terça-feira, 15 de março de 2011

ETERNIDADE (E APROPRIAÇÕES)

    Agradecendo aos autores que “pilhei” 
Por Emanuel Meiros Vieira
Para Maura Soares

Onde estão as estantes dos livros que não escrevemos?
De todos os livros lidos?
E tantos ainda faltam.

“Estendem-se pelo espaço remoto da biblioteca universal”
Aproprio-me do que já foi pensado

(e tudo já foi concebido):
“Estamos sempre no começo do começo da letra A”.

E assim chegaremos à eternidade:
a infância debruçada sobre nós  – minha peregrinação:
“Há um caminho por onde passo/e outro que passa por mim/

Um anda por meus passos/e não tem fim/

O outro é onde meus passos perderam-se de mim.”
(Miguel Sanchez Neto).

Eternidade:
o  tempo é um orixá que não incorpora 

porque humano algum suportaria o seu peso?
Passamos,

Em cada amanhecer, chegamos mais “perto”:

não  adiantam as artimanhas.

Até quando?
E a sede de Infinito não cessa nunca.
(Salvador, março de 2011)

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