segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A FELICIDADE POR DECRETO



Por Olsen Jr.

    Soube pela imprensa da PEC – Proposta de Emenda Constitucional, texto do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), acrescentando ao artigo 6º da Constituição Brasileira “a busca da felicidade” entre os direitos fundamentais do cidadão.
   Cristóvam Buarque (que conheço pessoalmente) é um idealista, sonhador, parecido com o poeta que habita em mim, e tem todo o meu respeito, o que não inviabiliza estes comentários.
   Lembrei-me do Salão de Humor de Piracicaba, década de 1970, em que sob o título de “Humor na Biblioteca” anunciavam os três primeiros colocados:
   3º lugar - O sujeito está diante de um espelho grande, em cima de uma mesa, vários clássicos da literatura (Darwin, Freud, Marx) e ele fica experimentando os livros e se mirando no espelho, a dúvida era com qual sair naquele dia.
   2º lugar - O advogado recém formado contrata uma empresa para por o papel de parede no escritório que imita as estantes de uma biblioteca. Dois funcionários estão naquela tarefa com parte do papel ainda para ser colado.
   1º lugar - Uma estante de livros vista de cima, embaixo duas pessoas olhando para cima, as estantes recheadas de livros e lá na última prateleira, um único volume, inalcançável pelos mortais, o título: “A Felicidade ao Alcance do Todos”.
   Agora, começando por mim, será que alguém já parou para se questionar sobre “o que é a felicidade?”... Ou o que é “ser feliz?”... Se “ser” feliz é “ter” o que se quer, well, “ter” não é “ser”... Voltamos à estaca zero. Às vezes, rara acrescente-se, tenho a sensação de que o mundo poderia parar, então, nesses momentos de plenitude, de uma estranha paz me envolvendo, creio chegar perto desse “ideal” conhecido como “felicidade”, mas não sei, passa muito rápido e depois permaneço tão “vazio” quanto antes. O que me entristece é que ninguém pode procurar o que não conhece.
   Por isso é curioso que se acrescente “a busca da felicidade” num artigo constitucional.
Deve ser o sol dos trópicos, dá-lhe Lévi- Strauss...
   Minha vida nessa área obscura (de alguém que procura algo que não conhece na expectativa de que aconteça alguma coisa para justificar a busca) pode ser descrita como “no começo você acredita que independente do que aconteça, o importante é ser feliz; mais tarde observa que a felicidade está ao alcance de qualquer um, embora tenha a consciência de que qualquer um não significa um qualquer; finalmente, conclui, dadas as circunstâncias, importa menos ser feliz que encontrar uma saída  honrosa”.
   Deve ser esse o intuito da Constituição!

Acrobata deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A FELICIDADE POR DECRETO": Canga, este hedonismo todo é a "filosofia" de grande parte da maçonaria. Para esta turma será o máximo colocar a "busca pela felicidade" na constituição federal. Só não é necessário "escrever" que "o fim justifica os meios" porque isso daí já é implícito em quaisquer fatos, atos ou contratos no executivo, legislativo e judiciário. Acrobata.

Ex-bar do Chico vira boca de crack

Bar demolido "boca" implantada.
Lugar de concentração de nativos do Campeche, a Igreja de São Sebastião se transformou em local de passagem e curtição de "pedreiros", como se chamam os fumadores de pedra de crack.
Atração turística e de intensa atividade comunitária, onde se realizam missas, reuniões sociais, bingos beneficientes, catequese e outras atividades, a Igrejinha tem experimentado, nos últimos dias, um intenso tráfego de pessoas estranhas à comunidade. São consumidores de crack que transformaram a servidão, ao lado do cemitério da Igrejinha, em rota de viciados.
Por ali se chega à praia do Campeche onde era o antigo bar do Seo Chico demolido recentemente pela Prefeitura por "poluir" o visual da praia. O local foi ocupado por traficantes e transformado em boca de venda de drogas, principalmente o crack. Traficantes que antes agiam na Av. Campeche, nas imediações do  antigo clube dos funciários do BESC,  agora se transferiram para o local do antigo bar. Ocuparam um lugar que concentra o maior número de turistas e frequentadores da praia do Campeche.
À noite o tráfego de viciados é intenso. Se espalham pelas servidões, invadem terrenos e o número de furtos já aumentor na região. Semana passada houve tiroteio na praia e a chegada da polícia causou uma correria de usuários por todo o entorno da Igrejinha causando apreensão entre os moradores.
É o começo de uma ocupação que pode aumentar e virar "território livre" do tráfico se não ouver reação das autoridades. 

Nei Duclós deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ex-bar do Chico vira boca de crack": Enquanto em outros lugares as ruinas sãoo resultado da deterioração e da decadência, nós, ao contrário, planejamos e construimos nossas ruinas. Essa é a obra maior do Brasil, a de ter providenciado a própria ruina. Geramos lixo em tudo o que tocamos. Por que? Porque deve ser bom, deve dar barato. Só pode ser essa a explicação. Fuma-se a nação como uma pedra de crack

Da janela do meu blog

Lua cheia espiada de casa em obras

domingo, 28 de novembro de 2010

Pavan promove Trenzinho para Cancún

 E bota alegria nisso ! Duas semanas na paradisíaca Cancún (México) faz a alegria de qualquer um. Mais ainda quando é com dinheiro do povo. Com diárias de US$ 300, um grupo de funcionários públicos, escolhidos a dedo, já estão em Cancún para participar da COP-16 (16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). 
Segundo Rafael Martini, do Visor, todas as despesas são pagas pela viúva, o Tesouro do Estado. Vão tirar do bolso do contribuinte cerca de US$ 65,6 mil.
Interessante também de ler lá no blog de Jeferson Baldo, assessor de imprensa do gabinete do Pavan, que: "O governo dá transparência às atividades da comitiva através da ida de um jornalista (Jeferson Baldo, assessor de imprensa do gabinete do governador) que manterá o Estado a par das atividades da delegação no México".

É de rir para não chorar! O Baldo também está no trem!
Vai fiscalizar a participação dos 16 integrantes da comitiva catarinense na conferência que é bem puxada. Segundo ele, é trabalho diretos das 10hs da manhã até às 21hs. Diariamente. Ufa!!!!!
Imagino que tenha algum técnico da área ambiental na comitiva. Pessoas interessada no assunto e que devem ter este tipo de oportunidade para se atualizar e trazer para SC informações apuradas sobre os fenômenos climáticos. Porém duvido que os 16 participantes sejam da área. Duvido que sejam técnicos em climatologia.
Segundo o Martini, do DC, até o governador Pavan teria se assustado com a lista de 41 nomes apresentada para participar da conferência e mandado reduzir o número de turistas com medo da imprensa. 
O guia da excursão parece que é o secretário de Articulação Internacional Vinícius Lummertz. Se ganhasse comissão da agência de turismo pelo número de viajantes teria feito a mala.
Cancún é? Tomara que chova!

Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pavan promove Trenzinho para Cancún":
Sérgio,
Depois de tanto "esforço", aprimorando a lei ambiental especial em SC, motivo de uma ADIN no STF, é curioso ver tanto empenho do governo barriga-verde pela sustentabilidade.
Da Mata ciliar de 5 metros, uma piada e afronta a lei federal, ao apoio explícito do setor imobiliário, na última campanha eleitoral, talvez queiram ensinar ao ambientalistas do mundo como se faz para "avançar" na questão ambiental, criando lei especiais, com amplo apoio para os violadores do nosso patrimônio natural. 

O BEM QUE O TIRIRICA FARIA

Por Edison da Silva Jardim Filho
Muito já foi escrito sobre a candidatura e a eleição do Tiririca. Editoriais de jornais e revistas, artigos de jornalistas, sociólogos, cientistas políticos e outros profissionais. Futuramente, virão as monografias, dissertações e teses acadêmicas.
Tiririca está “comendo o pão que o diabo amassou”, porque expôs, na última campanha eleitoral, as mazelas da nossa representação parlamentar, que é o principal pilar de qualquer democracia, através de bordões, digamos assim, sem nenhuma sutileza, tipo: “Pior do que tá, não fica”; “Você tá cansado de quem trambica, vote Tiririca”; “Vote no abestado”; e “O que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto.”
Responde a um processo penal em que é acusado, pelo Ministério Público Eleitoral, do cometimento do crime de “falsidade ideológica” (artigo 299 do Código Penal: “...em documento público ou particular...inserir ou fazer inserir declaração falsa..., com o fim de...alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”), por ter apresentado, à Justiça Eleitoral, declaração na qual afirmou saber ler e escrever, havendo a suspeita dele ser analfabeto, o que, no Brasil, torna a pessoa inelegível. Por conta desse processo, Tiririca teve de comparecer a uma audiência em que lhe foi ditada, para que escrevesse, uma frase pinçada de um livro, além de ler e interpretar o título e o subtítulo de duas reportagens de jornal. A última notícia do processo dá conta de que o promotor apresentou alegações finais, juntando parecer de uma fonoaudióloga que acompanhou a audiência, o qual aponta que Tiririca é o que se conhece por “analfabeto funcional”, além de pedir a sua condenação na pena máxima cominada ao crime, ou seja, 5 anos de reclusão.
Não haveria motivo para eu escrever este artigo, não fosse o posicionamento de três questões que não se encontravam expostas nas abalizadas análises que li sobre o caso Tiririca.
Primeira: o Tiririca ter apresentado uma declaração para cuja redação teve a ajuda de sua mulher, constituiu-se no crime de “falsidade ideológica"; mas, e as declarações apresentadas, à cada eleição, pelos candidatos em geral, prestando contas dos valores doados e dos gastos realizados, de cuja veracidade da maioria delas a Justiça Eleitoral desconfia- pela boca dos seus desembargadores e ministros-, ao mesmo tempo em que alega não ter condições materiais de checá-las, acabando por aprová-las, mecânica e sumariamente?
Segunda: não seriam também “analfabetos funcionais” os deputados federais e senadores- para ficar somente no Congresso Nacional- que, já de um bom tempo para cá, são incapazes de redigir os projetos de lei que apresentam, ou lêem, de forma sofrível, nas comissões técnicas, os votos escritos pelas assessorias das duas casas legislativas? Não seria, igualmente, “analfabeta funcional” a avassaladora maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado da República, se comparada com a qualidade intelectual dos parlamentares dos anos 50 e 60, como Carlos Lacerda, Afonso Arinos de Melo Franco (UDN), José Maria Alkmin e Tancredo Neves (PSD), só para mencionar quatro de uma enorme plêiade deles, dos dois principais partidos políticos da época, ou, até mesmo, dos congressistas de legislaturas mais recentes?
Terceira: o cidadão-ator Francisco Everardo Oliveira Silva, que interpreta o personagem-palhaço Tiririca, “analfabeto funcional” que é, será mais um parlamentar com cuja remuneração o erário joga fora o dinheiro que arrecada do sofrido povo brasileiro. Mas quem foi eleito, com 1,3 milhão de votos, não foi o ator Francisco Everardo Oliveira Silva, e, sim, o palhaço Tiririca! E Tiririca cumprirá, magistralmente, o seu mandato, se tiver a coragem e a dignidade de comparecer às sessões da Câmara Federal vestido de palhaço, tal qual se apresentou na propaganda eleitoral gratuita de televisão. Não precisará falar ou fazer nenhuma besteira; basta olhar e rir daquela maneira debochada que todos conhecemos. Os pares do Tiririca, só de vê-lo, irão se lembrar das razões e dos bordões pelos quais foi eleito, e isso poderá ter reflexos positivos no exercício dos seus mandatos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Disputa para desembargador expõe as entranhas do Tribunal de Justiça


Com a denúncia do Cangablog de um encontro secreto realizado em hotel do Rio de Janeiro entre membros do Executivo, OAB, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça de SC para decidir quais seriam os dois novos desembargadores, pelo Quinto Constitucional, o meio juridico do estado entrou em clima de perplexidade e indignação.
Reações indignadas de magistrados dentro do TJ já não são mais feitas em segredo. Copias de notas e artigos publicados na internet e, agora também na imprensa tradicional, denunciando uma grande armação para alçar Ronei Danielli e Oscar Juvêncio Borges ao mais alto grau da magistratura circulam por gabinetes e corredores da Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça e Centro Administrativo.
Fala-se que o maior interessado em ter desembargadores "de confiança" no TJ é o governador Leonel Pavan. Sem cargo público dentro de alguns dias, Pavan terá de enfrentar uma série acusações pesadas na justiça sem as prerrogativas de Foro Previlegiado.
Pelo que está colocado, parece que nenhum dos dois escolhidos pelo grupo do Rio preenchem os requisitos básicos para disputar o cargo. Um dos quesitos fundamentais para ser candidato é ter reputação ilibada. Inquérito no STJ, condenação e ação de improbidade são algumas das ações que permeiam o currículo dos dois escolhidos do grupo do Rio.  
Oscar Juvêncio, que pleiteia vaga para desembargador, teria sido reprovado em dois concursos para juiz, conforme Editais 006/85 e 37/86. Um em 1984 e outro em 1986.
 Além do CNJ, ação civil pública e ação popular já estão sendo redigidas, caso um dos dois esteja na lista tríplice que será entregue ao governador Pavan. O sentimento no meio jurídico é de uma tentativa de emparedamento do TJ e subjugá-lo aos desígnios do Executivo.

Ubaldo: o cego que lê
Comentários de que nunca se viu tanto "descaramento" na tentativa de impor a vontade de um grupo político dentro do TJ são comuns hoje no meio jurídico catarinense.
O pesado substantivo teria sua origem no processo de aposentadoria  por  invalidez permanente do desembargador Edison Ubaldo empurrada goela abaixo nos outros desembargadores. Ubaldo se aposentou por catarata traumatica, deslocamento do cristalino, ceratopatia bolhosa, astenopia, cegueira diurna, escotoma cintilante, fotofobia, halos visuais, hemeralopia, metamorfopsia, perda súbita de visão, cegueira diurna e vários outros transtornos visuais. 
Tudo isso aparece em código no acórdão. Dois deles causaram espécie: H53-H54: Distúrbios visuais e cegueira. Mesmo com tantos transtornos visuais, Ubaldo visualizou a luz no fim do túnel. Se aposentou com salário integral e, para surpresa geral, o desembargador cego leu o seu discurso de despedida. E não era em braille
Uma pérola jurídica que ficará na história das decisões do TJ/SC. Nunca na história do TJ um processo de aposentadoria teve tantos votos contrários e suspeitas de fraude. Ubaldo vai para casa com aposentadoria integral e abre mais uma vaga a ser preenchida pelo grupo que está dando as cartas no judiciário catarinense.
Nos meios jurídicos existe muita expectativa sobre a atitude de Jefferson Kravchychyn, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, em relação a esta aposentadoria.

Votos contra a aposentadoria integral:
Desembargadores: Alexandre d'Ivanenko, Marli Mosimann Vargas, Sérgio Heil, José Carlos Carstens Köhler, Victor Ferreira, Rodrigo Antonio da Cunha, Jânio Machado, Trindade dos Santos, Cláudio Barreto Dutra, Solon d'Eça Neves, Irineu João da Silva, Luiz Cézar Medeiros, Vanderlei Romer, Eládio Torret Rocha, Monteiro Rocha, Torres Marques, Marcus Tulio Sartorato, Ricardo Fontes e Jaime Ramos.

Votos a favor da aposentadoria integral:
Desembargadores: Newton Janke, Lédio Rosa de Andrade, JorgeSchaefer,Martins, João Henrique Blasi,  Jorge Luiz de Borba, Rejane Andersen, Joel Figueira Júnior,  Cláudio Valdyr Helfenstein, Jânio Machado, Pedro Manoel Abreu, Trindade dos Santos, Sérgio Paladino, Mazoni Ferreira, Wilson Augusto do Nascimento, Nelson Schaefer
Martins, Fernando Carioni, Rui Fortes, Gabinete Des. Cesar Abreu, Luiz Carlos Freyesleben,
Cesar Abreu, Salete Silva Sommariva, Maria do Rocio Luz Santa Ritta, Cid Goulart

Nota divulgada pela AMC 
AMC diz que lista sêtupla pode ser devolvia à OAB
De acordo com inúmeros relatos e informações que chegam à Associação dos Magistrados Catarinenses – AMC, há um descontentamento geral tanto por parte de Juízes, de Desembargadores, como até da própria advocacia, em relação à formação das duas listas sêxtuplas enviadas pela OAB/SC ao TJ/SC. Além disto, causa estarrecimento o teor de notícias que circulam na mídia e na internet dando conta que tais listas teriam sido feitas com "cartas marcadas" e com a inclusão de "laranjas" para beneficiar candidatos preferidos pela entidade de origem e que gozariam de simpatia do Chefe do Executivo.
Contudo, a AMC tem irrestrita confiança nos integrantes do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que cientes de todas estas circunstâncias, elegerão para a lista tríplice, de acordo com os ditames legais, advogados com larga experiência jurídica, probos, sem laços político-partidários e com reputação intocada, sem a interferência de quaisquer fatores externos. Em não encontrando, nas citadas listas sêxtuplas, candidatos em número suficiente que apresentem tais predicados, temos a plena convicção, outrossim, de que os componentes da nossa Corte não hesitarão em recusar e devolvê-las, tal como admitido pelo STF (RCL/5413, MS/27920, MS/25624), preservando, assim, a alta credibilidade que o Poder Judiciário Catarinense goza perante a sociedade catarinense.
Juiz Sérgio Luiz Junkes
Presidente e.e. da AMC

Zanfra lança livro

Vereador indiciado por estelionato em Laguna

Do blog Apimentado:

Até o momento três pessoas foram indiciadas no processo que tramita na justiça federal, o vereador Cleosmar Fernandes, o engenheiro Rafael Duarte Fernandes e Paulo Sérgio da Rosa, os três respondem pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público. A policia federal concluiu o inquérito após longa investigação e a conclusão foi pelo indiciamento dos elementos acima citados. Leia mais. Beba na fonte.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Família é prato difícil de preparar"

Recebi de Tio Éio, meu irmão. Maravilha!

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você?  É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.


Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo,  em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à  Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.  Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
 

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
"O Arroz de Palma",de Francisco Azevedo
 

Cacau Menezes: quando a fama atrapalha

 Conheço o jornalista Cacau Menezes há muitos anos. Trabalhamos juntos no DC e sempre nos demos bem. Quando soube da cirurgia que havia feito em SP fiquei preocupado. Liguei para ele duas vezes. Não obtive resposta mas deixei recado desejando boa recuperação. Mais tarde Cacau me ligou agradecendo as ligações. Estava emocionado. 
Um tranco sempre nos deixa mais sensíveis. Também devia estar com um restinho de anestesia pelo sangue...ehehehe.
Ontem à tarde nos encontramos na Osmar Cunha. Eu estava entrando no auto quando fui chamado pelo Cacau que caminhava pela calçada. Nos abraçamos e logo Cacau me mostrou a cicatriz da cirurgia que fez que começa no umbigo. Quando íamos começar a conversa chega um casal, ela gaúcha, e pede para fazer uma foto. Com o Cacau, é claro.
Logo enseguida outra mulher veio cumprimentá-lo e dizer que é sua leitora diária. Ao mesmo tempo um carro passa e buzina cumprimentando o jornalista. Naquelas alturas eu já estava pensando que era comigo, afinal também sou meio famoso.
Para completar, uma baita camionete preta para na rua e o motorista grita: - E aí Cacau!!!!
Ao que Cacau responde: - Tax com o dinheiro heim?
Era o radialista Miguel Livramento. Como a camionete era alta demais só vi o topete e as mãos do Miguelzinho ao volante.
Bem, quando íamos engatar a conversa toca o telefone do Cacau, logo em seguida o meu. Daí fomos nos afastando, cada com seu telefone ao ouvido, e fazendo gestos com as mãos  tipo: depois a gente continua a conversa...que não houve.
A fama às vezes atrapalha! Eu sinto isso!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bom demais

Identificadas fraudes na Festa da Baleia Franca (Imbituba)

 Matéria será objeto de ação penal por parte do MPF

O Ministério Público Federal em Santa Catarina ingressará com Ação Penal, sob alegação de fraudes a propósito da realização da Festa da Baleia Franca, que ocorreu em 2005, no Município de Imbituba.
A ação terá como base o Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), o qual apontou que 49,40% dos recursos públicos recebidos foram desviados. Ou seja, do total arrecadado, R$ 450 mil, existiu, em tese, um desvio de R$ 219.847,28.
A Semana Nacional da Baleia Franca ocorreu no período de 14 a 25 de setembro de 2005 e estava em sua nona edição. A maior parte dos recursos arrecadados vieram do Ministério do Turismo e da Cultura, por meio da lei de incentivo fiscal do mecenato. Os envolvidos são acusados de superfaturar serviços e receber por outros que nem sequer foram realizados.
Segundo o procurador da República em Tubarão, Celso Antônio Tres, que analisa o caso, ocorreram fraudes bizarras, como por exemplo a especificação de R$ 30 mil à premiação para um concurso de fotografia. Contudo, foram distribuídos apenas R$ 1 mil (na proposta o primeiro lugar receberia mais de R$ 21 mil, porém, de fato, recebeu apenas R$ 500,00). Em outro item, seriam destinados mais de R$ 50 mil a artística plástico pela pintura de algumas telas tendo por tema a baleia franca. Todavia, o pintor só recebeu R$ 5 mil. Também foram destinados mais de R$ 30 mil para remunerar seis apresentações do violinista, quando ele se apresentou apenas quatro vezes (R$ 5.185,00 por sessão). Além disso, ele não foi localizado para certificar quanto, de fato, recebeu pelas apresentações. O relatório aponta, também, que o violinista e acompanhante consumiram, em três dias, 72 refeições; e o artista plástico, mais de 36 refeições.


Os envolvidos já foram condenados pelo TCU e pela Justiça Federal, por outros convênios fraudulentos com ONGs e Associações. A forma de atuação foi a mesma deste caso: sob a alegação de promover festas, eles entravam em contato e pediam “emprestado” o respectivo nome das associações e ONG's, com o objetivo de levantar recursos públicos, afirmando que se responsabilizariam por toda aplicação dos valores e prestação de contas.

Raimundo Colombo absolvido

Julgamento por Acórdão  

Decisão: por maioria de votos, negar provimento ao recurso. Vencido o relator que votou no sentido de dar provimento ao recurso. Custas legais. Designado para lavrar o acórdão o Exmo. Sr. Des. João Henrique Blasi. 
Entenda o caso clicando aqui.

Medellín: do caos para o futuro


O arquiteto André Schmidt apresenta hoje (20hs no Show Room da Porto Belo, em frente ao Shopping Iguatemi/Av. Madre Bevenuta), relatos de sua experiência em visita à cidade colombiana de Medellín.
 André mostra a visão urbanística de uma cidade sul americana que reinventou seu futuro resolvendo seus problemas de mobilidade urbana. 
Medellín deu um exemplo de que, com vontade política, é possível resolver problemas urbanos de grande porte.
Uma interessante oportunidade para arquitetos, urbanistas e técnicos que pensam a nossa cidade. Atitude extremamente oportuna no momento que Florianópolis enfrenta graves problemas de mobilidade. Imperdível para quem se preocupa e quer o melhor para Florianópolis.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Medellín: do caos para o futuro":
Olhe que interessante a fotografia. No caso, o novo sistema de mobilidade implantado, passa ao lado da catedral (que deve ser patrimônio tombado). Foi permitido, sem dúvidas, porque a obra é de interesse público servindo a toda população. Notem que a ampla praça e as construções ao redor respeitam o entorno da catedral e da praça. Somente à obra de interesse público, é que foi permitida a intervenção no espaço. Aqui, temos a ponte Hercílio Luz, onde no polígono de entorno da ponte, foram permitidos variadas intervenções privadas na forma de prédios...E o IPHAN ainda custou para liberar a rótula do trêvo da Rita Maria...Depois de estar ausente em todas as construções privadas no entorno da Ponte...This is Floripa...
Roberval Taylor! 

Bandidos implantam o terror no Rio de Janeiro

Do G1:
Após os nove ataques criminosos no Rio e Grande Rio, nas últimas 48 horas, a Polícia Militar anunciou na manhã desta terça-feira (23) que colocará todos homens nas ruas para reforçar o policiamento. Segundo a polícia, folgas vão ser reduzidas e até o ano que vem o governo promete contratar 7 mil novos policiais.
“Hoje os policias trabalham na operação que chamamos de 'fecha quartel'. Vão todos os policiais para rua”, afirmou o Relações Públicas da PM, coronel Lima Castro, ressaltando ainda que a polícia está fazendo blitzes para apreender materiais incendiários e chegar a suspeitos responsáveis pelos ataques. Leia mais. Beba na fonte.
 
Mapa do ex-blog do Cesar Maia

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Justiça. Como funciona.

Caso não seja adiado pela 15ª vez, o julgamento do governador eleito Raimundo Colombo pela Segunda Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça deve iniciar às 14h desta terça-feira. Colombo é acusado pelo Ministério Público de Lages de supostas irregularidades na contratação de um escritório de advocacia no tempo em que era prefeito da cidade serrana. 
O promotor de Justiça Fabiano Henrique Garcia pede o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 270 mil, corrigidos. No primeiro grau, foi absolvido. O MP recorreu e o processo subiu ao TJ. Em seu voto, o relator concordou com os promotores e decidiu pela anulação da decisão de primeira instância e na condenação do réu. No entanto, o desembargador João Henrique Blasi votou contra a anulação, empatando o julgamento. Falta agora o voto de Minerva, que caberá ao desembargador Newton Janke, que assumiu no lugar do colega Cid Goulart, que deixou o TJ devido a aposentadoria.

Nota apócrifa tenta esclarecer posição do Vecchio Giorgio

Recebi esta nota de esclarecimento supostamente do bar Vecchio Giorgio explicando a violenta agressão do estudante de medicina, Lucas Felicíssimo, à duas mulheres. A nota não tem assinatura e tampouco o link que aparece não leva à página do buteco.

Vecchio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Barbárie no Vecchio Giorgio. Estudante de medicina...":
Nota de esclarecimento.
A equipe do Vecchio Giorgio vem, através desta, esclarecer o incidente ocorrido na madrugada de domingo 21/11. Conforme constam em nossos arquivos, bem como depoimentos de testemunhas presentes no local, o agressor entrou em nossa casa exatamente 1h, não consumiu nada e em cerca de 20 minutos cometeu uma série de agressões físicas contra mulheres clientes do estabelecimento.
No mesmo momento em que foi informado das agressões, o segurança retirou o agressor do local não com o intuito de liberá-lo, conforme foi divulgado, e sim de impedir que outras brigas ocorressem e de que o mesmo escapasse impune antes da chegada de policiais ao local, que foram prontamente chamados pelo estabelecimento, bem como ambulância para socorrer as vítimas.
Portanto, as acusações de que a equipe e o proprietário defenderam, e mais, foram coniventes com o agressor não são verdadeiras. Infelizmente não havia como evitar que o lamentável episódio ocorresse, pois como em qualquer outro ambiente, estamos sujeitos a atos de violência como este. Porém, estamos certos de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para deter o criminoso, encaminhá-lo as autoridades e prestar socorro às vítimas chamando uma ambulância, que não chegou a tempo pois as vítimas foram de imediato socorridas pelos amigos que se encontravam na casa.
De fato, tanto o proprietário quanto toda a equipe de funcionários também estavam tão chocados quanto todos os presentes, com tamanha violência ocorrido no nosso local de trabalho, idealizado para diversão e entretenimento das pessoas que são, sem dúvida, sempre muito bem recebidas.
Estamos profundamente consternados e pedimos sinceras desculpas às vítimas e a todos os nossos clientes, e informamos que as medidas judiciais e operacionais necessárias, que aumentem a segurança de todos e que evitem que outros acontecimentos como esse voltem a acontecer, estão sendo tomadas.

Novo endereço do Tijoladas do Mosquito

PASTEL TOP DE LINHA

Por Olsen Jr.

Recomenda o pragmatismo que você ao se deparar com novos costumes, hábitos diferentes, enfim, uma nova cultura, tente compreendê-los ou assimila-los ou ainda que se torne um mero observador sem, no entanto, menoscabá-los. O que não impede, por outro lado, de achar graça em alguns casos, não constituindo nenhum pecado, afinal, fazer piada com a nossa própria desgraça é algo incorporado em nosso modus vivendi.
Alguma coisa já absorvi, por exemplo, aqui na Ilha, por ser uma região de muitos funcionários públicos, ninguém tem salário, mas sim, ordenado; o sujeito não vai para o trabalho, mas para a repartição, é diferente, convenhamos.
Mas tem uma birosca aqui perto, gente simpática, quando é frio servem uma dobradinha deliciosa e dependendo da boa vontade da Dna. Carlota, até um mocotó, mas não é sempre.
Os transeuntes, moradores ou não, passam às centenas por ali todos os dias. Uma espécie de bate-pronto antes se seguir o caminho, seja para casa ou mesmo a passeio nos barcos de atracagem rápida para esta finalidade.
Um aperitivo, uma cerveja, um martelinho, um pão com musse e a vida segue. Dia destes, batendo o cartão ali, conversando com a Dna. Carlota sugeri que ela poderia fazer uns pasteizinhos de dar água na boca, bastava comprar aquelas massinhas já prontas (tem de diversos tamanhos) e fazer um recheiozinho de presunto picado com queijo cortado miudinho, com tomates da mesma forma, adicionar cheiro verde, pode-se sofisticar com oliva e uma pitada de pimenta, também orégano ou manjericão e até ovos cozidos bem cortadinhos e fritados ali na hora, seria de matar a pau.
Enquanto falava, descrevendo tudo com o maior carinho como se eu mesmo estivesse preparando os quitutes, procurando motivá-la e mostrando que a iniciativa valeria a pena, percebo que ela me ouve com atenção como se estivesse repassando mentalmente tudo o que ouvia para não perder nada. Não só isso, dava a impressão que ela estava cortando os temperos junto comigo, num gesto que repetia muitas vezes no seu dia-a-dia.
Termino de falar e ela continua me fitando demoradamente, sem tirar a mão de cima de um pano cuidadosamente dobrado em cima do balcão que nunca largava para a sua limpeza que também parecia não ter fim, finalmente afirma:
- “Eu faço esses pastéis, mas – apontou os clientes ali fora – eles comem tudo!”
- É uma pena -brinco com ela - que não se tenha mais consideração nem com os pastéis, mas a idéia continua sendo boa.

Olsen Jr. convida

Celesc: PMDB não larga o o$$o!

Passadas as eleições, parece que as promessas de moralização do serviço público ficarão nas...promessas.
Isso é o que estão sinalizando as manobras do "velho PMDB dos cargos" com a iniciativa de Eduardo Pinho Moreira de mater a Celesc, nossa maior e mais rentável estatal, sob o controle do seu partido.
Moreira, hoje-vice governador, estaria indicando o nome de Paulo Meller para a presidência da holding e Helio Francisco Dal Piva para a função de Diretor Técnico da Celesc Distribuição. Dal Piva é diretor da empresa Chalana Energética LTDA. Seriacomo colocar a raposa para cuidar do galinheiro. Sob suspeita as relações contratuais entre a Celesc e as Pequenas Centrais Hidrelétricas de SC.
Meller é conhecido pelas suas ligações políticas com Pinho Moreira. Quando prefeito de Criciúma, esteve envolvido em um escandaloso caso de um cheque de R$ 60 mil da Celesc, repassado à prefeitura, que desapareceu. Sacado na boca do caixa o cheque tinha apenas o endosso de Meller.

Pelo jeito nada muda no novo governo. A Celesc continuará sendo cabide de empregos políticos e grande geradora de caixa 2 de campanha.

domingo, 21 de novembro de 2010

Ipês, lagartos, aracuãs e vizinhos

Na sexta-feira quando cheguei em casa, final da tarde, encontrei um vaso com um pé de Ipê sobre o muro. 
Era um regalo. Alguém esteve ali, não nos encontrou, deixou o presente. Coisa de Papai Noel, imaginei.
Estava claro ainda, agora o dia rende mais. Quando fui pegar o vaso vi o meu vizinho, o Russo, filho do Seo Chico. Estava entre as árvores do seu jardim a uns 20 metros do meu.
Estava focado em alguma coisa. 
Gritei: - Figueira!!!!
Ele olhou e, como sempre trocamos mudas de plantas, perguntei se o Ipê deixado no muro era um presente dele.
Em vez de responder, saiu do jardim e veio na minha direção. Chegou contando que estava de olho nos lagartos. No seu jardim existe um ninho de Aracuã. Na verdade, há 10 anos, tem uma Aracuã que mora ali.

- Ano passado tiveram três filhotes. Dois foram comidos pelos lagartos e eles criaram só um. Logo enseguida a Aracuã ficou viúva. Agora tem um namorado e tiveram três filhotes, contou.

Acontece que filhotes de Aracuã logo que crescem saltam do ninho e ficam andando pelo chão. Andam rápido no meio da mata. Como ainda não voam viram prato feito para os lagartos. Os pais quando percebem o perigo fazem um alarido danado. Enfrentam os lagartos.
O Russo disse que no perigo a Dna. Aracuã corre para a porta da sua casa e pede socorro. Como já conhece o tipo de piado, sai correndo para espantar os lagartos. Era isso que estava fazendo quando chamei a sua atenção.

Ah! O vaso de Ipê tinha sido um presente do amigo e ex-sócio, por 14 anos, jornalista Jurandir Pires de Camargo. Me ligou avisando.
Legal né? Ganhar plantas de presente! Ainda existe isso!

Leitor denuncia falcatrua em curso de Direito

  Prezado Sergio,

  Ja existe há pelo menos 2 anos uma universidade que oferece EAD (Ensino à Distância) de Graduação em Direito. O problema é que só alguns podem, na verdade só 50 brasileiros em todo o pais estao fazendo este curso.
A falcatrua foi promovida por baixo dos panos entre a UNISUL e O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA com apoio das OAB's do Estado e Federal e do MEC. 50 (cinquenta) servidores do TJSC ganharam de mão beijada este beneficio e se diferenciaram do resto da nação.
A OAB diz que não abre o curso para a população por vários motivos que não procede. Na verdade só desculpa esfarrapada e segregação... uma forma de manter a elite na elite.
Se voce quiser tirar a prova aqui vai o número do telefone da Unisul Falcatrua. As atendentes afirmam que o curso existe porém quando você diz que gostaria de fazê-lo, mesmo pagando o valor integral da mensalidade, eles perguntam se você é servidor do TJSC, se você não  é, vá pastar.
 O nº é  (48) 3279 1242 ou http://www.unisul.br/unisulvirtual/fale_conosco.html

Abraço Jean 

PS: eles estao me enrolando desde junho dizendo que o curso ira ser aberto ao publico, liguei  quarta-feira (17/11/2010) e me disseram que nao iria abrir para 2011. So enrolaçao. Os Servidores ja estao finalizando a 4ª fase eles começaram inicio de 2009

As tangerinas vem de barco

mandarinas
Este post foi publicado hoje por Ioani Sánchez do blog cubano Generacio Y:
É uma bolsa de malha, uma redezinha entrelaçada de cor avermelhada com cinco tangerinas em seu interior. As trouxe - da Europa – um leitor que descobriu onde moro graças às pistas deixadas no blog. Depois de brindar-lhe com um copo d'água, tirou os cítricos da sua mochila – com certa vergonha – como se viesse me presentear com algo muito comum nesta Ilha, mais comum inclusive que o marabú ou a intolerância. 
Não se explica então porque agarro o pacote e afundo o nariz em cada fruta. Uns segundos e chamo aos gritos a minha família para mostrar-lhes os arredondados alaranjados que já começo a descascar. Afundo minhas unhas na casca e perfumo meus dedos. Tenho uma festa de resina sobre cada mão.
Uma trilha de cascas enche a mesa e até o cachorro se entusiasma com o odor que excita toda a casa.  

Chegaram as tangerinas!

Voltou esse aroma quase perdido, essa textura extraviada! Minha sobrinha celebra a aparição e tenho que lhe explicar que uma vez estes frutos não vinham nem de barco nem de avião. Evito confundi-la – porque só tem oito anos – com a história do Plano Citrícola Nacional e das grandes extensões da Ilha da Juventude onde as laranjas e os grapefruit eram colhidos por estudantes de outros países. Tampouco menciono as cifras triunfalistas lançadas da tribuna ou os sucos Tropical Island que começaram sendo fabricados coma polpa extraída das nossas colheitas e agora sabem a xaropes importados. Mas sim lhe conto que quando novembro ou dezembro chegava, todos os meninos da minha escola primária cheiravam a tangerinas.
Que dias aqueles! Em que ninguém tinha que trazer-nos de um continente longínquo o que as nossas próprias terras produziam.

Cangablog: Provavelmente algum adorador de ditaduras, como a cubana da família Castro, acuse Ioani  reacionária ou anti-revolucionária. A revolução cubana foi linda quando derrubou o outro ditador. Mas 50 anos no poder mostraram que a dinastia Castro, além de autoritária e assassina é incompetente. E não me venham com o papo de que a miséria de Cuba é culpa do bloquei internacional. Papo furado! Revolução furada!

“SERVIÇO” E TRAIÇÃO

Por Edison da Silva Jardim Filho 

O empresário biliardário- muito devido ao dinheiro público (BNDES, principalmente) e às informações privilegiadas da Petrobras e de outros órgãos estatais (já ouviram falar no ex-diretor-gerente de exploração e produção e ex-presidente da Petrobras Distribuidora, Rodolfo Landim?)-, Eike Batista, talvez pela primeira vez na vida tenha sido razoável, deixando de passar a força bruta de sua patrola financeira por cima da vontade e do direito das pessoas e das comunidades possíveis de serem afetadas por suas radicais ações empresariais.
Na quarta-feira da semana passada, dia 17 de novembro, ficou-se sabendo, pela imprensa catarinense, que a empresa OSX comunicara, na véspera, à Comissão de Valores Mobiliários, sob a forma de “fato relevante”, atendendo a sua condição de companhia aberta, ou seja, com ações negociadas em Bolsas de Valores, a decisão de não mais construir um mega estaleiro no município de Biguaçu. Nesse comunicado, a OSX ainda menciona que optou por construí-lo no Complexo Industrial do Porto do Açu, existente no município de São João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro. 
Em uma reportagem da imprensa escrita, também tomou-se conhecimento de que, na segunda-feira, dia 15 de novembro, em resposta ao procurador-geral do município de Biguaçu, Dr. Anderson Nazário, que lhe pedira, pelo Twitter, a instalação do estaleiro em Biguaçu, o empresário Eike Batista postou: “Não é o que os catarinenses querem.”
O empresário Eike Batista sabe, como todas as pessoas bem informadas, que a vontade dos políticos brasileiros não representa, há muito tempo, a vontade dos cidadãos e das comunidades! Mais do que isso: o empresário Eike Batista sabe, melhor do que ninguém no Brasil, como é “motivada” a vontade dos seus políticos! Aliás, qualquer um pode acessar o site da Justiça Eleitoral e verificar as relações dos doadores com os respectivos valores doados “por dentro” para os candidatos eleitos, não sem dar, depois, asas à imaginação quanto aos montantes que forniram as mesmas campanhas “por fora”, ou seja, o tão famoso e imperscrutável caixa 2.
Essa questão da construção de um mega estaleiro no município de Biguaçu, é exemplar do que se está afirmando. Nenhum político catarinense, dos grandões aos de menor potencial ofensivo, se posicionou contra o empreendimento. E isso, mesmo depois da publicação do parecer técnico- peremptório e incontrastável- encaminhando pela não concessão do licenciamento ambiental da obra, subscrito por cinco competentes, zelosos e corajosos funcionários da Coordenação Regional Sul do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade- ICMBio, sediada em Florianópolis, os analistas ambientais Drs. Paulo André C. Flores, Marcelo Kammers, Mário Luiz Martins Pereira, Heitor Macedo e Claudinei J. Rodrigues. Muito pelo contrário! Todos os políticos catarinenses com mandato defenderam, e de forma beligerante até, a instalação do mega estaleiro no município de Biguaçu.
Entretanto, dois se destacaram pelo conjunto da obra: o ex-governador e senador eleito, Luiz Henrique da Silveira, o grande mentor intelectual e- com o perdão pela expressão chula, mas não encontra-se outra mais representativa da profundidade e extensão do “serviço” prestado por Sua Excelência- “espalha merda” da opção pelo “desenvolvimentismo econômico” ao preço da degradação do belíssimo patrimônio ambiental catarinense; e o deputado federal e futuro secretário de desenvolvimento econômico, Paulinho Bornhausen.
O deputado federal Paulinho Bornhausen levou ao extremo o seu esmero, em dois momentos. Quando da publicação do parecer técnico pelo ICMBio, ele saiu-se com o seguinte rompante: “Santa Catarina foi apunhalada pelas costas!” Em seguida, baixou ordens ao seu preposto na FATMA, o presidente Murilo Flores, para que fizesse tratativas junto ao IBAMA em Santa Catarina, visando chamar para si a responsabilidade pelo processo de licenciamento ambiental da construção e operação do mega estaleiro da OSX no município de Biguaçu.
Imagina-se o dolorido sentimento de traição que passou a experimentar o deputado federal Paulinho Bornhausen em relação ao empresário Eike Batista, agora com a bem-aventurança da eleição e posse de Raimundo Colombo como governador, e de sua garantida e iminente nomeação para secretário de desenvolvimento econômico...

A camisinha e os canhões

Canguita,

Enquanto rola essa história do papa sobre camisinha, em Portugal está acontecendo uma cúpula da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, que deve nos preocupar e muito. Reunindo os EUA e os países europeus, do leste e quem sabe com a cooperação da Rússia, teremos cerca de um bilhão de pessoas, brancos em sua maioria, devidamente sintonizados e armados para novas ações. Num mundo com recursos naturais progressivamente mais escassos, com os exemplos do Iraque, Afeganistão e a crescente ameaça ao Irã – nisso tudo leia-se petróleo nisso, adivinhe prá quem vai sobrar futuramente. A 4ª Frota dos  EUA foi reativada para intervir no Atlântico Sul..
Fiz um Gillette press da FSP
“Os países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) aprovaram nesta sexta-feira a criação de um sistema integrado de defesa antimísseis na Europa --que precisa agora da provável aprovação da Rússia.
"Fico feliz em anunciar que, pela primeira vez, acordamos em desenvolver um sistema de defesa antimísseis que estará suficientemente capacitado para cobrir todo o território e a população dos países europeus membros da Otan e dos EUA", disse Barack Obama, acrescentando que o primeiro dia da cúpula da aliança, em Lisboa (Portugal), teve "progressos substanciais".
O sistema faz parte do novo conceito estratégico da Otan, que inclui atuar em qualquer lugar do mundo onde considere que sua segurança possa estar ameaçada, além dos limites geográficos de seus países-membros, tal como anunciado pelo secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen.
"Ele oferece um papel para todos os nossos aliados. Ele responde às ameaças de nossos tempos", disse Obama a repórteres”.
Quem vai definir o conceito de ameaça, na hora em que a cobra fumar?

Dario de almeida Prado Jr.

Fábulas Fabulosas

Cão! Cão! Cão!

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa. O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?" O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi. Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"

sábado, 20 de novembro de 2010

Papa agora admite o uso de camisinha


CIDADE DO VATICANO - O uso de camisinha para impedir que a Aids se espalhe pode ser justificado em certos casos limitados, disse o Papa Bento XVI no livro "A luz do mundo. O papa, a Igreja e os sinais do tempo. Uma conversa com o santo Padre Bento XVI", do escritor alemão Peter Seewald, que reune várias entrevistas o Pontífice e será lançado nas livrarias no dia 23. Em trechos publicados no jornal do Vaticano L'Osservatore Romano neste sábado, o Papa menciona o exemplo do uso de camisinha por prostitutas como "o primeiro passo para a moralização", mas diz que os preservativos "não são realmente a maneira de lidar com o mal da infecção por HIV". Beba na fonte.
LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Papa agora admite o uso de camisinha": A Igreja muda, evolui. O que não muda é a implicância com ela. As tochas inquisitoriais mudaram de mãos.

Pintura, merchandising, pombão de granja e benzedura

Estou em tiras! Cansado!
Acabei de pintar, com a juda da filha e da Gisa, a cozinha de casa. Pintar é um lance muito legal. Mas até chegar na pintura tem todo um processo anterior que é maçante e cansativo. 
Bem, passei massa corrida Renner para consertar alguns buracos, lixei as paredes com lixas 3D, lavei, colocamos fita crepe Tartan com jornal, forramos o chão e finalmente chegamos à pintura. A tinta Suvinyl é muito boa de usar. Tinta acrílica à base de água, rende e da um acabamento de primeira.
Mas sempre tem aquele probleminha. Na hora de escolher a tinta vê uma cor. Quando passa o rolo na parede sempre é uma surpresa. Por sorte a diferença não foi grande e a obra ficou maravilhosa.

Enquanto espero a tinta secar, fico blogando aqui na cozinha e percebo em uma pitangueira ao lado, um bando de "pombão de granja" se deliciando com as pitangas. São mais de dez. Gordos, bonitos, marrons, discretos.
Pombão com arroz é uma delícia. No meu tempo de guri, tinha uma granja de arroz depois da Sanga da Divisa, umas três quadras abaixo de casa. Era esperar a sesta do pai e fugir para caçar pombão. Para comer tinha que ser na casa do Mosquetão, companheiro de caçadas. A mãe do cara fazia um "risoto" de pombão que era uma delícia. 
Inclusive ela tirou uma figueira (não se podia dizer verruga) que eu tinha no canto da boca. Já havíamos tentado de tudo. Bastão de nitrato de prata e o escambau. Nada dava jeito. Um dia ela me disse para ir à sua casa às 7 da noite. 
Me benzeu na estrela. Já era cético desde guri. Ri e fui para casa. No outro dia, quando acordei, passei a lígua e a verruga havia sumido! Fiquei procurando a porra na cama e não acheia mais nada. Mas esse é outro assunto.

Os pombões continuam aqui ao lado. Tentei caçá-los mas as pilhas estavam descarregadas. Não consegui capturá-los. Uma pena!

Pequenas histórias

Ige D'Aquino em Paliano-Itália, observa a casa de seus avós maternos.

Canga, Lengo, Dario....
qdo.sobrares uns minutos nas vossas agendas, poderei-vos dar-lhes uma pequenas olhadas no meu humides
Blougue.
Gratuz,
Ige Lévis Amaísculas.
XOXO

Havia um mendigo muito simpático em Itajubá-MG. Na tentativa de criar
um ar intelectual, falava dessa forma: 
- Ei mocinho! Os senhores não podereis conseguir para esta senhoria uns trocadilho$ para comprares
uns cigarrinhos?

Seu nome era PODEREIS. 
A polícia matou o Podereis!

Fim de tarde na Beira Mar - Foto do Paulo Dutra

FATOX RELEVANTEX

Por Everton Balsimelli Staub*

No dia 17 de novembro de 2010, o Estado de Santa Catarina acordava com as manchetes dos veículos do grupo de comunicação que detêm o monopólio deste ramo no Estado (segundo o Procurador Celso Antônio Três), anunciando que a empresa OSX Brasil S/A havia desistido de implantar um estaleiro no Município de Biguaçú, optando por fazê-lo no Estado do Rio de Janeiro.

Todos os veículos de comunicação do grupo realizaram intensas coberturas em todos os programas, abordando o assunto e cobrindo reuniões da empresa com chefes do Poder Executivo, entrevista coletiva com o alcaide de Biguaçú, redes sociais, blogs e outras mídias sendo infladas com informações sobre a desistência.

Seguiram-se manifestos de contrariedade daqueles que apoiavam o empreendimento e comemorações de alguns que eram contrários.

Esta foi “à notícia” vendida de forma articulada pelos veículos do grupo de comunicação. Os menores veículos por sua vez, reproduziram as informações que recebiam dos grandes, de forma que restou emplacado que a OSX desistia de instalar o estaleiro em Biguaçú.

Passei a analisar o fato de forma crítica e me detive a avaliar o “Fato Relevante” distribuído ao mercado financeiro e concluí que não há na informação distribuída por OSX Brasil S/A qualquer afirmação ou conclusão, sobre a desistência do projeto naval em Biguaçú.

O que existiu sim, foi uma manchete criada com “exclusividade” por jornalista ligada ao citado grupo de comunicação, de que estava sacramentada a desistência. Diante do elemento evidentemente polêmico e da ansiedade social sobre o tema, a imensa maioria considerou a conclusão do grupo de comunicação como “fato consumado” e sequer prestou atenção na origem de toda esta “campanha de anúncio da desistência”, que é o documento anunciado pela OSX Brasil S/A em seu site oficial.

São diversas as conclusões possíveis de serem tiradas, diante da informação oficial da empresa, entre elas:

a)     Que o início das operações de produção da OSX Brasil S/A se dará no Rio de Janeiro, mas este fato não exclui os evidentes planos de expansão da empresa;

b)    Que neste momento, o Rio de Janeiro oferece “sinergias” mais benéficas aos interesses da empresa, uma vez que a empresa necessitar iniciar suas operações, mas como toda empresa, necessita crescer;

Em nenhum momento, sob qualquer interpretação, a OSX Brasil S/A manifestou de forma objetiva que desistia do empreendimento em Biguaçú, quiçá poder-se-ía dizer que o projeto foi postergado, mas jamais abandonado.

Esta conclusão fica robustecida pelo singelo fato que diante de tantas reportagens e entrevistas feitas pela mídia, com políticos e formadores de opinião, em nenhuma delas pudemos escutar com palavras próprias dos dirigentes da OSX Brasil S/A, que estes desistiam do empreendimento. Aliás, diante de fatos tão polêmicos, para evitar mal-entendidos, até mesmo com o mercado financeiro, teria sido mais lógico, que a OSX convocasse uma entrevista coletiva e realizasse o anúncio de forma direta e objetiva, mas a empresa preferiu não se manifestar diretamente com sua palavra perante nenhum meio de comunicação, mas seus articuladores, entre eles alguns políticos, se manifestaram nos meios de comunicação utilizando até pontos de escuta no ouvido, de forma que resta evidente que jamais a empresa desistiu.

Diante destes fatos, existe uma possibilidade, ainda que remota, de que o anúncio de fato relevante, tenha atendido ao objetivo de acalmar investidores, porém os principais objetivos do “anúncio de desistência” repercutido pelo grupo de comunicação, podem ser:

a)     Desativar o movimento contrário a instalação do estaleiro, que diante das notícias, consideraria o assunto como “liquidado”;

b)    Liberar o ICMBIO e a FATMA da pressão social que vem recebendo perante o processo de licenciamento, para que possam se articular sem o intenso monitoramento que vinham recebendo;

c)     Criar perante a opinião pública, com as manchetes do grupo e comunicação, um clima de desconforto, uma espécie de culpabilidade daqueles que eram contrários ao empreendimento naquele local, tentando reverter a crescente repulsa que o empreendimento recebeu da sociedade nos últimos 3 meses;

d)    Criar um “ambiente” favorável para uma “triunfante” retomada do processo de implantação do empreendimento, justamente as vésperas do natal, quando o ICMBIO prometeu entregar o parecer, momento este em que toda a sociedade acaba se recolhendo em seu seio familiar e os movimentos sociais geralmente oferecem pausas de atuação e não teria motivação e articulação para fazer pressão contrária;

e)     Informar a sociedade no futuro, que jamais a OSX Brasil S/A afirmou que desistia do projeto em Biguaçú.

Diante destes raciocínios, o projeto de um estaleiro na Baía Norte de Florianópolis só estará definitivamente sepultado quando a OSX Brasil S/A informar este fato diretamente e objetivamente e sobretudo, quando forem protocolados os pedidos de desistência do licenciamento ambiental junto aos órgãos ambientais competentes.

Para espancar dúvidas ou raciocínios possíveis, urge que o ICMBIO torne público, no prazo mais breve possível, as conclusões do parecer elaborado pelo Grupo de Trabalho criado para avaliar o EIA/RIMA da operação naval em Biguaçú.

*Everton Balsimelli Staub é advogado

L.C. Padilha deixou um novo comentário sobre a sua postagem "FATOX RELEVANTEX":
Parabéns ao Canga Blog pela publicação e ao Dr. Everton Balsimelli Staub pela inpecável análise sobre a famigerada instalação do estaleiro OSX, na Baía dos Golfinhos. Ainda bem que temos cabeças pensantes e críticas e blogs livres para divulgar o que é de interesse da sociedade, não apenas de ganaciosos grupos econômicos. Viva os weblogs. Viva o senso crítico. Salve a Báia dos Golfinhos.
Abr
Luiz Carlos Padilha
Academico de Jornalismo