, são de outra época, de outra luta já ultrapassada. Eles estão nas ruas para cimentar nossa democracia, para dizer que a representatividade tem mais deveres do que direitos, que as obrigações não estão sendo cumpridas. O silêncio da época do crédito em abundância e da economia viçosa acabaram. O resto do país se manifesta a reboque de uma geração com perspectivas cada vez mais sombrias de futuro, mas que se organiza para mudar suas chances.
   Uma geração que tem como plataforma de ação a ferramenta de comunicação mais anárquista e livre já inventada pelo homem: a internet. O único meio de comunicação livre e independente existente no mundo. A internet não tem patrão, não tem ideologia, é uma ferramenta onde todos podem se manifestar livremente sem prestar contas ou obrigações a ninguém. 

   Disso eles não entendem! Porque não conseguem controlar!

   O movimento Passe Livre, por exemplo, é um movimento social horizontal, sem chefes e que não luta para tomar o poder. Portanto usa ferramentas e plataformas de batalha totalmente distintas do "jogo democrático" tradicional de partidos políticos - organizações verticais com líderes, chefetes, coronéis que tem o poder baseado no dinheiro.
   Ao redor do movimento Passe Livre, se agregaram várias pessoas descontentes com o que está acontecendo no país, com o descaso do poder com a população e com a corrupção.
   A questão do vandalismo e da violência nas manifestações de rua é inerente a qualquer movimento desse tipo. Assim como o Congresso Nacional foi tomado por homens sem carácter nenhum, o lumpem (no vocabulário marxista, é a população situada socialmente abaixo do proletariado, formada por frações miseráveis, não organizadas, não apenas destituídas de recursos econômicos, mas também desprovidas de consciência política) está presente nas maifestações e cumprem o seu papel. Não representam o movimento social que está na rua protestado, mas são uma parte dele.

   O que vai acontecer daqui para a frente é uma incógnita. A redução de tarifas de transporte público em algumas cidades brasileiras já estão acontecendo e é um dos resultados práticos do movimento social na rua.
   A preocupação agora é não deixar que o movimento se transforme em uma coisa etéria como simplesmente protestar "contra a corrupção" e fim. Fizemos a nossa parte e agora voltamos para o facebook.
   Não, isso não vai acontecer! Acredito que a comunicação e as mobilizações vão continuar, cada vez maiores e mais ágeis e terá um grande resultado nas eleições de 2014 não reelegendo nenhum político!

Seria um bom começo!

Parabéns...com frutas!

   Meu querido amigo Les Paul posta em seu blog  Mais Barulho! esta belíssima homenagem ao amigo aqui. 
Mais 60... São os votos de LesPaul, El Tigre e Familiares ao querido Canguita, parceiro inigualável para as melhores viagens, amigo incomparável como os melhores amigos!
Dr.Paulo Medeiros Vieira (seu pai) e este blogueiro
 em uma feira de San Telmo, Buenos Aires. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

60 anos não se faz todos os dias!


   Queridos leitores,
a panorâmica acima mostra uma parte do centro, da baia sul e, ao fundo, as montanhas do continente da nossa belíssima Florianópolis. 
   Foi captada esta manhã da janela do quarto 233 do Hospital de Caridade, onde me encontro neste momento!
   Calma! Estou bem de saúde, apenas acompanhando o Jerônimo, meu filho, que acabou de chegar da sala de cirurgia, onde ficou toda a manhã fazendo uma "reconstrução ligamentar" do joelho direito. Estourou tudo, a la Ronaldo, em uma partida de basquete no parque Ibirapuera, em São Paulo.
   Chegou agora da recuperação. A cirurgia foi um sucesso e ele acha que poderá voltar a...jogar rugby, seu esporte preferido.
   Eu, estou fazendo aquilo que mais gosto e que mais curti toda a minha vida: aniversário!!!!!
   Não sei porque mas sempre curti comemorar cada ano de vida. Tenho a sensação de conquista tipo...ufa, passei mais um. Não que a vida me tenha sido hostil, sempre a senti maravilhosa, alegre, instigante, desafiadora. Sempre gostei de brincar com ela...a vida!   Quando escutava, do meu amigo Nei Vidal, que "a vida não era para amadores", dava um risinho por dentro e pensava: "eu, então, sou dos profissionais!"
   Já comemorei ontem com a Gisa, filhos e neta. Recebi todos os telefonemas dos meus irmãos, sobrinhos e amigos...enfim, de todos que me rodeiam.
   Comemoro hoje ao lado do meu primeiro filho, o Jerônimo, no Imperial Hospital de Caridade da cidade de Destero. 
   Daqui, a vista é maravilhosa, como a vida que tenho!

domingo, 16 de junho de 2013

Funcionário desvia R$ 116 milhões do Ministétrio da Saúde


Promotoria denuncia ações de Odorico, o bem relacionado
O MPE cearense acusa dirigente do Ministério da Saúde de ter selado acordo irregular com uma Organização Social, à época comandada por dois ex-subordinados

O secretário de Gestão Estratégica e Participativa
 do Ministério da Saúde e ex-secretário
 da Saúde de Fortaleza (CE), Odorico Monteiro
 (Foto: Erasmo Salomão - Ascom/MS)
   Por Leopoldo Mateus
   Organizações Sociais são entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem recursos públicos para realizar funções, como já diz o nome, de interesse social. Como, por exemplo, administrar hospitais. São comuns no Rio de Janeiro e em São Paulo. Unem o atendimento gratuito, natural do serviço público, a métodos privados de gestão, numa espécie de terceirização de um serviço público. Foi o que fez o atual secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, em sua encarnação como secretário municipal da Saúde de Fortaleza(CE), em 2008, na administração de Luzianne Lins (PT). Com um detalhe: a terceirização de Odorico – que não é Paraguaçu, mas entende de dinheiro público – significou a transferência de atividades que seriam da Secretaria Municipal da capital cearense para uma Instituição presidida por ex-funcionários do próprio órgão. De forma irregular, segundo o Ministério Público.
   O então secretário Odorico Monteiro decidiu celebrar um contrato com uma Organização Social, o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e de Apoio à Gestão de Saúde (IDGS). Segundo o decreto que oficializou o acordo, o IDGS iria “pesquisar, desenvolver e produzir conhecimentos e tecnologia na área de informática, educação, saúde, serviço e gestão de saúde em Fortaleza”. Para missão tão ampla quanto vaga, recebeu, somente entre 2008 e 2010, R$ 116 milhões. (Não houve erro de digitação. Não foram R$ 11,6 milhões nem R$ 1,16 milhão. Foram R$ 116 milhões – pelo menos). O Ministério Público Estadual cearense resolveu avaliar o trabalho do instituto. Ao estudar os contratos com a secretaria, o modo como o IDGS foi criado e gerenciado e o que ele efetivamente fazia de 2008 a 2012, o MPE não gostou do que o Instituto “pesquisou, desenvolveu e produziu”. Baseado na sua própria investigação e em analises do Tribunal de Contas do Município (TCM) e do Conselho Municipal de Saúde, o promotor Ricardo Rocha entrou, no último dia 29, com uma Ação Civil Pública de Improbidade contra Odorico Monteiro, Alexandre Mont`alverne, que o sucedeu na secretaria, e dois ex-dirigentes do IDGS.
   Leia matéria completa. Beba na fonte.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Tio Bruda e a (i)mobilidade urbana

- Alô, tio Canga!!!!! Mas o senhor tá sumido! Anda mais quieto que guri cagado! Tá mais devagar que interro diapé!!! Tá preocupado com a tal de hepatite, aquela?

- É, tio Bruda, to na correria para resolver essa parada que tá meio preocupante.


- A água tá batendo na bunda, tio Canga?


- Hehehehe...é mais ou menos isso aí, tio Bruda, mas "tamo na lida", como o senhor diz. Mas me conte as novidades, o que o senhor anda fazendo?


- Tio Canga de deus! Tá tudo mais caro, agora! Nem o Bolsa Família da Dilma e muito menos a Santa Renda do governador Raimundo tão dando jeito na carestia. Agora, até pra visitar a minha Pinguanxa ali na Pinheira eu tenho que pagá o pedágio! Tô mais quebrado que arroz de quinta!


- É, tio Bruda, o dragão da inflação taí de novo. 


- Pois é, tio canga. Tá pretiando os zóio da gatiada pra presidenta Dilma. Eu vi que até a popularidade dela tá despencando. Tá ficando mais baixa que vôo de marreca!

- Tio Bruda, mas o assunto do momento é o calote que a conssessionária da BR-101 está dando no governo. 

- Pois é, tio Canga, que coisa feia isso. Essa Autopista Litoral Sul se comprometeu de fazer um monte de obras, pegou o nosso dinheiro e deixou todo o mundo na mão. E tudo combinado com a agência do governo que cuida das estradas, a tal de ANTT. As obras tão mais atrasadas. que bola de porco, tio Canga!

- Isso aí está cheirando a corrupção grossa, tio Bruda!

- E aquela senadora gritona que defendia os mensaleiros do PT, a Ideli Salvati? Essa andava sempre metida com essa gente da concessionária, tio Canga! Tava mais gruda que bosta em tamanco de leiteiro, lembra?

- É verdade, tio Bruda. Lembro até que ela prometeu diversas vezes retirar o pedágio da Palhoça. Fez vários factóides nos jornais e na TV e não aconteceu nada. Continua a mesma coisa no mesmo lugar.

- Aí tem, tio Canga! Será que essa gente da Litoral Sul não deu uma mãozinha na campanha da Ideli?

- É uma pergunta, Tio Bruda! É uma pergunta!

- O tio Canga, já que estamos no assunto dessa tal de mobilidade ou imobilidade urbana, o que o senhor me diz daquele monte de caixa de abelhas que colocaram ali na beiramar norte, tio Canga? 

- Ah! Os radares, tio Bruda? Isso aí são aqueles caças-níqueis do tempo do Dário Berger. Servem pra arrecadar dinheiro com as multas por excesso de velocidade.

- Nossa, tio Canga! Que decepção! Coitado do povo de Florianópolis! Tão que nem tartaruga de poço: esperando o golpe do balde! Vão tê que metê a mão no bolso prá pagá murta!

- É, tio Bruda, aquelas câmeras não perdoam. Fotografam e já mandam a conta!

- E eu achando que aquilo era caixa de abelha, tava até esperando um vento sul mais friozito pra tirá uns favos de mel, tio Canga! 

- Tio Bruda, quando vier a Florianópolis aparece por aqui que a gente sai pra tirar uns favos de mel por aí!

- Bom, tio Canga! Vou desligar que a conta já tá ficando...tú...tú...tú

Ainda bem que caiu a linha senão o véio não para de falar!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Outono no Campeche

Do Milton Ostetto

No Outono o Campeche ( praia mais bonita da ilha) se transforma, os dias são azuis e que depois vão se transformando lentamente em cinza, o vento sul castiga e traz com ele o frio e a alegria de ver a rede cheia... este ano mais uma vez como venho fazendo nos últimos vinte anos estive no rancho da canoa para ver de perto mais uma vez essa historia que pouco a pouco vai morrendo... no link abaixo algumas fotos que fiz entre o final de maio e incio de junho..

Justiça finalmente vai julgar livro proibido

Tribunal de Justiça de SC finalmente vai dar um desfecho para a absurda censura do livro que denunciou escândalos do governo Luiz Henrique da Silveira  e quase o derrubou do poder  
   
Finalmente, após 5 longos anos, o imbróglio sobre o censurado livro “A Descentralização no Banco dos Réus” terá um desfecho na justiça catarinense. A Sexta Câmara de Direito Civil (TJ) pautou o julgamento para o dia 20 de junho.
   Para quem não lembra, o livro "A Descentralização no Banco dos Réus" denunciava a relação incestuosa do governo Luiz Henrique da Silveira com a Revista Metrópole do empresário Nei Silva, autor do livro.
   Em suas denúncias, Nei Silva mostra o envolvimento do governador Luiz Henrique, de empresários, políticos e funcionários do governo do PMDB em um plano para produzir propaganda ilegal e burlar a legislação eleitoral. Tudo regado com muito dinheiro público.
   O escândalo, um dos maiores do governo LHS, é relatado com requintes de detalhes próprios de uma novela policial. 
   Os relatos de Nei Silva, recheados de fotografias e documentos, descrevem personagens reais em situações novelescas onde não faltam amores clandestinos, escutas telefônicas, desvio e lavagem de dinheiro público e planos policiais para envolver o autor em crimes de extorsão.

Leia o Livro proibido. Clique aqui.

Processo 2010.055345-4 Apelação Cível
Distribuição DESEMBARGADOR STANLEY DA SILVA BRAGA (Cooperador Participante), por Transferência em 12/03/2013 às 22:20
Revisor DESEMBARGADOR JAIME LUIZ VICARI
Órgão Julgador SEXTA CÂMARA DE DIREITO CIVIL
Origem Capital / 3ª Vara Cível 023080356900
Objeto da Ação Obrigação de não-fazer em que almeja seja proibida a publicação, circulação e distribuição da obra "A Descentralização no Banco dos Réus".
Número de folhas 0
Última Movimentação 12/06/2013 às 14:43 - Recebido pelo gabinete

Última Carga Origem: Sexta Câmara de Direito Civil (Divisão de Secretarias) 
Remessa: 12/06/2013
Destino: Desembargador Stanley da Silva Braga Recebimento: 12/06/2013

Partes do Processo (Todas)

Participação Partes ou Representantes
Apelante Editora Insular Ltda.
Advogada : Iara Maria Germer
Apelante Ivonei Raul da Silva
Advogado: Altamir França
Advogado: Benjamin Coelho Filho
Apelado Armando Cesar Hess de Souza
Advogado: André Mello Filho
Advogado: Rodrigo Fernandes Pereira
Advogado: Marcelo Luciano Vieira de Mello
Advogado: Ricardo Fagundes
Interessado Revista Metropole

Data da pauta: 20/06/2013 Pauta:
12/06/2013 às 14:28 Despacho do Relator Pedindo Dia para Julgamento

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Insular lança O reino dos Esquecidos


   O Reino dos Esquecidos é uma obra destinada a incluir-se entre os grandes romances clássicos. O mundo imaginário – maravilhoso e inacreditavelmente real −, as múltiplas histórias articuladas com o enredo central, os personagens, tudo envolve e fascina a cada página, a cada parágrafo, a cada frase, em que as palavras são precisas. Um raro livro, em qualquer tempo, sem gratuidades dentro da literatura. Uma obra ao mesmo tempo lúdica e capaz de provocar uma maior visão sobre o mundo humano e sobre cada leitor.

   Dom Manoel Manso, um fidalgo muito próximo ao Imperador, por razões misteriosas, abandona a Corte no Rio de Janeiro e se lança à aventura de criar no Sul do Brasil um povoado onde as pessoas possam ser felizes. Para realizar o seu sonho não lhe basta dominar a natureza hostil e fascinante e aprender a conviver com ela. O seu projeto entra em conflito com as crenças e as regras, a ordem e a desordem e o Poder que reina sobre tudo e todos. E isso se transforma em mais uma ameaça para o seu plano e a sua vida.
   Mas a determinação de Manoel Manso não tem fronteiras para criar o seu mundo imaginário, que se superpõe ao real. Aos poucos, ele atrai para a sua ideia, vista como visionária, sobretudo, os que nada tinham. Nem bens matérias nem esperanças. E, logo, também os ambiciosos de riqueza e poder. E tudo vai se transformando em um universo com alma própria. Bravatá, o novo povoado, surge dentro da selva, habitado por pessoas vindas de todas as partes, falando línguas diferentes, comungando a vida sem apegos às múltiplas diferenças e se torna o centro do universo onde tudo acontece. O seu fundador perde o controle sobre cada um dos moradores e sobre o seu mundo. Um mundo de beleza e contradições. Habitado por pessoas em busca de um destino melhor. Um mundo onde o amor que mata e a violência que salva são partes complementares do que vivem.
   Pequenos e grandes heróis expõem suas paixões, seus ódios, seus amores, a traição e a solidão, suas esperanças, tristezas e alegrias. As suas múltiplas histórias se entrelaçam, − em capítulos que se autojustificam, − dentro de um enredo maior, onde convivem os aventureiros e os acomodados; os santos e assassinos. Às vezes em uma só pessoa.
   Diante de tudo o que acontece o fundador não perde a sua crença no ser humano. Nem mesmo quando ele próprio, amado e odiado, caminho de uns e obstáculo de outros, está frente a frente com o seu matador.
   Para Dom Manoel Manso o ser humano é o seu santo e o seu demônio. E, dentro dele, perde o que ele conseguir mais fragilizar. E é esse desafio da liberdade que ele próprio, cada um dos moradores do lugar que fundou e o país se deparam todos os dias, todos os momentos, que o desencanta e o fascina. Um romance que entrelaça vidas e ficção para envolver o leitor em cada historia e à cada pagina.

O autor Miro Morais – Altamiro de Moraes Matos – nasceu em Gravatal, Santa Catarina, em 1937, filho de mãe professora e pai comerciante, e desde cedo se encantou pelos livros. Depois da infância, “lendo até a exaustão” e se evolvendo em domas de cavalos e agricultura, assumiu a inquietação e a versatilidade intelectual que lhe marcam. Planejou, implantou e foi reitor de universidade. É planejador, pesquisador social, cultural e educacional, jornalista e foi professor titular em oito disciplinas. É sociólogo, formado em filosofia, história e psicologia, pós-graduado em história e educação, autor de projeto para a UNESCO e executivo de empresas.

Prefeito diz que não aumentará tarifa de ônibus


"Greve é irresponsabilidade social gigantesca. Quem acredita que com greve a prefeitura vai aumentar o preço da passagem de ônibus vai dar com os burros n’água”
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o prefeito Cesar Souza Júnior classificou de “irresponsabilidade social gigantesca” a paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo da Capital e voltou a afirmar que não haverá reajuste na tarifa.
   “Vi na manhã de hoje mães descendo o Maciço do Morro da Cruz com filhos no colo, uma situação lamentável, injusta”, definiu.   De acordo com o prefeito, ainda na tarde desta segunda será encaminhado à Justiça do Trabalho o laudo elaborado pela prefeitura demonstrando que as empresas e o sindicato dos trabalhadores não cumpriram a decisão que estabeleceu 100% da frota nos horários de pico.
   “A prefeitura vai cumprir seu papel de fiscalizar as empresas concessionárias do serviço público e defender o interesse da população”, finalizou o prefeito.
  “Quando o sindicato dos trabalhadores debocha da Justiça, diz claramente que não vai cumprir uma decisão judicial, estamos diante de uma situação preocupante, de ações antidemocráticas que ameaçam o Estado de Direito”, destacou Cesar Souza Júnior.
   O prefeito acrescentou ainda que a população não será “duplamente penalizada” com o aumento da passagem.

Biografia mostra todas as caras de José Dirceu

A revista VEJA desta semana traz reportagem sobre a mais completa e surpreendente biografia do petista, as aventuras, traições, amores e tramoias do líder estudantil bonitão e mulherengo que virou o segundo homem mais poderoso da República - e que agora se encontra a caminho da prisão

Thaís Oyama
Em 3 de janeiro de 2003, um mineiro nascido em Passa Quatro, ex-líder estudantil e ex-militante de esquerda perseguido pela ditadura militar se tornava o segundo homem mais importante da República. José Dirceu de Oliveira e Silva havia sido nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o operário que chegou ao Palácio do Planalto. Juntos, esses dois homens de biografia extraordinária prometiam mudar o Brasil. O primeiro ato que Dirceu assinou no cargo foi bem menos grandioso, mas revelador de seu caráter. Era uma portaria que mudava a ordem de entrada dos ministros nas solenidades do palácio. Historicamente, depois do presidente da República, vinha o titular do Ministério da Justiça, por ter sido a primeira pasta a ser criada. Dirceu transferiu a prerrogativa para si: quem apareceria caminhando logo atrás do presidente seria ele, o chefe da Casa Civil - que, a partir de então, teria também a primazia no uso de carros oficiais e de aviões da Força Aérea Brasileira.

   De autoria do jornalista Otávio Cabral, editor de VEJA, Dirceu - A Biografia (Record; 364 páginas; 39,90 reais, ou 27 reais na versão digital) conta esta e outras tantas histórias definidoras da personalidade do biografado, o que faz do livro um daqueles difíceis de largar (leia aqui o primeiro capítulo). Para escrever a mais completa e surpreendente biografia de um dos mais complexos e enigmáticos personagens da história recente do Brasil, Cabral analisou 15 000 páginas de documentos garimpados no acervo de nove arquivos. Entrevistou 63 pessoas, anônimas e públicas, cuja confiança conquistou ao longo dos treze anos em que atua como repórter de política - primeiro pela Folha de S.Paulo e, desde 2004, em VEJA.