sexta-feira, 27 de setembro de 2019

PREFIRO OUTRAS GRETAS


   por Gretchen Von Carbo (Baronesa das Torres Albas da Alsacia Menor)

   Nos anos 90, assombrava-nos o tal 'Buraco do Ozônio' com temores fatalistas. Era o fim do mundo, ao amanhecer de uma terça-feira qualquer. O inexorável extermínio da raça humana vinha de incontroláveis puns e traques de ovelhas neozelandesas espalhadas às dezenas de milhares nas pastagens bucólicas das ilhas do Pacífico Sul. O nefasto orifício nos dizimaria em 10 anos.
   Passados 30 anos, a cratera atmosférica praticamente virou um "cuzinho de pulga", um nano-ânus inofensivo. Dele já não se fala. Nem do Bug do Milênio.
   Entretanto, o ativismo ambiental - esgotado o delírio apocalíptico - escondeu seu marxismo no fundamentalismo verde sob o signo do aquecimento global. Agora, dá azo ao "ecologismo" e sua árida "intelectualidade' na voz de uma histriônica adolescente.
   Segundo as maledicências  "fascistas", a moça é patrocinada pelo mega-especulador George Soros, aquele que divide o dinheiro dos outros e multiplica o próprio.
   Segundo o  Sunday Times, as ligações da fedelha vêm dos barões da bilionária industrial verde inspirados por Robert Muller, Maurice Strong e Gro Harlem et caterva.
   Seus pais negavam sua ligação anterior com políticos suecos. Mas parece que o dogmatismo adolescente não seria tão imaculado.
   Conforme ensaiado, o discurso juvenil causou
frisson entre os seus pares - especialmente na imprensa de sempre - e arrepios ignorantes.
   Assim como as crianças Palestinas abusadas  como bombas em nome de uma causa, ou as crianças e mulheres colocadas covardemente à frente de invasões de terra e de prédios, Greta, a jovem sueca, é uma ensandecida bucha de canhão de platitudes e generalidades; um projétil com estereótipo frágil (que a protege das críticas de tudo que não seja verde - os malvadões).
   E vem com o pacote globalista completo da eco-patrulha; explodiu na ONU com todos os sintomas: monopólio da razão, das virtudes e  das soluções para humanidade. Exemplo do delirante terrorismo-verde pueril e não objetivo.
   A "academia", que em nome da salvação da Terra aboliu os bifes de vaca das cantinas da secular Universidade de Coimbra está irradiando tudo hoje em dia, menos ciência. A infantilização do debate e o abandono dos fatos são frutos dessa pedagogia da ignorância. Do nivelamento rasteiro em detrimento do mérito e do conhecimento histórico-científico.

   Prefiro outras gretas e outros buracos à títere manietada por deletéria inspiração.
   E antes que venham chacoalhar meus rúbios pelos pubianos, falo de minha amiga Garbo!

(Tradução livre de Gorson Uells)

 

sábado, 21 de setembro de 2019

Inspetor Clouseau e a fumaça

- Bom dia Inspetor. Como vai?
- Eu vou muito bem. E você por onde andou?
Ajudante de Ordens - Peguei licença. O coronel disse que o governo estava meio parado e me deu folga.
Inspetor - Pois é. Me deixaram na mão. Justo no período das fumaças. Fumaça na Amazônia, no Pantanal e aqui no Tabuleiro. E onde há fumaça, há fogo.
Ajudante de Ordens - Eu vi na TV. Uma loucura! Falando em loucura, o senhor leu a declaração do Merisio dizendo que o senhor é preguiçoso?
Inspetor - Eu li. Ele não pode me chamar de ladrão. Então, me chama de preguiçoso. Mudando para o mesmo assunto, como anda o Júlio Garcia?
Ajudante de Ordens - Ele continua na Assembléia. Na presidência. Perdeu, pela terceira vez, no TRF 4, embargo para suspender investigações sobre si.
Inspetor - Preciso fazer uma visita a ele. Mostrar minha solidariedade.
Ajudante de Ordens - O senhor vai mudar de partido? O PSL está se desintegrando.
Inspetor - O PSL nunca existiu. Foi só uma fachada. Coisa do Esmeraldino. Partido político no Brasil só no tempo da UDN - PSD (o do JK, não o do Kassab) e PTB. Depois o velho MDB e o PDT do Brizola. Hoje em dia virou negócio. Cada deputado federal vale R$ 3,5 milhões anuais no Fundo Partidário.
Ajudante de Ordens - Então o senhor não acredita na política?
Inspetor - Muito pouco. Raros tem vocação. A maioria quer dinheiro. São despreparados.
Ajudante de Ordens - Onde trabalha o Merisio? Em Joinville? Qual empresa?
Inspetor - Acho que é na Cônsul. Pelo menos eu soube que ele está na geladeira.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Boas lembranças...

O "velho" Kuster de guerra!

   Encontrei hoje o meu querido amigo Francisco Kuster.
   Amigo de fé, ponta firme, companheiro de combate à ditadura militar. Kuster combatia no parlamento, como deputado, e nós na imprensa alternativa com o Jornal Afinal.

   Sempre que nos encontramos, entramos no túnel do tempo  e ajustamos os ponteiro para 1980. O tio Kuster é muito bom de histórias e tem uma memória fantástica. 
   Ao lado dos deputados Iraí Zilio e Edson Andrino, era o mais combativo parlamentar do MDB na oposição ao regime militar. Conectado com os acontecimentos nacionais, denunciava os abusos e a violência do Estado autoritário.
   Os três parlamentares apoiaram, incondicionalmente, o Jornal Afinal. Financeiramente, com meios e na defesa ferrenha da liberdade de imprensa  na tribuna da Assembleia Legislativa.

    O taxista que derrubou Cesar Cals
   Sempre existiu a estória do taxista que deu um tapa no ministro Cesar Cals, naquela manhã quente de 30 de novembro de 1979. A data passou para a história do país como A Novembrada.
   Nunca conseguimos identificar o personagem que, por muito tempo, ficou no limbo das lendas que os conflitos históricos geram. 
   O "taxista" teria sido a chispa que detonou o tumulto no Senadinho (Ponto Chic), onde o general Figueiredo tomava um cafézinho "no meio do povo". realizando uma ação de marketing para popularizar o "João do Povo", criada pelo seu marketeiro, Said Farhat.
   Pois hoje o amigo Francisco Kuster me contou que conheceu o tal taxista que, ao desferir um tapão na orelha do Ministro das Minas e Energia, Cesar Cals, vingou toda a categoria dizendo: 
 - Esse é pelo aumento da gasolina!

   O "tio" Kuster disse que um dia após o tumulto da Novembrada, foi procurado em casa por um grupo de estudantes pedindo ajuda para dar fuga a uma pessoa.
- Era o taxista do Cesar Cals. Um baixinho atarracado que trabalhava na Praça XV, disse.
   
   Imediatamente contatou seu motorista e ordenou que levasse uma pessoa até Porto Alegre. O carro, era um Opala preto oficial que servia o líder da oposição, o deputado Francisco Kuster, do MDB.
   O baixinho atarracado que, àquelas alturas, tinha se transformado em "herói" dos estudantes, embarcou no opalão e rumou para Portinho, onde se esconderia na casa de parentes.
  Dias depois, Kuster encontrou o herói trabalhando na Praça XV, como se nada tivesse acontecido. Nunca foi identificado.

   A retratação  
   Lembrou ainda do dia que foi "a palácio", com Nelson Wedekin e Osmar Cunha, pedir ao governador Jorge Bornhausen - indicado pelos militares - que retirasse o processo na Lei de Segurança Nacional contra os editores do Jornal Afinal. Havíamos publicado uma lista com 245 nomes de autoridades brasileiras que tinham contas secretas na Suíça.  
- Saímos contentes da audiência, lembra Kuster. 
   O grupo nos encontrou na Praça XV, na frente do Palácio e comunicou que o encontro havia sido um sucesso. Bornhausen retiraria as acusações se nós nos retratássemos.
   Nelsinho, Jura e eu, pensamos e..."aceitamos" a proposta. O grupo de desfez, e logo enseguida nos retratamos: ao estilo Afinal!

A foto mostra os três editores do Afinal ( Jurandir Camargo, Nelson Rolim e Sérgio Canga Rubim) se retratando em frente ao palácio. Uma exigência do governador. Claro que não era este tipo de retratação que ele queria. Mas foi o que pudemos fazer.

  Boas lembranças!
  O tio Kuster, hoje, tem um programa na 
Radio Clube de Lages.
 Direitos Iguais: domingo, às 9 horas da manhã.

Comentário:
Canga,

A melhor e a mais política das retratações jamais vista na história deste país.
Parabéns !!!
A inteligência ainda é o melhor remédio.
Att,

L. Bayerisch Markosnine.

Perestroika !!!


Um comentário:

Anônimo disse...
Senhor Sérgio Rubim,

Numa época de tanta insegurança política e individual como a que atualmente estamos vivendo a nostalgia acaba nos servindo de um refúgio seguro.

Mesmo sem conhecer o senhor pessoalmente, o contexto da foto alí postada me fêz lembrar algumas pessoas que já não mais estão aqui. É uma foto típica da “Geração de 68” e, a bolsa messenger está alí como talvez um dos maiores ícones daquele tão histórico movimento.

Talvez o romantismo de uma época seja mesmo nossa melhor memória dela. Um dia tudo que estamos passando agora será passado. E felizes são aqueles que podem se orgulhar e compartilhar suas memórias.

Abraço e obrigado pelo post.
Andre d'Aquino

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A narrativa e a desidratação

por Marcos Bayer

   Volta e meia nossa imprensa brasileira redescobre novas palavras. Agora estamos na fase da “narrativa” e da “desidratação”. O pessoal do Globo News é adepto destas modas passageiras. Aliás, antes de entrar no tema de fundo, vale registrar que nossa imprensa está cada vez mais rala. Gente com baixa formação histórica, filosófica e universal – condições necessárias para ser um bom jornalista. Como foram Carlos Castelo Branco, Alberto Dines, Millôr Fernandes e Carlos Heitor Cony, entre outros.
   Mas, voltando ao cerne da questão, na terça feira passada, dia 03 de Setembro, o Senado Federal enterrou a PEC 82/2019 (Proposta de Emenda Constitucional) por falta de votos. Votaram a favor da medida 38 senadores e 15 contra. Como é matéria constitucional, o quórum é de 3/5 dos seus membros, logo necessários 49 votos.
   A PEC previa, sucintamente, duas coisas: limitar o prazo de vista processual no STF a seis meses e mais três de prorrogação. E submeter as decisões monocráticas (de um só juiz) à sua respectiva Turma.  Assim, em quatro meses, qualquer decisão isolada, seria referendada ou não por um colegiado de cinco membros. Hoje, um juiz pode engavetar um processo por tempo indeterminado e uma decisão unipessoal pode valer por prazo também não definido. Ambos os casos são excrescências da nossa falta de legislação.  Não parece lógico que num colegiado de 11 membros, decisões isoladas possam garantir situações “ad eternum”.
   Na Teoria dos Sentimentos Morais, Adam Smith, quando fala da justiça aborda o tema de forma a considerar até a simpatia à causa, como um fator relevante.
   Numa democracia, a justiça – condição absolutamente necessária – só funciona se for de fato garantidora de direitos. Assim como ela cobra deveres, ele precisa garantir direitos. Os direitos no Brasil não têm prazo certo para existirem. Por uma razão óbvia: o Juiz não tem prazo para julgar. Nem no primeiro grau, nem no último.
   O meu argumento é que numa matéria que não envolve ideologia, nem regras econômicas, tampouco preferências de gênero ou questões tributárias e previdenciárias, não temos 40 senadores, sequer os 49 necessários, para alterar uma questão moral em relação aos prazos processuais. Sim, moral! Porque é uma imoralidade na corte máxima de justiça de um país que se diz desenvolvido, existir este tipo “arranjo” regimental.
   Nesta terça-feira, dia 10, uma semana após o enterro da PEC 82/2019, temos nos telejornais mais algumas notícias.
   O vereador/filho do presidente diz que pelo caminho da democracia levará mais tempo para vermos as transformações que o Brasil almeja. Seu irmão, deputado federal, o compara a Winston Churchill. O pretendente ao posto de embaixador do Brasil em Washington deve saber que Churchill escreveu mais de oitenta livros, foi por duas vezes primeiro ministro do Reino Unido, recebeu o prêmio Nobel de Literatura entre outras coisas. Sempre foi eleito pelo voto direto na democracia mais sólida e antiga do Ocidente.
   Outra notícia dá conta que o governo deve gastar R$ 1.8 bilhões em orçamentos de empresas cujas indicações serão negociadas no Senado, na votação do futuro embaixador.
   Finalmente, a notícia de que o ministro Paulo Guedes quer começar a reforma tributária por um novo CPMF, a cobrança por movimentações financeiras de todos os brasileiros.
   Porra! Que falta faz um Winston Churchill no Brasil em momentos como este.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Maldade Suprema

por Carlos Nina*
    Nunca imaginei que a degradação moral no País chegasse aos níveis em que se encontra. Muito menos que fosse possível desviar-se o foco de combate à corrupção, apontando-se para declarações de quem teve a coragem de liderar essa luta insana, como se frases, apropriadas ou não, pudessem ser comparadas ao rombo bilionário e criminoso que os diversionistas cometeram.
   Mas está acontecendo, porque a organização criminosa que se instalou no Poder nas últimas décadas minou todas as instituições. Se é que a ela suas cúpulas não se associaram por interesses convergentes.
    Incrustados no universo acadêmico, na mídia, nos meios culturais e em corporações, os agentes da contaminação apresentavam-se como ídolos e lideranças. Admirados e respeitados, tiveram exposta a podridão que escondiam, agora confirmada pela reação cínica e inegável de quem não só foi conivente com a corrupção, mas dela beneficiário. Aplaudidos e defendidos por incautos aos quais continuam a enganar e iludir.
   No Parlamento, que já se viu legislar para atender interesses pessoais, agora atuam desbragada, conjunta e deliberadamente para prejudicar o País, impedindo a aprovação de medidas necessárias para o resgatar do abismo em que foi jogado.
   No STF, que deveria representar a esperança, consolida-se a característica mais marcante que Mário de Andrade atribuiu a Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.
   Alguns ministros cuja atuação tem sido a escancarada e desrespeitosa defesa da impunidade, querem, agora, jogar no lixo todo o trabalho sério que foi feito pela Lava Jato. Não só por ela, mas por inúmeras outras ações do Ministério Público federal e estadual. Para beneficiar comparsas, pretendem pôr em liberdade milhares de condenados, com direito a serem indenizados pelo Poder Público. Ou seja: vão receber de volta o dinheiro apreendido, que roubaram, e ainda vão ser indenizados por isso.
   Nunca se viu tamanha maldade com as pessoas decentes da Nação!
   O argumento é de que os réus delatores deveriam apresentar suas defesas antes dos delatados, como se a legislação privilegiasse algum réu no mesmo processo.  Os acusados defendem-se da denúncia, que já contempla a delação. Não se defendem da delação e, portanto, têm, inclusive os delatores, os mesmos direitos quanto aos prazos e ordem para apresentar suas defesas. Do contrário, um delator também teria seu direito ferido se o delatado, ao apresentar sua defesa, posteriormente, delatasse o delator.
   Ou seja, o STF está afrontando a inteligência coletiva. Caso leve adiante esse entendimento absurdo, deverão ser anulados, também, todos os processos em que um réu, ouvido antes de outro, tenha sido por este delatado.
   Pena que a Ordem dos Advogados do Brasil foi transformada em escritório privado dos interesses de seu presidente, pois a ela, por força do art. 44, inciso I, da Lei 8.906/94, caberia reagir. Tem preferido atender aos interesses da elite que defende os corruptos, em detrimento do respeito que deve a toda a categoria que deveria representar e que, por falta de autoridade moral, já não tem legitimidade para isso.
   Confia-se em que o Ministério Público continue a cumprir o seu dever e haja maioria decente no Supremo.

*Advogado
em São Luis, Maranhão.
E-mail: carlos.nina@yahoo.com.br

domingo, 1 de setembro de 2019

...irmãos Arns

LV390967por Paulo Medeiros Vieira
 
   “Doutora Zilda Arns distinguiu-se pelo grande amor aos pobres, tendo desenvolvido pastorais que repercutiram pelo mundo afora, dentre elas a Pastoral do Povo de Rua, - em favor da população literalmente “sem-teto” e a Pastoral do Menor, voltada para menores carentes, em situação de risco, infratores e abandonados. Por imperativo de justiça, creio não se poder falar em D. Paulo e Dom Luciano e na Pastoral do Menor, sem associar a seus nomes o da Dra. ZILDA ARNS, grafado em maiúsculas, por não poder graválo em ouro. Doutora ZILDA ARNS criou a Pastoral da Criança e do Idoso, que repercutiu em todo país e no exterior, atraindo o concurso de milhares de voluntários em diversos países.  Dra. Zilda merece muito mais uma biografia que uma simples referência. Tive o prazer e a honra de conhecê-la pessoalmente e conversar com ela a sós demoradamente. 
   Dra. Zilda veio a Florianópolis como convidada, quando seu irmão D. Paulo Evaristo Arns recebeu do Governador Casildo Maldaner, por sugestão deste escriba, - então Procurador Geral do Estado, - a Medalha Anita Garibaldi, a mais alta comenda outorgada pelo Governo Catarinense. Não podia imaginar que estivesse fisicamente tão próximo de alguém que alguns anos depois iria morrer pela causa a que literalmente entregou a vida. Dra. Zilda foi vítima da tragédia do Haití onde se encontrava cumprindo missão de “Anjo da Guarda” de milhares de crianças enfermas e famintas! 
   O reconhecimento unânime do seu fecundo apostolado resultou logo de saída num abaixo-assinado com mais de trezentas mil assinaturas reivindicando a instauração do processo de sua beatificação.” (Pg. 24ss) (...) “Falando em D. Helder, não se pode esquecer de Frei Tito, Dom Tomás Balduíno, D. Pedro Casaldáliga. Perseguidos pela ditadura militar, ameaçados, não recuaram, não se acovardaram, não se intimidaram. Denunciavam a tortura e os torturadores e juntaram sua voz à de D. PAULO EVARISTO ARNS, o primeiro a denunciar ao mundo o assassinato do jornalista WLADIMIR HERZOG nas dependências do DOI-Codi! E a audácia  de enfrentar a fúria da repressão ao franquear a Catedral de S. Paulo ao Rabino Sobel, para realizarem juntos um culto ecumênico em sufrágio do jornalista assassinado.  A coragem  heróica do povo paulistano transformou o acontecimento numa das maiores concentrações jamais vistas na Praça da Sé, considerado por muitos o marco inicial do processo de redemocratização do Brasil.” 
 
(do livro PEREGRINOS DO ABSOLUTO – Minhas Memórias dos Outros. DOIS POR QUATRO Editora. Fpolis, SC, 2015, pg. 24ss).