sexta-feira, 31 de maio de 2019

OPERAÇÃO ALCATRAZ : Roubo, corrupção, peculato, desvio de dinheiro, falsificação de documentos, fraude em licitações, escutas telefônicas


https://www.dropbox.com/s/18njie1kpvhuzy8/alcatraz.pdf?dl=0 
Clique na foto do sargento Garcia, ao lado, e entenda o processo de investigação, mandado de prisão, busca e apreensão dos envolvidos na OPERAÇÃO ALCATRAZ que investiga empresários, funcionários públicos e políticos de Santa Catarina.

MOSQUITO já denunciava quadrilha em 2011

Em outubro de 2011, o blogueiro Amilton Alexandre, do Tijoladas do Mosquito, já denunciava a quadrilha que fraudava licitações e desviava recursos públicos. Segundo o Tijoladas, Milton Martini - conhecido pelo envolvimento no Escândalos das Letras no governo Paulo Afonso - Júlio Garcia e Nelson Nappi eram os cabeças da quadrilha incrustada na Secretaria da Administração e outros órgãos públicos.



Nominata de atingidos pela Operação Alcatraz da Polícia federal: 
Júlio Garcia, Luiz Ademir Hessmann, Nelson Nappi Júnior, Danilo Pereira,  Fabricio José Florêncio Margarido, Flávia Coelho Werlich, Maurício Rosa Barbosa, Michele Oliveira da Silva Guerra, Ciro Aimbire de Moraes Santos, Cristiane Rios dos Santos Castello Branco Nappi, Daniela da Silva, Edson Nunes Devicenzi, Fábio Lunardi Farias, Jefferson Rodrigues Colombo, Lúcia de Fátima Garcia, Luiz Andrei Bordin, Luiz Hermes Bordin, Pablo Benedet Garcia.

Garcia se diz surpreso com operação da Polícia Federal


   O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia (PSD) emitiu nota à imprensa no início da noite desta quinta-feira (30) a respeito da Operação Alcataraz, deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita Federal, que investiga fraudes a licitações e roubo de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviço de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia firmados com órgãos do executivo estadual.
 
A nota:
"Surpreendido por uma operação policial na manhã de hoje, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia, informa que desconhece inteiramente as razões pelas quais teve seu nome envolvido nas investigações.
Assim que tiver acesso e conhecimento integral dos autos e analisá-los, prestará todas as informações necessárias".
Deputado Estadual Julio Garcia
Florianópolis, 30 de maio de 2019.

Inspetor Clouseau e a prisão de Alcatraz

Ajudante de Ordens -Bom dia Inspetor. Dia molhado hein?!

- Bom dia! Disse o Inspetor.

Ajudante de Ordens - O senhor já sabe das notícias do dia?

- Ainda não, respondeu o Inspetor.
- Escutei alguns ruídos, parece que tem bolha na mangueira, mas ainda não recebi o material do serviço de informação.

- Aliás, estava pensando nas tainhas que estão chegando. Estive no BOIÃO na ponta do canal da Laguna e só havia tainhota, disse o Inspetor.

- Hoje ouvi falar em trutas na EPAGRI, continuou. 

Ajudante de Ordens - O senhor quer beber alguma coisa? Um MARTINI com azeitona?

Inspetor - Obrigado, meu negócio é cerveja artesanal,
- Preciso ligar para o Júlio. Quero agradecer pela aprovação da reforma administrativa.

Ajudante de Ordens - Alô, alô... O deputado Júlio está? Não? Viajou? Sei...
Coxilha Rica? Sei... Paulo Lopes?

- Ele está fazendo exames, Inspetor

- Pois é, o Júlio fala em política boa e política má... Eu falo em política velha e política nova... Parece mesmo que a política tem várias facetas, concluiu o Inspetor.

- O próximo presídio a ser inaugurado em Santa Catarina, vou homenagear a cidade de São Francisco e colocar o nome de Alcatraz, afirmou o Inspetor.



quarta-feira, 22 de maio de 2019

Esforço e Escravidão

Foto de Sebastião Salgado
   Foi ministro do presidente Getúlio Vargas, em 1941-45, Alexandre Marcondes Filho, o autor do texto abaixo, estampado em todas as Carteiras Profissionais de Trabalho:
 
“Por menos que pareça e por mais trabalho que dê ao interessado, a carteira profissional é um documento indispensável à proteção do trabalhador.
   Elemento de qualificação civil e de habilitação profissional, a carteira representa também título originário para a colocação, para a inscrição sindical e, ainda, um instrumento prático do contrato individual de trabalho.
   A carteira, pelos lançamentos que recebe, configura a história de uma vida.Quem a examina logo verá se o portador é um temperamento aquietado ou versátil; se ama a profissão escolhida ou ainda não encontrou a própria vocação; se andou de fábrica em fábrica, como uma abelha, ou permaneceu no mesmo estabelecimento, subindo a escala profissional. Pode ser um padrão de honra. Pode ser uma advertência.”

   As relações entre capital e trabalho são inerentes à História da Humanidade. Com o trabalho escravo, da Pérsia à China, de Roma à Luxor, impérios foram construídos.
   Mesmo Atenas, em sua glória e legados conceituais ao mundo, foi uma sociedade com escravos. No diálogo de Sócrates, escrito por Platão, Menon ensina ao menino escravo, figura geométrica, na areia da praia, riscando no chão o quadrado e induzindo o pequeno escravo às conclusões sobre a forma e a área da figura.
   Até o advento da Revolução Industrial, as relações de trabalho nas cidades ou nos campos, eram reguladas pela bondade ou humores dos patrões.
   Com o amadurecimento das relações de produção e consumo, surge o Labour Party, em 1902, na Inglaterra. O Partido do Trabalho, cujo expoente mais recente foi James Callaghan, líder e primeiro ministro do Reino Unido, em 1979, foi também responsável pelo Homeless Act cujo objetivo era minimizar o problema dos sem teto de sua época.
   Preocupação semelhante teve Napoleão Bonaparte, em 1804, na formulação das leis civis francesas, ao não permitir o despejo nas locações residenciais, no inverno, para que inquilinos despejados não morressem de frio nas ruas da França.
   Portanto, conforme a sensibilidade política de cada época e ou líder político, temos mais ou menos proteção social. Assim é a História.
   A consolidação do capitalismo da Inglaterra, paralelamente à chamada Revolução Industrial, introduz alguns direitos e garantias no mundo do trabalho.
   Férias remuneradas, décimo terceiro salário, planos de saúde, assistência social e previdência, fatores ou categorias, como quiserem denominar, estão desaparecendo na nova economia liberal do mundo contemporâneo. Quando olharmos a História num outro ângulo, veremos que estas categorias terão durado 200 anos, se tanto. Poucos países, serão os europeus, conservarão estes benefícios.
   A previdência social, em Santa Catarina, por exemplo, nasceu com Gustavo Richard (1906-10), através do Montepio/IPESC.
   Antes da previdência, fenômeno do trabalho urbano, eram os filhos que cuidavam dos pais na velhice e na doença, na vida do campo. A terra provedora de tudo, e ainda é, pois do céu só cai água da chuva, era o capital da família. Mais terra, mais produção, mais riqueza. A fase fisiocrata do capitalismo.
   Nos Estados Unidos, a economia mais liberal do planeta, a previdência pública é inócua. Por isto, a previdência privada e seu sistema de capitalização.
   Aliás, só pode existir previdência com a participação do Estado. Ela, a previdência, é um arranjo entre a classe política e a classe trabalhadora, conquistada com muito sangue, suor e lágrimas, sem querer plagiar Churchill. O objetivo do Estado não é o lucro. A concepção do Estado, já na Política de Aristóteles, fala “living the good life”, vivendo a vida plena, usufruindo a boa vida.
   Empresas são constituídas para a obtenção do lucro, a vocação natural do capital.
   No Brasil, por circunstâncias desconhecidas, como diria o agente russo referindo-se ao período soviético, quando tentava a explicar o desaparecimento de algum patriota, fomos capazes de inverter os polos.
   Determinadas classes profissionais conseguiram legislações específicas para a autoproteção. Assim, os que ganham apenas mil reais pagam as aposentadorias dos que ganham R$ 40 mil.

 O mais interessante nesta breve reflexão, é a capacidade do governo brasileiro de antever o colapso que virá em razão da chamada reforma previdenciária.
   A criação de hipoteca reversa ou perversa, onde o idoso dá seu imóvel ao banco e recebe em parcelas um quantum para viver até a morte.
   Além das subavaliações que virão, acabam as heranças para os que possuem menos. E criamos um grande jogo imobiliário, cujos operadores já estão trabalhando na propaganda de seus negócios.
   Num país em que a corrupção se instalou nos três poderes, em todos os níveis, é muito difícil construir soluções sociais. Já é difícil para as sociais democracias europeias, imaginem aqui.
   Por último, as experiências de tempo e bens compartilhados, como o Uber (em alemão uber é o máximo, uber model Gisele) é a prova cabal da precarização das relações de trabalho. O aplicativo diz para o interessado: João está na esquina da Rua A e quer ir para a Rua B. Se você quiser transportá-lo, o preço do frete é R$ 100 reais e você recebe uma parte.

O veículo (bem de capital), o combustível, manutenção, seguro, férias, 13º salário, plano de saúde e previdência pública e ou privada é por sua conta. E não se esqueça de constituir um fundo para trocar de veículo a cada três anos.
                                                              por Marcos Bayer


sábado, 18 de maio de 2019

A Bíblia e a Política

por Marcos Bayer

Durante a campanha presidencial de 2018, tanto o candidato do PSL, Jair Messias, quanto seu articulador político Onyx Lorenzoni, falaram sobre a verdade.
   Citaram o apóstolo João (8:32) E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
   A família Bolsonaro parece ter cometido o pecado original. Comeu a maçã proibida. Os indícios levam à suposições extravagantes no mercado imobiliário e ao rateio de salários no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador.
   Desde o começo ele diz estar à disposição da Justiça e do Ministério Público. Todos nós estamos, não?
   O tempo passa, ele não procura as autoridades competentes no Rio de Janeiro e, o que é pior, tentou obstruir as investigações recorrendo ao STF, pretendendo usar o foro privilegiado.
   Afora todos problemas que tem pela frente, o pai presidente Bolsonaro tem este nódulo na família e terá que resolver. 
   Politicamente falando foi um grande erro acordar um dos gigantes adormecidos: as universidades federais. Não vou entrar no mérito neste momento, mas mexeram num vespeiro que vai incomodar.
   Toda a força que o presidente obteve na eleição, deságua diariamente por suas declarações monocromáticas e pela investigação inconclusa do filho senador. São estas duas fraquezas que atrapalham o projeto de um novo Brasil.
   As declarações presidenciais e os negócios imobiliários do filho senador.
   O resto tem solução. Inclusive a troca de alguns ministros pouco habilitados.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

O crime compensa?

                                                            por Marcos Bayer
   

   A mais alta corte de Justiça do Brasil, por 7 x 4 votos de seus membros reconheceu a constitucionalidade do decreto presidencial dos indultos de 2017 concedidos por Michel Temer, duas vezes presos após deixar a presidência da República. 
   No decreto em questão, não importa se a pena é de quatro ou trinta anos, se cumprida 1/5 dela, o apenado terá Direito à liberdade. Mesmo nos crimes de peculato, corrupção e formação de quadrilha. Um tiro na testa da Operação Lava Jato.
   Na comissão mista do Congresso Nacional que aprecia Medida Provisória da reforma administrativa, por 14 x 11 votos, decidiu-se que o COAF sai do ministério da justiça e volta para a área econômica.   Mais um tiro na testa da Lava Jato. Matéria vai a plenário onde pode ocorrer reversão.
    O líder do governo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), incluiu no relatório da reforma administrativa, restrição à Receita Federal, limitando suas investigações aos crimes tributários. Mais um tiro na Lava Jato.
   O que é mais estranho neste quadro recém pintado em Brasília, é que ninguém ouviu a opinião do Queiroz.
   Ninguém perguntou o que ele pensa sobre estas decisões. Logo ele, o maior interessado. Ou não?

Uma semana de cortar os pulsos

 

O DINHEIRO NÃO TEM IDEOLOGIA
    A semana que passou foi pródiga em maracutaias e espertezas políticas dos nossos representantes no parlamento. Conseguiram uma façanha inédita na história do país: a união de todas as quadrilhas - independentes de credo, raça, ideologia e gênero - incrustadas nos poderes legislativo, executivo e judiciário.

   Todos - pt, psol, mdb, psdb e alhures - esquerda, direita e centro - sem nenhum pudor se expuseram e lutaram "de peito aberto", como gostam de se gabolar, em torno de um objetivo comum: liquidar com a maior operação de desmonte do crime organizado e roubo de dinheiro público, do mundo: A Operação Lava Jato!

A REAÇÃO DA BANDIDAGEM

   A grande operação de combate a criminalidade de colarinho branco, de investigação e prisão de ladrões do dinheiro público, levou o primeiro "tranco" dos bandidos que corrompem e destroem as estruturas política e econômica do País. 
   
   Sob o comando do então juiz de primeira instância, Sérgio Moro - sim, só nas primeiras e segundas instâncias do judiciário que se apuram os crimes. Na instância suprema eles dormem - a Lava Jato realizou  o feito de colocar na cadeia dezenas de políticos, executivos, funcionários públicos de alto coturno, empresários, deputados e dois ex-presidentes do Brasil: Lula e Michel Temer, aliados de longa data na roubalheira do povo.

   Esta semana assistimos inertes o avanço descarado dos nossos parlamentares aprovando medida provisória de reforma administrativa que limita os poderes da Receita Federal, de auditores e de órgãos de fiscalização de colaborar com a polícia quando identificarem indícios de crimes.

   Assistimos inertes, uma comissão da Câmara dos Deputados, por 14 votos contra 11, tirar do ministro Sérgio Moro, o maior inimigo dos corruptos, o poder sobre o Coaf, órgão de controle fundamental para investigar e gerar provas contra o roubo, lavagem e ocultação de dinheiro público.

   Da turma de deputados que desidratou o poder do ministro Sérgio Moro, 90% tem o rabo preso com a justiça. Delatados e sob investigação da Lava Jato.

ELES LIVRANDO ELES 
   Ainda essa semana, por 7 votos a 4, o Supremo declarou constitucional o decreto editado em 2017 por Michel Temer que permitiu reduzir penas de condenados por crimes como corrupção, peculato, tráfico de influencia, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

UMA MÃO SUJA A OUTRA
   Em decisão de surpreendente renúncia de suas prerrogativas o Supremo Tribunal Federal, esta semana, transformou os legislativos estaduais em espécie de tribunais de exceção.
De agora em diante as assembléias legislativas podem anular ordens de prisão de deputados estaduais, sustar ações penais e rever medidas cautelares - afastamento do mandato, por exemplo.
Como diz o Josias, "institucionalizou-se o sistema político baseado num princípio clássico: uma mão suja a outra"! 
   isão tomada pelo Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira converteu os legislativos estaduais em espécies de tribunais de exceção. Pelo apertado placar de 6 a 5, a Corte entendeu que as assembleias legislativas têm poderes para anular ordens de prisão de deputados estaduais, sustar ações penais e rever medidas cautelares —afastamento do mandato, por exemplo. Na prática, institucionalizou-se o sistema político baseado num princípio clássico: uma mão suja a outra. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. "E quanto ao passado, quem vai se responsabilizar por ele?", perguntavam-se os deputados estaduais desde que operações ao estilo Lava Jato viraram moda em vários pedaços do ... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/09/stf-avaliza-politica-do-tipo-uma-mao-suja-a-outra/?cmpid=copiaecola
Decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira converteu os legislativos estaduais em espécies de tribunais de exceção. Pelo apertado placar de 6 a 5, a Corte entendeu que as assembleias legislativas têm poderes para anular ordens de prisão de deputados estaduais, sustar ações penais e rever medidas cautelares —afastamento do mandato, por exemplo. Na prática, institucionalizou-se o sistema político baseado num princípio clássico: uma mão suja a outra. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. "E quanto ao passado, quem vai se responsabilizar por ele?", perguntavam-se os deputados estaduais desde que operações ao estilo Lava Jato viraram moda em vários pedaços do ... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/09/stf-avaliza-politica-do-tipo-uma-mao-suja-a-outra/?cmpid=copiaecola
Decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira converteu os legislativos estaduais em espécies de tribunais de exceção. Pelo apertado placar de 6 a 5, a Corte entendeu que as assembleias legislativas têm poderes para anular ordens de prisão de deputados estaduais, sustar ações penais e rever medidas cautelares —afastamento do mandato, por exemplo. Na prática, institucionalizou-se o sistema político baseado num princípio clássico: uma mão suja a outra. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. "E quanto ao passado, quem vai se responsabilizar por ele?", perguntavam-se os deputados estaduais desde que operações ao estilo Lava Jato viraram moda em vários pedaços do ... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/09/stf-avaliza-politica-do-tipo-uma-mao-suja-a-outra/?cmpid=copiaecola

quinta-feira, 9 de maio de 2019

FaceBook "restringe" texto com palavras e siglas referentes ao STF

    Em matéria anterior publicada neste blog sobre os astronômicos custos para manutenção do Palácio da Agronômica, residencia oficial do governador do estado, usei um primeiro titulo:

   Ao tentar compartilhar a matéria no Facebook, imediatamente apareceu este alerta censor.
Troquei o título para:
Copa e jardim Padrão Supremo
Novamente o Facebook vetou a matéria.

Coloquei um novo título sem citar a sigla que envergonha o país:
Inspetor Clouseau e o custo de vida
 Agora sim a matéria foi aceita no FaceBook
   Ficou claro que existe um algoritmo que rastreia textos e palavras como lagosta, camarão Supremo, STF e outras que possam se referir ao escandaloso menu da corte superior e os censuram. 
   Só que fazem isso covardemente. Se escondem atrás de um algoritmo e não dizem o motivo da censura nem de quem censurou, citam apenas "outras pessoas".
   Tenho vergonha deles! 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Copa e jardim Padrão Supremo


Inspetor Clouseau e o custo de vida

Ajudante de Ordens - Bom dia Inspetor, como vai?

Bom dia, vamos indo... Aproveitando o Outono e observando o desfolhar das árvores, disse o Inspetor.

Ajudante de Ordens - O senhor gosta de jardinagem?

InspetorSim, muito. Aliás, a jardinagem alivia as tensões do dia a dia.

Ajudante de OrdensLi nos jornais que o senhor autorizou a prorrogação do contrato para manutenção do Palácio da Agronômica, por R$ 196 mil reais mensais.

InspetorNo Palácio de Buckingham, em Londres, gastam muito mais. E lá ainda gastam com outros palácios. Ninguém reclama e os súditos adoram. Eles têm vários automóveis, carruagens e guardas especiais. Além da família real e do menino que acaba de nascer, filho do Harry e da Meghan.

Ajudante de OrdensÉ verdade Inspetor! Mas, lá existe uma monarquia secular. Reis e rainhas fazem parte da História deles. É uma política muito antiga, a monarquia parlamentar.

InspetorPois é, mas aqui temos a nova política e nela temos que cuidar do Palácio, dos jardins e das flores. É uma forma de compensar a emissão de gás carbônico e interferir na camada de ozônio. Além do que todos os catarinenses podem olhar aqui para dentro quando passarem pelas calçadas que circundam o nosso Palácio. E os garçons e copeiros estão sempre à disposição de quem frequenta nossa casa. Estou pensando em colocar alguns patinetes aqui dentro para evitar a poluição atmosférica...


domingo, 5 de maio de 2019

Carta aos filhos e aos netos e a seus filhos e netos...

por Marcos Bayer

   E assim sucessivamente aos descendentes. Faz parte da natureza humana o ato do testamento. Seja sobre a coisa material ou imaterial.
   O testamento é o ensinamento. Entre os animais é a alimentação, a lição da sobrevivência. Entre nós humanos perdura até a morte, a última cena como diz o artista.

   Lord Acton, historiador inglês, em seu livro The History of Freedom, escreve: 



“A liberdade não é um meio para um fim político mais elevado; ela é em si mesma o mais elevado fim político.”

   A liberdade faz parte de todo e qualquer processo de aprendizagem. Inclusive contestar o mestre. É assim que a humanidade evolui. Somos educados a dizer a verdade e a praticar o comportamento honesto. A ética humana passa por estas duas dimensões: verdade e honestidade. Sem elas é difícil construir sociedades de quaisquer naturezas: conjugal, comercial, religiosa, intelectual e ou política. Basta ver as dificuldades do Papa Francisco no Vaticano e na Igreja.

   O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente, escreveu também Lord Acton.

   Salvo em raras situações e países, para crescer numa determina área é preciso corromper-se, deixar-se corromper ou fechar os olhos para a corrupção.
   Os que estão no topo das hierarquias corrompem seus preferidos porque foram corrompidos, um dia, quando eram preferidos. É exatamente isto que faz aspergir a corrupção. Isto elimina os realmente bons, capazes e íntegros. E o discurso político dos corruptos é exatamente o combate à corrupção. É a forma mais fácil e eficiente de enganar.


   Dito isto, recomendo aos interessados, o filme “The professor and the mad man”, com Mel Gibson, em cartaz como “O GÊNIO E O LOUCO”.
   Primeiro, pela maneira fantástica de “construir” o mais completo dicionário da língua inglesa patrocinado pela Oxford University.
   Segundo, pela maneira óbvia de como se separa titulação acadêmica de autodidatismo, e as reações da academia ao saber obtido na solidão do estudo individual.
   Terceiro, pela loucura do psiquiatra em levar o paciente a uma loucura mais aguda, fazendo dele cobaia para suas teses. Ao ponto de achar que a indução ao vômito poderia fazer vomitar as neuroses da guerra vivida e outras tantas.
   Quarto, pela maneira prática com que o jovem Churchill decide resolver o problema do louco.
   Quinto, pela dignidade do guarda da clínica médica em relação ao paciente.
   Sexto, pela capacidade de compreensão da viúva que se apaixona pelo louco. If love... Then love.
   Sétimo, pela determinação da esposa do gênio ou professor que escora a obra de sua vida.
   O filme, apesar da crueldade, nos faz acreditar no ser humano. Pelo menos em alguns deles, apesar de todos os imprevistos.

   E aí, mais uma vez, Shakespeare, resume a imprevisibilidade da vida, em uma de suas obras clássicas, assim:
“Horácio: Se o teu espírito rejeita alguma coisa, obedece-lhe; eu evitarei que venham para cá, dizendo que não estás disposto.”
“Hamlet:
De modo algum; nós desafiamos o agouro; há uma providência especial na queda de um pardal. Se tiver que ser agora, não está para vir; se não estiver para vir, será agora; e se não for agora, mesmo assim virá. O estar pronto é tudo: se ninguém conhece aquilo que aqui deixa, que importa deixá-lo um pouco antes? Seja o que for!”