quarta-feira, 29 de abril de 2020

Telegrama (via cabo submarino) de Leal Roubão ao Governador

por Leal Roubão*
   Senhor governador de Santa Catarina, bons dias! 
   Escrevo telegrama, pois não sou da geração cibernética. Atrapalho-me ao computador. Recebo solicitação promotoria vosso Estado sobre aquisição respiradores valor R$ 33 milhões de reais. Analisei os fatos e concluo: Desde a chegada Corona vírus algumas anomalias vosso governo.
   
   Primeiro a liberação R$ 2 milhões e quinhentos mil reais, sem licitação, para agência publicidade WG. Segundo fato anulação hospital de campanha Itajaí por R$ 76 milhões, sem licitação.
   Agora, compra respiradores, pagamento antecipado de R$ 33 milhões. Reparei que empresa sediada em Nilópolis no Rio de Janeiro. Ora bolas governador. Nilópolis é terra de escola de samba Beija Flor. Permita-me sugerir: Menos cerveja artesanal, menos assobios ao violão, menos entrevistas coletivas.
   
   Mais trabalho, mais rigor, mais governo. Caso contrário vosso povo poderá pensar que junto com o vírus voltou a corrupção. Lembro que o vírus tem um ciclo. Já a corrupção, depois de instalada, toma conta do governo.
   Quem foi o ordenador primário desta despesa? A secretaria?
Saudações Lusitanas.

sábado, 25 de abril de 2020

O Poker

por Marcos Bayer

   O Juiz Sérgio Moro, depois de 22 anos de carreira, é reconhecido nacional e internacionalmente como responsável pela maior operação caça corruptos do Brasil. Os que não gostaram de suas sentenças, puderam recorrer aos graus superiores da Justiça.
   O deputado federal Jair Bolsonaro, depois de 28 anos de mandato, sem maiores reconhecimentos, entendeu o momento político brasileiro, moldado pelos resultados da operação lava a jato, e lançou - se numa campanha política rumo à Presidência da República. 
   Vitorioso, escolheu um economista/banqueiro para cuidar das finanças nacionais. Até aí nada de mais. O PT escolheu outro banqueiro para o Banco Central no governo Lula.
   Escolheu o Juiz Moro para legitimar seu discurso de acabar com a corrupção generalizada. Ofereceu-lhe o Ministério da Justiça e Segurança Pública e carta branca para montar sua equipe. Inclusive na Polícia Federal. Escolheu também um deputado federal do Rio Grande do Sul para a Casa Civil.  Montou um colegiado sem troca-troca.
   O tempo passou. Foram 16 meses. Os filhos do presidente entraram na arena política. Um suspeito de dividir salários de seus comissionados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Outro querendo conduzir a política externa a partir da embaixada em Washington. E o terceiro, comandando a propaganda do governo. A oficial também. Afora outros atores, menores, mas nem por isto esquecíveis. Onde andas Queiróz?
  Investigações em curso, medidas cautelares para impedi-las, discussão nacional. 
  Instalada CPI das fake news. Manifestações pró-intervenção militar e a favor do retorno de um novo AI - 5.
   Bolsonaro demite o chefe da Polícia Federal e publica no Diário Oficial o ato sem a assinatura de Sérgio Moro. Moro toma ciência pelos jornais. Anuncia sua saída do ministério e diz que Bolsonaro tenta interferir na pasta. Bolsonaro coloca o gabinete na sala e durante uma hora discorre sobre a verdade dos fatos. Diz que não será chamado de mentiroso. Fala até do aquecedor da piscina do Palácio da Alvorada. No final do dia, republica o ato suprimindo o nome de Moro na exoneração do delegado chefe da PF. Jogou todas as fichas na coletiva presidencial.
   Moro apresenta duas impressões da tela do WhatsApp. Numa o presidente diz que a PF está na cola de alguns deputados do PSL. Na outra, o ministro diz que não está a venda quanto à posse no STF.
   Moro tinha um par de Ás na manga. Bolsonaro nada. Nesta rodada, Moro ganhou. No poker é possível blefar. O que pode atrapalhar é se o outro jogador pagar para ver. Foi o que houve.
 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Guedes é o alvo

Observando a junção de ministros ao redor do defensivo Bolsonaro, uma imagem se destaca sobremaneira de todo o grupo.
Paulo Guedes é o único sem terno e gravata, camisa branca e o único de máscara.
É o Paul McCartney atravessando a
Abbey Road.

Do Antagonista.

Guedes não bate palmas como demais ministros

Usando máscara, mas sem paletó e sapato, Paulo Guedes não bateu palmas ao final do discurso de Jair Bolsonaro, como os demais ministros.
Bateu as mãos apenas duas vezes no sentido de ‘vamos lá’.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Colombo e o Corona vírus

- Alô? Bira? 
 
- Como é tu vai tchê?
 
- Aqui na Coxilha Rica tudo calmo. Já no Brasil e em Santa Catarina, tenho preocupações.
 
- Novidade? Tem sim! Olha só, apareceu recentemente um novo tipo de carrapato na fazenda. Ele é redondinho, com vários biquinhos e "roseado". O meu pessoal está matando com o salto da bota.
 
- Mas, me diga como vão as coisas por aí.
- Não me diga?!!! Lock Down em Nova York, é? Coisa de louco, né? Aqui em Lages quando o cara fica loqueado, é loucura. Aí não?
- Ah fecharam tudo, então. Aqui o Moisés fez o mesmo. Deu Lock Down no Estado. Já conseguiu desempregar mais de 400 mil pessoas.
- É, 400 mil. Ele não faz nada. Dá uma coletiva diariamente às 18 horas, veste a bóia alaranjada de salva vidas, bebe cerveja e toca violão.
- Sei...
 
- A Angela Merkel está indo bem, é? Bom Bira, alemão não brinca em serviço.
- Extermínio de vírus é até fácil. Eles têm experiência, né?
 
- Aqui no Brasil estamos convivendo com dois Bolsonaro. Um deles vai bem. O outro, quando abre a boca, estraçalha o país.
- Delivery? Ah éh éh... Entregam em casa?
- Aqui em Lages também tem. Mas, o nome é frete. Isso mesmo, frete.
 
- Pois é, dei uma entrevista para um jornal da capital, pelo telefone.
- Falei algumas coisas. Inclusive da falta de carinho do Estado. O governo tem que proteger o cidadão. Montar uma barraca na entrada da cidade, tirar a temperatura, cadastrar o cidadão. Tem que estar presente.
 
- Corrupção? Já existem alguns fatos estranhos. Liberaram R$ 2,5 milhões, sem licitação, para a agência preferida do Luiz Henrique fazer uma campanha sobre o Corona vírus. - Desistiram da contratação de um hospital de campanha, no valor de R$ 76 milhões. O Tribunal de Justiça fulminou a pretensão.
 
- Tá bom. Manda este material para eu ler.
- Em Julho dou um pulo até aí...
 
- Ah! Bira, esqueci de dizer uma coisa. Aqui estamos todos usando máscara.
 
- Bandidos? Não, não...
 
- Não se sabe mais quem é, e quem não é.
 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Inspetor Clouseau e a pandemia

Bom dia Inspetor!
Bom dia, meu caro Ajudante de Ordens.

Inspetor Clouseau - Eu nunca imaginei que enfrentaria uma anemia no meu governo.

Ajudante de Ordens - Pandemia Inspetor, pandemia.

Inspetor - Só eu e o Amin. Ele com as enchentes de 1983/4 e eu com a epidemia.

Ajudante de Ordens - Pandemia Inspetor, pandemia.

Inspetor Clouseau - Não me acostumei com a situação. Esta endemia me pegou sem a bóia de salva vidas.

Ajudante de Ordens - Pandemia Inspetor, pandemia.

Inspetor Clouseau - Estão dizendo que eu favoreci a agência do Wilfredo Gomes, em R$ 2,5 milhões, sem licitação, para orientar a população durante pandemia.

Ajudante de Ordens - Agora o senhor acertou!

Inspetor Clouseau - Até que enfim alguém me apoia nessa ajuda ao publicitário. O rapaz está na "seca" desde que morreu o Luiz Henrique.

Ajudante de Ordens - Agora estão dizendo que o hospital de campanha de Itajaí, no valor de R$ 77 milhões, tem maracutaia.

Inspetor Clouseau - Olha, o Douglas da Casa Civil que resolva o assunto. Eu já dei minhas razões para a construção do hospital desmontável. São as seguintes:

1. Quem ganhou a licitação de 24 horas foi o Hospital Espírita Mahatma Gandhi de São Paulo. Como diz meu amigo João Dória, com espírito não se brinca.

2. O local escolhido, na área da Marejada, em Itajaí, tem lógica. Se morrer muita gente, o rio está ali mesmo. Barateia o custo operacional. É um lençol e homem ao mar.

3. O único problema é o preço. Mas, o preço é sempre relativo.

4. Quanto ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e aos deputados da ALESC, eu resolvo com os repasses orçamentários. Deixa baixar a poeira.

5. O problema é a vice governadora. Com ela não tem acerto.


quarta-feira, 8 de abril de 2020

A SAÚDE... É PÚBLICA?

INDRANIL MUKHERJEE / AFP

   Nestes últimos três meses vivenciamos inesperadas mudanças no nosso cotidiano, interrompendo ou mesmo descartando planejamentos. Mas, isso acontece frequentemente quando não se considera a história, não se observa o contexto geopolítico, ou se observa com lentes carregados de poeira. Repentinamente setores e políticos que desmantelaram e desqualificaram até ontem o sistema público de saúde, defendiam qual panaceia os planos privados, passeiam hoje com coletes do Sistema Único de Saúde.
   A pandemia do COVID-19 trouxe à tona discussões que pareciam ter sido vencidas por uma visão de mundo individualista, egoísta e intolerante, quando surge uma doença de alta transmissibilidade trazida do exterior principalmente por aqueles que recentemente visitaram países com elevado nível de infecção.
   Como as evidências científicas e práticas de outros países demonstram, perante a carência de métodos farmacológicos comprovados, a melhor forma de prevenir uma incidência forte na sociedade é a supressão do contato social.
   Curiosamente essas afirmações tem encontrado intensa resistência de setores que parecem hipnotizados pelos profetas da ignorância, que repetem qual mantra estranhas teorias, sustentadas por convicções que confrontam o conhecimento construído por séculos. Esses setores são secundados por milícias virtuais, que assiduamente comportam-se como agitadores do ódio, desconstruindo as solidariedades sociais e incentivando uma competição darwiniana.
   O sistema público de saúde, concebido como universalista, tem sido atacado e esfacelado intencionalmente para fortalecer a mercantilização, que evidentemente é incapaz e não possui o objetivo de atender a todos. Extinguiram-se setores importantes que monitoram e elaboram políticas preventivas, para diminuir gastos, eliminaram-se setores de pesquisa e fabricação de insumos indispensáveis para a saúde pública em nome de uma eficiência nunca comprovada e neste momento imprescindíveis para a defesa da vida. Nesse cenário resta perguntar pelo rumo que nossa sociedade vai tomar, a satisfação do anseio pela riqueza em detrimento da vida? Legitimar o pensamento em curso de que algumas vidas valem mais de outras? Quem possui a medida dessa meritocracia? Somente quem possui ar condicionado pode viver? 

Guillermo Johnson
Professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas/UFMA

terça-feira, 7 de abril de 2020

Reflexões éticas em tempos de pandemia

por Karin Elisa Schemes* 

Tempos duros de medos e incertezas. Tempos de isolamento,  pensamentos solitários, solidários... ou nem tão solidários por vezes...
           
   Em tempos de batalha, nós médicos, por vezes, podemos passar por situações de termos que efetuar escolhas. Escolhas estas, como juízes, que decidem sobre as vidas de outrem.
   O que faz uma vida valer mais que outra? Que critérios são utilizados nessas horas de escolha? Quem disse que a vida de um jovem vale mais que a do velho? Ou vice-versa? Porque a vida do cientista pode valer mais que a vida do artista?  Pensando de forma utilitarista, qual o mais necessário? Mas qual seria o mais amado? O mais prestativo? O mais amigo?
   Questões como estas ultrapassam muitas vezes a barreira do razoável.
   Estabelecer critérios para a seleção de quem vai ser o “eleito” na hora de disputar uma vaga de UTI com direito aos escassos ventiladores mecânicos pode ser crucial e necessário.  E principalmente: tentar ser justo. Priorizar o socorro de forma ética, sem discriminação de qualquer tipo. Em sociedades adiantadas isto já pode estar estabelecido, mas na nossa realidade, a consciência da escolha ao final do dia fica à critério do profissional de saúde. Em casos de escassez de recursos materiais e humanos, estas escolhas geralmente são difíceis e dolorosas.
   Guerras e pandemias têm esse poder: fazer pensar sobre valores. Colocar o valor em cada coisa, cada sentimento, cada vida.
   O presidente dos Estados Unidos declarou que, no famoso sentido de “primeiro os americanos”, máscaras cirúrgicas e de proteção não irão sair daquele país, pois eles “precisam “ das máscaras. Ao mesmo tempo, confiscavam itens que seriam destinados a outros países e que estava fazendo “escala” em Miami. Ofereceram mais por mercadorias da China que já estavam negociadas com outros países...e levaram!  Serão eles superiores e merecem as máscaras e insumos mais do que as outras nacionalidades?
   Enfim: que aproveitemos este tempo de reclusão forçada para refletir. E quem sabe possamos descobrir que somos mais que números, mais que estatísticas, mais éticos e mais humanos. E que, nós médicos, não percamos as esperanças, que tenhamos nessa oportunidade o prazer de nos sentirmos realmente úteis além da conta!

 *Anestesiologista do Imperial Hospital de Caridade - Florianópolis e doutoranda do Programa Doutoral de Bioética da Universidade do Porto- Portugal.

sábado, 4 de abril de 2020

A imunidade do sistema

por Marcos Bayer
    O que é o TESOURO? É aquele baú de madeira onde os piratas guardavam as moedas de ouro, a prataria, as pedras preciosas, e as joias? O que é o cofre? O baú moderno, feito de ferro, onde guardamos as mesmas coisas e ainda as apólices de seguro, os testamentos, os certificados de depósitos bancários e as notas de dólares ou euros?
   O Tesouro Nacional é isto. O cofre onde guardamos os dinheiros de um país. O Brasil tem aproximadamente U$ 356 bilhões de dólares em reservas cambiais depositadas de formas diferenciadas e ao que consta sem remuneração, atualmente, visto que a taxa de juros nos EEUU é zero. Elas são importantes porque garantem nossas importações por 16 meses e lastreiam posições financeiras nacionais.
   Além desta informação, importante salientar que no Orçamento Nacional de 2020, no montante de R$ 3,8 trilhões de reais, metade dele (50,7%), ou seja, R$ 1,9 trilhão está comprometido com a rolagem da dívida pública, despesas financeiras, juros e amortização do capital. Sendo que a amortização é sempre menor visto que a dívida é sempre crescente. Lógica matemática.
   Números a parte, sabemos que na crise de 1929 na Bolsa de Nova York, como na recuperação da Europa no pós-guerra, através do Plano Marshall, foi em ambos os casos a ação do Estado/governo norte americano que salvou o capitalismo no século 20.
   Ao longo da História é sempre o Rei, o Faraó, o Imperador Romano ou o Chinês que resolvem a crise. O Estado, portanto.
   O mundo em que estamos vivendo está passando por transformações que vão além da cibernética, da uberização do trabalho, do compartilhamento de espaços para produção e para residência, da mobilidade urbana e da própria educação.
   A crise que se apresenta, ainda não totalmente dimensionada, em razão do Corona vírus, só poderá ser ultrapassada com a presença do ESTADO.
   Uma prova cabal é que ao propor medidas de emergência para os que ficaram sem renda, o governo ouviu dos bancos privados que eles participarão com 15% do esforço. Como são três grandes bancos, cada um entra com 5% nesta tarefa.
   Alguns poucos países devem sair da crise sem muitas alterações em seus sistemas financeiros. A grande maioria, entre eles o Brasil, terá que ter a ajuda primordial do ESTADO. Será uma tarefa Keynesiana. Aquela que inspirou Roosevelt em 1932.
   Acho que temos uma excelente oportunidade de estatizar o sistema financeiro nacional. Os grandes bancos não respeitam a taxa SELIC do Banco Central que a fixou em 3.75% anuais. Na ponta os bancos privados cobram 12% mensais.
   Os bancos privados tiveram um lucro de R$ 82 bilhões de reais em 2019.
A economia só se movimenta, é assim no mundo civilizado, quando a taxa de juros permite ao cidadão tomar empréstimo para empreender e poder pagar a dívida contraída.
   É assim que funciona o capitalismo. No Brasil nem isto temos. Bancos estaduais públicos podem funcionar com lucratividade e eficiência. O BANRISUL é um exemplo.
   O Congresso Nacional, além das medidas emergenciais, poderia discutir o tema da estatização do sistema bancário. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são bancos públicos.
   A dívida pública, acima citada, poderia ser equacionada com outros parâmetros. E a decência seria restabelecida. 


Tentativa de irNegócio do ihc leva revés

Recente despacho ( 01/04/2020) da Meritíssima Juíza de Direito da 4° Vara Cível da Capital, dra. Ana Paula Amaro da Silveira, demonstra que, apesar da limitação imposta pelo tempo de pandemia em que vivemos, o Poder Judiciário de SC  - mesmo de forma virtual e por seus Magistrados e Servidores - continua exercendo seu importante papel na distribuição da Justiça.
O despacho proferido no Processo n° 5023565-92.2020.8.24.0023/SC, determina a Provedoria da Irmandade Senhor Jesus dos Passos e Imperial Hospital de Caridade, a exibição dos documentos e a prestação das informações que foram requeridas pelo Irmão Pedro José da Silva daquela Irmandade, bem como a suspensão imediata das tratativas de locação do referido
IHC.
Sustenta sua decisão " pela evidência de alta probabilidade dos atuais gestores , em descumprindo normas estatutárias, gerarem prejuízos aquele nosocômio."
Esta manifestação se insere no alto espírito público que o Judiciário catarinense tem demonstrado no cumprimento dos seus deveres para com a Sociedade.
Neste tempo de alta demanda de serviços médico-hospitalares, o IHC, que deveria ser transformado em mais um pronto atendimento na capital, está atuando com baixíssimos índices operacionais em plena crise do COVID-19.
É preciso que a Sociedade catarinense saiba dessa infeliz situação produzida por muitos fatores, dentre os quais tem destaque a ausência de real comprometimento do senhor provedor com os lidimos interesses da Irmandade e do IHC.