quinta-feira, 31 de março de 2011

Ameças ao Cangablog

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Os tempos estão mudando":

Te cuida safado.A profecia está se realizando. o Gerson basso já conseguiu condenar o Meira junior e hoje foi o mosquito PROC 023.08.078143-10.SÓ FALTA VOCÊ DOS FALSOS JORNALISTAS, FINANCIADOS PELO AMIN, ATRAVÉS DO CARAMORI. 

Cangablog: Essa é uma das muitas ameças que recebo toda vez que denuncio alguma coisa do Gerson Basso. É claro que o covardinho não se identifica, mas dá para ver com fica nervosa quando falo no amiguinho. É tudo portão de lata: puro barulho!

LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ameças ao Cangablog": PV, segundo o próprio Gabeira em agradável colóquio num trecho entre Floripa e Lisboa assentiu que é uma piada (péssima) em alguns Estados. Em SP uma manobra regimental (sic), o cabra que está à frente da sigla vai chegar aos 13 anos de cacicagem na taba verdolenga... 13 anos... Saudades do 'antigo' Feldmann, combativo e que dava nos calos da camarilha. O verde é outonal, está desbotado, esboroado pelo servilismo político. As ameaças seriam a tal da "Lei de Gerson"? Ou a lei de regência seria a Maria da Penha? Les às ordens, preclaro. 


Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ameças ao Cangablog": " Para os homens, ter um guia é tão fundamental como comer, beber e dormir." De Charles de Gaulle, o general-periquito, quando teria dito que o Brasil não é um país sério. O papagaio, nessa história, foi o nosso embaixador Carlos Alves de Souza Filho.
E tinha razão: aqui, com a coisa pública, prevalece a iniquidade. Como na era da cavernas. 

Um convidado pra lá de especial

Cristóvão Bastos - foto João Maia
 
Ele toca ao lado de grandes nomes da música brasileira, faz arranjos para muitos talentos, é parceiro de outros gênios em canções que encantam até hoje, como Todo Sentimento, com Chico Buarque, gravada em Paris há 30 anos, só piano e voz. 
Sua canção Raios de Luz, em parceria com Abel Silva, foi gravada por Barbra Streisand e, em 1999, fez a direção musical e arranjos do show e do disco Gal Costa Canta Tom Jobim.
Cristovão Bastos, que é pianista, compositor e arranjador, já acompanhou, pelas suas contas, mais de 100 músicos em 50 anos de profissão. Ele começou cedinho e sua memória mais remota da música é aos 7 anos, quando viu pela primeira vez um show com acordeom. Virou-se para os pais e pediu: “Quero tocar este instrumento.” Semanas depois freqüentava aulas e aos 15 anos se tornou profissional ao tocar numa boate em Cascadura, no subúrbio do Rio Janeiro. Foi ali também que ele trocou o acordeom pelo piano, de onde seus dedos gordinhos emanam musicalidade. Leia mais sobre o artista. Beba na fonte.

Os tempos estão mudando

Decisão do STF sobre briga entre o ex-desembargador Chicão e o Cláudio Humberto.

Mantida decisão que isentou jornalista de indenização por dano moral a desembargador

Em processo de relatoria do ministro Celso de Mello, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento a agravo regimental em Agravo de Instrumento (AI 705630) que pretendia levar o STF a rever decisão que absolveu o jornalista Cláudio Humberto de Oliveira Rosa e Silva do pagamento de indenização por danos morais ao desembargador aposentado Francisco José Rodrigues de Oliveira, de Santa Catarina.
O agravo questionava despacho do ministro Celso de Mello que, em junho de 2010, julgou improcedente ação indenizatória proposta pelo desembargador na Justiça Estadual catarinense. A origem foi uma nota publicada pelo jornalista segundo a qual o desembargador teria, em menos de 12 horas, reintegrado seis vereadores do município de Barra Velha após votar contra no mesmo processo. “O povão apelidou o caso de ‘Anaconda de Santa Catarina’”, dizia a nota. Para a defesa do desembargador, a alusão à operação da Polícia Federal, que, em 2003, revelou atividades ilícitas na Justiça Federal de São Paulo, “ofende e desmoraliza a honra do agravante, procurando associá-lo ao escândalo Rocha Matos, de repercussão nacional”.
No voto em que manteve o entendimento anterior – e confirmado à unanimidade pelos ministros da Segunda Turma –, Celso de Mello afirma que o conteúdo da nota, “longe de evidenciar prática ilícita contra a honra subjetiva do suposto ofendido”, foi, na realidade, o exercício concreto da liberdade de expressão. “No contexto de uma sociedade fundada em bases democráticas, mostra-se intolerável a repressão estatal ao pensamento, ainda mais quando a crítica – por mais dura que seja – revele-se inspirada pelo interesse coletivo e decorra da prática legítima de uma liberdade pública de extração eminentemente constitucional”, afirmou.
O ministro explicou que a liberdade de imprensa compreende, dentre outras prerrogativas, o direito de informar, de buscar a informação, de opinar e de criticar. A crítica jornalística, portanto, é direito garantido na Constituição e plenamente aceitável contra aqueles que exercem funções públicas. “O interesse social, que legitima o direito de criticar, sobrepõe-se a eventuais suscetibilidades que possam revelar as pessoas públicas”, afirma.
O relator acentuou que a publicação de matéria jornalística com observações mordazes ou irônicas, ou opiniões “em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa”, especialmente se dirigidas a figuras públicas, não caracteriza hipótese de responsabilidade civil. “O direito de crítica encontra suporte legitimador no pluralismo político, que representa um dos fundamentos em que se apoia, constitucionalmente, o próprio Estado Democrático de Direito”, concluiu.

Leia aqui a íntegra do relatório e voto do ministro Celso de Mello.

1964: O GOLPE CIVIL

Por Nei Duclós

Crio essa nova seção (com título inspirado no meu verso "no meio da rua / o coração do passageiro bate o bumbo" ) para anunciar as grandes repercussões do Diário da Fonte (entre outros objetivos). É o caso da resenha sobre o filme Durval Discos. Recebi o seguinte e-mail da diretora do filme, Anna Muylaert: "Olá Nei, adorei seu texto. Foi um dos melhores sobre o filme que ja li. Vc entendeu tudo em profundidade. Obrigada." Anna anuncia seu próximo lançamento, É proibido fumar. Ainda não vi, mas já gostei. A seguir, o post de hoje:

Para quem tinha dúvidas, vou reproduzir aqui alguns trechos da edição de 10 de abril de 1964 da revista O Cruzeiro, agora digitalizada (a jóia me foi repassada por Clovis Heberle, por e-mail). É simples: o golpe de 1964 foi civil. Foi comandado por civis, assumido publicamente pelos civis, justificado em tudo, repressão, prisões, perseguições, cassações, pelos civis. Os militares entraram como braço armado do golpe que eles, civis, promoveram.
Neste depoimentos, dos quatro governadores golpistas, a farda aparece sempre em segundo plano. Todos os que estão aqui são culpados, como mostram seus depoimentos. Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas, Adhemar de Barros, de São Paulo, Juscelino Kubistchek, de olho na volta ao poder (que não teria chance, pois o voto trabalhista, que o elegeu em 1955, iria em 1965 todo para Leonel Brizola). Faltam outros, como Ildo Meneghetti, do Rio Grande do Sul. 
Leiam o que foi publicado na revista: Bebam na fonte.

Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "1964: O GOLPE CIVIL": Parabéns outra vez. Assim como Fernando Collor de Melo, os militares de 64 prestaram um grande serviço ao Brasil: o mau exemplo.
Restaram os traumas e as mazelas. E alguns zileiros, sem os seus(suas). Mas, inegavelmente, aprendemos algo. 

Imbecilidade legislativas

Canga,
A indicação de Zilda Arns para o prêmio Nobel da paz, feita pela Câmara
dos Deputados, é mais uma colossal imbecilidade legislativa.
Desconsiderando os próprios deputados, nenhum assessor lembrou que o prêmio Nobel só é concedido a pessoas vivas ? Não existe prêmio Nobel póstumo. Zilda Arns deveria ter recebido o prêmio em vida.
Luiz Maia

Colombo faz concorrência a Lula

É claro que o governador Raimundo Colombo ainda não chegou no partamar do ex-presidente que anda cobrando uma bala preta para falar bobagens mundo afora. Mas Colombo está a caminho. Da bala preta.
Vejam só esta notícia do Blog do Barão:


Quem quer jantar com o governador?
Escrito por Milton Barão
Ao preço de “cem conto” por cabeça, o governador é o palestrante convidado da Associação Empresarial de Lages para a noite desta quinta-feira, no CentroSerra. Tanto, que o público alvo do evento é formado por empresários da região e associados da entidade. E como disse um matuto para o blog, o povo tem rosto, nome e endereço, mas não tem toda essa grana para sair gastando num jantar.


Mas deixando de lado o preço, na sua fala o governador vai focar nas ações do Governo do Estado nesses primeiros meses de 2011, assim como as perspectivas e planos para a região. É inegável que Colombo colocou sua tropa de choque para trabalhar e prova disso tem sido a presença de executivos de grandes empresas fazendo prospectos de instalação de unidades em Lages.
A continuar nesse ritmo, muita coisa pode acontecer. E estamos torcendo por isso!


Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Colombo faz concorrência a Lula": Uma salvaguarda, a palestra, ao contrário do mau costume dos ditadores de lingua espanhola, enfadonhos, durará o necessário. Raimundo Colombo rememorando o "Veni,vidi,vici" exemplo de concisão, relatará suas ações e experiência desses 90 dias em 60". Moral da história: se fosse na culinária, um feijão-com-arroz. Na política,tratou de fisiologismo. 



PutzGraça!!! deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Colombo faz concorrência a Lula": Uma maluquice passou pela nossa cabeça insidiosa. E se o governador estiver cobrando cem contos (dos grandes) pra dar essa palestra? E se a Associação Comercial usar subsídio do Estado para pagar a palestra? E se... Não, não, impossível. 


Cangablog: Ô Seu Put'zGraça!!!! Vocês tem cada uma heim? Cabecinhas insidiosas essas!

Preta Gil vai processar deputado por declaração racista

O programa CQC, da Rede Bandeirantes, exibiu nesta segunda-feira uma polêmica entrevista com o deputado federal Jair Bolsonaro, do Partido Progressista (PP-SP). Ele respondeu a perguntas do público e falou sem rodeios de questões como ditadura, drogas, racismo e homossexualidade. Durante uma resposta à cantora Preta Gil, o deputado deu a entender que seus filhos não se relacionariam com negras porque foram "bem educados". A cantora afirmou, por seu Twitter, que vai processar Bolsonaro.
Mais tarde, o deputado afirmou que não havia entendido bem a pergunta e disse que, se fosse racista, "não seria maluco de declarar isso numa televisão".
O deputado frisou que por seu passado, Dilma Rousseff jamais poderia ter sido eleita presidente, e reafirmou que sente falta da época da ditadura, por causa de "pessoas sérias como ( Emílio Garrastazu)  Médici, (Ernesto) Geisel e (João Batista) Figueiredo". O deputado também disse que "daria umas porradas" no filho se o pegasse fumando maconha, e que nunca correu o risco de ter um filho gay porque sempre foi um pai "presente" e que deu uma "boa educação".
Do JB.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Primeira noite em Nizza

Publicado originalmente em 26 de janeiro de 2010. Mais disso aqui.


Queridos leitores,
acabo de chegar da minha primeira incurssão noturna em Nizza. Aí são as 00:28hs, aqui 3:30hs. Foi bom pero no mucho. Saí de casa às 2 da madruga depois de abrir a mala dos presentes para minha neta que só chegou hoje (a mala).
Frio seco, coloquei uma campera e me larguei em direção à Avenue Gambeta. Termina na Promenage des Angles, a beira mar daqui.
Na saida senti que a coisa não ia render muito. Sempre que viajo gosto de provar coisas do lugar como bebida, comida e relações humanas. Andar à noite, quando os puros estão dormindo, é uma excelente forma de conhecer uma cidade. Melhor ainda se não conheces o idioma. As pessoas se traem pelos gestos.
Bem, andei até a Rue de France e encontrei uma gordinha de preto, aqui todos usam preto no inverno. Fazia ponto na esquina. Perguntei:

-Hablás español?
- Sí, soy de Buenos Aires

Me senti em casa. Uma porteña, que na verdade era um porteño bem ajeitadinho, e que poderia me dar uma informação.
Queria saber onde, naquela hora, poderia tomar uma cerveja e ver gente. Me disse que era difícil mas que seguisse por Rue de France uns 15 minutos encontraria uma praça e que ao redor deveria ter algum bar aberto.
Engatei um primeira e larguei. Ninguém na rua. Encontrei a tal praça e apenas um pub estava aberto. Cheio de jovens na rua em frente. Tentei entrar mas o preço era 15 euros de consumação mínima. Não era para tanto. Perguntei sobre outro bar e me indicram algo como a três qudras de distância.
Sempre perguntava, em um francês sofrível, se era seguro. Na maioria das vezes não entendiam a pergunta. Jamais relacionavam com insegurança no sentido de assalto ou crime. Achavam que eu queria confirmação "segura" da informação. Não existe a paranóia de andar de noite pelas ruas de Nizza.
Bem, não encontrei nada aberto. Logo avistei um caminhão de lixo naquele frenessi habitual de correria, gritos e arrancadas em primeira marcha.
Só fiz o gesto e perguntei:
- beer?
Eles que andam por todas as ruas saberiam me dizer se existia algum bar aberto. Não existia!
Puêrra! É pior que o Campeche!
Tudo bem, voltei para casa pela Promenage des Angles. De repente...um cassino!!!!
A noite estava salva!
Entrei e falei:
- Je sui brasilian

Me pediram o passaporte e entrei. Algumas mesas de roleta, duas de bacará (blanco y negro) e uma infinidade de maquininhas caça níqueis. Tava feita festa.
Bobagem. Máquinas sem nenhum sentimento. Mecânicas, apenas mecânicas. Diferentes dquelas que o Içuriti Pereira mantinha em Santa Catarina, controladas pela Codesc e que bancou campanhas políticas do PMDB.

Aí em SC ao menos se colocava créditos na máquina e dava o start e travava uma coluna duas ou todas. Tinhas a sensação de que estavas jogando. Daí o velho ditado de jogador:
Se perdendo é bom imagina ganhando!

É claro que jogo bancado ganha a banca. Mas "interagir" com máquina é parte emocional e importante da perca. Não gostei da, digamos, franqueza do cassino. Achei de um frieza atroz.
Quando estava saindo e fui pegar a minha campeira no chapeleiro vi uma foto grande de um senhor na parede. Perguntei a um dos seguranças quem era.
Me respondeu em francês e não entendi direito. Percebi que se esmerava em falar sobre o personagem com certa ternura.
Percebendo que eu não estava entendendo, captva apenas a emoção, a senhora que me alcançou a campeira me disse:

- Le big boss!

- Ah! O dono? perguntei.
E os dois ao mesmo tempo fizeram gestos de que sim, era o dono, mas estava morto. O porteiro, mais bronco, colocou as duas mãos ao lado do rosto e fez gesto como se ele estivesse dormindo. A senhora me explicou que já tinha morrido.

Tudo isso com uma certa ternura pelo patrão. Ternura que não encontrei nas máquinas.

PANTA REI!

Por Janer Cristaldo

Era uma vez um leitor de CD. Pifou. Mandei consertá-lo. Saiu quase o preço de um novo. Quando pifou de novo, decidi comprar outro. Mas se ia comprar um leitor de CDs, por que não um que lesse também DVDs? Foi o que fiz. Tive o cuidado de comprar um aparelho que lesse cinco zonas, para ler DVDs da Europa e Estados Unidos pelo menos. Com cinco bandejas. Mais home theater. Vai daí que o antigo televisor, velho de 13 anos, não lia os DVDs. Troquei de televisor. Mesmo assim, o novo não lia os DVDs em cores. Tive de fazer uma gambiarra. Quanto à antiga televisão, da era do preto e branco, joguei-a no lixo. Dá-la a alguém constituiria ofensa.

Meu novo aparelho – novo no século passado – tem mais de década. Por algum tempo andei namorando esses novos televisores, de 32 e mais polegadas. Muito caros. Sem falar que pouco assisto TV. Serviria mais para minhas óperas. Mas o DVD já era, estamos entrando na época do blu-ray. Em minhas prateleiras ainda tenho algumas peças de museu, os bolachões e fitas K-7. Já tive aqueles rolos de fita enormes, dos antigos gravadores. Tive também, é claro, um daqueles gravadores antigos, que pesavam cerca de dez quilos. Algumas dessas mídias, pelo valor que tinham, passei-as para CD. É o caso de um Martín Fierro, recitado ao violão por um payador do qual não tenho hoje nem o nome.

Também passei para CD um bolachão editado na França, Chants revolutionnaires de Cuba, que trouxe escondido para o Brasil nos dias da ditadura. Adelante, heróica guerrilla! Guerrillero, adelante, adelante! Juventud, juventud cubaaaana, unidos por un mismo ideal. Viva Cuba, soberaaaana! Viva el pueblo, en libeeeertad! Cuba sí, Cuba sí, Cuba si, yankee no! Remember Playa Girón! Los yanques con sus armas, a Cuba quieren invadir! Etc, etc, etc.

Arrisquei incomodar-me, mas o disco era um documento da época. Hoje, quando recebo algum velho comunossauro, faço uma sessão nostalgia aqui em casa. Eles o escutam com certo mal-estar. Leia o resto que está muito bom. Beba na fonte.

Poesia...

terça-feira, 29 de março de 2011

A REFORMA POLÍTICA SAIRÁ

 Por Edison da Silva Jardim Filho


    Desta vez, a reforma política sairá! É que os donos das agremiações partidárias e os políticos corruptos que, infelizmente, são a maioria neste país, estão muito interessados em aprovar duas mudanças nas regras eleitorais: as listas partidárias fechadas e o financiamento público das campanhas.

    As listas partidárias funcionam assim: antes das eleições proporcionais- aquelas para vereadores e deputados estaduais e federais-, cada partido político comporia uma lista de nomes de candidatos. Os eleitos seriam os ordenados na lista até o número de cadeiras a que, pelos cálculos dos quocientes eleitoral e partidário, o partido tivesse direito. Se fossem cinco as vagas, os primeiros cinco nomes da lista seriam os eleitos do partido. O eleitor não mais votaria no candidato, como ocorre agora, e, sim, na lista apresentada por um partido político. Em favor de sua adoção, os políticos vêm alegando que as listas partidárias acabariam com o personalismo eleitoral, em outras palavras: com a situação do eleitor levar em conta, na hora de votar, somente a pessoa do candidato, e não o ideário do partido ao qual ele pertence. Com isso, o debate político ganharia em qualidade, e os partidos políticos seriam fortalecidos. Eles estão certos! Mas o que os políticos brasileiros dizem não é o que pensam e/ou fazem. Com a medida, as oligarquias partidárias estão buscando, na realidade, enfeixar poderes ainda maiores, agora dispondo, direta e antecipadamente, sobre a vida ou morte das candidaturas. O sistema de listas partidárias só teria cabimento de ser aprovado se fosse acompanhado de normas que democratizassem, a olhos vistos, o funcionamento dos partidos políticos. Se não, ele cairia como maná dos céus, nesta hora de Mubaraks apeados e Khadafis desorientados, na boca das oligarquias partidárias federais e estaduais.

    O mesmo se dá em relação ao financiamento público das campanhas eleitorais. É certo que alguma coisa tem de ser feita, e com urgência, para impedir ou embaraçar candidatos que, por desfrutarem de intimidade com o meio empresarial, desigualam completamente a disputa eleitoral. É também com a justificativa do financiamento de suas campanhas eleitorais que eles, por si ou através de prepostos, praticam a corrupção administrativa, e, ao obter das grandes empresas o excedente que abastecerá o caixa dois, formam, em período curtíssimo, fabulosas fortunas. Não há a menor dúvida de que o financiamento público das campanhas eleitorais deveria ser adotado, uma vez satisfeitas duas premissas: primeira, a plena democratização do funcionamento dos partidos políticos, e, segunda, a reestruturação dos órgãos judiciais e de fiscalização, para evitar que, mesmo sob esse novo sistema, os políticos continuem “roubando” desbragadamente.

    Na verdade, pela legislação vigente, as oligarquias partidárias e os parlamentares já são amplamente financiados pelo erário. Os partidos políticos recebem uma dinheirama do fundo partidário. Recentemente, foi votado pelo Congresso Nacional o Orçamento de 2011, que prevê, para o fundo partidário, um montante de R$ 265 milhões. Outros R$ 36 milhões do fundo partidário são provenientes da arrecadação de multas eleitorais. Tem as famosíssimas verbas de gabinete, que, teoricamente, servem para saldar os gastos dos parlamentares com combustíveis, alimentação, hospedagem, passagens aéreas, divulgação de sua atividade política, locação de veículos, manutenção de escritórios, serviços de segurança privada, correios e telefonia. Some-se a isso ainda os salários dos inúmeros assessores. Devem existir outras benesses...

    O presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, edição de 7 de janeiro do corrente ano, num tom de deboche- só pode ser-, escreveu: “Pode parecer um paradoxo, mas a igualdade que a liberdade traz- com o fundamento de que todos somos iguais perante a lei, detentores dos mesmos direitos (...)”.

    Já o deputado federal e secretário do Desenvolvimento Sustentável, Paulinho Bornhausen, pelo menos, foi autêntico. Em artigo veiculado na edição de 1º de novembro de 2010 do mesmo jornal, afirmou em tom confessional: “O brasileiro não é culturalmente corrupto; essa cultura está no poder.”

 Les deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A REFORMA POLÍTICA SAIRÁ": VOTO EM LISTA é uma tremenda MELDHA NÃO REPUBLICANA, que repristina o modelo adotado, p. ex. na OAB. Chapa fechada, que depois vira o Conselho que julga as contas da administração. Deus me livre de chapa caixão na polítiva brasileira, tão nova e tão plena de safardagens. Paulão 

Fernando deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A REFORMA POLÍTICA SAIRÁ": O voto em lista só teria sentido se fosse acompanhado da obrigatoriedade dos partidos realizarem prévias, com a participação de todos os seus filiados naquela base territorial. Sem isso, é concentração de poder na Executiva. 

Governo apoia evento de "arrepiar" em Campo Belo do Sul


A Associação Cultural Matakiterani - de Lages - realizou nesta sexta-feira e sábado (25 e 26/03), em Campo Belo do Sul, um “Encontro Brasileiro de Recomendação das Almas”. Para quem não sabe, esse é um costume ainda existente em diversas comunidades do interior em que um grupo de pessoas se reúnem num ritual bastante estranho para que as “almas penadas” consigam encontrar descanso e repouso no além. Reparem que até o Governo do Estado e o Governo Federal estão apoiando a realização do evento. Será que algum desses governos está precisando “se safar” de alguma alma penada?
Muito interessante.

CONVITE   RECOMENDA    O - CONVITE   RECOMENDA    O

À MANEIRA DE PAULO FRANCIS

Por Olsen Jr.

O excesso de seriedade sempre esconde uma torpeza. Ignoro o porquê de ter excluído esta frase de minha crônica anterior. Talvez para não ferir suscetibilidades. Mas desde quando me importo com a suscetibilidade dos outros? Bastam as minhas que me fornecem regularmente a solidão com vistas para o bar, digo, mar.
É do Francis, eu assumo “meu talento, numa terra de capachos, se manifesta contestando. Aparece fácil. Não há praticamente competição.” Somos herdeiros de uma tradição cínica que tem, na história, alguns expoentes infernais: Moliére (aquele do “Doente Imaginário”); Rabelais (o do “Gargantua e Pantagruel”; Voltaire que afirmou “ser perigoso ter razão em assuntos sobre os quais as autoridades estabelecidas estão erradas”; Sain’t Beuve intuindo antes de Sartre que a obra de um autor é o reflexo de sua vida e pode ser explicado por ela, ele próprio um exemplo de que posteridade, como todo o mundo, também pode se equivocar; Racine, o mais próximo rival de Shakespeare; Oscar Wilde constatando “o jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. 
Ao nos oferecer a opinião dos deseducados, ele nos mantém em dia com a ignorância da comunidade”; Swift e “Viagens de Gulliver” a maior e mais ácida crítica feita a um sistema de governo; Bernard Shaw “acredito na democracia do silêncio e posso falar sobre ela durante horas”; e também, naturalmente, Ambrose Bierce “é contra a lei matar uma mulher que nos traiu, mas nada nos impede de saborear o fato de que ela está envelhecendo a cada minuto”; H. L. Mencken “todo o homem decente se envergonha do governo sob o qual vive”; George Nathan “bebo para tornar as pessoas interessantes”; e William C. Fields “mostre-me um homem que não beba e eu lhe provarei que ele é parte camelo.”
Estive na Universidade prestigiando o lançamento do segundo volume “Ecos no Porão”, do amigo e escritor Silveira de Souza. Calor infernal, embaixo daquela tenda onde ele autografou estava insuportável. Só dois escritores presentes além do autor.
Os mineiros, segundo o Otto Lara Resende “são solidários apenas no câncer”, aqui – acredito – nem isso. Havia uma Feira de Livros na barraca. Convidativa e mal divulgada. Todo o estoque da Editora da UFSC a preço de banana. Comprei os últimos oito exemplares do meu romance “Estranhos no Paraíso”, o que significa que estou no rol dos “autores esgotados.” Proeza se considerarmos todo aquele estoque. Foram 10 anos para aniquilar os 1050 exemplares da obra.
Em outra encarnação, se houver, quero voltar como escritor, novamente, viver na América, mas não esta tupiniquim a outra, do Norte!

Velho Mamute deixou um novo comentário sobre a sua postagem "À MANEIRA DE PAULO FRANCIS": Pohha, Olsen, nem sabia do lançamento. Assim, não engordaria as estatísticas de autores inéditos que não compareceram ao evento. Ps. Me vende um dos exemplares da edição finalmente esgotada de "Estranhos no Paraíso". A propósito, o preço da feira ainda está em vigor? Paulão 


Olsen Jr. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "À MANEIRA DE PAULO FRANCIS":
Paulão, mo filho...
Claro, estão lá...
Por mais que doa, ainda estão lá...
Sucesso!
Olsen Jr.

Enquanto isso no Oriente Médio

Queridos leitores...

Peço desculpas pela ausência, mas estava participando da famosa Maratona Florianópolis (BR)/Artigas (UY). Essa modalidade esportiva é extremamente extenuante e exige muita concentração dos participantes. Uma das etapas mais difíceis é a passagem por Porto Alegre.
Bem, mas isso eu conto depois. Agora vou começar a revisar meus e-mails e liberar comentários de vocês meus leitores. Aos colunistas prometo liberar já suas crônicas.

sábado, 26 de março de 2011

Templo budista é construído com 1,5 milhão de garrafas de cerveja

Débora Spitzcovsky

Na Tailândia, monges da província de Sisaket, que fica próxima a Bangkok, construíram com as próprias mãos o templo onde vivem, utilizando apenas garrafas usadas de cerveja! A coleta do material começou há 27 anos, mas os religiosos só iniciaram a construção quando juntaram algumas centenas de garrafas, necessárias para construir a torre principal do templo.
Leia tudo. Beba na fonte.

Jango: o Golpe e a saudades do que ficou para trás.

Foto Evandro Teixeira

  Por João Vicente Goulart
   Sempre que se aproxima mais um 1° de abril, ano a ano vamos nos distanciando daquele 1964 e aproximando-nos de 2014, onde teremos nós brasileiros de fazer uma profunda reflexão histórica da lembrança dos 50 anos após, e ainda sentirmos o reflexo maligno produzido pelo Golpe de Estado, dado não contra Jango, mas contra a Constituição brasileira, contra o povo e contra as “Reformas de Base” que transformariam a economia de nosso país produzindo tal vez o maior avanço social que este país necessitava.
Como mudam os aspectos e as lembranças?
È só voltarmos um pouco na história e relembrar naquele ano a posse tumultuada do então Vice-Presidente por estar abrindo, em viagem oficial em agosto de 1961 o mercado da China para o Brasil; quase impedido constitucionalmente de assumir a presidência por estar no país comunista-Maoísta e ser recebido pelo próprio Mao quando da renúncia, ainda hoje não bem explicada, do Presidente Jânio Quadros.
Era uma ofensa aos bons costumes das elites aristocráticas do país, um vice-presidente brasileiro estar na China comunista, onde dizia a direita "comiam criancinhas" por lá, e poder assumir o cargo constitucional de Presidente da República, mesmo eleito para isto como determinava a nossa Constituição.
Nixon, o presidente americano, dez anos depois da viagem de Jango, teve que botar a cartola embaixo do braço e visitar a China, pois não podia mais ignorar o mercado consumidor e a potencialidade econômica daquele país, tendo que engolir a exigência de reconhecer Taiwan como província rebelde e estabelecer o comercio bilateral China-EUA.
Que visão teria Jango naquele momento?
A de construir para o Brasil uma alternativa comercial de independência econômica do eixo americano e dar potencialidade a economia nacional com outros parceiros no desenvolvimento de relações globais.
Tudo isto foi ignorado quando construiu-se um argumento para não lhe darem posse:
se tinha estado por lá, era por que era comunista.
Hoje o Mundo mudou.

Hoje o maior credor dos títulos públicos americanos é o Governo da China.
Hoje o maior parceiro comercial do Brasil é a China, superando inclusive o comercio bilateral BRASIL-EUA.
Não bastassem essas acusações levianas e de cunho político, sabiam as elites que Jango era um árduo defensor dos trabalhadores e assim o tinha demonstrado quando em 1953, apesar de ter que deixar o Ministério do Trabalho de Vargas, legou patente os 100% de aumento no salário mínimo, conquista até hoje refletida no atual salário mínimo nacional, pois ainda traz embutida aquela correção.
Após muita discussão a respeito da posse e depois do memorável Movimento da Legalidade produzido e conduzido pelo então governador Leonel de Moura Brizola no Rio Grande do Sul, Jango consegue assumir através da emenda adicional N° 4, tirada dos porões do Congresso Nacional o regime parlamentarista, em uma manobra casuística, para tirar poderes constitucionais das mãos do Presidente Jango que sem dúvidas assumiria o comando da Nação levando consigo o seu compromisso com a classe trabalhadora do país.
Jango não traiu seus compromissos.
Depois de algum tempo de parlamentarismo parte para o plebiscito nacional pedindo a volta do presidencialismo.
Era início de 1963 quando o povo brasileiro em memorável consulta devolve a Jango os poderes presidencialistas com mais de 83% favoráveis ao SIM.

O Presidente João Goulart parte então para a transformação da sociedade brasileira através da proposta das “Reformas de Base”.
Constituem-se elas na Reforma Agrária, na Reforma Educacional, na Reforma Urbana, na Reforma Bancaria, no controle da Remessa de Lucros das empresas estrangeiras para suas matrizes, e na desapropriação das refinarias de petróleo passando o controle da exploração e refino para as mãos da PETROBRAS, fundada pelo governo Vargas da qual Jango era herdeiro político.
“Mais uma vez” como pregava a Carta Testamento às forças da reação tornaram-se contra os interesses populares e começava então a conspiração para a derrubada do governo constitucional do Presidente Jango.
A união das forças civis e militares conservadoras de nosso país unem-se com os interesses multinacionais e exploradores do povo brasileiro e Latino-americano programando em 1964 o Golpe de Estado, financiado pela CIA e o Governo americano que posteriormente alastrou-se como dominó por todos os países democráticos da América do Sul servindo os interesses dos capitais internacionais.
Acusado mais uma vez de comunista, Jango caiu.
 Mas caiu de pé, pois hoje, quase cinqüenta anos depois, vemos os exemplos comerciais que Jango queria instalados independentemente de colorações ideológicas.
Lamentavelmente  ainda pairam sobre nós os interesses das elites,  não  nos permitndo  ainda a distribuição de renda pretendida por Jango para a nossa população menos favorecida e nem tampouco permitindo o acesso ao crédito controlado pelo excessivo abuso dos banqueiros, de lucros escorchantes, encima de taxas SELIC de mais de 10% anuais sobre uma dívida interna superior ao trilhão de reais, que o Governo do Brasil tem de pagar religiosamente, suprimindo assim a sua capacidade de investir no desenvolvimento social da Nação.

Relembrar todos os 1° de abris a queda de Jango é relembrar de um patriota que morreu no exílio lutando por um país mais justo, mais solidário, mais digno para com seus cidadãos mais humildes, mais equitativo e com mais oportunidades para os mais desamparados, mais nosso, mais soberano e principalmente mais livre.
A saudade existe, quando existe a vontade de relembrar os valores perdidos, os valores a serem lembrados e reconquistados, os valores dignos dos homens que ficaram pelo caminho lutando por uma sociedade mais justa, com atitudes certas no momento histórico oportuno.
Estes valores sim são dignos de serem lembrados.
Lembro-me no exílio quando jornalistas americanos da revista "Time" perguntaram a Jango: - "O Sr. Presidente não acha que não era ainda a hora das reformas?"
Ao que Jango respondeu: "Se achasse os Srs. tenham certeza não me encontrariam aqui no exílio".

Só sentindo estas saudades do que ainda temos a fazer é que devemos lembrar todos os primeiros de abris, para que nunca mais existam, para que nunca mais aconteçam.

                                                             
                                                          Diretor do IPG Instituto Presidente João Goulart

sexta-feira, 25 de março de 2011

Conseguindo sair de Porto Alegre

Estou conseguindo sair de Porto Alegre. Embarco daqui a pouco em um avião que me deixará, em 45 minutos, em Rivera, Uruguay. Mais 2 horas e chego a Quaraí. A noite de Porto Alegre é maravilhosa. Saí, ontem com o meu querido amigo Leonardo Ribeiro de quem ganhei seu último trabalho, o disco Ponto de Fronteira. Trabalho maduro e de excelente qualidade.
Fomos a até o Parngolé, butequim da Cidade Baixa que virou cult da noite portoalegrense. Reúne os melhores e mais antigos músicos da cidade. Ontem estava la o Prof. Darci. Coisa de profissional. Depois fomos para o Bar do Beto onde fechamos a noite com chave de ouro na compania do meu irmão Éio e do sobrinho Rafael, todos Rubim. Estava encontrando dificuldade em sair de Porto Alegrte. É uma baita metrópole.
A empresa que está fazendo esta nova linha Porto Alegre/Rivera - tem Rivera Floripa direto - é a Buquebus, Argentina. Tem avião de 68 lugares. Mas existem umas coisas que a gente demora a entender. Cheguei ao aeroporto Salgado Filho e fui direto ao guiche da Buquebus. Tinha vôo e lugar para hoje, sexta-feira. Fui pagar e a empresa argentina aceita apenas cartão de crédito. Nem dinheiro, nem cartão de débito. Uma barbaride. Eles devem pagar a Anac com cartão de crédito, imagino!
A única forma de conseguir comprar a passagem foi com a ajuda de uma prestativa funcionária de uma agência de viagem. Comprou com o seu cartão de crédito.
Com tudo resolvido devo chegar em Rivera lá pelas 20 horas. Táxi até a rodiaviárira de Santana do Livramento, bus para Quaraí 'as 21hs. Tipo 'as 23:30 estarei tomando uma Norteña em algum Café Confiteria de Artigas para mais tarde fazer uma visita ao empresário da noite Bocha Capô em sua casa Capô House!
Programa perfeito para um "esquenta" para o grande assado de cordeiro programado para amanhã na casa do meu querido amigo Emilio Toma.

Cesar Valente deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Conseguindo sair de Porto Alegre": O que pode ter acontecido: a Buquebus, como empresa estrangeira, talvez ainda não tenha estrutura financeira no Brasil. No cartão de crédito, seria como pagar em Montevideo. Mesmo assim, é estranho.

Queridos leitores...

Estou numa travessia em direção à fronteira com o Uruguai. É um pouco difícil passar de Porto Alegre pois encontro amigos aqui que acabam me levando para outros caminhos me desviando da rota. Ao chegar à fronteira, quando chegar, prometo ver os e-mails e comentários. Logo estarei postando algo.
Saudações....

Xico deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Queridos leitores...":  
Ôoo Canga velho !!!
Prazer inusitado !!!!
Abraço !!!
Obrigado pela compania !!!
Xico. 



LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Queridos leitores...":
Estrada aberta aos caminhos próprios do boleieiro.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A bandidagem da aviação comercial brasileira

No brasil não existe apagão aéreo. O que existe e a grande imprensa tradicional não revela é uma grande sacanagem produto deste duopólio Tam/Gol. 
Se ouve um grande crime na área da aviação comercial brasileira, este crime foi praticado por Luiz Inácio lula da Silva no momento em que entregou, de mão beijada, a Varig e toda a sua estrutura para a Gol.
Hoje, vigaristas travestidos de empresário aéreos dominam o mercado de transporte de passageiros em um país que vive com os aeroportos superlotados que mais parecem rodoviárias de interior do que aeroportos...de antigamente.
Nada contra  os menos favorecidos" viajar de avião. Pelo contrário: magavilha! Imaginem uma mãe cearense poder se "teletransportar" até São Paulo em poucas horas e chegar a tempo de assistir o nascimento do seu oitavo neto! 
O problema não é esse. O problema é que os aeroportos se transformaram em shopping centers, sem vagas de estacionamento, sem aumento de pistas para pousos e decolagens sem organização e sem fiscalização do comportamento das companhias aéreas que pintam, bordam, chuleiam e caseiam e o consumidor que se exploda.
Vejam só senhores leitores: se viaja hoje pela American Airlines, de Guarulhos a Miami por míseros R$ 748,00 ida e frida!!!!!!
E esses assaltantes da Gol e da Tam querem nos cobrar R$ 1.300,00 para dar um pulo ali em Buenos Aires e assim mesmo em vôos de 9 horas cheio de escalas ou diretos somente às 4 da manhã!
E o governo? Nada...em dinheiro é claro!

...em uma cidade grande


Da série: A propaganda é a alma do negócio


Desencontros (maravilhosos) do Les Paul

O Desencontro de Les Paul Corvette, Dashiell Hammett, Sam Spade e Humphrey Bogart no John's Grill, Ellis St, San Francisco

 
Visite http://www.johnsgrill.com/ e conheça o reduto predileto de Dashiell Hammett. Em San Francisco, dizem as boas línguas empapadas em scotch vagabundo que o autor escreveu lá boa parte de O Falcão Maltês, clássico imperdível da literatura noir eternizado nas telas por Humphrey Bogart. Início de fevereiro de 2011, precisamente dia 1o., terça-feira, aguardei durante 5 horas a chegada de El Tigre, mi perro Loco. Em vão, o cão danado não veio. O garçom começou a desconfiar de minhas intenções após o quinto pitcher of beer, mais ou menos o equivalente ao dobro de um british pint, leia 'páinte'. Ao meio-dia fazia não mais que 5 graus. Apesar do ar gélido, o capote estava um pouco over e contribuiu para que alguns 'ratos' com insígnias reluzentes fossem alertados. Estrelas grampeadas sobre o peitoral de seus uniformes azuis, saídos não sei de qual pocilga, entravam no recinto a cada 35/40 minutos. Obedeciam ao pedido de socorro do atendente e seu 'botão de emergência', visível ao lado da velha registradora. E foi assim durante o período em que esperava o infeliz do meu motorista. Leia mais. Beba na fonte.

terça-feira, 22 de março de 2011

PROTECIONISMOS

Para todos os artistas anônimos brasileiros, que batalham todos os dias, sem parentes influentes, e ignorados pelo ministério da Cultura

Por Emanoel Medeiros Vieira


O irmão famoso e riquíssimo de Maria Bethânia se irritou e deu chiliques com as críticas aos favorecimentos patrimonialistas e anti-republicanos do ministério da Cultura. Chamou a mana de “deusa”.
Acreditam que são portadores do direito divino, como os reis pré-Revolução Francesa. Que estão acima do bem e do mal. Que estão imunes à crítica dos pobres mortais. Que então ele financie o blog da irmã e não exija que o ministério da Cultura continue como um feudo de apaniguados , bem nascidos e abonados – e que nada faz pelos artistas anônimos.
A Lei Rouanet foi aprovada pelo Congresso em 1991. Ela permite às empresas aplicarem em projetos culturais até 4% do que pagariam de Imposto de Renda, e às pessoas físicas até 6¨%.
Como observou um jornalista, a maior parte da clientela da lei “difunde a ideia de que é privado o dinheiro destinado a financiar projetos”.

“Mentira”, exclama Ricardo Noblat, lembrando que o governo abdica de receber uma parcela
de impostos para que a cultura floresça entre nós. É o dinheiro público (o meu, o teu, o nosso) escapando do controle do governo.

É republicano?

Esclarece o jornalista: “Não pense que é pouco o dinheiro envolvido em transações por vezes tenebrosas. Em 2003 foram RS 300 milhões. Sei anos depois, R$ 1 bilhão. Cerca de 80% do orçamento do ministério da Cultura para este ano derivam de impostos que o governo deixará de recolher”.

A verdade nua e crua é que são os departamentos de marketing (a velha publicidade!) das empresas que definem a “política nacional de cultura”. São eles que escolhem quem receberá as verbas ou não. Quem mais lucra?, indaga o jornalista. Sim. As empresas, como ele diz, que associam sua imagem ao governo.

Ganham os intermediários, as empresas e os artistas.

E o povo? Para essa gente, povo só serve para comício. “Entre por dinheiro numa orquestra juvenil da periferia de Fortaleza ou num show de Ivete Sangalo, você imagina qual será a escolha de uma empresa?”, observa Noblat. Apenas 3% dos que apresentam projetos ao ministério ao Ministério da Cultura ficam com mais da metade do dinheiro atraído pela lei.

Quem faria os vídeos para o blog da Bethânia seria um cineasta, marido de uma famosa artista, filha de uma diva do teatro. Tudo em família!
O chilique do “velho baiano” deriva do fato da mamata ter sido descoberta. Enfrentamos a ditadura: teremos medo de ataques histéricos e da panelinha tenebrosa que manda no ministério dito da Cultura?
Nosso dever é o de dizer – todos os dias – a verdade no que escrevemos. O preço é alto? É. Mas foi a postura que escolhemos.
(Salvador, março de 2011)


luizzz R! deixou um novo comentário sobre a sua postagem "PROTECIONISMOS": Caetano veloso destilando o mais alto teor do seu veneno falso moralista...novos-baianos, onde? num lugar onde o coronelismo se serve ás custas da música e do povo, isto é um desrespeito a própria pátria. Eu tenho NOJO desse gente e por onde eu estiver, tenha certeza que vou fazer de tudo para DESTRUIR a imagem desse povo que vive vestido de carneirinho, mas que estão sempre com a boca sedenta pela carne do povo, os grandes lobos da sociedade a música já não é mais a barreira que diferencia aqueles que estão na vida pela arte, pela expressão e pela liberadade, daqueles que tem o gosto pelos números bancários e pelos luxos mundanos
repito, CAETANO, BETANIA, tenho NOJO de vocês.
A escória nefasta merece mais respeito do que esse bando de colarinhos brancos e acordes cansados desse movimento 'novos-frassacados que já morreu há tempos.
Tenho NOJO. 

O blog da Bethania

segunda-feira, 21 de março de 2011

SOBRE O BLOG DA BETHANIA

(Curta nota sobre “protecionismo” e os velhos males do patrimonialismo brasileiro)
 
Por Emanuel Medeiros Vieira

Noticia-se que a cantora Maria Bethânia foi autorizada pelo ministério da Cultura a “captar” (as aspas são minhas) recursos no valor aproximado de 1 milhão e 300 mil reais, para a feitura de um blog.
Captar? É claro que logo aparecerão o Banco do Brasil, a Petrobrás (sempre ela!) e a Caixa para oferecer a verba necessária. A verdade é que instalou-se uma “panela” poderosíssima - com apoio de artistas famosos – no ministério – que pela Cultura nada faz. (É por que a “turma” apoiou a presidente?!)

A colocação necessária é a seguinte: Não se trata de discriminar proponente famoso, como observou alguém. Mas sim de recusar uma proposta de quem – até por ser famoso - não precisaria deste aval público para bancar patrocínio, às custas do nosso dinheiro. E, certamente, de quem dispõe de recursos próprios para a empreitada. E o Estado ficaria dispensado de renunciar a receita. A renúncia fiscal deve atender a proponentes que não tenham condições para bancar um projeto.

Quanta gente anônima mereceria!

A postura que aprendemos no CPC da UNE (não aparelhada ainda...) era outra: cultura viva, idealista, desapegada da pecúnia e calcada na identidade do povo brasileiro. Sem patrimonialismo ou privilégios.
(Salvador, março de 2011).


Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "BethaniaBlog":
Isso é o fisiologismo. O PT não está imune, seu concumbino, o PMDB, já repassou a cultura. Olha o que como o Colombo inova em SC! Funcionário público assumindo posição de jogador, em pleno expediente, é a institucionalização da sem vergonhice. E da desfaçatez de quem prometeu modernidade. Que marasmo. 

Colaboradora do WikiLeaks no Brasil lança agência de jornalismo investigativo

Interessadas em produzir reportagens que demandam longo período de apuração e produção independente, as jornalistas Natalia Viana, colaboradora do Wikileaks, e as colegas de profissão Marina Amaral e Tatiana Merlino deram início a Pública, agência de jornalismo investigativo que atuará nos moldes dos tradicionais centros de investigação da Europa e Estados Unidos. Beba na fonte. 

Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Colaboradora do WikiLeaks no Brasil lança agência ...": Sem querer ser piegas mas não há antídoto melhor para o ilícito, a desonestidade, principalmente na condução da coisa pública do que o bom jornalismo. Uma luz, de boa qualidade e, como diz o PHA, como o sol, o melhor desinfetante.
Jornalismo investigativo onde a sala de redação fique longe da do faturamento é a imprensa que almejamos

O baile

Do Milton Ostetto

Leitor com várias dúvidas a respeito dos Smurf's

Guarda Municipal: multas, truculência e despreparo
Olá Canga,
Me responda rápido, Qual é a função da Guarda Municipal???
-Multar?
-Complicar o trânsito?
-Atirar em cidadãos indefesos???

Pois bem, de acordo com a Constituição Federal de 1988 em seu capítulo III, Art. 144, parágrafo 8°,
"Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei."
Se de acordo com a CF/88 é essa a competência que cabe a eles, porque eles não a estão exercendo??
Como que ocorrem os furtos na própria prefeitura, nas dependências de órgãos que após apreender produtos, simplesmente desaparecem da sala do diretor do setor??


Questiono novamente, porque eles estão fazendo o serviço de polícia?? Você me responde, a polícia não tem efetivo suficiente para fazer o POLICIAMENTO, sendo que nessa falta de polícia militar, a Guarda Municipal realiza o POLICIAMENTO. O próprio nome POLICIAmento refere-se à POLÍCIA, não é GUARDACIAMENTO........


Porque que regularmente são realizadas licitações milionárias para realizar a GUARDA das dependências da PMF, Creches, Pró-cidadão, e essa GUARDA não é realizada pela GUARDA MUNICIPAL?? Pense em quem é o dono de algumas empresas dessas de guarda terceirizadas?? Porque que no governo LHS a CASVIGBERGER fazia a segurança patrimonial dos estabelecimentos estaduais??


Eu comentei num post a respeito das licitações de pardais e lombadas eletrônicas que um programa em rede nacional denunciou, isso acontece também nesse meio de terceirização.


Com relação à terceirização, esse foi um grande marco da era LHS... só faltou terceirizar a educação, devido a isso ela encontra-se do modo que está.

Grande abraço,

Renan

Cangablog: Caro leitor em dúvida, a criação da Guarda Municipal  (Os Smurf's) sempre foi eivada de falcatruas. Clique aqui e leia matéria publicada pelo Cangablog à respeito.

Ainda a lambança LHS X Revista Metrópole

O Juiz Leopoldo Augusto Brüggamann titular da 3ª Vara Criminal de Florianópolis acaba de determinar as Alegações Finais para os Advogados de defesa no caso envolvendo a Revista Metrópole e o Governo Luiz Henrique da Silveira.
O processo esta chegandpo a sua fase fina (Ufa!)l. Na semana passadao  Promotor Eleitoral de Içara solicitou absolvição do empresário Nei Silva em processo que tramita naquela Comarca.

A lua do Edu


Recebi esta linda foto da amiga Martha Mansinho. Ela falou que foi feita no sábado pelo Eduardo "marido da Cleide Clok". Tá legal então. O Edu tem um blog. Vá até lá.

Mas a Martha também mandou esta outra foto que achei belíssima. Da cidade de Córdoba, Espanha.

A farra das diárias do DETER

 O Departamento de Transportes e Terminais (DETER) de SC está saindo melhor que a encomenda. A displicência no trabalho, dos novos funcionários com cargos de confiança já está chamando a atenção do novo inquilino do Centro administrativo, Raimundo colombo. Sai dia entra dia e a rapaziada dá a maior bandeira na malandragem. É funcionário qiue fica na cidade de origem e aó aparece 3 dias no trabalho. É outro que fica jogando dominó no Mercado Público em horário de expediente e agora começaram a operar a indústria das diárias que é uma conhecida malandragem muito usada para engordar salários.

No mês de fevereiro o Deter teve apenas 18 dias de trabalho. Desses 18, o presidente viajou 9 dias! Ficou apenas 9 dias na empresa. 
Abaixo o relatório das diárias do mês de fevereiro.

Aline deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A farra das diárias do DETER": Engraçado. O Decreto 1127/2008, art. 20, diz o seguinte: "o servidor [...] receberá no máximo 10 (dez) diárias por mês, excetuando-se as situações relevantes de comprovado interesse público, mediante prévia autorização da SEA".

Poema