quinta-feira, 29 de setembro de 2016

PMDB catarinense na mira da Lava Jato


   Finalmente começam a emergir da alguns "mal feitos" praticados pela cúpula do PMDB catarinense, no poder do estado há muitos anos. Casos de corrupção e roubalheira de dinheiro público, há muito sabido e comentado pela população, agora são investigados pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal.
   As investigações da Polícia Federal, nesta fase da Operação Lava Jato (Omertá), se concentram em decifrar os codinomes encontrados nas planilhas de pagamento de propinas, de Marcelo Odebrecht, a políticos catarinenses.
   O codinome "Alemão", é o que mais intriga os policiais da força-tarefa. As suspeitas recaem em um empresário/político, de Joinville, notório operador do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.
   Já a alcunha "Lagoa", remete diretamente ao vice governador Eduardo Pinho Moreira, uma das mais emblemáticas lideranças peemedebistas do estado. Natural de Laguna, Pinho Moreira já esteve envolvido em várias denúncias de corrupção em estatais de Santa Catarina.
   O codinome "Figueirense" é outro que tem causado grandes especulações nos meios político/esportivo de Florianópolis. O nome mais comentado é que seria o do atual presidente do Figueirense Esporte Clube, Wilfredo Brillinger, diretor-presidente da Prosul Engenharia. 

 CASAN
Uczai denunciou doação suspeita
   Com o nome da CASAN, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de SC, nas planilhas da Odebrecht e a suspeita de que existiria um "acerto" para vender a empresa para a Foz do Brasil, subsidiária da Odebrechet, novas especulações aparecem envolvendo o nome do governador Raimundo Colombo.
   Logo no começo de seu primeiro governo, Raimundo Colombo encaminhou projeto à Assembléia Legislativa propondo que parte da Casan fosse vendida à iniciativa privada.
   As suspeitas de "negociações" entre a Odebrecht e o governo catarinense, partem de uma antiga denúncia feita pelo deputado petista, Pedro Uczai, baseado em uma carta com denúncia de uma funcionária aposentada da CASAN.  Segundo o deputado Uczai, a funcionária aposentada relatava uma suposta doação de R$ 2 milhões, de Norberto Odebrecht, para campanha do governador Raimundo Colombo.
   A doação teria como contra partida, o compromisso de venda da Casan para a Foz do Brasil, empresa controlada pela empreiteira.

Da Sul connection 
Lava-Jato se aproxima de relação da Odebrecht com PMDB catarinense
 Chave para decifrar principais envolvidos com esta fase da Operação no estado está nos codinomes utilizados pela Força-Tarefa para identificar os envolvidos.
 
   Quando o fundo do poço parecia ter chegado, eis que se cava mais um pouco e o precipício parece não ter fim. Agora a Operação Lava-Jato abriu uma nova frente de investigação, apurando pagamento de propinas da Odebrecht em outras obras além da Petrobras. E uma verdadeira bomba explodiu nos meios políticos catarinenses: a empreiteira teria pago propina para tentar comprar a Casan, empresa catarinense de água e saneamento.
   Foram identificados 38 negócios registrados no setor de “Operações Estruturadas” da Odebrecht, identificado pela Lava-Jato como um verdadeiro departamento de propinas da empreiteira.
   O que emerge de fato é a participação do PMDB. Os codinomes divulgados na lista da empreiteira para pagamentos de propinas no estado são Figueirense, Laguna e Alemão. Curiosamente a investigação remonta ao ano de 2006 e tem como fio da meada o Porto de Laguna. Os alvos seriam grandes lideranças peemedebistas. O caso bateria em Florianópolis, Laguna e Joinville.
   Figueirense seria um empresário ligado ao meio do futebol e com histórico de negócios relacionados à lideranças peemedebistas. Já Laguna estaria se referindo a uma das mais emblemáticas lideranças do partido no estado nos últimos anos. O mistério maior estaria em torno de Alemão, que comenta-se nos bastidores da operação, estaria diretamente relacionado ao município de Joinville.
   A privatização da Casan sonhada pela Odebrecht não aconteceu com Colombo, mesmo tendo sido muito bem encaminhada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O atual senador Dalírio Beber (PSDB), negou qualquer participação nos fatos através de nota oficial. Segundo ele, nunca houve um plano de privatização da Casan, mas apenas a abertura de seu capital para a participação privada.
   Durante todo o primeiro mandato do atual governador, Raimundo Colombo, de 2011 até 2014, a Odebrecht não foi contratada para uma única obra no estado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Operação Omertá: Casan e Porto de Laguna no inquérito da PF


Codinomes  Alemão, Figueirense, Lagoa, Operador Local e Operador, são alguns dos catarinenses investigados pela Polícia Federal que abriu inquérito para apurar pagamento de propina da Odebrecht. Na lista de investigados, mais uma vez a CASAN e o Porto de Laguna, em Santa Catarina. Tem gente com as barbas de molho, por aqui!
   Mais uma vez o nome da Companhia Catarinense de Saneamento (CASAN) está em "bocas de Matildes".  
   Hoje, a nossa companhia de saneamento, CASAN, aparece em oitavo lugar na na planilha secreta da empreiteira apreendida pela PF na Operação Omertá.
   Desta lista estão sendo investigados 38 "negócios" do "departamento de propina" da Odebrecht, que envolvem crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e fraudes de licitações.
O cangablog já havia levantado essa lebre em 2011: Odebrecht: NÓS SABEMOS QUE NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS!
    Conhecido por seu poder de corromper governos, políticos e empresários, o Grupo Odebrech, através da sua empresa Foz do Brasil, publica nota na imprensa posicionando-se sobre denúncias do deputado federal Pedro Uczai, do PT, sobre suposto acordo entre a empresa e o candidato Raimundo Colombo de apoio financeiro à campanha e 2010 de 2 milhões de reais, com compromisso de compra das ações da Casan. leia mais...

E aqui também
Lava Jato: PF pega assessor do governador Colombo

   Não foi só o ex-presidente Lula que se apavorou com a deflagração da Operação Xepa - a 26º da Lava Jato -  desencadeada hoje cedo pela Polícia Federal.
   Em Santa Catarina o susto também foi grande. Mais precisamente no Centro Administrativo, no gabinete do governador Raimundo Colombo.
  Lula, casualmente, estava hospedado no hotel invadido pela PF, em Brasília, mas não era o foco da operação policial. Dizem que "saiu com o rabo que era um pincel".

Sobre o porto de Laguna clique aqui:
 (n) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Alemão, Figueirense, Lagoa, Operador Local e Operador, vinculados aos recebimentos pela Odebrecht em virtude de obras do Porto de Laguna,

Petistas de Curitiba entre os maiores doadores para a campanha de Gean Loureiro em Florianópolis!


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo viram réus na Lava Jato

Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann (Rodolfo Buhrer)

Casal agora responderá no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Agora só faltam Erenice e a chefe dela


    Em 31 de outubro do ano passado, a revista Época publicou as movimentações financeiras suspeitas de Lula, Antonio Palocci, Fernando Pimentel e Erenice Guerra que haviam sido detectadas pelo Coaf - o órgão do Ministério da Fazenda encarregado de combater a lavagem de dinheiro.

    Lula havia movimentado 52,3 milhões de reais; Antonio Palocci, 216 milhões de reais; Fernando Pimentel, 3,1 milhões de reais; Erenice Guerra; 26,3 milhões de reais. Ou seja, um total de quase 300 milhões de reais.

    Hoje, com a prisão de Antonio Palocci pela Lava Jato, o juiz Sergio Moro determinou que ele tivesse 128 milhões de reais bloqueados — o equivalente à propina que é acusado de receber da Odebrecht. Ainda sobram 88 milhões de reais sobre os quais o ex-ministro da Fazenda deve explicações.    Boa parte desse dinheiro, constatou o Coaf, veio de “consultorias" prestadas ao grupo Caoa — investigado na Zelotes pela compra de medidas provisórias que beneficiavam o setor automotivo. Antonio Palocci também recebeu uma dinheirama do laboratório Dasa e do grupo Pão de Açúcar (por meio do escritório de advocacia de Márcio Thomaz Bastos).

    Na Fazenda e, depois, na Casa Civil, Antonio Palocci vendia a ideia de que era o fiador da estabilidade econômica e política. Um contrapeso aos radicais do PT. Agora se sabe que ele se vendia literalmente e grandes empresários o compravam literalmente. Mas não para assegurar estabilidades. Palocci se vendia e grandes empresários o compravam para que, das suas negociatas, restasse apenas a carcaça das instituições brasileiras.

    Lula, Palocci e Pimentel vão ser condenados. Agora só falta pegar Erenice Guerra. E a chefe direta dela, claro.

sábado, 24 de setembro de 2016

CONFISSÕES NO CERRADO

por Emanuel Medeiros Vieira

Para meu pai Alfredo, in memorian, com imensa saudade
(e para meus amigos)
(...) “Mais que tornar o pranto em flor, quisera/ transfigurar do tédio a morna esfera/nesta nuvem de sonhos em que estou./
   O que ousara, Senhor, o que desejo/é ser como a canção de um realejo/tocado pelo cego que não sou”. (Anderson Braga Horta–1934)

  “Escrevo. E pronto./Escrevo porque preciso,/preciso porque estou tonto. (...)
   A aranha tece teias ./O peixe beija e morde o que vê./
Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê?” (Paulo Leminski – 1944–1989))

   Ele me olhou, olhou de novo, exames em cima da mesa e disse: “o tumor está aqui”. Um tumor. Na mesa do médico, a foto de sua mulher e de seus filhos. Eu fui encaminhado a ele. De uma emergência. Era 30 de dezembro de 2014. Despedi-me, desci o elevador. Só no táxi – abrindo a janela do carro, contemplando ipês roxos que sempre amei, moços e moças saindo de uma escola, pontos de ônibus cheios, uma menina com um picolé – internalizei, entendi (“caiu a ficha”, como diz o povo). Mas mesmo “entendendo”, não poderia entender/imaginar como seria a minha tanto daí em diante.    Uma vida? Sim. Uma vida. Provisória, finita – ironia: um tema que sempre abordei nos meus livros, em tantos textos avulsos (a memória, o tempo, a vida e a morte). 
   
   Um poema de Samuel Beckett diz: “Cegos como o destino/Nascemos morremos/Sem a noção do tempo”.
   Laboratórios sempre, clínicas sempre, exames sempre, oncologistas sempre. E quimioterapia (Afasta de mim esse cálice). E outros exames mais complexos e demorados para ver como “anda” o tumor. Aumentou? Foi para “outros lugares?” Regrediu? É preciso seguir em frente – digo para mim mesmo (sempre).
   E um anjo torto fala com extrema dureza: “Aguenta firme. Sem queixas. Enfrenta. Não aguentaste outras situações difíceis?”. É verdade.
   Meu temor, amigos: cair na autopiedade, na chorumela.  Sim. “Evite a autopiedade e autocomiseração”, ordena o mesmo anjo torto (um promotor interno?). Vim de outras batalhas– reitero, lembrando as palavras do anjo torto. O que quer dizer isso? Alguém disse para um amigo: “Ele nunca deixou o Vaticano”. Vaticano? Não seria o Poder, que nunca amei. Seria o menino sacristão? O adolescente da Cruzada Eucarística? O jovem da Congregação Mariana? O moço dos colégios jesuítas? Não, não caí na TFP, mas sim na Ação Popular (AP)...  Sofrimentos, processo, tortura? Escolhi o caminho: não posso reclamar. Era Médici no poder.  Amores. E Célia – o amor da maturidade. E Clarice: sempre luz. Não peço glória. Só disse para a Clarice, quando crescia: “é uma medalha que carrego no peito, filha”. As marcas, cicatrizes estão no meu corpo: quando achava que poderia mudar o mundo. Retórico? É assim mesmo. Para um compadre, mais tarde, disseram que eu era um “udenista tardio”. Ou “moralista”. Alfredo, meu pai, num sonho, disse que era meu intercessor junto ao Pai. Como minha mãe, como os irmãos e amigos que já partiram, e que amei muito. Moralista? Porque sempre considerei a corrupção um crime de lesa-humanidade. De qualquer forma. Um crime devastador – mesmo que revestido de falsas boas intenções (pura hipocrisia). Crime contra os sem nada, contra os pequenos, contra os humilhados e ofendidos da terra (o tom é de tribuno – reconheço que nunca deixei de sê-lo). E ainda quando praticada – com deslumbramento e saqueando o país – por gente que “prometeu” mudar as práticas nacionais. Patrimonialismo, colonialismo, desrespeito ao outro, espírito escravocrata internalizado na alma, privatização do Estado em favor do de oligarquias. Acusam-se. Os que estavam antes no Poder, e os de agora. Mas são frutos da mesma costela, das mesmas práticas. Mas não quero politizar meu texto – só pretendia ser radicalmente sincero.
   Saudades de Jango. Saudade do Dr. Ulysses, que tinha ódio e nojo à ditadura. Saudades de Tancredo que dizia: “não nos dispersemos”.
   Um “guru” disse para outro amigo: “O que o salvou foi um Guardião. Se não fosse Ele, já estaria morto”.  Referia-se a mim. Guardião? Seria São Miguel Arcanjo? Remei contra a corrente, filha. É da vida. Biblicamente, diria: A quem muito foi dado, muito será cobrado.
Acredito/não acredito.
   E agradeço. Bênção: esta vida. Também iluminação. Não dobrei a espinha. Apanhei na ditadura e, metaforicamente, bateram para valer nos anos recentes. Inveja, dissimulação. Eu sei quem são eles. E vi o que foi feito de um “projeto”. Sempre do contra? Viva a literatura! Houve calhordas – e crueldade? Houve. Mas também muitos amigos. E o amor.
“Viva a cada dia como se fosse o último e, um dia você estará certo”, diz o (a) personagem Jeannie Berlin, do filme “Café Society”, de Woody Allen (1935).
    Lembro  do (a) personagem de Jean-Luc Godard )1930), em “Acossado” (“À Bout de  Souffle”), de 1960, interpretado (a) pela eternamente bela Jean Seberg (1938–1979),  perguntando a outro personagem: Qual é sua maior ambição (sonho – algo assim): “Ser eterno e depois morrer”.
Viver. Morrer.
   “Quando morrer o vento continuará ventando”, disse Eduardo Galeano (1940–2015).
 O dramaturgo Edward Albee (1928–2016) afirmou: “Percebo que muita gente gasta o maior parte do tempo vivendo como se não fosse morrer”.
   Há um ano, oito meses e vinte e dois dias, tenho o “inimigo íntimo” dentro de mim. O tal do tumor. Vou em frente.
Então, o Guardião, dirá: “vem comigo. É a tua hora”. E, diante da Indesejada das Gentes, ainda quero abraçar o meu Guardião e todos aqueles a quem amo e amei. É assim. Pessimismo? Creio que não. Seguir em frente – sempre (já afirmei aqui). Será assim?
(Brasília, setembro de 2016)

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Gean Loureiro orientava empresários denunciados na Operação Ave de Rapina

   Do FAROL REPORTAGEM
Ave de Rapina: Gean Loureiro orientou empresários denunciados pelo MPSC sobre projeto de lei
   
   Empresário acusado de ser o pivô do esquema de pagamento de propina para vereadores diz em email que concedeu 15 outdoors para candidato a prefeito de Florianópolis no Natal de 2013. Na troca de mensagens apreendida pela PF, outros dois políticos também são citados: o deputado federal Jorginho Mello (PR) e a deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB).

   No dia 17 de dezembro de 2013, Adriano Fernando Nunes, dono da Visual Mídia, troca mensagens eletrônicas com Flávio Nunes de Siqueira, da Eldorado. Nos emails, segundo o documento apreendido na empresa de Adriano pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Ave de Rapina, são informados “quanto cada empresa custeará a propaganda de Natal de cada político”.



   A mensagem revela que os empresários custearam outdoors não somente dos representantes do Legislativo da Capital: “No final Adriano informa a Flávio que não incluiu 04 de Jorginho, 15 de Gean e 10 de Dirce. E Flávio conclui dizendo que acha que deve incluir todos, para que fique claro aos demais empresários que eles, Flávio e Adriano, estão gastando mais do que os outros”, registram os agentes da PF na informação nº30/2015, registrada no inquérito criminal no dia 28 de maio de 2015.


   Leia matéria completa. Beba na fonte.

domingo, 18 de setembro de 2016

Leitor inconformado pede ajuda

    CANGA!!!
    SÓ VC PODE ME AJUDAR!!!
JÁ ESTIVE NO GABINETE DO PREFEITO, SECRETARIA DE OBRAS, PRÓ-CIDADÃO, ETC.
    A CIDADE NÃO TEM PREFEITO!!!  SÓ PROMESSA!!!
    

   EU PAGO IPTU - manutenção de ruas e avenidas do município de Fpolis - E IPVA - manutenção de estradas estaduais, sc 401-aquela vergonha.
SÓ ME RESTA VOCÊ!!!
 

   OU ÂNGELA OU GEAN OU OUTRO CANDIDATO, PORQUE ESTE FOI UMA LÁSTIMA!!!


   AVENIDA MAURO RAMOS ESTÁ ASSIM EM TODA EXTENSÃO. SOCORRO!!
   EU PAGO IPTU PARA QUÊ??? A OUTRA CRATERA É NA CABECEIRA DA PONTE, LADO ILHA!!! 
   JÁ PERDI DOIS  PNEUS!!! 

ALEXANDRA PIOVEZAN

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Polícia Federal afirma que Badeko cometeu crime de lavagem de dinheiro

   do FAROL  
   Além de revelar ocultação de dois imóveis, documento da PF também informa que vereador de Florianópolis, denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na Operação Ave de Rapina, tem uma movimentação financeira incompatível com suas receitas declaradas ao Fisco no valor de R$ 502.471,87. O vereador candidato à reeleição Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PHS), responde pelos crimes de concussão, corrupção passiva, advocacia administrativa e organização criminosa.

   O indiciamento do vereador e da sua irmã, Karolina Machado, é assinado pelo delegado federal Christian Luz Barth no dia 20 de junho deste ano. Badeko é indiciado por crime de lavagem de dinheiro e contra ordem tributária pela ocultação do imóvel na Rua Joaquim Nabuco, 2514, Monte Cristo, em Florianópolis, e pela casa na Costa da Lagoa, Caminho da Costa, 113, em frente ao ponto 15. Karolina Machado também é indiciada pela co-autoria na ocultação do mesmo imóvel da Costa da Lagoa.

Leia matéria completa. Beba na fonte.

Imagens de Duas Culturas


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

(IN) CIVILIZAÇÃO


por Emanuel Medeiros Vieira
  
Em memória de Elke, lembrando "nossos anos jovens".
 O que a civilização suavizou em nós?" (Fiódor Dostoiévski, em “Memórias do Subsolo”)

   O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) anunciou que, ao menos, 50 milhões de crianças vivem “deslocadas” em diversas partes do mundo após abandonarem seus lares em consequência de guerras, violência e perseguição.
   “As imagens indeléveis das crianças vítimas – o pequeno corpo de Alan Kurdi encontrado em uma praia ou o olhar perdido no rosto ensanguentado de Omran Daqneesh, sentado em uma ambulância após a destruição de sua casa - sacudiram o mundo inteiro” disse Anthony LOake, direto-geral do UNICEF.
   E os outros? Cada foto, cada menina ou menino - como disse Lake - simbolizam milhões de crianças.
   Chegamos a altos patamares nos avanços tecnológicos (e melhoramos por dentro?) - e armas químicas estão sendo usadas na guerra da Síria, como foram jogadas pelos americanos no Vietnam. 
   É civilização? Aonde chegamos! O abutre esconde-se atrás do homem dito civilizado.
   Chego a lembrar de Millor, que dizia que o homem é um animal que deu errado.
   Tudo vira apenas estatística.
   Podemos nos comover com imagens tão cruéis, mas logo esquecemos.
   E as bombas continuam caindo. Tudo pelo poder. Camus dizia que no Século XX o poder era triste.
   Creio que não só naquele século, mas também neste no qual vivemos - e em todos os outros. O que vemos são muros, racismo, xenofobia. E mais horrores.
   Diante deste dantesco quadro, Anthony Lake conclamou as autoridades a acabar com a detenção de crianças imigrantes e de solicitantes do status de refugiados.
   É ainda possível fazer um apelo pela vida e contra a indústria armamentista?
   Não sei. Mas (como digo sempre), é a palavra que ficará. Não a omissão. 
(Brasília, setembro de 2016)

domingo, 11 de setembro de 2016

Você vota em vereador corrupto?

Operação Ave de Rapina: MP acusa 10 vereadores de corrupção


Acima: Marcos Espíndola, o Badeko (PHS), Célio João (PMDB), Coronel Paixão (PDT), Dalmo Meneses (PSD) e Deglaber Goulart (PSD). Abaixo: Edinon da Rosa, o Dinho (PMDB), Ed Pereira (PSB), Marcelo da Intendência (PP), Ricardo Camargo Vieira (PMDB) e Roberto Katumi (PSD)

   Dez vereadores estão entre os 27 denunciados à Justiça pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) na Operação Ave de Rapina. Marcelo da Intendência (PP), Dalmo Meneses (PSD), Dinho da Rosa (PMDB), Célio João (PMDB), Ed Pereira (PSB), Deglaber Goulart (PSD), Roberto Katumi (PSD), Ricardo Camargo Vieira (PMDB) e Coronel Paixão (PDT) foram denunciados pelo crime de corrupção passiva. Já contra Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PHS), pesam os crimes de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. 

Leia matéria completa. Beba na fonte.

sábado, 10 de setembro de 2016

O GOLPE DOS MESTRES

  por Marcos Bayer
  Tem golpe de sorte, golpe de ar, golpe de vista, golpe do baú, golpe de estado, golpe de morte e golpe de mestre, entre outros tantos golpes! 
   O que é um golpe? O meu dicionário instalado no lap-top, define: 
1. Ferimento ou pancada com instrumento cortante ou contundente. 2. Corte incisão. 3. Desgraça, infortúnio. 4. Ímpeto, chofre. 5. Esperteza. 6. Gír. Manobra traiçoeira.
   Golbery do Couto e Silva, o gênio militar da estratégia do General Ernesto Geisel, em seu livro: GEOPOLÍTICA DO BRASIL escreveu, logo na introdução, que era preciso prestar muita atenção naquele novo líder sindical do ABC paulista, pois no futuro ele poderia ser fundamental aos interesses do regime militar. Na sua tese dos movimentos de sístole e diástole da política, como nas contrações do coração, escrevia ele, a extrema esquerda está mais próxima da extrema direita do que se possa imaginar. Tal qual na ferradura do cavalo, as pontas estão mais próximas de si, do que do centro. Era um livro recomendado aos estudantes de Direito da UFSC, na década de 1970. 
   De um lado a ARENA e do outro o MDB. No corpo deste último, viviam vários outros corpos menores, entre eles, os comunistas, os socialistas, os trabalhistas e os liberais. Com o passar do tempo, o MDB engordava o corpo, mas emagrecia na alma. Jaison Barreto, nosso mais eloquente senador foi a melhor prova disto no colégio eleitoral que elegeu Tancredo Neves. Finalmente, o PMDB esvaziou sua essência e manteve suas impurezas. 
   Até mesmo José Sarney, imortal do Maranhão, foi para o PMDB. E foi beijado na face pela Ideli, a professora que se fez senadora por Santa Catarina e liderou o governo do PT no Senado Federal. Hoje, articula o anti golpe em Washington D.C. O PT perdeu três eleições presidenciais (1989, 1994, 1998) e finalmente venceu em 2002, elegendo Lula Paz e Amor, com o apoio do PMDB. 
   José Dirceu e Duda Mendonça foram fundamentais naquela vitória. Então, sócios do poder, PT e PMDB, fizeram as bodas de sangue. 
   Aqui em Santa Catarina, Lula foi aliado de Luiz Henrique da Silveira (2002) e também de Amin Helou (2006). 
   Hábil negociador de salários e outras questões sindicais, Lula tem a paciência de vencer pelo cansaço. Fez isto durante toda sua vida em São Paulo, no ABC. Seu primeiro diploma, disse ele, foi o de Presidente da República Federativa do Brasil. 
   Poderia ter entrado para a História como um bravo nordestino que venceu a fome e a seca para chegar ao Palácio do Planalto. 
   Quando deputado federal disse que no Congresso Nacional havia 300 picaretas! Errou por um? 
   Além dos dois mandatos presidenciais e em razão da desgraça política que se abateu sobre seu melhor pensador e estrategista Zé Dirceu, teve que inventar uma candidatura à sua sucessão: a brava senhora Dilma, ex-combatente do regime militar, presa e torturada, militante do PDT de Leonel Brizola, secretária do governador Alceu Collares do RS e ministra de Lula. Com cabelos fartos e cacheados, uma espécie de beleza de Susan Sarandon dos trópicos, foi aconselhada a uma total repaginação. Fez-se outra mulher. Menos feminina, contudo! 
   Não se pode considerá-la brilhante, mas também não se pode admitir que enquanto o PT e seus sócios minoritários PMDB e PP, faziam a “festa” na Petrobrás, ela de nada soubesse. 
   Sérgio Moro dirá... 
   Quando soubermos quem são os verdadeiros proprietários e sócios do novo porto de Cuba que absorverá carga frigorificada em containers (reefers) que saem dos portos de Itajaí, São Francisco do Sul e Santos, rumando para Porto Príncipe no Haiti e que será desviada para a Ilha de Fidel Castro e de lá redirecionada para os quatro cantos do mundo, compreenderemos porque a delação premiada de Marcelo Odebrecht está ainda “tramitando” nos canais da Justiça. 
   Cid Carvalho, águia política do velho MDB, sete vezes eleito deputado federal pelo Maranhão, dizia: A política não tolera amadores, apenas profissionais! 
   O PT se meteu com profissionais! Desde Eduardo Cunha até Michel Temer. E Cid Carvalho completava, sempre ensinando: O importante não é saber o que fazer... Mas, aquilo que seus adversários farão!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Lages: Empresário da Comunicação foge de debate

É ruim, heim!
   Campanhas eleitorais são ótimas para mostrar situações bizarras e cômicas devido ao nível cultural dos candidatos.

   Em Lages, planalto catarinense, o empresário Roberto Amaral, candidato à prefeito pelo PSDB, simplesmente se negou a participar do debate entre candidatos, realizado pela Rádio Band FM, dia 7 de setembro.

   Em conversas com eleitores, Roberto Amaral justificava a ausência dizendo que por não ter se saído bem no debate da Rádio Guri, o marketing estava propenso a vetar sua participação. 

   Roberto Amaral, um bem sucedido empresário na área de Comunicação - é dono da SBT SC - assumiu que é ruim de bico e que contratou um "marketing" pior ainda.

Só em Sucupira!


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O PÁRIA

  Parte 3 da reportagem de Renan Antunes de Oliveira para o BRIO. 


   Papeis.
   Em janeiro de 1994, cinco anos depois de instaurado, finalmente o inquérito do fim da década de 80 que mencionava José Germano Neto e que acabou servindo de base para sua prisão temporária é enviado para a Justiça, concluindo pelo indiciamento de 11 suspeitos.
   Agora sim, Germano está entre eles. É apontado como membro da quadrilha de Celsinho da Vila Vintém.
   A anotação sobre ele no relatório é sucinta: “Durante buscas realizadas em sua residência, foram encontrados documentos que indicam o envolvimento na quadrilha, vide fls. 256”.
   O problema, parte 1: os policiais que vasculharam os dois endereços de Germano em 1989 nada encontraram de comprometedor. O problema, parte 2: na folha 256 do inquérito, como mostrado no capítulo anterior, não há qualquer menção a Germano — nem em nenhuma outra página, a não ser na “informação” passada pelo colaborador Cabo Lopes. 
   O problema, parte 3: quando Germano foi prestar depoimento, a polícia lhe devolveu todos os papeis apreendidos (leia-se carteirinha de sócio do Campo Grande e fotos), sacramentando a ausência de provas.
Relatório no qual a PF indicia Germano, apontando para página que não diz nada sobre ele.
   Em 2 de agosto de 1996, o então chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, o jovem delegado Luiz Cravo Dórea, escreve ao juiz do caso que não vê como dar seguimento ao inquérito devido ao longo tempo decorrido desde o início das apurações (sete anos) e ao fato de que “as indiciações decorreram da convicção do então chefe deste DRE, Vanderley Martins de Brito”. Duas semanas depois, em 15 de agosto de 1996, a promotora Cristina Medeiros da Fonseca pede o arquivamento do inquérito, afirmando que a elucidação deste crime “certamente dependeria da ajuda da sorte” e que seu sucesso contaria “exclusivamente com o acaso”.
   Mas Germano, apesar de nunca condenado, sequer processado, seguiria listado como suspeito de tráfico de drogas nos sistemas ainda jurássicos da polícia brasileira — e agora com passagem pela prisão. E seu nome sujo não ficaria restrito somente ao Brasil. Outro país passaria a considerar Germano traficante.

Leia a reportagem completa. Beba na fonte.

Ninguém controla a Lava Jato - sorte do Brasil


Os advogados das empreiteiras, alguns meses atrás, espalharam para a imprensa que a Odebrecht delataria Dilma Rousseff e a OAS delataria Lula.

O plano deu errado.

A OAS, antes que Rodrigo Janot mandasse rasgar os mais de 90 anexos de sua proposta de acordo com a PGR, já havia delatado Dilma Rousseff, Aécio Neves, José Serra e dezenas de outros políticos - além de Lula, é claro.

E a Odebrecht, como O Antagonista publicou ontem, delatou Lula, revelando seu esquema nas obras do estádio do Corinthians, o Itaquerão.

O fato é que ninguém consegue controlar a Lava Jato.

Lula, que até recentemente parecia ser intocável, agora tem uma lista de acusadores, de Delcídio Amaral a Renato Duque, passando por João Santana e sua mulher, Dona Xepa.

E Dilma Rousseff está a caminho da cadeia.

O trabalho dos procuradores da Lava Jato acabou de ser estendido até 8 de setembro de 2017. O Brasil ainda vai mudar muito nesse ano.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O PÁRIA

Parte 2 da reportagem de Renan Antunes de Oliveira para o BRIO.  (Parte 1)

lustração: Pedro Matallo.
 Por mais inacreditável que esta história pareça, todos os documentos citados nesta reportagem, em mais de 6 mil páginas de processos, foram verificados pelo BRIO.

Parte 2: Surras.

   Às oito horas de uma noite de outono de 1989, José Germano Neto, um corpulento empresário do ramo de madeiras com 40 anos de idade, seria surpreendido de maneira menos gentil do que na abordagem dos policiais no hotel de luxo em Nova York nove anos depois. Ele tinha acabado de chegar em casa, no bairro de Sepetiba, zona oeste do Rio de Janeiro, naquela época ainda mais distante do charme da zona sul e sem nem sinal de Parque Olímpico no horizonte.
   A campainha tocou e, apesar de ter estranhado o fato de alguém bater na porta naquele horário, foi ver quem era. Dois carros o esperavam do lado de fora. Em menos de dois minutos, Germano estaria estatelado no chão, com um dedo e um nariz quebrado, um corte profundo na cabeça e vários hematomas pelo corpo.
   No grupo de oito pessoas, Germano conhecia um deles. Um personagem até hoje identificado apenas como “Cabo Lopes”. Era figura fácil no submundo de Bangu naquele final de década perdida. Policial militar envolvido em negociatas e que também atuava, supostamente, como matador de aluguel. Também ganhava uns bons trocados como informante da Polícia Federal. Circulava com desenvoltura em meio ao bando do então top traficante carioca Celsinho da Vila Vintém, depois fundador da facção Amigos dos Amigos (ADA). O primeiro encontro entre Germano e Cabo Lopes havia acontecido algumas semanas antes.

   A história que baseia tudo o que acontecerá depois nesta reportagem é a seguinte: no início de 1989, Germano comprou um Chevette usado de uma mulher chamada Maria Inara Fontenelle. Fez um aparente bom negócio. Em troca do veículo, contou depois para a polícia, cedeu materiais de construção de sua loja em Campo Grande, no extremo oeste do Rio. Semanas depois, mandou um amigo ao Detran legalizar o Chevette e descobriu que o carro era roubado.
   Germano foi então à delegacia e, ao dar o nome da mulher de quem havia recebido o carro, soube que também se tratava de uma figura fácil no mundo do crime no Rio naquela época. Ex-tenista profissional, Fontenelle na verdade era Inara Medeiros de Freitas. Ela era envolvida com o suíço Michel Frank, acusado de homicídio em um crime que chocou o Brasil em 1977: o assassinato da jovem Cláudia Lessin Rodrigues, cujo corpo foi encontrado nu, com um saco cheio de pedras amarrado no pescoço, nas pedras que separam a Avenida Niemeyer do mar e por onde hoje passa a ciclovia Tim Maia.
   O carro de Germano ficou apreendido na delegacia, mas a polícia não trouxe nada de novo para esclarecer o caso. O empresário seguiu em frente para recuperar o prejuízo.    Tentou achar Inara, mas sem sucesso. Ela já tinha ido embora do país. Meses depois de passar o Chevette para Germano, Inara seria presa em um hotel de luxo em Zurique, onde entregaria 32 quilos de cocaína para um contato. Isto posto, era uma turma que não era exatamente flor a ser cheirada.

Leia a parte 2 inteira: Beba na fonte.