quinta-feira, 28 de julho de 2016

FGTS: só no do trabalhador!

   Assunto do momento nos meios banqueiros e empresariais é o fim do monopólio da Caixa Econômica Federal no "cuidado" do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O fundo é a única reserva do trabalhador, para quando se aposentar ou para usar em alguns casos excepcionais. 

   Acontece que desde que foi criado, o FGTS que acumula bilhões de reais, sempre foi usado para financiar casa própria, saneamento, empreiteiros, empresários de todas das espécies e, claro, como instrumento de financiamento político e corrupção. Todos metem a mão no FGTS, menos o trabalhar que está proibido de mexer na bolada.

   O trabalhador vem sendo lesado em seu capital, desde 1999, quando instituíram a Taxa de Referência (TR). Segundo informa o Globo: "Os milhões de cotistas, lesados por receberem como remuneração meros 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), fixada abaixo da inflação. Mesmo somadas, as duas taxas ficam abaixo da desvalorização da moeda. A perda do fundo, com a ínfima remuneração, desde a instituição da TR, em 1999, soma R$ 329 bilhões, pelos cálculos da ONG Fundo Devido, aproximadamente tanto quanto o saldo do FGTS"

   O butim é tão grande, que sempre foi alvo de políticos e partidos. Com o aparelhamento petista da máquina pública, todos os grandes fundos de pensão foram à falência. Roubaram descaradamente. O FGTS não ficou de fora.

   As nomeações fisiológicas de diretores do FGTS foi uma prática comum nos últimos anos, onde o PT escalava pessoas de e estrita confiança do partido para "gerir"o dinheiro do trabalhador. Claro, em se tratando de trabalhador, o PT tem o monopólio desse mercado.

   Até Dilma ser defenestrada do poder quem cuidava da Caixa, que cuida do FGTS, era uma fiel militante petista: Mírian Belchior, que segundo analistas não saberia a diferença entre nota fiscal e duplicata. Ali houve roubo mesmo.

   Outro caso bem ilustrativo da cobiça do dinheiro do trabalhador foi a indicação de Fábio Cleto para a vice-presidência da Caixa que aprova os pedidos de recursos do FGTS para projetos de investimento. Indicação de quem? de Eduardo Cunha.

   No nosso Congresso tem de tudo...menos bobo!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Justiça aceita denúncia contra Knaesel e mais 12 pessoas

O ex-Secretário de Estado da Cultura, Turismo e Esporte, Gilmar Knaesel, foi apontado como mentor de um esquema que causou prejuízo aos cofres públicos de Santa Catarina.
  
   A 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital acolheu a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o ex-Secretário de Estado da Cultura, Turismo e Esporte Gilmar Knaesel e outras 12 pessoas indiciadas pela Operação Bola Murcha. Os crimes apontados na ação penal são associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, uso de documento falso, estelionato e falsidade ideológica. Além disso, o MPSC pediu o pagamento de R$ 976.878,50 como forma de reparar os danos causados ao erário catarinense.

   Segundo a ação ajuizada pela Promotora de Justiça Darci Blatt, da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, Gilmar Knaesel, na época em que era Secretário Estadual, organizou um esquema criminoso para desviar recursos destinados a Organizações não Governamentais (ONGs) fantasmas, provocando prejuízo aos cofres públicos e o enriquecimento ilícito dos integrantes da fraude.

   Conforme o Juiz de Direito Marcelo Carlin, há prova da materialidade dos crimes e indícios da autoria das irregularidades. Dessa forma, a denúncia foi acatada para que os envolvidos sejam notificados e apresentem suas respectivas defesas.


Confira os crimes apontados a cada um dos investigados:
1) Gilmar Knaesel - Associação Criminosa, Peculato e Corrupção Passiva;
2) Arlindo Kléber Corrêia - Associação Criminosa, Peculato e Corrupção Passiva;
3) Leandro Laércio de Souza - Associação Criminosa, Uso de documento falso, Peculato e Corrupção Passiva;
4) Lilian Cristina de Oliveira - Estelionato, Associação Criminosa e Corrupção Ativa;
5) Edício Gambeta - Associação Criminosa, Falsidade ideológica, e Corrupção Ativa;
6) Silvania Rosa Goulart - Associação Criminosa;
7) Nair Cristina Abreu - Associação Criminosa, Falsidade ideológica e Corrupção Ativa;
8) Nair Ferreira Abreu - Associação Criminosa e Corrupção Ativa;
9) Samanta Fátima da Silva - Associação Criminosa, Falsidade ideológica e Corrupção Ativa;
10) Simone Gambeta - Associação Criminosa, Falsidade ideológica e Corrupção Ativa;
11) Rafael Faria - Falsidade ideológica e Corrupção Ativa;
12) José Bernardino Souza dos Santos - Falsidade ideológica e Corrupção Ativa;
13) Marli Denis de Simas - Falsidade ideológica.

Assaltos ornamentais e malabarismos da classe política brasileira

    Por Eduardo Guerini
Preparando as malas para visitar a Vila Olímpica
e fazer parte da força-tarefa que pretende resolver os problemas hidráulicos e elétricos nos apartamentos destinados as delegações de atletas dos países
participantes das Olim-PIADAS Rio 2016
   
    As alvissareiras notícias de mais um megaevento na “Terra Brasilis” demonstram como o brasileiro é um povo receptivo e pacato, para não estigmatizar como “colonizado”. No entremeio deste que será o maior espetáculo transmitido em escala global, às imagens da chegada de atletas e delegações na cidade-sede do Rio de Janeiro, o escamoteamento da realidade que cidadão comum vive é peça por demais vista no cotidiano da mídia impressa e eletrônica sob o monopólio da Rede Globo.

   O primeiro ato do espetáculo grotesco e nada transparente dos gastos foi o revezamento da “Tocha Olímpica” por várias cidades brasileiras, com escolhas de personagens sob a insígnia do pagamento em espécie, e, deliberada promoção dos patrocinadores para tentar envolver uma ressabiada população diante de mais um legado custoso, demonstrando a falta de prioridades dos governantes e sua escória política, com as demandas populares.

    O segundo ato desse enredo é a tentativa manipuladora da Rede Globo para transmitir uma ideia já muito decantada de um povo brasileiro cordial, que, apesar das dificuldades da miséria existencial e pobreza endêmica é feliz e receptivo em eventos internacionais. A maquiagem da “Cidade Maravilhosa” deixará um legado cantado em prosa e verso – a crise fiscal e o “Estado de Calamidade Pública”, transformando o Brasil em polo de atração de turistas internacionais, mesmo que para isto, o caos na segurança pública, a crise na educação, a falta de saneamento, a saúde na UTI sejam necessárias.

   Esse desejo tupiniquim rastaquera se propaga nas províncias brasilianas, inclusive em Santa Catarina. A falta de profissionalismo e planos turísticos, a ausência de trabalhadores com capacidade idiomática – inclusive na língua materna torna hercúleo tal desejo e aspiração de uma elite dirigente, que insiste integrar um povo que vive “levando à mão a boca”. Uma nação de desdentados, analfabetos funcionais e pauperizados, está de braços abertos gritando: “welcome”, “bienvenidos”, ‘benvenuto”, “wilkomen” , neste enredo monossilábico que vive entre uma palavra do dicionário de línguas e milhares de gesticulações para vender um “sanduba”, nada mais patético que ver a Rede Globo e seus servis repórteres demonstrando o quão afáveis e generosos somos. Afinal, os turistas estão chegando aos milhares, pelo menos na propaganda enganosa que perpassa nos relatos diários sobre a Olimpíada em 2016, bombardeados entre um anúncio e outro dos patrocinadores oficiais.

   O terceiro ato dessa megalomania produzida por “estalinistas caboclos e periféricos” associados ao “coronelismo das verbas públicas”, no consórcio PT-PMDB, as obras que ficarão como legado de mais um megaevento, começaram a desbaratar a quadrilha da corrupção ativa e passiva, com o aval de todos os podres poderes. A relação promíscua entre organismos internacionais como FIFA e COI, empreiteiras e patrocinadores, uma canalha política nas periferias do sistema capitalista global, produziram algo mais deprimente que estruturas de “quinta categoria” e prédios mal acabados.

   É a aclamação do legado lulopetista em tempo de glorificação e elevação da autoestima dos pobretões da periférica da globalização. Como não podem entrar pela matriz produtiva, que apresentem algum entretenimento e divertimento para as ELITES TRANSNACIONAIS.

   Nesta histérica combinação de corruptos e corruptores globais, como diz aquele velho refrão “O Brasil samba que dá, Bamboleio que faz gingar...”, nossos governantes continuam a perpetrar os “ASSALTOS ORNAMENTAIS” no orçamento público, na série de MALABARISMOS POLÍTICOS, típico da classe política brasileira em seu tiro ao alvo certeiro – a RAPACIDADE.

   Como diria o velho poeta, é ou não é momento de desafinar o coro dos contentes!???

Investigados, Dado Cherem e Júlio Garcia, voltam à baila

   Recebo do amigo e colaborador, Marcos Bayer - em auto exílio pela fronteira -  esta cartinha:

   Caro Canga,
   Continuo com forte resfriado em Quaraí/RS.
Paisagem maravilhosa!
   Tenho ingerido muito analgésico uruguaio. É o Zolben...

   Li tua matéria sobre o TCE/SC. (
Conselheiro Júlio Garcia é investigado pela Promotoria da Moralidade)

   Lembrei que no inicio deste ano escrevi uma carta ao ex-deputado, Dado Cherem, agora envolvido em mais "uma", com o conselheiro Júlio Garcia, no Tribunal de Contas.
   Abraços gripados, Marcos. 


   A matéria a que o Marcos se refere é esta abaixo:

Carta ao Dado Cherem no Tribunal de Contas – TCE.  

Dado Cherem
   Caro Dado Cherem,
   Domingo sempre é dia bom para reflexão. Leio os jornais da semana, atrasado, em razão do sol forte e da maravilha das águas de Janeiro/2016, especialmente as daqui do sul.
   O Moacir Pereira não informaria bobagem. Ele até já foi membro da Augusta Casa. Escreve ele, no DC, página 10, edição de 22/01/16, uma notinha: TRIBUNAL DE CONTAS.
   Diz que o tal acordo, agora costumeiro nas nossas instituições, de rachar o mandato da presidência da Corte de Contas, não vingará porque tu aguardas uma decisão da Justiça Estadual sobre tua repentina posse no cargo de conselheiro.
   Fazes bem, seria constrangedor assumir tal posição sub judice.
   Dá uma olhada no corredor onde estão os retratos pintados dos antigos presidentes. Olha só a envergadura moral e intelectual de alguns, especialmente os mais antigos.
   Olha só o esforço do Juiz Moro, lá de Curitiba, para prender, com robustas provas, a canalha que saqueava a República. Vai me dizer que tu não ficas orgulhoso de ter um brasileiro deste naipe. Olha um novo Brasil nascendo pelas mãos do pessoal da nossa geração.
   Jovens promotores, advogados, policiais federais, juízes... Todos na luta democrática e consolidando a República. Às vezes, até a imprensa...
   Dado, sei que a situação pode apertar às vezes. Aperta para todo mundo. Mas, não precisa ir logo para o Tribunal de Contas, como conselheiro.
   Faz o concurso que está em aberto para auditor externo de contas. Eu o farei, mesmo sem estudar. E se passarmos, juntos, poderemos comemorar este Brasil que prevíamos lá no Canto Grande na casa do Ike Gevaerd, quando nós te ajudávamos nas dificuldades momentâneas da vida. Lá nos idos de 1999.
   Pede um cargo em comissão ao Julio. Ele é boa praça, não te negará.
   Tu podes dizer que as regras do jogo são assim mesmo, que a política é deste jeito e que não tem jeito.
   Mas, não é bem assim não. Olha o Colombo, não o Cristovão, mas o Raimundo. Foram para a Europa, ele e o major Luiz, de férias, para conhecer o funcionamento dos trens rápidos. Ele fará a nossa Ferrovia do Frango, logo em seguida.
   Olha o prefeito Souza Junior e a “dura” que ele está dando na CASAN por causa dos lançamentos de dejetos e excrementos nos nossos cursos d’água.
   Olha a EMBRATUR aplaudindo a obra emergencial, de um dia, que tapou com um caminhão de areia da praia a boca do Rio do Brás, em Canasvieiras.
Vai me dizer que tu não acreditas neles?
O Colombo, inclusive, já foi presidente da CASAN quando tu estavas do lado de lá, na política. Quando o Jaison Barreto te ajudava em Balneário Camboriú.
   Rapaz, o Brasil não aceita mais muita lambança... A coisa tá mudando... Devagar, mas está mudando. E nós temos o dever moral de ajudar. Mesmo na dificuldade pessoal, temos que ajudar.
   Dado, por último, um pedido: Renuncia.
Não constrange, mais ainda, o pessoal da Casa das Contas.
   Como é que tu podes julgar sub judice, rapaz?
   Tu és um bom dentista, volta para a profissão, como fez o Eduardo Pinho Moreira quando ficou sem mandato político.
   Te mira nos exemplos, nos exemplos das mulheres de Atenas...
   Mulheres de fibra e talento.
   Abs, Marcos Bayer
(em 24/01/2016).

terça-feira, 26 de julho de 2016

"Use longe das crianças"

   Coisas do Rio de Janeiro. O marketing do tráfico parece insuperável.
   A polícia do Rio de Janeiro apreendeu, nesta segunda-feira, pacotes de cocaína carimbados com o rótulo Rio-2016 e os desenhos dos anéis olímpicos. Na embalagem, um alerta do laboratório: "Use longe das crianças". 
   O alerta nas embalagens deve ser obrigatório por lei.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Conselheiro Júlio Garcia é investigado pela Promotoria da Moralidade

Subprocuradora-geral, Vera Copetti, determinou que a promotoria da moralidade administrativa analise conduta de Luiz Eduardo Cherem e Júlio Garcia por retirada do nome de Cherem da lista dos condenados pela Corte de Contas enviada ao Tribunal Regional Eleitoral em 2014. O filtro concedido por norma interna beneficiou o ex-deputado que tem 12 condenações no TCE com a exclusão do nome da lista de possíveis impugnações de candidatura com base na lei da Ficha Limpa e estendeu o benefício a todos os condenados pelo TCE apenas com multas.
  
Júlio, nas malhas da Justiça
    Um despacho assinado no último dia 3 de junho pela subprocuradora-geral de Justiça, Vera Copetti, solicita às promotorias da Moralidade Administrativa da comarca da Capital a avaliação da conduta de dois conselheiros do Tribunal de Conta de Santa Catarina (TCE-SC): Luiz Eduardo Cherem e Júlio Garcia. No caso de Cherem, o pedido está relacionado com as 12 condenações no mesmo TCE-SC contra o ex-deputado estadual e ex-secretário de Saúde, mas que não foram incluídas na lista enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de (TRE-SC) em 2014. Em relação a Júlio Garcia, o questionamento é o envio da mesma lista sem o nome de Cherem, quando atuava como presidente da Corte de Contas.

   
   Leia matéria completa no FAROL Reportagem

VooDoo chega à Ilha

   Jornalista Laura Coutinho (DC), a chegada da famosa festa VooDoo a Florianópolis. 
    Groove na Ilha: VooDoo e WhataFunk? se unem e divulgam as duas primeiras festas da parceria

       Para quem curte black music, essa é uma baita notícia. A VooDoo, festa disputada no Bar Ocidente, em Porto Alegre, e que é referência em música de qualidade, acaba de aterrissar na Ilha, onde se une a WhataFunk? Produções, realizadora de eventos por aqui há seis anos.
   O primeiro fruto da parceria de Rafael Rubim e DJ Caiaffo (VooDoo) e Adriana Coelho (WhataFunk?) já tem data marcada: dia 13 de agosto, no Babilônya Club, na Joaquina, festa e show com o cantor, compositor e multiinstrumentista Curumin, que tocará sucessos de Stevie Wonder.

   Dia 9 de setembro, o trio traz o primeiro artista gringo da nova fase: um dos maiores colecionadores de discos de vinil do mundo comanda a pista recheada de grooves de qualidade, também no Babilônya. Logo, logo a coluna entrega o nome do DJ

sábado, 23 de julho de 2016

Os Terroristas Estão Chegando! Estão Chegando Os Terroristas!!!

   por Agamenon Mendes Pedreira
   Não tem a menor possibilidade de o terrorismo internacional se dar bem no Brasil. É sem chance. Zero. Já está tudo explodido e detonado. Pode juntar o ISIS, o Hamas, o Hezbollah e o Al Qaeda - tudo não chega nem perto da capacidade de destruição dos políticos brasileiros. Na verdade, na modalidade olímpica de terrorismo muçulmano explosivo, a equipe brasileira não tem nenhuma possibilidade de medalha. O Brasil é o único lugar do mundo em que os Mártires de Alá combinam atentados usando WhatsApp e Facebook. Terrorista brasileiro é tão burro que tira selfie para colocar no Instagram. Parece até a Dilma, que, aliás, também foi presidenta-bomba.

   Caso o terrorismo internacional resolva se instalar de vez no Brasil, também não vai dar certo. Os guerrilheiros vão ser obrigados a tirar CPF, o governo vai aumentar o imposto sobre o explosivo e ainda cobrar um IPVA extorsivo dos carros-bomba. Os homens-bomba, antes de explodir, teriam que tirar um alvará, além de cadastrar-se na Anvisa e no Detran. Os terroristas mais famosos seriam convidados a passar o fim de semana se autoexplodindo no Castelo de Caras para sair da depressão. Também seriam contratados para fazer anúncio de presunto da Seara, apesar de o islamismo proibir o consumo de carne de porco. Terroristas ligados às “comunidades” seriam convidados do “Esquenta” da Regina Casé e dariam receita de bomba caseira no programa da Ana Maria Braga.

   E tem mais: os terroristas concursados do estado, com direito à estabilidade, quinquênio, biênio e licença-prêmio poderiam se aposentar aos 35 anos de idade, “devido de que” a periculosidade da profissão. Os terroristas estaduais do Rio de Janeiro entrariam em greve, pois não iriam receber as 400 virgens a que têm direito por acordo do Sindicato dos Terroristas, filiado à CUT. Para protestar, vão ficar na porta do prédio do governador tampão e tampinha, Chico Dornelles, ameaçando não se explodir durante os Jogos Olímpicos.

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Devo reconhecer que sou um fracassado. Devia ter escutado os conselhos da minha mãezinha: andar em más companhias, frequentar lugares sórdidos praticando delitos penais. Só assim eu conseguiria chegar a ser juiz ou mesmo desembargador e ter direito a esse aumento do Judiciário

*Agamenon Mendes Pedreira é terrorista togado.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Traficantes de ilusões no pleito municipal



por Eduardo Guerini
Acionando a “máquina da verdade” para analisar as mentiras dos velhos e novos Pinóquios na campanha eleitoral dos municípios catarinenses.

  
   O processo eleitoral de 2016 comumente traduzido por disputa competitiva pelo voto dos eleitores está em curso. O cenário do pleito municipal, nesta conjuntura de crise, impõe superação da velha ordem no corrompido e degenerado sistema político brasileiro.

   O que deveria protagonizar a participação comunitária, visto que se trata de um pleito municipal, garantindo a construção de ambiente democrático-representativo está perdendo seu glamour. As sucessivas e escandalosas transações das principais siglas partidárias e suas lideranças políticas transformarão as eleições municipais em momento de julgamento político, diante do desencantamento e perda da esperança que ocorra mudança substancial na prática eleitoral e cultura política, dos postulantes aos cargos executivos e legislativos.

   No primeiro olhar, diante dos candidatos lançados e coligações políticas orquestradas pelos caciques estaduais, o que brota é um desfiar de velhas propostas e políticos profissionais de carreira, que agem como “traficantes de ilusões”. O quadro político nas principais cidades catarinenses segue o velho “rosário de promessas vazias” e “inconsistência ideológica” e “debilidade eleitoral”. O que descortina para o incauto e afável eleitor é uma miríade de “falácias” e convergência para MENTIRA sistemática de programas inalcançáveis. Em nenhum momento, os candidatos e siglas partidárias tratam de esclarecer que o AJUSTE FISCAL e QUEDA NA ARRECADAÇÃO tornará mais penosa a vida do munícipe, nas diversas cidades catarinenses. O estado de penúria fiscal, com queda nas receitas, exigirá malabarismo impensados para todos os futuros PREFEITOS.

   A probabilidade do pragmatismo e potencialização da ENGANAÇÃO continuada será a moeda corrente no pleito eleitoral de 2016. Tal vaticínio garantirá uma apatia do grande público que assistirá de forma coercitiva o velho enredo – programas vistosos produzidos por “marqueteiros” audaciosos, que tudo fazem para tentar atrair a atenção do indignado eleitor.

   Se alguém acredita em renovação no atual cabresto imposto por partidos políticos em crise, basta ler as notícias dos candidatos e coligações estabelecidas no pleito de 2012, ficará em “estado de choque” – as mesmas lideranças e alguns fantasmas interferirão no processo decisório municipal, permeado pela fronteira de oportunidades e chances eleitorais. É! Infelizmente continuará a velha tática de transformar a realidade municipal catastrófica em algo encantado, com gestores despreparados e políticos oportunistas, ladeados por “marqueteiros” que adornam o cadáver insepulto da “última esperança” que resta no renitente eleitor-cidadão.

   Alguém duvida que o financiamento privado continue ditando quem será vitorioso ou perdedor no pleito municipal catarinense? Afinal, a eleição é mais um espetáculo grotesco preparado por traficantes de ilusão, que transforma cidadãos em idiotas funcionais!!!

O Porto Maravilha é Negro


Construído na região que abrigou o maior porto negreiro das Américas, projeto da prefeitura “lembra pra esquecer” essa herança; debaixo da atração turística há milhares de ossos de escravos traficados, dizem especialistas

    por | Pública
   O Porto Maravilha esconde saberes fundamentais à costura do passado do Rio de Janeiro. Para juntar os pedaços de tecido naquela área, é necessário, primeiramente, saber onde se pisa. Em 1° de março de 2011, as obras do projeto de renovação do território portuário deixaram de ser somente um conceito moderno, que olha para o futuro. Naquele dia, por força de lei, uma equipe do Museu Nacional acompanhava as intervenções de drenagem no subsolo por escavadeiras das empreiteiras que constroem o arrojado empreendimento. Os arqueólogos já sabiam o que estava por vir à superfície da rua Barão de Tefé: o Cais do Valongo, onde centenas de milhares de escravos aportaram a partir do século 18, sobre o calçamento de pé de moleque – técnica construtiva do Brasil Colônia, com pedras arredondadas de rios acomodadas sobre a terra batida. Os seixos irregulares estavam sob outra camada, mais à moda do Brasil Império, com conjuntos de blocos de granitos empilhados para receber, em 1843, a imperatriz Teresa Cristina, então futura esposa de dom Pedro II. Por cima desse revestimento, havia ainda o aterro planejado pelo prefeito Pereira Passos no início do século 20, que pôs um fim à memória do passado imperial. E escondeu também o originário holocausto brasileiro.
Desembarque de escravos no Cais do Valongo, 1835, JM Rugendas
     O Cais do Valongo foi o maior porto negreiro das Américas e, segundo o historiador Manolo Florentino, esteve em atividade nas últimas décadas do século 18 até final de 1830, ocupando uma área entre os bairros da Gamboa, da Saúde e do Santo Cristo. Nele desembarcaram mais de 700 mil escravos, vindos, sobretudo, do Congo e de Angola – pode-se dizer que o Valongo foi o ponto de convergência de 7% de todos os cerca de 10,7 milhões de escravos traficados às terras do Novo Mundo. Pelo menos mais 700 mil foram traficados para outros pontos do litoral do estado do Rio de Janeiro.

    A capital, naquela época, era umas das cidades mais negras do mundo colonial. E o trecho mais agitado por essa migração compulsória era a rua do Valongo, atualmente rua Camerino. Sobre ela, como mencionado no livro 1808, do jornalista Laurentino Gomes, a viajante inglesa Maria Graham, amiga da imperatriz Leopoldina, escreveu em seu diário: “Vi hoje o Valongo. É o mercado de escravos do Rio. Quase todas as casas desta longuíssima rua são um depósito de escravos. Passando pelas suas portas à noite, vi na maior parte delas bancos colocados rente às paredes, nos quais filas de jovens criaturas estavam sentadas, com as cabeças raspadas, os corpos macilentos, tendo na pele sinais de sarna recente. Em alguns lugares, as pobres criaturas jazem sobre tapetes, evidentemente muito fracos para sentarem-se”.
Leia reportagem completa. Beba na fonte.



terça-feira, 19 de julho de 2016

1984


   por Laercio Melo Duarte

    WHATSAPP ??? Teríamos finalmente chegado a "1984" ? O Bloqueio do aplicativo WhatsApp suscita várias questões.

    A primeira é de caráter antropológico, ou seja, do ponto de vista da humanidade seria uma ótima oportunidade das pessoas se questionarem sobre o que estão fazendo com suas vidas sociais. 

   
   Outro dia vi o comportamento de uma moça dentro do ônibus urbano que vai do Centro de Floripa ao campus da UFSC. Do lado direito das janelas algo cinematográfico, uma deslumbrante paisagem de um final de tarde, com a Baía Sul emoldurada pelas montanhas do Cambirela. Pois, a moça sentou-se do lado esquerdo e, depois de despachar várias mensagens de voz (suponho que pelo What's Going On), tentava desesperadamente localizar alguém para conversar ao vivo.

    Do ponto de vista jurídico, é de se questionar à empresa proprietária do aplicativo, por que ela não colabora com a Justiça, abrindo o sigilo de um suspeito em investigação policial. Mas, do ponto de vista político e social, o sigilo é um direito humano básico, tanto que os criminosos do colarinho branco costumam alegar direito ao silêncio, deixando juízes, delegados e outras autoridades com caras de taxo.

    Mas, a questão mais importante é a tecnológica. O proprietário das plataformas Facebook e WhatsApp explicam que não guardam registros nem acompanham as conversas. Sabemos que isso é mentira, pelo menos em relação ao Facebook, por que quando estamos conversando sobre um assunto qualquer, na primeira oportunidade nos é oferecida uma propaganda de algum produto que tem a ver com o assunto em pauta. No entanto, está lá no aplicativo o aviso de que "as mensagens são criptografadas e destruídas" assim que são recebidas na outra ponta.

    Quem tem jurisdição sobre uma transnacional que atende bilhões de usuários, espalhados por todo o Planeta? A Aldeia Global não precisaria de um Governo Global? Será que finalmente vamos chegar a "1984", senhores George Orwell e Marshal McLuhan ?

TARCÍSIO

Bebemos vendados da taça/da vida enquanto/lavamos seu ouro sem jaça/com nosso pranto./A venda desfaz-se, porém, antes da morte, e o que nos seduzia tem a mesma sorte,/Vazia, a taça então revela/seu nada insosso:/bebíamos sonho que, nela, nem era nosso!”
(Mikhail Liérmontov (1814-1841) - “A Taça da Vida”

  
Irmãos
por Emanuel Medeiros Vieira  
   Havia campinhos, verdes. Chácaras. Brincávamos. Sim, Tarcísio, era outra ilha. Não me escutas. É apenas uma carta que não foi enviada e que não poderá mais ler. Lembras dos nossos  passeios no Parque da Redenção (não o espaço degradado de hoje)?, das idas às ilhas do Guaíba? Dos belíssimos faroestes que assistíamos juntos? (Quando já vivíamos em Porto Alegre.) O dinheiro sempre curto, mas éramos jovens e podíamos tudo. Onipotentes, a Indesejada das Gentes não passava pela nossa cabeça.

MUITO MAIS QUE IRMÃOS, FOMOS SEMPRE AMIGOS – sempre.

   Terei te dito em vida? Não é  aquela apologia que (quase) sempre)  se faz aos que morreram. É algo mais fundo, visceral. Como um pedaço de mim (outro) que se vai. Parecerei piegas? Mas muita gente que amo tem ido embora. Não dá para internalizar um luto: e lá vem outro.  Posso contar nos dedados, um ser humano tão carregado de compaixão, de espírito “franciscano”, de generosidade, de humildade, de ternura – como tu, hermano. Sempre foste muito bem informado e lias muito.. Eras  forte, mas defendias teus pontos de vista com extrema dignidade, sem ofender.
   
   Quando te vi pela última vez, há mais de ano, com  Célia e Júlio Cesar, na “tua Brusque” (e do César também), teus cabelos estavam brancos.

   Pelas fotos que me mostraram depois, os cabelos estavam ainda mais branco e informaram que a tua saúde piorara.
Ligavas sempre para saber da minha enfermidade.
Um dia disseste: “O que posso fazer por ti, meu irmão é orar”. (O maior presente que “sinto” – a maior dádiva que alguém pode me ofertar.)

   Numa das vezes que ligaste, foi numa segunda-feira, na manhã seguinte ao Dia das Mães: informaste que não irias visitar o cemitério, onde repousava a tua Rut (um casamento forte de 52 anos). Mas tua neta Bruna, havia comprado uma rosa. E lá foste visitar a Rut.

   Estarei sendo sentimental demais?  Hoje vocês dois estão juntos e deixaste este buraco enorme. Tua partida foi exatamente quatro meses após a morte da mulher que amaste.

   Apesar de todas as lutas (não fáceis), papai e mamãe nos deram uma família unida.  É claro que havia uma proximidade grande – como dizer? – mais de “pele”, por sermos os últimos: eu, Miriam, tu, Cida. E assim foi conosco.
Tenho escrito tanto sobre os mortos, falado em cerimônias fúnebres, que parece que nada mais tenho a dizer. Não sei.    Te amei muito, meu irmão.
   
   Alguém já disse que a vida é mais dura para os que não se amansam. Outra pessoa, afirmou que só com o tempo aprendemos a não lamentar o que perdemos.
(Eu indago: conseguimos?). Então, aprenderemos a ser gratos pelo que tivemos.

   Solidário, firme nas suas convicções, generoso e justo. Assim era o Tarcísio. Mas muito mais. Nunca entenderemos inteiramente o que é ou foi um ser humano.
   Não importa. A Indesejada das Gentes tem dado muitos sustos. Nunca saberemos. (E num domingo, pelas nove da manhã, toca o telefone e o teu primogênito Rubens Alfredo informa que tinhas ido embora (para sempre), que não estavas mais aqui. Era 19 de junho e a partida foi às sete da manhã.) Que doídas sete horas da manhã de um domingo da vida.

   O que fizemos, permanece. A eternidade será isso? A memória colada na pele. Estás e estarás sempre conosco, meu querido e inesquecível irmão Tarcísio
 (Releva os lugares-comuns. Só queria escrever uma carta a um irmão muito amado que não está mais aqui. Meus queridos compadres Lídia e Paulão te mandam um abraço grande. E Clarice e Célia te beijam – com saudade.)

   É preciso acreditar que o que nos resta é a palavra. Que ela ficará.
(Brasília, julho de 2016)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Quanto ganha um tirador de xerox na Câmara dos Deputados?

   Contracheque do "Chefe da Reprodução e Digitalização", ou seja: o cara que trabalha na máquina de tirar xerox da Câmara dos Deputados.