domingo, 30 de setembro de 2012

As maravilhas do Brasil

Por William Ear Long

Depois de algumas semanas nesta terra maravilhosa, eu começo a entender o brasileiro, um pouco melhor.
   Taxas de juros siderais, falta escolas, falta hospital, baixos salários, classe política extremamente corrupta e mesmo assim muito bom humor...
   O candidato que está em terceiro lugar nas pesquisas de Florianópolis, faz amanhã uma caminhada rumo à Vitória.
   O que será que vão fazer no Espírito Santo na reta final?
   A Xuxa, famosa atriz das crianças do Brasil, pintou o cabelo de escuro e declarou que retorna para o loiro na próxima semana.
   Na consulta com o seu psicanalista, ele perguntou: Por que?
   Ela disse que foi um período terrível este. Muitas idéias ao mesmo tempo. Insuportável...

Candidatos a Prefeito?

   Por Armando José d’Acampora *

   Tenho analisado a campanha à Prefeitura de Florianópolis desde seu começo, envolvendo todos os candidatos, haja vista que não tenho partido político, procuro votar em ideias e não em partidos.
   Mais, e cada vez mais, me preocupo com a inconsistência das ideias que estão sendo mostradas.
   Alguns só estão preocupados com a permanência das oligarquias que outrora existiram, outros nos mostram medidas novas, para que o povo, veja bem, o povo que os escolha para que implantem novas e salvadoras medidas.
   Dai aparecem como milagres, uma nova ponte, uma resolução mágica e não profissional para o trânsito da cidade, um monte de novas UPAS como se estas não precisassem de médicos bem pagos, assim como uma estrutura de enfermagem, funcionários administrativos e assim por diante, passagem grátis para estudantes, como se isso fosse possível sem que nenhuma outra criatura pagasse por elas, e assim por diante.   Almoço grátis, não existe, há um preço para tudo.
   Um monte de bobagens novas, sem que tenham alguma consistência ou mesmo relevância.   Alguns dizem que se preocupam com a saúde, a educação e o esporte.
   Será que tem noção do que isso significa?
   Já conversaram com os educadores, com os médicos e com os desportistas para saber quais as reais necessidades do setor?   Ou será que estão especulando?
   Alguns dos candidatos já estão com seu secretariado montado, é óbvio que por compromissos pré-candidatura, e o povo depois vai ter que engolir esses compromisso que sequer tinham noção que existiam.
   Será que sabem o que a população realmente deseja?
   Nenhum dos candidatos prestigiou as obras já complementadas, aquelas que realmente foram de real alcance para o bem da população, assim como não vi nenhum dos candidatos dizer em suas falas, o que há de bom da administração anterior e que vão fazer disso uma continuidade.
   A pergunta que cada contribuinte se faz no atual momento: Agora, às vésperas da eleição municipal, a Prefeitura diz que a obra é inteiramente de sua responsabilidade: do planejamento até o completar da mesma.   Daqui a dois anos, teremos eleição majoritária, para o governo do Estado, e o atual governador com toda a certeza, irá afirmar que todas as obras espalhadas pela cidade nos últimos quatro anos foram dele, do Governador, os candidatos ao Senado, dirão que foram eles quem conseguiram a verba, e os candidatos à Câmara Federal dirão que foram eles quem conseguiram liberar a verba que os Senadores conseguiram e os Governadores e Prefeitos foram aqueles que gastaram estas verbas duramente conseguidas, nestas supostas obras necessárias.   Afinal: de onde vem a verba? Não será dos impostos pagos pelos contribuintes? Não seria uma simples devolução de direito?   Aliás, pagamos impostos suíços para que tenhamos serviços africanos.
   Agora só nos falta aguardar as pérolas dos candidatos e aproveitar a diversão.

   Abra o olho, Padilha, diria o Jô Soares nos seus bons tempos.
*Médico. Cirurgião. Professor Universitário.

Ações judiciais fecham Blog do Pannunzio

    Não deve ser fácil a luta contra ações judiciais, por vezes procedentes por vezes improcedentes. Com razão ou sem razão o custo é sempre alto, não há Advogado grátis. Tem Razão o Jornalista Fábio Pannunzio ao relatar que sucumbiu por não poder arcar com os custos das demandas sem ter, por sua opção, patrocinadores no seu Blog. Uma perda para a livre imprensa, sem compromisso com patrocinadores ou anunciantes.
    É fácil quando o blogueiro é patrocinado pela CEF, PETROBRÁS, BANCO DO BRASIL etc...
(JHFONTES).
    Este é o último post do Blog do Pannunzio. Escrevo depois de semanas de reflexão e com a alma arrasada — especialmente porque ele representa um vitória dos que se insurgem contra a liberdade de opinião e informação.
    O Blog nasceu em 2009. Veiculou quase oito mil textos. Meu objetivo era compor um espaço de manifestação pessoal e de reflexão política. Jamais aceitei oferta de patrocínio e o mantive exclusivamente às expensas do meu salário de repórter por achar que compromissos comerciais poderiam conspurcar sua essência.
    Ocorre que, em um País que ainda não se habituou à crítica e está eivado de ranços antidemocráticos, manter uma página eletrônica independente significa enfrentar dificuldades que vão muito além da possibilidade individual de superá-las.
    Refiro-me às empreitadas judiciais que têm como objetivo calar jornalistas que não se submetem a grupos politicos, ou a grupos dei interesse que terminaram por transformar a blogosfera numa cruzada de mercenários virtuais.
    Até o nascimento do Blog, enfrentei um único processo judicial decorrente das milhares de reportagens que produzi para a televisão e o rádio ao longo de mais de três décadas. E ganhei.
    Do nascimento do blog para cá, passei a responder a uma enxurrada de processos movidos por pessoas que se sentiram atingidas pelas críticas aqui veiculadas. Alinho entre os algozes o deputado estadual matogrossense José Geraldo Riva, o maior ficha-suja do País; uma quadrilha paranaense de traficantes de trabalhadores que censurou o blog no fim de 2009; e o secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, cuja orientação equivocada acabou por transformar a ROTA naquilo que ela era nos tempos bicudos de Paulo Maluf.
    A gota d`água foi uma carta que recebi do escritório de advocacia que representa Ferreira Pinto num processo civil, que ainda não conheço, comunicando decisão liminar de uma juíza de primeiro grau que determinou a retirada do ar de um post cujo título é “A indolência de Alckmin e o caos na segurança pública”. O texto contém uma crítica dura e assertiva sobre os desvios da política adotada pelo atual secretário e pelo governador, mas de maneira alguma contém afirmações caluniosas, injuriosas ou difamatórias.
    A despeito dessa convicção, o post já foi retirado do ar. Determinação judicial, no entendimento deste blogueiro, á para ser cumprida. Vou discuti-la em juízo assim que apresentar minha defesa e tenho a convicção de que as pretensões punitivas de Antônio Ferreira Pinto não vão prosperar.
    Ocorre que o simples fato de ter que constituir um advogado e arcar com o ônus financeiro da defesa já representa um castigo severo para quem vive exclusivamente de fontes lícitas de financiamento, como é o meu caso. E é isso o que me leva à decisão de paralisar o Blog. A cada processo, somente para enfrentar a fase inicial, há custos que invariavelmente ultrapassam cinco ou dez mil reais com a contratação de advogados — e ainda assim quando os honorários são camaradas.
    É por estas razões que esta página eletrônica vai entrar em letargia a partir de agora. O espaço vai continuar aqui, neste endereço eletrônico. O acervo produzido ao longo dos últimos quatro anos continuará à disposição dos internautas para consulta. E eventualmente, voltarei a dar meus pitacos quando entender que isso é necessário. Mas a produção sistemática de textos está encerrada.
    Espero voltar a esta atividade quando perceber que o País está maduro a ponto de não confundir críticas políticas com delitos de opinião. Quando a manifestação do pensamento e a publicação de fatos não enseje entre os inimigos da liberdade de imprensa campanhas monstruosas como esta que pretende ’kirsnhnerizar’ o Brasil, trazendo de volta o obscurantismo da censura prévia.
    Por fim, digo apenas que essa pressão judicial calou o blog, mas não conseguiu dobrar a opinião do blogueiro. E que me sinto orgulhoso por ter conseguido cumprir o compromisso que me impus de respeitar a opinião alheia mesmo quando ela afronta a do editor. Aqui, nunca houve censura a comentários dos leitores que discordavam da minha maneira de ver o mundo. E esta é minha prova de apreço pela liberdade de expressão — inclusive quando ela me desfavorece.
    A vocês que me acompanharam deixo meu muito obrigado. A gente vai continuar se encontrando em outra seara, a da televisão.
Muito obrigado. E até breve.

sábado, 29 de setembro de 2012

Da votação misteriosa

Por Marcos Bayer

   A Câmara de Vereadores de Florianópolis votou, numa batida rápida, seis projetos de lei que alteram os gabaritos da construção civil em seis localidades da cidade.
   Isto significa mais construção, mais gente, mais trabalho, mais impostos, mais consumo de água, de luz, mais demanda por esgoto, por lixo tratado e por vias públicas.
   A cidade terá que chegar a um acordo: onde e como crescer.    Inevitável este momento.
   O que não pode, às escondidas, é a aprovação de leis que dizem respeito à todos os que aqui vivem.
   Alguns vereadores declararam que foram enganados e traídos por manobras internas.
   Por que não foram ao Ministério Público contar suas histórias e pedir propositura de Ação Civil Pública?
   Se os atos foram fraudulentos, há que se corrigir.
   Se foram válidos, não se deve contar história para boi dormir.
   O fato é que hoje, nenhuma linha nas colunas políticas.
   Nenhuma declaração dos vereadores.
   Um silêncio cavernal. Apenas...

O prazer de votar!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Video no Youtube denuncia desmatamento de praça em São José



Parte da praça foi negociada com uma construtora em troca de um prédio de dois pavimentos que vai funcionar como uma UPA. Porém grande parte do terreno foi entregue a construtora para construir prédios residenciais de apartamentos. Antes disso, a comunidade de Barreiros fez um abaixo-assinado com mais de 3.000 assinaturas para revitalização do espaço. Isso tudo foi feito há cerca de 1 ano/6 meses. No fim do vídeo tem as fotos atuais.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Presidente da Câmara diz que prefeito tem "ficha corrida"

    Presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, Jaime Tonelo(PSD) revelou hoje que entre os polêmicos projetos de mudança de zoneamento aprovados em primeira discussão estão vários enviados pelo prefeito Dário Berger. Confirmou que a segunda votação só acontecerá depois das eleições. Disse que todas as matérias passaram pelas comissões e estavam prontas para votação na terça-feira.
    - A antecipação foi decidida pelo plenário. Ninguém pode dizer que desconhecia os projetos. O vereador Acácio Santiago reage porque estava ausente. Ele recebeu para ficar na sessão e não para ir a outro compromisso – afirmou Tonelo.    O presidente Jaime Tonelo disse que está examinando com a assessoria jurídica a hipótese de chamar o prefeito Dário Berger à responsabilidade, por ter afirmado que via a votação das mudanças no Plano Diretor com “cheiro de corrupção”.
   E disparou: “Quem tem ficha corrida é o prefeito e não eu. Quem responde a processo pelo rumoroso caso Bocelli é ele e não eu. Fez acusações contra eleição da nova mesa da Câmara e não provou absolutamente nada”

Descaso da prefeitura gera protesto de comerciantes do centro de Florianópolis

    Os comerciantes do Calçadão João Pinto, em Florianópolis, resolveram fechar as portas na manhã desta quinta-feira. O motivo do protesto é o descaso da Prefeitura Municipal com esta parte da cidade, totalmente esquecida pelos vereadores e sua excelência, o Prefeito Municipal.

    Agora as razões. Os comerciantes do entorno do Calçadão da João Pinto têm sofrido com o descaso da Prefeitura Municipal de Florianópolis. As portas dos seus estabelecimentos têm servido como banheiro para para os moradores de rua e desocupados da noite, fazendo com que praticamente todos os dias tenha que ser feito a limpeza das cortinas de ferro, impregnadas pelo forte cheiro da urina.
   No terminal de ônibus inacabado - alvo de promessas políticas de todo tipo - os fatos se repetem. Virou o hotel dos moradores de rua, que, sem encontrar apoio do poder público, firmam seus colchões e colchonetes, já nos finais de tarde, para conseguirem o melhor lugar para dormir.
    Já a menos de 50 m dali, no prédio da Fundação Franklin Cascaes, vemos durante todo o dia os drogados da cracolândia chegar e sair com suas pedras de crack e seringas. Injetam-se à luz do dia sem serem importunados pela guarda municipal.
    Já tivemos a oportunidade de presenciar inclusive cenas de sexo entre drogados em pleno final de tarde, sendo que a turma da Comcap diz que é comum encontrarem seringas e camisinhas no local. É coisa de louco. Parece que esqueceram desse lado da cidade.
   Daqui pra frente passarei a tirar as fotos de tudo isso que está sendo postado, pois a coisa como está não dá pra continuar. (Leandro Maciel)

Leitor denuncia obras suspeitas em Ingleses

Ingleses sob suspeita
   Sou morador de Ingleses faz 20 anos, sei que temos problemas insolúveis de ruas sem calçadas para pedestres, esgotos com correm diretamente na praia, construções irregulares, invasões e muito mais...
   Os motivos? Se perguntarmos pela ruas, em poucos minutos vamos encontrar vários: Que vão desde a esperteza de uns até a incapacidade de muitos em agir e/ou saber como agir.  Mas mesmo que se queira agir, posso afirmar que o sistema de informação é feito para "NÃO FUNCIONAR" ! Afinal quem sabe para onde chamar quando se quer fazer uma denuncia para a POLICIA AMBIENTAL? São inúmeros números que aparentemente servem para pulverizar toda e qualquer intenção de ação.

Cito 2 exemplos:

Obra sem placas de licenciamento
   CASO 1: Em Maio 2012, estávamos caminhando pela SC403, minha esposa e eu, e ao avistarmos o morro que separa Ingleses da Cachoeira, percebi duas maquinas subindo,e derrubando varias árvores. Nitidamente abrindo uma estrada pouco acima da linha de delimita o referido morro.   AÇÃO: Liguei para a Policia Ambiental (fone 3348-3624) relatando com riqueza de detalhes o fato. Como resposta tive a informação que a ocorrência estava registrada e quando pudessem, iriam verificar, haja vista a quantidade de ocorrências  e que ha poucas viaturas para diligências. Mas o que mais chamou a atenção foi a informação que o empreendimento era conhecido e que certamente teria autorização para fazer o que estava fazendo.
    Humildemente me penalizei por ter agido de modo apressado, e aguardei os fatos seguintes. AGRAVANTE: o Referido condominio esta localizado exatamente em frente a Intendencia de Ingleses.
    FATOS SEGUINTES: A estrada que eu havia visualizado em maio/2012 hoje é um fato e o avanço sobre a base do morro so faz crescer. Já é visivel de muito longe o grande avanço sobre a vegetação da base do morro.
    PERGUNTAS PARA QUEM POSSA RESPONDER: Exite autorização para mexer de modo tão profundo na vegetação na base do morro? A erosão já visivel poderá colocar alguem em risco? 

    CASO 2: Como relatei no inicio do post, conheço Ingleses desde 1986, onde Há uma área de DUNA, no final da servidão Guimarães, que nem as invasões dos sem teto, ousou invadir.
    Faz pouco tempo alguns moradores mencionaram a ideia de criarmos ali, a SEGUNDA PRAÇA, OU ÁREA DE LAZER PARA A COMUNIDADE, haja vista que os 43 mil habitantes de Ingleses já têm uma praça no centrinho de Ingleses. MAS, para nossa surpresa, ** em menos de uma semana o espaço foi murado com blocos de concreto, com quase 2 metros de altura. Em 22/09/2012 tem 2 operários trabalhando lá a todo vapor. 
    AÇÃO: Novamente    Liguei para a Policia Ambiental (fones 3348-3624) relatando com riqueza de detalhes o fato.    Como resposta tive a informação que a ocorrencia estava registrada e quando pudessem iriam verificar, haja vista a quantidade de ocorrencias, e que ha poucas viaturas para diligências. (PERCEBAM QUE A HISTÓRIA SE REPETIU). 
    Devo mencionar a educação e fino trado do policial que me atendeu e me pediu para anotar o numero da ocorrência (Numero 429) para futuras averiguações. hoje 26/09/2012, novamente chamei o referido numero para verificar o andamento da denuncia, (POSSO AFIRMAR QUE NÃO FOI UMA SURPRESA) a resposta (muito educada do Cabo Alonso), foi que a solicitação estava na pasta de outro policial e ele não sabia do andamento e que eu deveria chamar mais tarde. Nisto se comprovou pra mim, o despreparo, talvez desinteresse de ação por aqueles que supostamente deveriam agir em caso de necessidade.
   AGRAVANTE: A vegetação antes existente foi removida, a obra em menos de uma semana está muito avançada, não há nenhuma placa indicando autorização para as obras.


   PERGUNTAS PARA QUEM POSSA RESPONDER: Exite autorização para mexer de modo tão profundo na vegetação de restinga que existia no local? É permitido construir ali?

Por Florianópolis


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

INIMIGOS DE FLORIANÓPOLIS





   No último dia 18, doze vereadores de Florianópolis votaram pela aprovação do projeto de lei complementar 01160/2012, de autoria do vereador Dalmo Menezes (PP). O projeto aprovado na calada da noite, em plena campanha eleitoral para prefeito e vereadores, e altera o zoneamento na região de Cacupé, apesar dos protestos e manifestações oficiais escritas e orais das entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio de Lisboa. Na verdade a sessão estava marcada para o dia 19, porém, ardilosamente, foi antecipada, facilitando a sua aprovação. A reunião previa a aprovação de de vários outros projetos de zoneamento. Muitos vereadores desconheciam os detalhes das matérias, que foram votados por seus números, sem discussão ou detalhamento.
    Segundo informação do Daqui na Rede, os momentos que antecederam a sessão foram marcados pela presença do advogado Hélio Bairros, presidente do Sinduscon, em diversos gabinetes de vereadores. Os vereadores Badeko e Asael Pereira, que raramente permanecem até o fim das sessões, se mantiveram no planério para garantir as aprovações dos projetos.
   Além do vereador Dalmo Menezes, que teve aprovados dois projetos alterando zoneamentos, seus colegas Ricardo Camargo Vieira, João Aurélio Valente Júnior e o presidente Jaime Tonello (dois projetos) conseguiram as mesmas vitórias. Um projeto do Executivo igualmente foi aprovado.
   Com a votação destes projetos a Câmara entrou em recesso por causa das eleições e só volta a se reunir no dia 16 de outubro. Exceto o projeto do Executivo, os demais terão que passar por segunda votação dentro de 30 dias.

Vereador pede anulação de sessão que alterou zoneamentos em Florianópolis

   O vereador Acácio Garibaldi S. Thiago entrou com requerimento junto à presidência da Câmara Municipal de Florianópolis, pedindo a anulação da sessão que aprovou alterações de zoneamento em diversos pontos da cidade. Segundo o vereador, “a pauta teria que ser apresentada 24 horas antes da sessão, o que não aconteceu. Anteciparam a pauta que seria de quarta para terça-feira e votaram”, justifica Acácio, que se retirou de plenário antes da votação.
   “Foi uma sucessão de irregularidades, o que me leva a pedir a anulação da sessão”, salienta. Ele estava pensando em apelar para a via judicial, mas desistiu diante da notícia de que o promotor Rui Arno Richter entrou no caso (leia matéria no DC/ClicRBS). O terceiro passo é a mobilização social visando uma segunda votação das matérias, que deve acontecer por volta de 18 de outubro.

Cacupé
Um abaixo-assinado circula na internet visando à anulação das alterações de zoneamento aprovadas pela Câmara e que incluiu o bairro de Cacupé/Santo Antônio de Lisboa. A iniciativa é do morador Vinícius Alves, destacada pelo jornalista Carlos Damião em sua coluna no jornal Notícias do Dia.


Denúncia
   A denúncia do que aconteceu na sessão da Câmara Municipal de Florianópolis do dia 18 de setembro foi feita com exclusividade e em primeira-mão pelo Daqui na Rede no dia seguinte, 19.9. Confira

Ode aos gaúchos...

...enquanto envenenam e destroem o Pampa e o Rio Grande

   Hoje um tal 20 de setembro onde gauchit@s saem as ruas para comemorar uma dita revolução farroupilha (sugiro ler “A invenção do ‘gaúcho’ e a maldição conservadora no RS”), cabe lembrar que o RS está sendo sistematicamente tomado pelas multinacionais que pouco querem valorizar o Rio Grande (seja a cultura, seja a nossa ecologia).
   O Bioma Pampa desde 2003 vem sofrendo, não uma valorização – apenas 39% de sua área total ainda é constituída por remanescentes de campos naturais e apenas 0,46% protegido em Unidades de Conservação – mas sim uma apropriação por empresas transnacionais, de capital estrangeiro.
   A vastidão do Pampa, seu relevo, suas características tão cantada em canções gauchescas, devido a ofensiva das papeleiras/pasteiras, está dando lugar a imensas monoculturas de eucaliptos, a grandes desertos verdes.
   Até que tal ofensiva havia sido reduzida, fruto da luta e resistência local, mas também devido a crise do capitalismo. Por conta da crise e de estripulias no mercado financeiro, a fábrica da Aracruz foi incorporada a Votorantim, transformando-se em Fibria, mas que logo em seguida foi comprada pela empresa Chilena CMPC (Companhia Manufatureira de Papeis e Cartões). Assim a grande “promessa” do desenvolvimento do RS foi para a CMPC.
   Agora a ofensiva papeleira volta a ser notícia, quando é anunciado que o grupo chileno, que aqui no RS usa o nome fantasia de Celulose RioGrandense, comprou de cerca de 100 mil hectares monocultura de eucalipto por 302 milhões de dólares. Infelizmente o Pampa foi posto a venda sem conhecimento dos gaúchos e gaúchas.
    Notícia na “rua”, aparece gente saudando tal ação, como se o tal progresso advindo dos desertos verdes tivesse de fato chegado.
    Para quem não sabe, o Pampa agora pode ser vendido (não podia), infelizmente, porque o Congresso Nacional aprovou a compra de terra por estrangeiros (empresas brasileiras controladas por estrangeiros). Vibra a empresa chilena e empresa sueco-finlandesa Stora Enso, que se utilizou de laranjas para comprar terras no RS, mas terras em faixa de fronteira.     A Stora Enso já havia obtido aval para legalizar o que adquiriu ilegalmente na faixa de fronteira. No entanto, cabe destacar que tais faixas, também em discussão, no congresso nacional, capitaneados por deputados gaúchos, que querem reduzi-lá e beneficiar empresas estrangeiras.
    Como se não bastasse, além de encher o Pampa de eucalipto, querem seguir envenenando o RS com agrotóxicos!
    Há uma ofensiva das empresas multinacionais de agrotóxicos sobre o RS, afim de reverter a vanguardista lei dos Agrotóxicos, criada em 1982. Tal vanguarda está beirando o retrocesso já que entrará a qualquer momento na ordem do dia de votações da Assembleia Legislativa, o PL 78/2012, de autoria do deputado Ronaldo Santini (PTB) que pretende autorizar o uso de agrotóxicos banidos aqui no RS. Sobre a pretensa desculpa de que nossa lei prejudica os agricultores gaúchos, deputados do PTB, PMDB, PP, PC do B, PSDB, PSB deram o aval ao PL que quer nos envenenar ainda mais. Será que os tais 5,2 litros de agrotóxicos, média consumida por cada brasileiro, já não é suficiente? Será que progresso e o desenvolvimento da agricultura precisa manter-se fomentando o oligopólio das empresas transnacionais de agrotóxicos e sementes e a submissão dos agricultores às vontades empresariais?
    Quantos 20 de setembro mais teremos que seguir cultuando um tradicionalismo calcado na monocultura, no latifúndio e no uso indiscriminado dos agrotóxicos? Prefiro um 21 de setembro, dia internacional de luta e resistência aos desertos verdes, e 3 de dezembro, dia internacional do não uso de agrotóxicos.
    Quando será que teremos o tal Rio Grande do Sul onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor?

Cíntia Barenho Bióloga & Ambientalista Educadora & Feminista

terça-feira, 25 de setembro de 2012

FATMA: CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Associação dos Servidores da Fundação do Meio Ambiente – AFATMA
vem a público esclarecer o que segue:

   Os servidores da FATMA vêm sofrendo com assédio moral por parte da atual administração. Sindicâncias são instauradas sem obediência às legislações vigentes (servidores em estágio probatório fazendo parte de comissão de sindicância, por exemplo), atos de exoneração que foram publicados no Diário Oficial do Estado de SC, envolvendo servidores do quadro efetivo da FATMA em cargos de comissão sem aparente motivação e comunicação prévia.
   A frota de veículos em sua grande maioria está sucateada, porém em todos eles está instalado um chip que permite rastreamento através de um sistema, gerando um custo administrativo exorbitante. Este sistema oferece a possibilidade de desligar o motor do carro, por via remota, colocando em risco as vidas de servidores públicos, como já aconteceu com um veículo da CODAM de Florianópolis, em pleno funcionamento durante uma viagem técnica, por decisão arbitrária de um diretor.
    As diárias que servem para custear as despesas de servidores em viagem a trabalho, muitas vezes são depositadas após a realização do trabalho, contrariando as normativas vigentes, a bel prazer da diretoria administrativa, causando transtornos e dificuldades óbvios.
   Há também indícios de violação de e-mail funcional dos servidores.
   Ainda há um caso de assessor técnico ocupando cargo inexistente no organograma da instituição, valendo-se deste para intimidar técnicos de carreira.
   Alegam que o Presidente concentra poderes e é adepto a práticas administrativas extremamente questionáveis, tendo como uma das conseqüências mais graves o atraso no licenciamento ambiental.
   Está sendo proposta pela presidência da FATMA, uma reforma institucional e o destino da Fundação ainda é uma incógnita para os servidores, sendo planejada por pessoas que não fazem parte de seu quadro efetivo e que desconhecem o funcionamento da FATMA.
   A AFATMA - Associação dos Servidores da Fundação Meio Ambiente vem cobrando sistematicamente há quase dois anos, maior transparência e democracia nas ações dministrativas, sem, contudo receber respostas.
   Desta forma, vimos a público para externar a grande preocupação com os rumos que estão sendo dados para esta Instituição, lembrando que a FATMA é uma Fundação pública e que zela pela qualidade de vida da população catarinense.

Do Carlos Damião


Cacupé reage à mudança de zoneamento


Abaixo-assinado circula pela Internet: documento será encaminhado à Câmara de Florianópolis e ao Ministério Público


   Circula na internet um abaixo-assinado que tem o objetivo de “provocar a anulação da votação de terça-feira (19), na qual os vereadores votaram, na calada da noite, o desmembramento de Cacupé do Distrito de Santo Antônio de Lisboa, o que faz com que no bairro de Cacupé possam ser edificados prédios com mais de dois andares, colaborando ainda mais para a descaracterização e a superlotação do mesmo, aumentando sobremaneira seus problemas tais como saneamento, mobilidade, descaracterização, desmatamento etc”. A ideia dos organizadores do protesto, entre os quais o poeta Vinícius Alves, é encaminhar o documento à Câmara Municipal e também ao Ministério Público Estadual. “Estamos demonstrando a nossa força e a nossa indignação e, creiam, isso parece que ‘eles’ entendem. Então vamos assinar e compartilhar mais e mais. A cidade e a natureza agradecem”, observa Vinicius Alves. (Leia mais na coluna do Damião)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tutta la vita...

Por William Ear Long
de Roma...  

 Chegará em Florianópolis, amanhã, no voo 015, fretado da Alitalia, o grande cantor Luciano Pavarotti, sua equipe e vários jornalistas internacionais. Eu inclusive.
   Depois de vários telefonemas entre o Pavarotti e a cúpula do TCE, chegou-se a um acordo sonoro.
   O tenor italiano cantará em Florianópolis, na Praça dos Três Poderes, em cima do novo prédio do Tribunal de Contas.
   A entrada será franca, podendo os populares assistirem a partir da Praça Tancredo Neves.
Como o PT está em aliança profunda com o PMDB, na capital e na Palhoça, o italiano também cantará lá.
   A Ideli Salvatti, italiana de origem, prima do tenor segundo novas descobertas genealógicas, patrocinará os dois espetáculos com verbas do governo federal, do programa da CEF, todo mundo canta e todo mundo dança...
   Os dois shows custarão R$ 600 mil reais.
   Conseguiram uma gravação de Ideli Salvatti berrando em frente ao Palácio do Governo, no tempo do Pedro Ivo, gritando: Coronel ditador e ladrão impostor...
   Os timbres guturais são os mesmos da família Pavarotti. Descobriu-se, também, que os Salvatti sempre gostaram de gritar e berrar... E eram vizinhos dos Pavarotti.
   Esta forma liquida toda a questão e fraude em torno do Andréa Bocelli. Os três milhões de reais pagos ao Bocelli, ficam nas mãos dos intermediários, locais e estrangeiros.
   O TCE dará uma quitação geral denominada de "ninguém sabe e ninguém viu", a famosa TF7. O Dário Berger é inocentado e o Gean ganhará uma bolsa de estudos em Módena, na Escola de Canto Pavarotti, na Itália. E o povo, bem o povo que se ...


Pavarotti cantando Nessun Dorma, traduzido por Ideli Salvatti para Ninguém Dorme, um clássico de Puccini.

Assine petição contra o crime dos vereadores de Florianópolis

Provocar a anulação da votação de terça-feira, 19.09.2012, na qual os vereadores votaram, na calada da noite, o desmembramento de Cacupé do Distrito de Santo Antônio de Lisboa, o que faz com que no bairro de Cacupé possam ser edificados prédios com mais de dois andares, colaborando ainda mais para a descaracterização e a superlotação do mesmo, aumentando sobremaneira seus problemas tais como saneamento, mobilidade, descaracterização, desmatamento etc.
 
Contra a mudança de Cacupé do Distrito de Santo Antônio de Lisboa

Porque proibe a construção de prédios com mais de 2 pavimentos na região, evitando a poluição ainda maior das praias, congestionamento, superpopulação, descaracterização do bairro, além de outros.
http://www.avaaz.org/po/petition/contra_a_mudanca_de_Cacupe_do_Distrito_de_Santo_Antonio_de_Lisboa/?tta

Voo 1281 poltrona 3A

Do Milton Ostetto

Boa tarde!
06:30 h Voo 1281 poltrona 3A e o morro do Ribeirão...

Tio Bruda e os "dinurssaurus"

- Alô tio Canga!!!

- Oi, tio Bruda! Tudo bem por aí?

- Por aqui, levando do jeito que dá, naquele tranquito do quero-quero, tio Canga.

- Mas qual é a novidade por aí, tio bruda?

- A novidade não é por aqui, é por aí mesmo, aí do teu ladinho, tio Canga!

- Mas é por aqui e eu não estou sabendo, tio Bruda? Então me conta, desembucha véio!

 - Mas o senhor não soube do Nelson Wedekim, aquele que era de esquerda e depois se bandeou pro lado lado do dinheiro, lembra?

- Como assim, tio Bruda? Pro lado do dinheiro???!!!! Que que é isso????

- É, lembra quando o home foi secretário da Fazenda do Paulo Afonso do PMDB?

- Sim, isso eu lembro, tio Bruda!

- Pois então, o Wedekim, foi da Fazenda na época do escândalo das Letras. Aquele golpe que tentaram dar no nosso Estado com uma quadrilha de São Paulo, lembra, era um assessor do Maluf que ajudava eles, tio Canga!  Foi dar uma força pro Paulo Afonso, que quase foi impinchado na Assembléia, não fosse aquela cagada do Kuster, lembra?

- Ah! Agora tô lembrando daquela badalheira danada que eles fizeram. Mas o que que isso tem a ver com a novidade?

- O causo é que o Wedekim, depois daquela passadinha pela fazenda, simplesmente margulhô, garrô chá de sumiço. Nunca mais se soube da existência do hôme, tio Canga.

- Ora, não seja maldoso, tio Bruda. Ele deve estar cuidando dos seus bens, né? A vida não é feita só de aparência e discurso!

- Que seje, tio Canga. Mas agora o hôme apareceu. Apareceu dando uma festa pro teu amigo aquele que tem a língua mais afiada que navalha de barbeiro caprichoso.

- Ah! O ex-senador....

- Esse, o nego Jaison! Tu até botô uma entrevista dele no teu blog, muito boa por sinal! E a cara do home, tá igual, até o cabelo tá igual, tio Canga. Aquele era bom!

- Tá, tio Bruda, mas o que houve, conta duma vez, véio!

- Pois o Wedekin juntô, lá na casa dele, uns político e uns jornalistas pra homenageá o Jaison Barreto, pelos 30 anos da derrota dele pro tuco Amin, em 82.

- Para aí, tio Bruda! Tu tá loqueando, véio! Eles estavam festejando uma derrota?

-Mas tá aí no Moacir Pereira, tio Canga! Nunca vi disso. Perde e depois comemora? Só a gauchada na Revolução Farroupilha!!!!

- Engraçado, né tio Bruda? Mas quem eram os convivas, tio Bruda?

- Olha, tio Canga, tinha uns jornalista amigos teus e até um que foi teu professor de política.

- Ah! Deve o ser o Remy Fontana, cientista político e muito bom professor, tio Bruda. Mas, dos antigos assim, quem mais?

- Olha, o que mais me chamou a atenção, foi a presença do Walmor de Lucca, aquele que tinha dinheiro até na lata de lixo da Casan, lembra, tio Canga!

- Disso eu lembro, tio Bruda. O Walmor teve uma passagem desastrosa pela Casan. Foi escândalo em cima de escândalo.

- Pois, tio Canga, e depois do Jaison  fazê aquele discurso bonito no teu blog, vai se juntá com essa gente? As coisa não tão conjuminando, tio Canga! Essa história tá mais engraçada que gordo vestindo calça Brim Curinga!

- Ah! Véio, tu me mata de dar risadas!!!!!

- O Wedekin tava que nem o americano aquele do filme dos dragão!

- Dragão?! Que dragão, tio Bruda??!!!

- Aqueles disnurssauro!!!!!

- Ah! O filme do Spielberg, o Jurássic Park! Mas o nome dos bichos é DI-NOS-SAU-ROS, tio Bruda! 

- Aquela coisa bonita de se vê, tio Canga, aquele monte de disnurssauro correndo mato afora! Agora tá o Wedekin juntando disnurssauro da política pra comemorá derrota. Aí não dá, tio canga. Ora, se isso é notícia que se dê!

- É, tio Buda, cada um com as suas coisas!

- Olha tio Canga, eles tão mais louco que sestiá nos trilho! Eu tava pensando...tú...tú...tú

- Caiu a linha, uma pena, o papo tava gostoso. O velho, hoje tava inspirado! Deve ter passado o final de semana nos pelegos da pinguancha, aqui por Florianópolis. 

Comentário:
Senhor Pruda:

    Alertado por um amigo, soube que fui citado em vários contextos e momentos de um telefonema trocado entre o senhor e o Canga, e cujo conteúdo foi exposto no blog do jornalista.
    Não é verdade, senhor Pruda, que na época dos precatórios eu estava na Secretaria da Fazenda. Tenho tanto a ver com os precatórios quanto o senhor: rigorosamente nada.  Não participei da idéia, nem da operação, em qualquer uma das suas etapas. Ocupei, sim, a Secretaria da Fazenda, mas depois. Abandonar um aliado leal (Paulo Afonso), em quem se confia e em hora difícil, seria um ato oportunista e covarde. Não é do meu feitio.
    O Canga, na conversa com o senhor, em algum momento fala nos precatórios como uma badalheira (sic). É compreensível que ele tenha tal conceito sobre a matéria. É o pensamento do PP, com quem o jornalista tem notórias afinidades.
    Eu não dei sumiço, senhor Pruda. Desde 1999, tenho trabalhado há mais de 12 anos aqui em Porto Alegre - na iniciativa privada, diga-se logo. Nos dias úteis permaneço aqui em P. A. e (em geral) nos finais de semana volto para Floripa. Tenho minha família, meu trabalho, meus amigos, minha vida, meus livros, filmes e discos. Não preciso e não desejo estar em evidência.
    O senhor diz que nunca mais se soube da existência da minha pessoa. Eu nunca soube de sua existência. Isso, evidentemente, em nada lhe diminui. Nem por isso vou sair por aí dizendo que o senhor deu sumiço.
    Diz o senhor, também, que eu era de esquerda e me bandeei para os lados do dinheiro. Não sei bem o que seja se bandear para o lado do dinheiro. Infelizmente, o dinheiro não se bandeou tanto para o meu lado. Ao menos, não tanto como eu gostaria ou tanto quanto lhe informaram. Mas, no particular, não tenho queixas.
    Quando à feijoada do Jaison foi um encontro de companheiros(as) de uma jornada inesquecível. Em 1982, cumprimos com coragem nosso dever de luta, eis que a ditadura militar ainda estava de pé, resistente e ameaçadora. De campanhas como aquela, inebriante, mobilizadora, veio a Constituinte, vieram as eleições diretas, a democracia.
    Desculpe, senhor Pruda, mas ver em episódio assim singelo, levado a efeito em ambiente privado, sem badalações, uma “comemoração da derrota” , é uma consideração medíocre. Só pode tê-la quem não estava lá, quem não viveu como nós, intensamente, com paixão e humanidade, a aventura libertária. “Navegar é preciso, viver não é preciso “.
    Me orgulho, senhor Pruda, da campanha de 1982 e de outras tantas lutas, pela causa da justiça e da liberdade. Nos idos de 80, por exemplo, desempenhei papel de certa relevância em processo da Lei de Segurança Nacional, movido pelo então governador Jorge Bornhausen contra jornalistas do Afinal e da Gazeta do Vale, de Gaspar. Foi uma participação ativa, solidária, engajada. Um dos réus era o Canga. Eu estava lá, na mesma Auditoria Militar de Curitiba, onde foram absolvidos os sete estudantes da Novembrada, também com a minha atuação e assistência. Nunca dei sumiço nas horas cruciais.
    Senhor Pruda, me permita fazer uma crítica construtiva às suas intervenções. O senhor não foi elegante com o Küster. No caso citado, não sei se ele errou. Cada um vê pelo seu ângulo e interesse. Mas o ex-deputado teve uma atuação edificante nas lutas pela democracia em nosso estado. Também não é educado chamar pessoas de dinossauros. E sua expressão é tanto mais estranha porque, a julgar pela sua caricatura, o senhor estaria entre os mais avançados – em idade, bem entendido - numa reunião como a que houve em minha casa. Além disso, há dinossauros de todas as idades. Há também aqueles para quem dinossauros são sempre os outros.
    Desculpe usar o e-mail do Canga para remeter esta mensagem. Não saberia de que outro modo fazê-lo. Nada lhe peço. Se não lhe causar mal, me esqueça. Em boa parte deixei a vida pública porque me consternavam certos ataques rasteiros, gratuitos, desonestos, covardes. Não me livrei de todos eles, mas diminuiu muito.

Com todo o respeito.
Nelson Wedekin - Porto Alegre/RS, 26.09.12

Celso Martins expõe Imagens da Resistência


Jornalista mostra fotografias inéditas

   Imagens da Resistência: Florianópolis nos anos 70, do historiador e jornalista Celso Martins, tem a coordenação e produção de Carmem Lúcia Luiz com a curadoria do fotógrafo Radilson Carlos Gomes. O movimento estudantil, as noitadas no Roma, a Novembrada e o cotidiano daqueles tempos integram a mostra.
    “Tudo isso fazia parte do meu dia-a-dia, como morador do bairro da Trindade que ameaçava fazer poesia, militava na oposição à ditadura civil-militar e atuava como repórter do jornal O Estado”, conta Martins que não se vê como fotógrafo. “Fotografo no intuito de reportar uma imagem”, explica, “mas onde eu me realizo é como repórter de texto”.
    O material que está sendo mostrado é apenas uma ínfima parte do acervo reunido por Celso Martins, a maior parte ainda em negativos que nunca foram ampliados. Munido de uma câmera Canon FTB, ele cobriu os atos da resistência democrática e o dia-a-dia de seus integrantes, além de fatos e eventos pela cidade.
    Teve a sorte de conviver com o grupo pioneiro do foto-jornalismo na cidade, reunido no jornal O Estado, como Orestes Araújo, o falecido Rivaldo Souza, Sérgio Rosário e Lourival Bento. “Eu era repórter mas acompanhava as discussões dos fotógrafos sobre a obtenção da imagem, as questões éticas, a revelação, ampliação e edição das fotos”, lembra.
    Naquele tempo, profissionais de peso como Tarcísio Mattos, Carlos Silva e Sarará, atuaram no laboratório do jornal, com quem eu “discutia a qualidade dos meus negativos”. Martins também se recorda das primeiras lições com Osvaldo Nocetti (Coca) e Laureci Cordeiro, as aulas com Dario de Almeida Prado e o convívio com outros profissionais.
    A mostra tem um formato diferente, com fotos em grandes dimensões, muitas escaneadas e ampliadas a partir de contatos, sem o uso de qualquer programa para alterar seu estado original. Uma pequena instalação vai mostrar como eram processadas estas fotografias, com ampliador, bacias, pinças, cuba e o tradicional varalzinho para a secagem de fotos e negativos.
    Na ocasião estarão sendo autografados os livros Os quatro cantos do Sol – Operação Barriga Verde (Florianópolis: EdUFSC, 2006) e Os Comunas – Álvaro Ventura e o PCB catarinense (Florianópolis: Paralelo 27/Fundação Franklin Cascaes, 1995, ambos de autoria de Celso Martins.

Serviço
Mostra -Imagens da Resistência: Florianópolis nos anos 70
Autor - Celso Martins (jornalista e historiador)
Abertura - Dia 25.0.2012 às 19 horas
Permanência - Dias 25 a 27 de setembro
Local -Espaço É A GENTE (rua Júlio Moura, 139, Centro)

Entrada franca

domingo, 23 de setembro de 2012

Reflexões


"Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é".

Do poeta Ferreira Gullart, dizendo que o socialismo não faz mais sentido e recusando o rótulo de direitista.


Feliz Aniversário!

Para o amigo Marcos Bayer que hoje colhe mais uma flor no jardim da sua existência oferecemos esta música. (Ao estilo da Rádio Quaraí - ZYU-56)

Salud! Plata! Campo y vaca!

sábado, 22 de setembro de 2012

Seringa na praça

Do leitor Alex:

Esta é uma foto de uma  seringa de droga recolhida pelo meu filho de dois anos - pequeno detalhe, cortou o dedo na agulha - na praça getúlio vargas em frente comando da Policia Militar do Estado de Santa Catarina.


Sheridan Square


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

OAB/SC: oposição lança chapa

Oposição à OAB/SC oficializa chapa em evento que espera grande número de advogados 4ª feira (26)

Lançamento será na sede da Associação Catarinense de Medicina, na Capital. Os advogados Tullo Cavallazzi Filho, Marcus Antônio Luiz da Silva (Marcão) e Paulo Marcondes Brincas, disputam o comando da entidade

     Será nesta quarta-feira, na Capital, o lançamento oficial da chapa de oposição à seccional catarinense da OAB. O evento deve reunir número expressivo de advogados vindos de vários municípios. Candidatos da chapa oposicionista, os advogados Tullo Cavallazzi Filho (presidente da OAB), Marcus Antônio Luiz da Silva (vice) e Paulo Marcondes Brincas (presidente da CAASC), estão otimistas. É que, pela primeira vez na história da entidade, os grupos de oposição se uniram para disputar o comando da OAB/SC.

     "Nossa união é, por si só, um evento extraordinário, pois mostra que o atual modelo de gestão da OAB está esgotado. Os advogados querem uma entidade que os apóie, que seja transparente e esteja do seu lado na defesa das prerrogativas da categoria. A OAB está acima de interesses pessoais e partidários, ela pertence aos advogados", diz Tullo Cavallazzi Filho. Para Marcus Antônio da Silva (Marcão), a união das oposições aponta que chegou o momento de renovar o comando da entidade. "A alternância no poder é saudável e abre caminho para novas ideias e novas lideranças. Temos que acabar com essa história de um mesmo grupo ficar se alternando na direção da OAB".
     Atualmente exercendo a função de Conselheiro Federal da OAB, o advogado Paulo Marcondes Brincas foi uma das várias lideranças que romperam com a atual direção da Ordem no Estado. Brincas critica a ausência de diálogo por parte do comando estadual. "Infelizmente, percebi que a diretoria da OAB em Santa Catarina não sabe lidar com opiniões divergentes e, o que é pior, desestimula o debate, promovendo verdadeira caça às bruxas contra aqueles que ousam discordar. Isso é lamentável e indigno de uma entidade como a nossa".

     O lançamento oficial da chapa de oposição à OAB/SC será quarta-feira (26), às 19h, na sede da Associação Catarinense de Medicina - ACM (Rod. SC 401). Durante o evento serão apresentados todos os integrantes da futura Diretoria da Seccional, além do nome da chapa e material de campanha. As eleições ocorrerão no dia 19 de novembro, por meio de cédulas convencionais, já que a OAB não conseguiu junto à Justiça Eleitoral o empréstimo de urnas eletrônicas. Estão aptos a votar mais de 20 mil advogados em todo o Estado. O voto na entidade é obrigatório. Para votar, é necessário regularizar eventuais pendências financeiras com a entidade até o dia 19 de outubro.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Baixaria na campanha do PMDB

Do  Moacir Pereira

   Publicitário Hiran Pessoa de Melo envia e-mail para relatar o que ocorreu com as imagens de sua equipe de produção. Título que deu: "a invasão do desespero".
 

Texto:
"O troca-troca de comando na campanha de Gean Loureiro virou caso de polícia!
Na madrugada de segunda-feira, algumas pessoas ligadas ao candidato do PMDB, comandadas por Ana Bárbara, secretária de Gean Loureiro, invadiram a atual produtora, abriram arquivos na ilha de edição e simplesmente copiaram os materiais produzidos por toda a equipe, contratada pelo Sr. Dário Elias Berger, logo após o rompimento com Wilfredo Gomes.
Todas as medidas judiciais estão sendo tomadas pelos advogados do marqueteiro Hiram Pessoa de Melo, que comanda a equipe de Curitiba, bem como o registro de um boletim de ocorrência."

O telefonema internacional

Por William Ear Long

- Bon giorno dottore Salomon...
- Io sono Andrea Bocelli...
- Como estai?

- Oh que prazer, senhor cantor Bocelli. O senhor está em Florianópolis?

- No, no, no... Io sono in Roma... Mia telefonata per lei para explicare que no vo pela segunda volta a Florianópolis.
- Io recebido una consulta de suo Tribunale di Conto, averiguando da mia disponibilitá...
- Io no vou per la Isla... No, Io repito: No...
- Io vado a bordo per cantare nelle Natale da Grécia...
- Io no recivutto nessuno dinero da Santa Catarina...
- Consiliéri, gracie per la opportunittá, ma Io no vo...

- Mas, senhor cantante, nem uma passadinha por aqui? Resolveria meu problema aqui no Tribunale... Eu preciso justificar essa despesa da Dário e do LHS...

- No consiglieri, no...
- Impossibile... 

Neste momento, um impacto estridente na porta do gabinete do conselheiro do TCE/SC: TRUMPPPHHHUNNNTOBBVBVBCRASH....

Entra uma pessoa de porte médio, vestido de terno preto, cantando uma ópera Ba- Rouca:

La mia campanga é finita...
La festa comincciata é finita...


* O Ba-Rouco é uma variação regional do Barroco Italiano, introduzido na música mundial por Gean Bouleiro, no século 17.

Montevideo: ventos de 160 Km/h


Atravessar a praça Independencia hoje, no centro de Montevideo, com ventos de até 160 km/hora, tornou-se uma missão impossível.

Mudanças de zoneamento na boca da eleição

Na última sessão Câmara de Vereadores aprova sete mudanças de zoneamento
 

   Do Daqui Portal de Notícias  

   A Câmara Municipal de Florianópolis aprovou terça-feira (18.9) o projeto de lei complementar 01160/2012 do vereador Dalmo Menezes que altera zoneamento na região de Cacupé, apesar dos protestos e manifestações oficiais escritas e orais das entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio de Lisboa.
   A sessão foi marcada pelas aprovações de outros projetos alterando zoneamento. Eles estavam previstos para serem votados hoje (quarta-feira, 19.9), mas foram antecipados para a sessão de ontem (terça). Muitos vereadores desconheciam os detalhes das matérias, que foram votados pelos seus números, sem detalhamento ou discussão.
   Os momentos que antecederam a sessão foram marcados pela presença do advogado Hélio Bairros, presidente do Sinduscon, em diversos gabinetes de vereadores. Os vereadores Badeko e Asael Pereira, que raramente permanecem até o fim das sessões, se mantiveram no planério para garantir as aprovações dos projetos.
   Além do vereador Dalmo Menezes, que teve aprovados dois projetos alterando zoneamentos, seus colegas Ricardo Camargo Vieira, João Aurélio Valente Júnior e o presidente Jaime Tonello (dois projetos) conseguiram as mesmas vitórias. Um projeto do Executivo igualmente foi aprovado.
   Com a votação destes projetos a Câmara entrou em recesso por causa das eleições e só volta a se reunir no dia 16 de outubro. Exceto o projeto do Executivo, os demais terão que passar por segunda votação dentro de 30 dias.
 
   PLC/01160/2012 (Cacupé/Santo Antônio de Lisboa)
   Do vereador Dalmo Menezes foi apresentado em 7.2.2012 alterando o artigo 1º da lei complementar nº 125 que limita a dois o número de pavimentos (sem ático nem pilotis) em todo o distrito de Santo Antônio de Lisboa, apresentado pelo vereador Acácio Garibaldi. Num primeiro momento a região de Cacupé afetada pelo projeto foi desmembrada do distrito de Santo Antônio e incorporada ao bairro Saco Grande, pertencente ao distrito Sede. Agora foi abolido o limite de dois pavimentos. 
   No dia 6.3.2012 o projeto recebeu parecer favorável do vereador Marcos Aurélio Espíndola (Badeko) da Comissão de Constituição e Justiça. Outros dois pareceres favoráveis foram apresentados nos dias 21.8.2012 (vereador Deglaber Goulart, Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo) e 11.9.2012 (vereador Azael Pereira, Comissão de Meio Ambiente).
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