sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Internete: a nova lavanderia do PT

   A pauta na imprensa nacional neste momento é a fantástica quantia de R$ 1.013.657.26, arrecadada pela internete para pagar a multa imposta pela justiça ao mensaleiro Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
   Em apenas oito dias entrou na caixinha do mensaleiro esse valor extraordinário sem identificação de origem. 
   A notícia da milionária arrecadação é um deboche na cara da população e da justiça. Está claro que vaquinha virtual organizada para arrecadar doações para pagar a multa R$ 466,8 mil do ex-tesoureiro é a mais nova forma de lavar dinheiro de origem suspeita.
   Delúbio foi condenado por corrupção ativa e ficou conhecido como o "mestre das verbas não contabilizadas", popularmente conhecido como Caixa 2. Continua fazendo o que mais sabe fazer: "arrecadar verbas não contabilizadas". 
   É muita cara de pau!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A farra das diárias internacionais da FATMA

"Autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua priobidade ou honorabilidade". 
(Código de ética do Administração Pública)
   
Na foto funcionários da FATMA se exibindo ao lado de um carro BMW,
na sede da empresa na Alemanha. Gean Loureiro, 
presidente da Fatma,
 
é o terceiro, da direita para a esquerda.

   Desde a chegada de Gean Loureiro à Fundação do  Meio Ambiente (FATMA), a entidade se tranformo em uma verdadeira agencia de turismo onde alguns funcionários fazem viagens internacionais às custas do dinheiro público ou pagas por grandes empresas multinacionais com interesses em Santa Catarina e que dependem de aval da FATMA para aqui se instalarem.
   Gean Loureiro é velho conhecido do eleitorado de Florianópolis. Costumaz marketeiro da própria imagem, torra grana abundantemente em out door com a sua fotografia até mesmo em datas comemorativas como dia das mães. Candidato derrotado a prefeito de Florianópolis nas últimas eleições, Gean foi o homem forte da famigerado gestão Dário Berger e esteve envolvido em escândalos como o da Árvore de Natal e da "vinda" do tenor Andrea Bocellia Florianópolis. Agora na FATMA tornou as imoralidades uma rotina conforme notícias publicadas em alguns blogs e jornais independentes. A "grande imprensa", é claro, não noticia este tipo de ilegalidade. Vivem do dinheiro público.

   O jornalista Cesar Valente em seu De Olho na Capital denunciou recentemente a mais nova farra da FATMA:
RANZINZICES
FATMA voa nas asas da BMW

O RISCO AMBIENTAL
Trechinho extraído do RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) preparado pela Environ Brasil Engenharia Ambiental Ltda., para a BMW e protocolado na Fatma em abril do ano passado. O destaque para o potencial poluidor é meu:

“A Resolução n° 03/08 do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA lista as atividades que são consideradas potencialmente causadoras de degradação ambiental, como é o caso da atividade de Fabricação ou Montagem de Veículos Rodoviários. Cada atividade possui um código considerando a sua natureza, o seu porte, bem como o estudo exigido para cada caso. Desta forma, de acordo com a resolução, o empreendimento se insere na seguinte classificação:
– Natureza: 14.30.00 – Fabricação ou montagem de veículos rodoviários, aeroviários e navais, peças e acessórios;
– Potencial Poluidor/Degradador:
Ar: Grande; Água: Grande; Solo: Médio; Geral: Grande;
– Porte: AU > = 1: Grande;

– Estudo exigido: Estudo de Impacto Ambiental.”


   EMPRESA ALEMÃ LEVA TURMA DA FATMA PRA EUROPA
   Queridos leitores e amantíssimas leitoras, tenho boas e más notícias. Primeiro a boa notícia: a comitiva da Fatma que viajou à Europa dia 19 de janeiro e retorna no próximo dia 28, foi convidada pela BMW que, portanto, banca as despesas. Teoricamente não ocorrerá qualquer pagamento de diárias com dinheiro público. Teoricamente, claro.
   E agora a má notícia: a Fatma é o órgão responsável pela análise do impacto ambiental da nova fábrica da BMW em Santa Catarina. Deveria dar-se ao respeito e tentar, pelo menos, manter as aparências. Leia matéria completa aqui.



   Mordomia em Singapura
   Outra imoralidade que rendeu comentários pelos corredores da FATMA foi quando uma turma de escolhidos, membros da diretoria, partiu rumo à Ásia em setembro de 2013. Foram "avaliar um autódromo/empresa" de Cingapura. São eles: Alexandre Simioni - Dir. Proteção de Ecossistemas, Daniel Vinicius Netto - Ger. de Avaliação de Impactos ambientais, Ivana Becker - Dir. Licenciamento, Margit Simon, Paulo Freitas (assessor?) e Rosemari.

Nome do Servidor: ALEXANDRE SIMIONI - ***.640.239-**
DataValorHistórico



17/09/20134.246,88Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.




Nome do Servidor: DANIEL VINICIUS NETTO - ***.085.349-**
DataValorHistórico









17/09/20133.397,50Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.




Nome do Servidor: PAULO ROBERTO FAGUNDES DE FREITAS JUNIOR - ***.842.309-**
DataValorHistórico
17/09/20133.397,50Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.
Total Servidor:3.397,50
Nome do Servidor: IVANA BECKER SALLES - ***.314.889-**
DataValorHistórico



17/09/20134.246,87Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.




Nome do Servidor: MARGIT SIMON - ***.760.630-**
DataValorHistórico
17/09/20133.397,50Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.
Total Servidor:3.397,50
Nome do Servidor: ROSEMARI BONA - ***.862.799-**
DataValorHistórico
17/09/20133.397,50Pagamento de 7,5 diarias para realizar visita tecnica para em Singapura no periodo de 19 a 26/09.
Total Servidor:3.397,50

   Segundo Bruno Oliveira, assessor de Gean Loureiro e presente na viagem à Alemanha, as despesas deste tipo de viagem são pagas pelas empresas depois.
   Ou seja, empreendedores compram a diretoria da FATMA com viagens e o Estado ainda paga diárias. Depois eles saem todos do órgão e levam as "expertises" para outros lugares. 

O marketing do Gean
 O presidente da FATMA, Gean Loureiro, não economiza quando se trata de emular sua imagem. Campeão da propaganda própria, Gean Loureiro distribui um folder no Ticen, no final de 2013, onde mostrava suas ações frente à FATMA. O resultado das mentiras de Gean todos nós assistimos nesta temporada de verão: praias poluídas e esgoto por toda a parte.
   O folder de Gean gerou uma reação de funcionários da FATMA que em uma carta aberta à população onde denunciam as mas condições o órgão:

   A VERDADEIRA REVOLUÇÃO DA FATMA
   Os servidores da FATMA – Fundação Estadual do Meio Ambiente vêm solicitar sua atenção para os problemas expostos abaixo, que tem engessado o trabalho técnico, impedido o bom andamento dos serviços de licenciamento ambiental e desvirtuado a missão de gestão das Unidades de Conservação Setenta e oito por cento (78%) dos servidores de nível superior que entraram na FATMA por meio dos dois últimos concursos públicos realizados já deixaram o órgão. Esta alta rotatividade, causada principalmente pela remuneração recebida pelos servidores (incompatível com o mercado de trabalho e muito menor do que a recebida em outros órgãos do estado), atrasa os processos de licenciamento e o bom andamento da fiscalização e de atividades de educação e preservação ambiental.
   Ademais, a gestão atual nega-se a convocar os profissionais aprovados no último concurso (de 2012), que reporiam alguns dos servidores perdidos nos últimos anos. A estratégia que a presidência da FATMA vem utilizando é a realização de convênios com Sindicatos de cunho privado como o SindiCarnes e o SINPESC – Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose de Santa Catarina, contratando funcionários terceirizados para elaborar pareceres técnicos para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras e autorizações de corte de vegetação. Estas são funções exclusivas de servidores públicos, dada a necessidade de neutralidade na avaliação dos projetos.
   Com relação às Unidades de Conservação, estas se encontram abandonadas, com poucos ou nenhum servidor, sem fiscalização, recepcionista ou segurança contínua, com a atual Diretoria acelerando um processo de terceirização de suas atividades. Um caso emblemático é o camping do Rio Vermelho, recentemente inaugurado, mas que ainda não conta com seguranças e recepcionista.
    A Coordenadoria Regional de Jaraguá do Sul, cuja criação foi amplamente divulgada pela presidência da FATMA, não conta com nenhum técnico próprio, apenas servidores de outras regionais deslocados, não havendo qualquer melhoria efetiva à agilização de processos.
    Os carros utilizados pelos servidores para suas vistorias em campo encontram-se em sua imensa maioria em péssimas condições, sem manutenção preventiva ou seguro. Os motoristas da fundação sequer recebem adicional de risco de vida, no valor de R$ 180,00. Isso é só um exemplo do sucateamento que a instituição vem sofrendo. Soma-se a isso a notícia intempestiva de que servidores da sede serão removidos de seu prédio, dividindo-se fisicamente diretorias que necessitam atuar.   As alterações no licenciamento, que criam a modalidade de LAC – Licença Ambiental por Compromisso, aprovadas na última quarta-feira, dia 18/12 e divulgadas como uma panacéia à burocracia do licenciamento, não foram discutidas com os servidores e servem unicamente para esconder os reais problemas da instituição, sendo o principal a falta de técnicos. A promessa de que as licenças sairão automaticamente via internet, bastando a declaração do cumprimento de condicionantes e o protocolo virtual de documentos, com um número reduzidíssimo de servidores para fiscalização conforme preconiza esta lei, fere o princípio básico da legislação ambiental brasileira, que é o princípio da precaução.
   No dia 09/12, fomos surpreendidos com o projeto “FATMA sem papel”. A notícia de que a FATMA não aceitaria mais protocolos em papel surpreendeu tanto a sociedade quanto os servidores.
   Não há qualquer sistema informatizado que comporte este tipo de ação na FATMA. Não foi realizado nenhum treinamento com a grande maioria dos funcionários e o SinFAT, sistema atual de licenciamento, seguidamente encontra-se fora de funcionamento. Os servidores são a favor da digitalização de processos, contudo, isto deve ser feito com um mínimo de planejamento, e não como manobra de promoção pessoal de gestores. O tempo de protocolo, segundo informações das coordenadorias regionais, aumentou consideravelmente após a implantação da FATMA sem papel.
   O Selo Verde, que deveria premiar empresas de boas ações ambientais, é mais um programa de fachada na FATMA, sem critérios de melhorias ambientais, sem servidores ou equipe responsável.
   Ou seja, o quadro atual da política ambiental catarinense é um desrespeito tanto aos servidores da FATMA quando à sociedade em geral, que recebem muita propaganda e poucos resultados verdadeiros. Por isso, os servidores da FATMA iniciarão 2014 mobilizados, exigindo melhores
condições de trabalho e o respeito à sociedade catarinense.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Da série: Os Bandidos no Poder

ALOPRADO EM FESTA

O PT como se sabe é pródigo em escândalos durante campanhas eleitorais. Nos últimos anos, esteve no centro de alguns episódios rumorosos às vésperas de eleições. Num deles, que entrou para a história da crônica policial como o escândalo dos aloprados, um grupo de petistas foi pilhado tentando comprar um dossiê com falsas acusações contra o tucano José Serra, então adversário do partido na disputa pelo governo de São Paulo. Graças a um trabalho de inteligência da polícia, realizado sob sigilo, os companheiros envolvidos na trama foram pegos em plena ação, portando 1.7 milhão de reais de origem duvidosa que seriam usados para pagar o papelório fajuto. O plano era usar o material para desqualificar o candidato rival. Nas últimas eleições presidenciais, em 2010, mais um flagrante: no coração da campanha de Dilma Rousseff, petistas montaram um grupo de espionagem cuja missão era, de novo, escarafunchar a vida dos adversários. O bunker do grupo, financiado por um empresário amigo que recebia verbas do governo federal, era uma casa no Lago Sul de Brasília onde também funcionava a coordenação da então candidata petista. Para aloprados envolvidos em tramas como essas, o fator surpresa de uma eventual ação das autoridades incumbidas de zelar pelo jogo limpo nas eleições é um perigo. Mas, ao menos por ora, eles têm motivo para comemorar. (Veja)

sábado, 25 de janeiro de 2014

A Ética das Alianças

   Por Jaison Barreto

Não quebramos o BESC, não roubamos a CELESC, não desmontamos a CASAN, não derrubamos as ESCOLAS, não desmantelamos os HOSPITAIS, não emitimos LETRAS, e não deixamos nenhuma historia de corrupção ou tráfico de influencia.

   Muitos anos atrás, quando da discussão entre Parlamentarismo e Presidencialismo, nós organizamos uma reunião com participação popular aquí nas areias de Balneário Camboriú, o que chamam de comício.
   Estavam presentes José Genuíno, Jorge Borhausen, Konder Reis, Roberto Freire, Jaison Barreto e tantos outros defendendo um modelo de governo mais aberto, mais moderno, mais plural, mais eficiente, adotado pelo mundo civilizado, diferente desse presidencialismo imperial, sujeito a chuvas e trovoadas, distorções, personalismos populismos baratos e a todo esse universo que infelicita povos subdesenvolvidos.
   Alguém pouco informado ou apaixonado não pode tentar mudar o conceito ético dessas propostas e desse tipo de aliança. Ela é eticamente respeitável.
   Eu, por exemplo, participei depois da Aliança Social Trabalhista (AST - 1985). Fui um dos artífices. Tinha propostas claras, definidas, escritos compromissos de governo. Pouco importam os personagens, que eu não preciso esconder.
   O que nós defendíamos na época?
   Uma estrutura na época em defesa da classe trabalhadora destroçada pelo regime autoritário.
   Nós tínhamos Secretária de Indústria e Comércio.
   Criamos uma Secretaria do Trabalho, e lá colocamos um comunista, Sérgio Uliano pra ajudar a reestruturar os instrumentos de luta da classe trabalhadora catarinenses.
   Uma visão diferente da concepção de saúde pública, com o pessoal mais preparado e mais idealista que tinham no Estado.
   Conseguimos nomear Violantino Rodrigues. Um médico sanitarista.
   Saneamento básico, saúde pública preventiva, que possibilitaria uma visão da saúde distinta, diferente da de hoje, mercantilista, sob suspeição, com todas as distorções que 30 anos depois ainda exigem, a presença de “MAIS MÉDICOS” e todo esse populismo safado que não ajuda organizar um sistema médico verdadeiro, para grande maioria da população.
   A Constituinte de 1988 previu, esse magnífico programa SUS, hoje mal administrado e à serviço da demagogia e do populismo eleitoreiro.
   Muito mais, aquele acordo, aquela aliança, trazia dentro do seu cerne um modelo educacional que até hoje andam à procura, baseado no programa do Brizola, CIEPS escola de tempo integral, liberdade e valorização dos professores.   Muito mais, eleição dos diretores das escolas, para junto com a comunidade ter a responsabilidade sobre o que pregavam mas também praticavam.
   Isso tudo ainda hoje é uma conquista que nós não conseguimos 30 anos depois, uma conquista imaginada, sonhada por Paulo Freire, por Anísio Teixeira, e por essa figura admirável de Darci Ribeiro.
   Isso estava no nosso programa e no nosso compromisso.
   Na nossa visão elegeríamos também um Prefeito com padrão ético, moral, preparado, um Deputado Estadual do PTB, Evelásio Caon, cassado pelo autoritarismo.
   Era um programa sério, baseado e ancorado em compromissos.
   Essa a aliança que defendíamos eticamente, pouco importa se os desinformados e os de má-fé, personalizem e tentem descaracteriza-la.
   Inviabilizada a Aliança, não sobrou pensão vitalícia pra nenhum malandro, não sobrou nenhum escândalo que manchasse a honra de ninguém.
   Voltamos todos pros nossos discursos, para as nossas formas de pensar e não temos do que nos envergonhar delas. Não quebramos o BESC, não roubamos a CELESC, não desmontamos a CASAN, não derrubamos as ESCOLAS, não desmantelamos os HOSPITAIS, não emitimos LETRAS, e não deixamos nenhuma historia de corrupção ou tráfico de influencia.
   Esta inserção na internet, sujeita a chuvas e trovoadas, obriga àqueles que ainda pensam no interesse público à assisti-lo, pra mostrar as coisas erradas e equivocadas que faz muita gente nesse país pensar sobre o seu comportamento no passado.
   Leiam, ouçam, cliquem e façam o seu julgamento.
   É assim que nos vamos melhorar o país, conhecendo a sua verdadeira historia.

Saudações Democráticas

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Leitor denuncia favorecimento


      Boa tarde Canga. 
   Envio um flagrante de desrespeito com a sinalização de trânsito, no Taiko, do Iguatemi. Há um vallet com uma placa de permitido estacionar em frente a uma placa oficial de proibido. 
   Curioso que a PM rotineiramente multa todos os carros estacionados na frente do shopping, com exceção dos estacionados no Taiko. Inclusive foi feita denúncia à PM, sem efeitos. 
   Será conivência?

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Os manés, nossa história e a arquitetura...


   Por Marcos Bayer
   Dia destes, assistia ao canal de TV exibindo programa sobre as cidades europeias. E aí, não sei por que, imediatamente dividi meu cérebro em duas partes: uma assistia ao programa e a outra revia Desterro até Florianópolis, com imaginação e imagens reais que a memória permitia.
   E aí então compreendi que mesmo sendo uma ilha de imigrantes açorianos, gregos, libaneses, alemães, italianos e outras etnias, estamos fadados aos alvarás de demolição.
   O Coliseu, em Roma, se aqui fosse já teria sido demolido para dar lugar a um estádio de futebol. A Torre de Pisa já teria sido escorada de um lado e guinchada por cabos de aço no outro, na tentativa de verticaliza-la novamente. Os laranjais de Sevilha, cuja sombra e aroma embelezam a Andaluzia, já teriam sido substituídos por pequenos prédios como aconteceu na Trindade com sua Festa da Laranja. As palmeiras tropicais foram transportadas para a Europa a fim de adornar cidades nas bordas mediterrâneas. Aqui, o pau-brasil foi ceifado até a inexistência. Cemitérios ingleses e catacumbas italianas, aqui teriam sido, como foram, transformados em terrenos abandonados como a cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz.
   Petiscos como calamari, azeitonas e doces gregos, tapas e tortilhas espanholas, patês de foie gras e rins ensopados aqui se transformaram em anchovas na chapa, vendidas como grelhadas, cujo azeite é uma emulsão estimuladora do vômito, a cem reais o par, como estão à disposição no Pântano do Sul. Ruas de paralelepípedo que legitimavam a praça XV, o Palácio Cruz e Souza e outras construções, foram asfaltadas sobre o argumento de que a trepidação prejudicaria as construções. Azulejos artesanais pintados à mão como na Galícia, em Valência ou Óbidos em Portugal, aqui foram transformados no Porcelanato 60X60 cm vendidos nas melhores casas comerciais. A rica e miscelânea área comercial da Rua Conselheiro Mafra, o Mercado Público e adjacências, foram substituídos por lojas de produtos de gosto e preço duvidosos.
   Salvamos a sede do Corpo de Bombeiros, a sede do Comando Militar, a Igreja e o Orfanato e alguns casarios da Praça Getúlio Vargas. Inúmeras residências nas principais avenidas como Trompowsky, Rio Branco, Mauro Ramos e Hercílio Luz deram lugar aos prédios retos de janelas quadradas numa arquitetura próxima do sufocante. Faltou Gaudi ou Calatrava. Ou Niemeyer quando integrava a curva à reta. Carros de mola puxados por cavalos estacionados na praça XV, como no Central Park de Nova York ou no Ringstrasse de Viena, de valor turístico apreciável, aqui deram espaço aos táxis brancos cujas placas pertencem aos vereadores.
   E assim, poderíamos passar a noite fazendo paralelos entre o azul, limpo e transparente Mar Mediterrâneo e nossas belíssimas praias pigmentadas por coliformes fecais.
   Nossas ostras são oxigenadas pelas águas das baías cuja pureza só a Fatma pode atestar. Então, sob o comando político de manés iletrados com curso superior em Organização & Métodos, planejamentos intermináveis e reuniões inconsequentes vamos perdendo os músicos que poderiam tocar pelas ruas, o Boi de Mamão, as festas populares e religiosas substituídas pelos beach clubs de Jurerê onde os marombados e as Marybundas tentam impor um novo padrão cultural. No extremo sul da Ilha, para demonstrar que a crítica não é dirigida, temos a Praia dos Açores, cujas ruas lajotadas assemelham-se às de Bagda, depois da ofensiva norte-americana.
   O Prefeito vai à Disney, em férias, para mostrar aos seus a Minnie e o Mickey. Paga R$ 4,6 milhões de reais pela festa e a transmissão dos fogos que se queimam em vinte minutos de espetáculo inigualável em todo o planeta. Florianópolis é a única cidade no planeta que festeja o Ano Novo de forma pirotécnica. Haja originalidade! Os músicos locais que tocaram na Fenaostra ainda não haviam recebido seus créditos junto ao Município. Aliás, a Fenaostra deveria ser comemorada nos diversos restaurantes do Ribeirão da Ilha e num espaço mais apropriado do que aquele Centro de Convenções, enclausurado na Baía Sul, onde nem o por do sol se pode apreciar. Esqueceram-se das janelas num rasgo de arquitetura cósmica.
   Não sabemos quais os maiores devedores do IPTU, nem da quadrilha que fraudava quitações tributárias na Prefeitura Municipal e, no entanto, houve um aumento considerável do Imposto Territorial e Predial Urbano.
   Votou-se um plano diretor cujos anexos até hoje estão desanexados. Nesta balburdia, os principais responsáveis tratam-se respeitosamente pela alcunha de Vossa Excelência.
   A Ilha, tristemente, afasta-se da excelência que já experimentou, para um momento de conurbação, onde as autoridades políticas serão conhecidas pelo vulgo.

Esta tem sido a nossa sina...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

OS "JOVENS" E OS “EVENTOS”



Leio na Folha de São Paulo:
ASSOCIAÇÃO DE LOJISTAS RELATA PREJUÍZOS E MEDO DE CONSUMIDORES COMEVENTOS 
   
Alshop quer que o governo se reúna com líderes e negocie o fim dos eventos, que já ocorrem em todo o país.

   Como os eventos deixaram as fronteiras de São Paulo, a associação teme o aumento dos prejuízos. Os centros de compras têm optado por fechar as portas para impedir a realização dos "rolezinhos".
   Na avaliação da associação, os eventos também levam insegurança e perturbam os consumidores.
   Os jovens que promovem os eventos pelas redes sociais dizem que só querem se divertir, dançar, namorar e passear dentro das instalações.
   "Vamos entrar em contato com a Presidência [da República] para tentar uma reunião. A Dilma [Rousseff], que chamou as lideranças das manifestações do ano passado, tem de chamar as lideranças desses eventos também", diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.
   Após ação policial em um "rolezinho" no shopping Metrô Itaquera, no começo do mês, com bombas de gás e balas de borracha, movimentos sociais como o dos sem-teto passaram a apoiar e a promoverem também eventos dentro de centros de compra.


   Em apenas uma reportagem, o jornal repete sete vezes a palavra eventos. A rigor, está correta. Evento é algo que acontece, tanto um comício como um jogo de futebol. A própria Folha organiza eventos em seu teatro no shopping Higienópolis. Mas o que está acontecendo, antes de ser evento, é baderna, invasão de um espaço público.
   Não sei se o leitor notou, mas quando a polícia sobe o morro em busca de drogas ou traficantes, os jornais não dizem em suas manchetes que a polícia busca drogas ou traficantes. Mas que a polícia invadiu a favela. Como invadiu? Favela – perdão, comunidade – é por acaso território estrangeiro, área diplomática, onde a polícia nacional não pode entrar? A polícia está exercendo seu dever de combater o crime, nada mais que isso. No entanto, pelo jornais, a polícia invade.
   Diga-se o mesmo das invasões do MST. Não são invasões. São ocupações. Invasão é palavra feia, até parece crime. Ocupação soa melhor. Soa até como um direito.
   A própria palavra rolezinho é safada. O diminutivo dáá a aparência de algo banal, inocente, quase simpático. Ninguém promove uma baderna, principalmente os baderneiros. Dar um role foi expressão que significava dar um giro, um passeio. De rolê a rolezinho foi um passo.
   Mas parece que a palavrinha que já se desgastou. Melhor eventos. E quem são os responsáveis pelos “eventos”? Os “jovens”, é claro. Você não vai chamar um jovem de invasor ou baderneiro. Jovem não faz isso. Invasão e baderna são palavras mais adequadas a adultos. Nem nisto a imprensa nossa é original. Na França, não são os árabes que queimam carros. Mas “les jeunes”.
   O ataque a shoppings era previsível. É o local ideal para destilar o ressentimento das periferias. Criou-se a imagem de templos de consumo, como se consumo fosse pecado ou crime, ainda mais em um governo que facilita o crédito para que até mesmo os “excluídos” – outro eufemismo dos bons - tenham carro próprio.
   De cambulhada, ressuscitou uma palavrinha já soterrada, pela história. "Alerta, alerta, alerta à burguesia. Ou deixa o rolezinho ou vai ter ato todo dia". "Ei, burguês, a culpa é de vocês". Nos estertores do século passado, os petistas ainda cantavam:

Ai, quem diria? Ai, quem diria?
O proletário derrotando a burguesia.
A burguesia fede
fede
fede


   Mais um pouco e chegamos no século passado.
   Tampouco a idéia de hostilizar shoppings é nova. Talvez ninguém mais lembre, mas nasceu em São Paulo. O “evento” ocorreu em 2011, quando os “jovens” promoveram uma churrascada frente ao shopping Higienópolis. Higienópolis – ou Idischienópolis, como preferem certas línguas – é um dos bons bairros para se viver em São Paulo. Há quem diga que é o melhor. Não é exatamente meu bairro ideal. Arquitetura vertical me desagrada, achata muito o ser humano. Prefiro aquelas cidades baixas, tipo Paris, Madri ou Lisboa. Mas não me queixo do pedaço. Tem cerca de 35 mil habitantes, é relativamente calmo e oferece pelo menos uma meia centena de restaurantes abordáveis.
   A quinze minutos a pé de onde moro, há uma praça agradável, a Vilaboim, onde geralmente costumo almoçar. Em apenas uma quadra, tem uns dez ou mais restaurantes com cozinha para todos os paladares: francesa, japonesa, alemã, italiana, árabe, mexicana, brasileira e tem também uma coisa ianque que serve sanduíches tão ao gosto de quem gosta de comer mal. É o que em Paris se chamaria de village, uma espécie de ilha nesta cidade desvairada.
   Surgiu naqueles dias uma polêmica que assumiu dimensões nacionais. Pretende-se – ou se pretendia – criar uma estação de metrô na avenida Angélica, principal artéria do bairro. Um grupo de higienopolitanos fez um manifesto contra a estação. O governo recuou e a transferiu para mais adiante. Por que não se quer uma estação de metrô no bairro? Porque bocas de metrô atraem camelôs, mendigos e mesmo assaltantes.
   Há dois metrôs a uns 500 metros de distância de onde moro. Um deles, o Santa Cecília, até poucos anos atrás, era um pátio de milagres, com dezenas de mendigos atirados na calçada, fedendo a urina e fezes. Impediam até mesmo a limpeza da praça. Quando chegavam os carros da Prefeitura, defensores dos tais de direitos humanos é o que não faltava para se jogar na frente das mangueiras de água e impedir a limpeza.
   Na ocasião, cheguei a protestar junto a Prefeitura. O alcaide era o Maluf. Recebi minha carta de volta, com mais de uma dezena de pareceres e carimbos de diversas repartições e a conclusão final: que qualquer solução era inviável. A Prefeitura acabou encontrando um remendo, entregou o espaço aos camelôs. Que fizeram o que a polícia não conseguiu: expulsaram os molambentos do pedaço. Mas tomaram conta da praça. Quanto ao cidadão que paga honestamente IPTU, este foi expulso do largo.
   Alguns palhaços planejaram um churrasco de protesto em frente ao shopping Higienópolis, que depois teria sido transferido para a praça Vilaboim. (Sempre em lugares agradáveis, onde quem trabalha e ganha honestamente seu sustento vai espairecer). A baderna ocorreu finalmente frente ao shopping, interditando a avenida Higienópolis. A alegação era que os residentes do bairro não queriam pessoas pobres por perto. No fundo, petistas que queriam desgastar o governo estadual.
   Eram as viúvas do Kremlin que queriam ressuscitar em meu bairro a finada luta de classes. Prova disto foi a declaração do cacique do partido. Disse Lula na ocasião: “Eu acho um absurdo, porque isso demonstra um preconceito enorme contra o povo que anda de transporte coletivo neste País”. O petista acusou os moradores que protestaram contra o metrô de tentar impedir a circulação de pobres no bairro de alto padrão. “Sinceramente, não posso conceber que uma pessoa que estudou e tem posses seja tão preconceituosa e queira evitar que as pessoas mais humildes possam transitar no bairro onde mora”.
   Como se algum dia, algum pobre, negro ou mendigo fossem proibidos de circular no bairro. O PT é exímio em criar argumentos inexistentes para melhor atacá-los.
Leia artigo completo. Beba na fonte.

Comentário: Cristiano Olderground23 janeiro, 2014 10:46
Quando o povo protesta, os defensores da antiga ideia do "eu que pago meus impostos não tenho esse direito" tomam conta e destilam seu ódio contra qualquer ameaça à ordem, como se neste mundo de tantas injustiças vivêssemos realmente no paraíso da ordem. Ora, o mundo está um verddeiro caos, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e o que as pessoas que se importam e fazem ao sairem na rua pra protestar é exatamente para mudar essa desordem geral que se instalou por culpa da lógica do capital e do consumo, a melhor tática de lavagem cerebral já praticada. Por que os honestos pagadores de impostos, coitadinhos, não votam decentemente, então? Por que não saem às ruas também? "Ah, não, não vamos sair do nosso ar-condicionado, do nosso sagrado emprego porque temos que trabalhar!" Opinião é opinião e a minha é de que a argumentação desse texto do Janer Cristaldo foi, no mínimo, horrorosa e cheia de raiva. Um asco!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Na patranha e na patrola se faz um Plano Diretor


   Por Eduardo Guerini
   Fazendo uma planta baixa por geoprocessamento da Capital
 dos Catarinenses em seu
 multiprocessador político.

   Por muito tempo se falou em gestão popular das cidades, especialmente, no período de transição democrática. Em algum território desse país continental, temos algumas experiências exitosas - poucas, exemplos que poderiam nos levar para uma nova forma de fazer política, naquele enredo de meio-termo, uma gestão técnica para explicitar as necessidades instrumentais (ou meios), para se atingir determinado objetivo projetado-planejado, a tal da gestão política.
   Nossa memória política contudo nos trai - seja pelo esquecimento, seja pelas cortinas de fumaça que são lançadas por alguma imagem bela e paradisíaca, nesta vã consciência que se faz com experiências sensoriais e materiais.
   Na campanha eleitoral de 2012, a mensagem de mudanças na forma centralizada e corrompida da gestão municipal , varreu do mapa político, figuras que não atendiam mais os interesses da maioria. A campanha usou da linguagem subliminar da mudança necessária, da ideia de se ordenar e planejar o futuro de uma cidade-ilha e Capital de Estado decadente. Assim, o discurso da mudança foi vitorioso, todos os florianopolitanos sonharam com a esperançosa transformação de seu território existencial.
   Na base do pragmatismo e oportunismo de ocasião, basta cooptar um comunista de botequim, dar-lhe algum título e colocar outro para viajar. Deixe a oposição falando aos cântaros, alguns manifestantes aparecerão. Porém, nada melhor que ter o apoio sintomático da maioria - com acordos nada transparentes.
   No festejado Réveillon das Luzes, uma nebulosa cortina de fumaça encobriu a visão de nossos cúmplices munícipes extasiados pelo barulho e brilho dos fogos de artifícios, e, transformou a gestão municipal que pregava a mudança em gestão obscura de transações inexplicáveis.
   Na patranha se autorizou um aumento desmedido para o IPTU e ITBI, desproporcional em termos nominais e reais, na patrola se aprovou um Plano Diretor, e, nesse ensaio de cegueira política com tepidez cidadã, alguém tem dúvida que os vencedores estão brindando os novos empreendimentos que tocarão as nuvens na Ilha da Magia?

CIVILIZAÇÕES


   Por Emanuel Medeiros Viera

   “Civilizações feneceram e isso me consterna. Incas, Maias, Assírios, Fenícios, Babilônios, Gregos. Não os conheci. Não os conheço (...) Que insuspeitas relações tiveram? (...) A arte são marcas de passagens. (...) Não sei porque escrevo, menos ainda o que isso possa significar.” (...)

(Herculano Farias)

   “Nada sabemos, a não ser que há uma noite/pura e vazia à nossa espera. Uma noite intocável/além do fogo e do gelo, e de qualquer esperança.”
(Ledo Ivo)


   E continuamos a cada dia. Tentando celebrar os momentos- encantamentos. Sim: há soberba, cobiça, pessoas que se acham insubstituíveis, celebridades vãs. E depressa desaparecerão. Mas continuamos.
   Há fé (às vezes). Há sombras, pó, e esperança.
   “Estás sendo pessimista”, adverte uma voz interior. Basta olhar o mundo ao redor. Nada de novo. É preciso manter o circo. Sempre. O cantor famoso “passou”, espremido como laranja. Criam-se outros. Como a loira gostosa no anúncio de cerveja. A insinuação subliminar dos espertos publicitários: “tome essa cerveja e terás a loira”.
   E há os marqueteiros. Ganhando rios de dinheiro, estabeleceram o reino da mentira virtual. “Mas as ditaduras acabaram na América a Latina”, alguém lembra. E o que veio depois? Desagregação (traição, deslumbramento) de muitos sonhos e dos maiores valores. E as revoluções implantadas viraram sistemas totalitários. Não?
   E criamos todos os dias. Será a arte que nos salvará?   “Inventamos” uma realidade. Não a revelamos. E continuamos. Parece que já existem mais escritores que leitores. Toneladas de opiniões (nos jornais, no mundo virtual) não saciam. Pois a incompletude é a nossa sagrada e irreversível marca. Como em tantos momentos, talvez saibamos mais o que não queremos do que aquilo que queremos.
   A cura é a morte do desejo? Civilizações morreram.
   Ando por Pompéia, está frio, e penso em todos que por aqui andaram, em todos os pés que aqui pisaram.
   Penso o mesmo no Pelourinho – “ouvindo” o gemido dos escravos. Mas a agitação dos turistas com suas máquinas fotográficas e celulares, é mais forte do que as minhas reflexões. E meninos cheiram crack e assaltam.
   O desejo é registrar tudo. Tudo. Mas somos meros fragmentos de outros fragmentos.
   Há mais motivos para beber do que para não beber – eu sei.
   Mas-ainda mais moralista na maturidade – creio que é melhor não beber. Sim: pela vida (perdoem o lugar-comum.).    Mas tal opção é absolutamente subjetiva, e prefiro ouvir um Canto Gregoriano nesta capelinha do que os berros e gritos em um culto, garantindo que Cristo voltará (e se deres mais dinheiro, ele chegará mais rápido).
   É outra manhã. Sim, sonhávamos refundar o mundo, e a alegria não-napoleônica de uma criança mexendo numa máquina de escrever-estranhando-, e um pássaro cantando é maior que isso. Mas, é claro, também passaremos e bem mais rápido que as civilizações. Mas-mal rompendo a aurora-estarás aqui de novo, seguindo o ofício, não buscando álibis. E continuarás, até o dia em que escutarás um assobio e irás-sereno-atravessar a ponte.

(Brasília, janeiro de 2014)

   Comentário:
   Foi um redobrado prazer relembrar a figura do Emanuel Medeiros Vieira através do seu texto.
   Eu o conheci há muitos e muitos anos atrás, antes de vê-lo partir para Brasília.
   Inteligente, sensível, profundo, politizado, educado, sempre o vi como um ser humano admirável.
    Parabéns Canga, pela escolha do belo texto e pela lembrança do velho amigo.

Saudações,
Jaison Barreto.

A queda livre

Colombo é o sétimo da esquerda para a esquerda
  Por William Ear Long*

   O voo 550 da companhia US AIRWAYS decolou do Alabama Local Airport em direção a New York onde a comitiva catarinense faria a conexão para São Paulo/Florianópolis.
   O alarme SKYFALL, peça ultra sensível para funcionar em conjunto com o Radar da Rain Drops Keep Falling on My Head, veio no avião. Devido ao tamanho, não coube no compartimento acima dos passageiros, foi alojado num dos banheiros da aeronave.
   Em pleno voo, na altura de Carolina do Norte, um vazamento na torneira do dito banheiro fez disparar o alarme... OIN OIN OIN OINNNNNNNNN...
   Um barulho ensurdecedor. Os passageiros entram em pânico. O piloto começa a perceber a gravidade da situação.
   Romildo Titon olha pela sua janela, vê o mar e pensa nas suas relações com as águas...
   Os jornalistas convidados, finalmente, teriam uma matéria para publicar. Os técnicos da Defesa Civil compreenderam a gravidade do problema: Quando o alarme disparar, como será lá em Lontras, todos vão perceber... Mas, o acidente será inevitável. As águas das chuvas descerão o Vale do Rio Itajaí e causarão os estragos de sempre. As pessoas deixarão suas casas, sem saber, ainda, para onde ir... Nem o que fazer com seus pertences.
   Colombo pensou: Vinhas tão bem...
   Então, ao se aproximaram do JFK Airport em New York, o piloto preferiu amerissar (descer no mar) ao arriscar um pouso com o avião praticamente inundado pelo vazamento da torneira.
   Foi então que uma aeromoça norte americana exclamou: 
- Flying with cowboys is always dangerous. (Voar com vaqueiros é sempre perigoso).

* Jornalista desempregado do New York Times e free lancer mundial, faz a cobertura para a SECOM do governo estadual com recursos do PACTO da DILMA por Santa Catarina).

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Lontras- Alabama Connection

Chupada do blog do Tio César "De Olho na Capital"
Foto James Tovarish/Secom 
  Revelado hoje o real motivo da viagem do Colombo a América: 
   A aquisição do super-radar (Rain Drops Keep Falling on My Head) e do alarme (SKY FALL) que funcionarão como a maior arma contra as cheias do Vale do Rio Itajaí.
   O equipamento será colocado sobre uma base de concreto (vide fotos) equivalente à altura de um prédio de oito andares e monitorará a queda das águas do céu. Atingindo um determinado índice pluviométrico, o alarme dispara: oooooonnnnnn   ooooonnnnnn... Então a população sabe que tem que carcá (verbo usado para saídas repentinas de lugares perigosos)...
   Não se sabe, ainda, para onde irá a população. Estudos desenvolvidos pela equipe da Defesa Civil e da Secretaria das Chuvas (vinculada a SDR de Rio do Sul) com apoio do Bira (na Miami Rain University) confirmam que a população voltará para suas propriedades. Falta apenas definir o local de passagem enquanto as águas não descem. O Pavilhão da Oktoberfest, em Blumenau, é uma alternativa. Outra possibilidade, os apartamentos vazios de Itapema, visto que as cheias ocorrem depois do verão.
   O radar segue por mar, em navio especial, e aporta em Itajaí em Fevereiro de 2014. Está em construção no estado do Alabama, aqui nos EEUU.
   O alarme, peça ultra-sensível, irá por avião, com a comitiva governamental. Ambos serão instalados em Lontras, aí em Santa Catarina.
    O presidente fábrica do radar, Doctor Wet Coat (tradução=Dr. Paletó Molhado) oferecerá um jantar para a comitiva governamental, para os jornalistas da RTS TV, os jornalistas do ALABAMA TELEGRAPH NEWS e diretores, jornalistas e familiares do Cangablog que é o responsável pelo cyber-difusão das matérias na América Latina.
   O Doctor Wet Coat foi vítima das enchentes do Rio Mississipi em 1922 quando ficou uma semana, ilhado numa caixa de madeira, descendo o rio com a força das águas. Deste trauma, nasceu a ideia da criação do radar Rain Drops Keep Falling on My Head.
   Doctor Wet Coat é especialista em equipamentos de monitoramento de ciclones, tufões e enchentes. Ganhou o prêmio FLOOD CONTROL da National Rain Falls. Dizem que ele é o espírito de Noé, aquele da Arca.

*Matéria conjunta de William Ear Long/Cangablog e Odacir Beira/RST TV. 

CAVACOS DO OFÍCIO


   Por Janer Cristaldo

   Um amigo me pergunta sobre o que seria necessário para ser um bom jornalista. Em verdade, nunca pensei no assunto e minha resposta é mais ou menos aleatória. Enumero então alguns quesitos que me parecem fundamentais, sem pretender que sejam definitivos.
   O jornalista deve ter uma qualidade que deveria ser inerente a todo ser humano. Jornalista que vende sua capacitação para ideologias ou partidos não passa de um venal. Conheço não poucos colegas que, em épocas de eleição, aproveitam para faturar alto. Prestam assessorias a partidos. Quem presta assessoria a um partido, seja lá qual partido for, é pessoa que vendeu sua independência e só escreve o que patrão manda. Ser chapa branca não é crime. Mas nada tem de ético. O jornalista chapa-branca – aquele que vende seu talento para o poder ou para partidos – sempre empunha o famoso argumento do leite das criancinhas. Não convence. A meu ver, uma vez que optou pela prostituição, deveria ser sumariamente excluído, e para sempre, das redações de jornal. Existe aliás uma tese de que a um jornalista não deveria ser permitido votar. É de se pensar no assunto.
   Ora, direis, jornalista sempre tem patrão. De fato. Mas quando o dono de um jornal exige que seus redatores escrevam em franca oposição aos fatos, esse jornal não vai longe. Pode manter-se em ditaduras, onde os jornais são financiados pelo Estado. Em regime democrático, esse jornal morre. Neste sentido, a primeira qualidade de um jornalista deveria ser a mesma de todo cidadão decente: honestidade.
   Dito isto, vamos a algumas qualificações específicas. Neste nosso mundinho globalizado, jornalista que não dominar pelo menos três línguas além da própria, nem deveria candidatar-se ao ofício. No caso do Brasil, considero o conhecimento do espanhol obrigatório. Do inglês, imprescindível. E do francês, muito oportuno. Conhecessem os jornalistas um mínimo de francês, não escreveriam bobagens com “um affaire” ou “um fondue”. Nem traduziriam – como invariavelmente traduzem – l’Arche de la Défense como o Arco de la Défense. Cada língua que dominamos é uma janela aberta para o mundo. Quanto mais janelas, melhor se vê.
   Jornalista que hoje conhecer o russo, árabe ou chinês, está muito bem qualificado para entender política internacional.   O Brasil jamais produziu sinólogos ou kremlinólogos. Os grandes jornais americanos e europeus sempre têm um profissional que tenha acesso a esses universos. O Brasil, que se nutre das agências de notícia, em geral não exige tais conhecimentos. Passa então a comer milho na mão das agências. O Monde, por exemplo, quando manda um correspondente ao Irã, envia alguém que saiba falar farsi. Os jornais brasileiros se contentam com alguém que arranhe o inglês. Não posso deixar de lembrar uma correspondente internacional da Folha de São Paulo, que mandou um despacho de Zagreb, noticiando que a marinha croata estava bombardeando Dubrovnik. Ela via emissões da TV iugoslava e nada entendia do que ouvia. Ora, a Croácia jamais teve Marinha, pelo menos nos dias de Iugoslávia, e jamais um militar croata bombardearia a mais linda cidade croata.
   É bom que o jornalista viaje. Quanto mais países conhecer, mais apto estará para o ofício. Todo jornalista deveria saber que o Irã não é país árabe e que mulheres árabes não usam chador. No entanto, lemos todos os dias que as árabes portam chador. Viajar também nos ajuda a conhecer nosso próprio país. O homem não conhece apenas vendo. Conhece comparando. Gosto muito de repetir uma frase de Chesterton: “não se conhece uma catedral permanecendo dentro dela”. Se alguém que jamais saiu do Brasil me diz conhecer o Brasil, não acredito. O país em que nascemos, só o conhecemos mesmo olhando de longe.
   Vivemos dentro de uma cultura cristã. Para entendê-la, deve o jornalista ter sólidos conhecimentos do cristianismo. Não deposito muita confiança em jornalista que não saiba percorrer com segurança a Bíblia. Nem entendo como pessoa culta quem não a tenha lido. (Não estou falando, é claro, da leitura fanática dos crentes). Queiramos ou não, neste livro estão as bases da cultura ocidental, seus mitos e crendices, seus dogmas e ideais, seus horrores e suas virtudes. Conhecessem os jornalistas, já não digo a Bíblia, mas pelo menos os Evangelhos, não repetiriam essa solene bobagem que se repete – invariavelmente – em todos os natais e em todos os jornais do mundo, a crença absurda de que Cristo nasceu em Belém.
   Certa vez, escrevi que os católicos, ao beber o vinho consagrado na Eucaristia, não estão bebendo um símbolo do sangue de Cristo, mas o próprio sangue. E ao ingerir a obréia de pão ázimo, não estão ingerindo um símbolo da carne de Cristo, mas a própria carne. Fui visto como demente. Ocorre que assim são os dogmas. Jornalista que não os conhece não entende nem mesmo uma missa, este ofício celebrado e repetido todos os dias, desde séculos. Diga-se de passagem, raríssimos são os católicos que entendem uma missa.
   Estamos saindo de um século que foi dominado, de ponta a ponta, pelo marxismo. Não digo que seja necessário a um jornalista ter lido O Capital. Mas se não tiver boas noções da doutrina de Marx e – principalmente – se não conhecer a história do comunismo no século XX, não terá nem idéia do mundo em que vive. Aliás, se não conhecer a história do comunismo, não conhecerá nem mesmo o século XX. As redações estão cheias de jornalistas que são comunistas sem terem a mínima idéia de que o são. A universidade e a imprensa brasileira estão profundamente impregnadas de marxismo. Se o profissional não souber separar ideologia de informação, estará fazendo inocentemente o jogo da pior ditadura do século passado. Quando um maoísta histórico como Tarso Genro afirma que direito adquirido é um arcaísmo e a imprensa não reage, isto significa que os jornalistas engolem qualquer besteira que um ministro qualquer afirma.
   É bom que o jornalista tenha razoáveis noções de Direito, principalmente de Direito Constitucional. Nestes dias em que o Congresso rasga a Constituição como quem rasga papel higiênico e os jornalistas aceitam a ruptura da Constituição com a mesma indiferença com que aceitam a ruptura de papel higiênico, não se pode apostar um vintém na confiabilidade da imprensa.
   O jornalista há de ter coragem. Coragem é uma virtude sem a qual todas as demais perdem o sentido. Me dói o estômago quando vejo repórteres ouvindo mentiras óbvias e respostas incoerentes de autoridades, sem ao menos adverti-las que ultrapassaram todos os limites da boa lógica. Quando um presidente ou ministro diz uma besteira, que código de ética impõe ao jornalista o silêncio? Nenhum. Se o jornalista não pede explicações sobre uma impropriedade, é porque teme o poder. Se teme o poder, melhor faria que escolhesse outra profissão, para o bem geral da nação.
   Um estudante de jornalismo pode achar que estou exigindo qualificações sobre-humanas de um comunicador. Nada disso. Estas qualificações necessárias a um jornalista em nada diferem das que julgo inerentes a um homem razoavelmente esclarecido. São matérias que um curso universitário não ensina. Por estas razões, em todos os países do Ocidente, é jornalista quem retira a maior parte de seus proventos do jornalismo. Ponto final. Só neste nosso país incrível, graças ao corporativismo de uma guilda corrompida, só é jornalista quem faz curso de jornalismo.
   Para concluir, o jornalista tem de escrever com correção, clareza e precisão. Isto tampouco se aprende na escola. Escrever bem faz parte dos atributos de quem pensa com correção. Quem escreve mal não pensa bem. E mais uma vez o jornalista se confunde com o homem esclarecido.

   Last but not least, boas noções de grego e latim.

Lobão, Olavo de Carvalho e Graça Salgueiro: um bate-papo sobre a censura

Olavo de Carvalho, o cantor Lobão e a jornalista Graça Salgueiro comentam as várias tentativas de imposição da censura e do controle da mídia que estão em pleno andamento no Brasil e na América Latina hoje. O direito autoral, a autonomia intelectual, a opinião e o jornalismo livre estão sob risco, graças ao projeto de poder do Foro de São Paulo, do governo do PT, e seus comparsas da classe artística e do jornalismo chapa-branca.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Plantão Cangablog Urgente

   
   Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, foi ao encontro de Raimundo Colombo no Waldorf Astoria Hotel quando decidiram que uma unidade de produção será instalada em Jaraguá do Sul, novo polo automotivo de Santa Catarina. Junto com a BMW de Araquari, ambas empresas usarão motores da WEG,
tradição local.
São motores elétricos, não poluentes e usarão energia da CELESC. Estes novos automóveis podem dar alguns problemas nas temporadas de verão...
   

O segundo encontro foi com o simpático
Walt Disney, criador do Mickey, Minnie, Pateta, Pluto, Florisbela e da família Donald. Ficou decidido que os patos irão para a região Oeste a fim de melhorar a variedade de nossa agro-industria. Nas próximas FENARRECO e similares, comeremos patos e marrecos Donald.
A RUDNICK (de São Bento do Sul) tem interesse no projeto em razão de sua rede de restaurantes. O Restaurante LINDACAP, em Florianópolis, poderá trabalhar com os patos da marca Donald, também. O prefeito César Soiza, da capital, já é acionista minoritário da Disney Corporation em razão de suas ligações com a Minnie.
   
O terceiro encontro, fantástico, foi com o fundador da Coca-Cola. O senhor Asa Candler ficou entusiasmado com as possibilidades de vendas no litoral catarinense, especialmente no verão. Disse que a Coca-Cola terá uma tarja verde, somente para Santa Catarina, para equiparar às cores de nossa bandeira. Colombo disse que tem um publicitário em SC capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro, inclusive mudar a marca secular do refrigerante. A Cola-Cola/SC Drinking Company (nome local) usará água da CASAN na fabricação dos seus produtos.

Colombo encontra com Barack Obama


   Matéria especial de Doa Beira, membro da comitiva da SECOM/SC, pela RTS-TV.
   Colombo e comitiva entram na Casa Branca pela ala esquerda, especial para governantes da América Latina. No primeiro detector de metais, um constrangimento: Belmiro, assessor de São José do Cerrito, para viagens internacionais, levou a bomba de prata do chimarrão dentro do casaco e não avisou a segurança. O alarme disparou. Estava acostumado com os procedimentos de segurança do Mercosul, na fronteira de Dionísio Cerqueira.
   Entram no Salão Oval (Oval Office) e Obama recebe o grupo catarinense.
   Simpático, diz:
 -Where is Dilma? Afraid of espionage?

   Todos riem...

- Colombo, disse Obama, I did not know that Cristoban was your great grand father... Ninguém riu, nem entendeu a piada.
   Colombo explicou que faz um grande governo. Just like in America. Asfalto, escolas, pontes e metros por toda SC, inclusive esgoto tratado pela metade.
   Belmiro começa a preparar o chimarrão, cuia, água quente
e erva mate. Colombo oferece e mostra o pacote da erva. Grass from Leiges, oferece ele.

   Obama ri muito e diz: - No, no, no... Thank you. Bill likes this, referindo-se ao Bill Clinton...
   Colombo explica a grande aliança de vários partidos: PMDB, PSD, PP, PSB e PT para renovar seu mandato.
   Obama diz: - You may kill democracy. This is totalitarism, Soviet totalitarism, Chinese totalitarism… Don’t you have an adviser? (você não tem um conselheiro?).
   Colombo responde: - Yes, Bira, my friend. He is a political scientist.
   Obama pede para escutar novamente a tese de Colombo… Depois, ensina: - You need democracy, mesmo que seja para manter as aparências...

A história não dá saltos.


  Por Jaison Barreto
  O que a gente está pretendendo apenas, de uma maneira divertida é dizer que a verdade precisa ser conhecida por inteiro, não através dos vencedores.
  O PMDB que está aí não é o nosso PMDB.
  Nós assumimos a responsabilidade pelas suas virtudes, mas não pelas suas distorções.
   Nós acreditamos, nós sonhamos, nós pregamos, sem financiamento público de campanha, sem sermos patrocinados pela grande imprensa, que aliás, sempre escondeu a verdade naquela época, não estávamos submetidos a nenhum grupo econômico, apenas lutávamos por um ideal que ainda não alcançamos.
   30 anos depois nós não perdemos a coragem nem a ousadia de dizer que o Brasil precisa mudar.
   O fruto do trabalho da classe trabalhadora elevou o seu nível de vida, mas a injustiça social continua a mesma, a manipulação política é a mesma, a falta de caráter e a corrupção predominam e é contra isso que estamos de maneira tranquila, por um novo instrumental que precisamos usar com mais eficiência, praticando.
   Isso foi dito de improviso, mas dá pra fazer um Tratado à respeito de como podemos transformar esse país nesse ano de eleições.
   Perdoem-me. Angela Merkel pela terceira vez se reelegeu como a grande orquestradora da economia da população Alemã.
   Teses bobas contra reeleição não podem prevalecer.
   Cada situação é cada situação. A alternância de poder é sempre importante.
   Amigos que me perdoem, mas temos que avançar.
   Que a gente possa encontrar uma alternativa melhor.
   Tranquilamente digo: Na Dilma e nessa vassalagem e nesse conluio, eu não voto.

Saudações talvez pouco democráticas,

   P.S. A foto e este texto visaram lembrar um episódio importante da vida Brasileira “esquecida ou escondida” como soe acontecer no Brasil.
Nem a chamada grande imprensa estadual e municipal lembrou o fato.
   Na quinta-feira dia 12 de janeiro de 1984 na “Boca Maldita” em Curitiba foi realizado o primeiro comício pelas Diretas com a presença de Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Tancredo Neves, Richa e tantos outros.
   O jornal Gazeta do Povo de Curitiba PR lembrou o fato.
   Dois dias depois nas areias de Balneário Camboriú, aconteceu o comício fruto do trabalho de muitos companheiros. Ulysses Guimarães estava conosco.
   É um fato da historia. Não é contra nenhum partido nem contra ninguém.
   É a obrigação moral de contar a verdade, cantar os nossos feitos e reconhecer os nossos desacertos.
   Parafrasiando Ulysses eu diria que o passado não passou e será sempre o nosso presente enquanto nós nos orgulharmos dele.
   Um abraço