terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O abissal e desalentador ano de 2015

   Por Eduardo Guerini

   Na profunda depressão econômica e incerteza política, a intolerância política e desencantamento com o estado atual são contabilizados entre uma pedalada e outra no abismo do lulo-petismo. É uma conta sem fim...

   As celebrações natalinas, com seu lauto repasto e banquete nababesco, sempre deixaram de lado questões da política e economia brasileira. Neste findar de 2015, as famílias perceberam que o momento de festejo – religioso ou não, esteve carregado de emblemáticas situações que povoaram o “ideário” da população em geral.

   O enredo comum da política movida por interesses mesquinhos determinou uma cisão das famílias entre os que apoiam o atual governo e aqueles que desejam a superação, a apologia polarizada do “nós contra eles” é uma potencialização de uma guerra terrorista do governo brasileiro e as mentes maniqueístas do lulo-petismo pela via do marketing eleitoreiro contra qualquer crítica a sua forma de manejar o “aparelho do Estado”. Assim, a visão uniforme e hegemônica se traduz naqueles ingênuos e cegos militantes que não enxergaram a crise econômica, política, ética e social. Diante de uma ceia com pratos menos requintados, as postagens louvam uma suposta ideologia da positividade e apontam o norte da crise – uma classe média ressentida e mídia golpista.

   Nos lampejos e cenários de abertura dos presentes natalinos, o Governo Federal e seus astutos ministros, com a subserviência dos governadores de Estado e servilismo de prefeitos municipais, trataram de impor aos brasileiros uma gama de aumentos tributários que servirão de salvaguarda para a esfarrapada contabilidade nacional. A crise fiscal propalada pelas autoridades econômicas em todos os rincões da republiqueta bananeira, resultado da natureza perdulária dos gestores será provida pelo maná do reajuste para além dos limites inflacionários e pela imposição de algumas contribuições adicionais, o CPMF e realinhamento de impostos para produtos supérfluos são ingredientes apimentados que foram deixados na árvore de natal do ano de 2015.

   Entre uma taça e outra de espumante, nas garfadas da ceia natalina e do “réveillon” o governo não dorme, tratando de espocar fogos e artifícios inverossímeis contra opositores, criando e mistificando a realidade depressiva da economia. A potencialização da indignação em relação a classe política – seja no Parlamento brasileiro – clivado de problemas de ordem ética, nos Partidos Políticos – carcomidos pela corrupção endêmica, ou, no Executivo – entremeado por esquemas de tráfico de influência nas “rumorosas transações” nada republicanas, fizeram de 2015 – um ano abissal e desalentador.

   Com o governo Dilma Rousseff atônito e agônico durante o primeiro ano do segundo mandato, o lulismo nas cordas, a oposição titubeante, restou para os brasileiros os desígnios de sua sorte em 2016, para neutra e virtuosa atuação dos Magistrados no STF – Supremo Tribunal Federal. Afinal, toda crise poderá ser debelada pela áulica insígnia: “A Justiça tarda mais não falha!!!

   Façamos nossas preces e oferendas para os todos os Deuses de todas as crenças, no ano de 2016 a conta para os brasileiros pode não ter fim!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Transposição do rio São Francisco não vai dar pé

   Por Laercio Duarte
   O Lago de Sobradinho foi construído no Rio São Francisco, durante os anos de chumbo do período militar. Por isso mesmo, foi muito combatido pela chamada "esquerda brasileira". Apesar disso, resultou num projeto de grande potencial progressista, pois trouxe para a região a irrigação de áreas cultiváveis, onde se produz frutas tropicais destinadas à exportação e ao consumo interno, incluindo algo completamente improvável, os parreirais de uvas viníferas em pleno sertão nordestino.
   Na barragem do lago, foi instalada uma usina de produção de energia elétrica, com seis unidades geradoras que, juntas, somam mais de mil megawatt hora, equivalente a produção das nossas usinas de Machadinho ou Itá, em Santa Catarina, cujas concessões foram repassadas para a franco-belga Tractebel, e que no momento estão operando com lucros fantásticos para a multinacional.
   O mesmo acontecia em relação a Usina de Sobradinho para a estatal CHESF, do grupo Eletrobrás, até que sua operação ficou inviável devido a seca que se abate sobre o Lago de Sobradinho.
   Além das condições climáticas provocadas pelo desmatamento e má gestão ambiental da bacia do maior rio genuinamente nacional, um novo risco aparece no horizonte do drama fluvial. A construção da Transposição das Águas do Rio São Francisco, imaginada e iniciada em 2006 e prevista para ser inaugurada em 2012. Do orçamento inicial em torno de 4 bi de reais já foram gastos 8 bi, e a data de conclusão foi no momento transferida para 2017. Isso significa que as águas podem rolar à vontade, mas, infelizmente na atualidade, não há sequer a quantidade suficiente para encher o lago. 

   Trata-se de uma obra eminentemente política, contra a qual se posicionaram os maiores ambientalistas brasileiros, incluindo a ex ministra Marina Silva e alguns bispos católicos da região, que foram silenciados à força pela cúpula da CNBB. Uma obra que, à princípio, só beneficia os empreiteiros e os contratantes governamentais. Oito bilhões de reais jogados no lixo !!!

sábado, 26 de dezembro de 2015

Bom...bom...bom...







Sempre presente nos shows que eu produzia, sempre dando seu show, nas pistas e nos palcos.
Talendo puro.
Meus sentimentos aos familiares e amigos próximos.
Descanse em paz.

Onde está você Chico Buarque de Hollanda?

Foto de Deio Escobar. 
 
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações 


(Vai Passar-Chico Buarque de Hollanda)
    Quando se arma toda essa polêmica nas redes sociais sobre Chico Buarque de Hollanda haver sido interpelado em uma saída de boteco, entendo que está em jogo uma cobrança.
Chico representou a voz de protesto contra os desmandos, a censura, as perseguições políticas orquestradas pelo poder, e foi porta-voz das denúncias contra a corrupção.
    Pergunto: Há diferenças entre as "tenebrosas transações" daquela época e as de hoje?
    Ou a única diferença está em que as "tenebrosas transações" são hoje feitas por seus amigos de longa data?
    A que categoria de homem pertence aquele que muda de opinião sobre o roubo de ontem deixar de ser desonesto hoje?    

   Há algo errado em quem adquiriu um patrimônio beneficiando-se da credulidade de um povo, ao portar-se como paladino da ética e liberdade, e hoje ignorar solenemente os mesmo malfeitos que denunciava, apenas porque agora são feitos por correligionários.
    Chico Buarque, você enterra sua biografia ao tratar como inimigos aqueles de lhe cobram a mais simples coerência à sua obra. E lamentavelmente você contribui com isso para fomentar o ódio e a divisão no país.
    O governos e seus agentes gramscianos alimentam a censura de forma sub-reptícia, a revista Veja transformou-se hoje no que foi o Pasquim de ontem, é o alvo da repressão do governo e de todos os que ainda se beneficiam dele. Fomenta-se a divisão entre eles x nós.
    Na última semana voltaram a usar a velha dicotomia direita x esquerda. As mesmas pessoas que na semana passada afirmavam que o PT não era esquerda hoje acusam seus adversários de serem direita, em uma salada ideológica sem pé nem cabeça. Mas o que importa não é mais esclarecer: é confundir.
    Chico Buarque de Hollanda, porque você não está mais aqui no Brasil, presente, para lutar contra as injustiças sociais causadas pelo desemprego e inflação? Para lutar contra o quase inexistente atendimento em saúde? Para denunciar a insegurança que provoca mais mortes violentas por ano que todas as guerras em curso? Para gritar contra os cortes de verbas para uma educação que só piora a cada ano? Para lutar contra a corrupção, Chico?
 

O povo brasileiro segue sendo a Geni.
Onde está você Chico Buarque de Hollanda?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015




Pérolas
 A troca de ministros da economia no Brasil passou em branco. De fato, ela é irrelevante, diante do quadro de barbaridades que se vê no país. O novo chefe do órgão supostamente encarregado do Planejamento, algo que não se faz no país há muitas décadas, saiu-se com esta pérola em sua cerimônia de posse:
"- Mais importante do que dizer o que vai ser feito, é fazer. Execução é muito mais importante do que a estratégia. Temos que fazer bem."   Se alguém entendeu o que sua excelência quis dizer, explique-me, por favor. Nenhuma corporação vive sem estratégia. A ciência da administração nos últimos 30 anos, pelo menos, tem dedicado ao campo da gestão estratégica os seus estudos e inovações mais importantes, tanto nas universidades de alta performance, como Cambridge e Harvard, quanto em instituições nossas, aqui do terceiro mundo. O campo da informática dedicou seus aplicativos mais relevantes ao mercado de software voltado ao apoio à decisão, especialmente àqueles que se voltam para auxiliar os gestores num campo especialmente delicado, qual seja a formulação de estratégias e sua posterior implementação no campo prático.
   O que podemos esperar de um ministro que fala mal de sua própria profissão? Ou pior: não sabe do que está falando.



Milicos X golpe
Parece evidente que os militares de hoje não estão dispostos a fazer um golpe militar no Brasil. Apesar da tragédia que é este governo Dilma.
Ainda que o comportamento dos civis golpistas sejam mais ou menos o mesmo de 1964, ou seja, bater às portas dos quartéis pedindo a intervenção militar. São mais de 50 anos de diferença. Não temos mais a guerra fria, que justificava aos Estados Unidos intervir no mundo inteiro, particularmente em seu quintal sul americano, onde implantou-se ditaduras sanguinárias no cone sul, incluindo a de nosso país.
Os cidadãos que hoje apelam para uma solução militar, talvez não saibam que o golpe militar de 1964 também tinha o propósito de sanear o país. O governo Jango era tido como comunista, corrupto e incompetente. Por isso, apelou-se para os militares, que deveriam fazer a limpeza esperada e num curto prazo devolver o poder aos civis liberais e conservadores. Havia vários deles esperando por essa graça. Juscelino Kurbischeck, Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Carvalho Pinto, etc. Esperaram vinte anos. Todos morreram sem alcançar o sonhado objetivo de voltar ao poder, alguns deles morreram sob a suspeita de terem sido assassinados pelo próprio regime.
Um golpe militar nunca é aplicado apenas pelo setor militar. O de 1964 contou com o apoio político fundamental da igreja católica e da burguesia nacional. Quando os militares decidiram acabar com a oposição civil, a partir de 1968, contaram com o apoio fundamental dos grandes empresários. Sabe-se historicamente que todos os líderes do empresariado nacional doavam grana para a repressão violenta comandada pelos aparelhos para-militares, como a OBAN e o DOI-CODI. Duas exceções são citadas pelo próprios agentes: José Mindlin e Antonio Ermírio de Morais. O resto está na lista dos colaboracionistas.    

 Laercio Duarte

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O STF e o rito de Kim Jong-un

   Por Paulo Vendelino Kons
   

   De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), deve o Regimento da Câmara dos Deputados ser rasgado na eleição para compor Comissões na Câmara, pois tem que ser seguido o rito da Coreia do Norte:
1º. - Os candidatos são escolhidos pelo líder;
2º. - São proibidas outras candidaturas;
3º. - O voto não é secreto.
   A forma como a Justiça deve se posicionar é estudar a ação e julgá-la com absoluta imparcialidade, é a lógica e único meio de se atingir esse objetivo. Mas, no caso específico do questionado julgamento dos ritos do impeachment (em 16 e 16 de dezembro de 2015), a tal neutralidade e aplicação de conhecimentos, não foi o que assistimos. Retrocedendo ao mensalão, no discutido tema de embargo infringente, o voto decisivo foi dado com base em Regimento Interno do tribunal. Agora, o regimento interno para uma casa serve e para outra não serve?
   O Direito e a Verdade foram espancados pelo seu Barroso ao omitir da leitura do Regimento Interno da Câmara o trecho que define que deve haver votação secreta (em várias situações) e “nas demais eleições”, como é o caso da eleição da Comissão Especial do impeachment. Omitir essa expressão, base que assegura legalidade à eleição secreta, é um crime de lesa Pátria, agravado por ter sido cometido propositadamente por um Ministro do STF, que induziu ministros ao erro, o que ficou evidente nos votos de Rosa Weber e Cármen Lúcia.
   Alguns membros do pretório excelso tiveram a desfaçatez de citarem Paulo Brossard para justificarem seus votos. Mas a filha de Brossard publicou uma carta na qual afirma que seu pai se envergonharia de como votaram a maioria dos ministros do STF, e que de forma alguma votaria como eles votaram.
   Agora resta ao Kim Barroso Jong-un e outros militantes togados julgar os embargos de declaração e decidir pelo fuzilamento dos deputados que não aprovarem a comissão indicada.
   Pois a pergunta ao seu Barroso e súcia que não quer calar: como proceder se a composição escolhida pelos líderes for rejeitada pelo plenário (que é soberano) da Câmara?

Somos Todos Turistas na Província Catarina Virginal!!!

Por Eduardo Guerini
Preparando o Gabinete de Crise no Governo da Província Catarinense para atender a demanda TURÍSTICA superdimensionada pela mídia provinciana.
   
Charge oportuna do Mendes
O governo catarinense, na atual gestão do estancieiro Raimundo Colombo, é uma cópia falsificada do modelo produzido no Planalto Central. Na hegemonia dos marqueteiros ávidos por recursos do erário público, não existe qualquer pudor.
   No início do ano de 2015, a crise que se avistava no horizonte pelo mais pueril analista de conjuntura, o que faz nosso governante provinciano? Com auxílio do marqueteiro de campanhas eleitorais, aquelas propagandas que beiram o cômico, tal a distância entre fantasia e realidade, a crítica contra os “pessimistas de plantão” foi contundente!!! A insistência na “garra catarinense”, com imagens vistosas encerra a peça teratológica com o seguinte slogan: “Santa Catarina, um Estado onde o Brasil dá Certo!!!”.
   Neste final do abissal ano de 2015, a crise assumiu proporções inimagináveis, com retração na arrecadação, evolução no nível inflacionário, aumento do desemprego, e, a província catarinense foi tragada pela crise, negada em prosa e versa, pelo bonachão governador e seus secretários. Tal peça de ficção vendida para incautos e desavisados, foi contraditada pelos ataques aos direitos dos funcionários públicos estaduais e setores vitais.
   Na educação estadual, os professores foram tungados olimpicamente em sua carreira, e, nosso secretário – na régua e no esquadro, inventou uma engenharia financeira para não reajustar os salários minguados de uma categoria. O sugestivo nome para tal “levada de mano” foi intitulado de “descompactação de tabela”.
   Na saúde pública, o caos nos hospitais é catastrófico para profissionais e pacientes. Daí, o aniquilamento de qualquer ação preventiva.
   Na segurança pública, a “mudança na escala” dos policiais militares, foi mais uma ação coordenada para evitar a contratação de efetivo - já minguado e exaurido. O resultado é o aumento dos níveis de violência “Por Toda Santa Catarina” !!!
   No tocante as SDR’s – Secretarias de Desenvolvimento Regional, nada de novo. Tudo mantido para evitar uma fissura na coligação interesseira e pragmática. Os apoios e retornos monetários abastecem uma máquina eleitoral sem qualquer ação da justiça eleitoral.
   Porém, no campo de produção de estatísticas, o governo Colombino é promissor. No findar de 2015, com uso massivo da mídia e “colunistas” provincianos fomos bombardeados por uma propaganda que aponta para a chegada de uma “horda de turistas”, algo em torno de 8.000.000 (OITO MILHÕES DE TURISTAS). Nada de explicações plausíveis, nem consultas do Anuário Turístico da Embratur ou Santur , tudo é sonegado em prol da realização dos interesses momentâneos.
   Diante do cenário promissor para o “trade turístico” catarinense, nada de confrontar com séries históricas. Os jornalistas e colunistas tratam de regurgitar dados e notícias espetaculosas sobre lotação na rede hoteleira, chegada de “Hermanos”, ainda que, nada se concretize, os astutos capachos das verbas publicitárias, tratam de “maquilar” o enredo misterioso da invasão turística.
   Para nossa astuta mídia provinciana, turista é “aquele indivíduo que faz deslocamentos superiores a 50 Km, concluímos que, “SOMOS TODOS TURISTAS” !!!
   Recomenda-se a criação de um Gabinete Gestor de Crise para resolver os problemas infraestruturais derivados de tal façanha estatística. Afinal, teremos uma frequência de turistas no litoral catarinense superior a população de todo Estado.

É MENTIRA TERTA? VERDADE!!!!

Vossa Excelência... O peru de Natal


  Por Leal Roubão *

   Mais uma manobra para esconder os “trambiques” na Corte de Contas de SC.
   Recentemente a Augusta Casa Legislativa (ALESC) aprovou a toque de caixa a lei que limita poderes dos auditores e promotores concursados do Tribunal de Contas.
   O objetivo é facilitar a burla na verificação das contas públicas catarinenses.
   Assim, oficialmente, manifestou-se o presidente Luiz Roberto Herbst:
  “Em abril de 2015 o Tribunal de Contas encaminhou projeto de lei complementar apenas com objetivo de alterar as atribuições do Vice-Presidente e a denominação do cargo de Auditor.
   O projeto não teve andamento até o dia 10 de dezembro, quando, então, foi apresentada uma emenda substitutiva global pela Assembleia Legislativa, que abandonou o teor do projeto original, e promoveu diversas modificações na estrutura de funcionamento do Tribunal e do Ministério Público junto ao TCE/SC.
    A proposta da emenda não era do conhecimento do Tribunal e não foi discutida com os representantes desta Corte de Contas. Foi apresentada e aprovada por três comissões em um só dia, à revelia do Tribunal de Contas.
O projeto aprovado se mostra inconstitucional, pois somente o TCE/SC tem iniciativa de lei para modificar a sua organização e o seu funcionamento.”


E continua a nota oficial:
“A emenda substitutiva apresentada pela Alesc também possui diversas outras inconstitucionalidades que fragilizam o controle externo:
- Restringe a competência do Tribunal para responsabilização de agentes públicos por descumprimento de normas do próprio TCE/SC, bem como para responsabilizar agentes públicos que não adotam providências quando constatado dano ao erário;

- Exclui os Auditores Substitutos de Conselheiro da atuação no Plenário, impedindo-os de substituir conselheiros, de forma inédita entre os tribunais de contas;

- Reduz a atuação dos Auditores a algumas espécies de processos;

- Determina que as decisões dos Auditores fiquem sujeitas à revisão obrigatória dos conselheiros (recurso de ofício), as quais somente terão efeitos após tal procedimento;
- Submete os Auditores e os Procuradores às regras funcionais do Estatuto dos Servidores Públicos estaduais, de forma contrária ao estabelecido na Constituição Federal, que assegura, respectivamente, tratamento isonômico com os Magistrados do Poder Judiciário e o Ministério Público;

-Retira do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas a autonomia concernente à administração de sua estrutura, consolidada pela legislação há 15 anos”.
E conclui da seguinte forma:
A redação aprovada pela Alesc tende a comprometer o exercício e a eficácia do controle externo a cargo do Tribunal de Contas. Será dificultada a responsabilização de maus gestores públicos, na contramão do momento atual, que é de fortalecimento das instituições de controle, disse o presidente Herbst.

   O governador Raimundo Colombo, com sua expressão de pároco, em longa entrevista ao Diário Catarinense, dia 22 de dezembro, na página 8, diz:
   - “O Ministério Público de Contas sempre ficou solto. Não era subordinado nem ao TCE, nem ao Governo. Isso vem há tempos. A ALESC recebeu um processo lá e tentou agir.

    O TCE não é um poder, é um órgão de assessoramento do Legislativo, tem uma vinculação. Uma série de medidas foi tomada por unanimidade, só teve duas abstenções. Se o patrão, que é a ALESC, modificou uma realidade, não cabe a mim (sic) vetar.

   Sinceramente, quem faz o papel de conselheiro quem que ser o conselheiro. O auditor faz o de auditor”.

   Aqui de Lisboa, onde estou agora, imagino o seguinte:
Os conselheiros do Tribunal de Contas têm dois perfis, a saber:
(1) Os honestos aceitam o cargo por sua honorabilidade e pela aposentadoria confortável.
(2) Já os conselheiros desonestos, o fazem pela possibilidade de continuar a “trambicar”.
   E agora o “trambique” fica oficializado naquela Corte de Contas.
   Mas, a grande notícia que corre na “rádio corredor” do TCE é que a tal emenda substitutiva foi elaborada no gabinete de um dos sete conselheiros.
   Não se sabe quem ainda... Mas, há indícios de que possa ser parente do Sargento Garcia, aquele eterno parceiro do Zorro.


Comentário:
Canga eh genial esse tal de Leal Roubão. Chama ele pra ser o próximo governador de SC e colocar esses canalhas em cana. Abs do Ademar sem Barros. 

Canga, os funcionários do TCE, semana passada na sessão plenária, vaiaram dois conselheiros daquela Casa, dois "ex" auditores se retiraram e todos muito indignados com a referida Lei. 
   E o tribunal teve que redistribuir os processos por causa dos auditores.
   Agora, o Ministério Público junto ao TCE, seus funcionários inclusive promotores, farão parte do quadro do TCE.
   Esta Lei também acabou com o plano de cargos e salários do tribunal, que já estava sendo implementado. O TCE perdeu totalmente a autonomia.
   Sacanearam até os "bagrinhos", que já tinham ficado este ano sem o peru de natal.
  Diga ao Sr. Leal Roubão que o Sargento Garcia e o Zorro estão colocando fogo no TCE/SC. Abraço e um Feliz Natal, sem vossa excia. o peru de natal.
  Antonio Conselheiro

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Prefeito aumenta número de comissionados em 64%

Número de funcionários comissionados da Prefeitura de Florianópolis aumentou 64% durante a atual gestão, denuncia o vereador Lino Peres
  
   Após extensa pesquisa de sua equipe, o vereador Lino Peres apontou em Plenário na tarde desta quarta-feira (16) mais um grande desperdício de dinheiro público da Prefeitura de Florianópolis: o número de servidores comissionados nas secretarias cresceu 64% nos três anos da gestão de Cesar Souza Junior. 
   Segundo dados retirados do Portal da Transparência da Prefeitura (até o dia 1/12/15), aberto a todos para consulta, há 491 funcionários comissionados lotados em órgãos do executivo, o que significa um custo mensal de cerca de R$ 1,83 milhão. O resutado anual é assutador: um gasto de mais de R$ 22 milhões. E estes números provavelmente são ainda maiores: há de se somar ainda o pagamento do 13°, de férias e das gratificações recebidas pelos trabalhadores. Além disso, os dados do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e da Comcap não foram contabilizados, já que apesar de reiterados pedidos do mandato as informações referentes aos órgãos não foram atualizadas no portal. A frequente troca de funcionários comissionados entre secretarias não permite um levantamento mais preciso.
   Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), realizada em 2012 e divulgada em abril de 2013 (links ao final), Florianópolis tinha 299 cargos comissionados ao final da gestão de Dario Berger e se classificava como a capital com menor número de trabalhadores dessa classificação no país. 

   Ao ganhar a eleição, Cesar Souza Junior afirmou que o número de cargos existentes na administração municipal era “excessivo” e assegurou que reduziria em 50% o número de cargos comissionados da Prefeitura (link ao final). “Ele fez exatamente ao contrário. Por diversas vezes durante o seu mandato, o Prefeito prometeu que reduziria o número de cargos comissionados, mas o que constatamos com a nossa pesquisa é que a máquina do Executivo não para de inchar.   Ele alega que o município está quebrado, o que torna esse aumento injustificável e gera um custo exorbitante aos bolsos do contribuinte”, adverte o vereador Lino Peres. 
   Além das óbvias implicações do aumento de custos, Lino também ressalta que é de conhecimento público o uso de distribuição de cargos comissionados a vereadores para garantir apoio político na Câmara Municipal.
   Ao lançar o programa “Florianópolis enfrentando a crise”, em julho deste ano, Cesar Souza Junior afirmou que a receita de 2015 é a menor dos últimos 15 anos e cerca de R$ 100 milhões deixarão de entrar nos cofres públicos até o fim do ano - quase o mesmo valor que o Executivo gasta para manter o atual número de comissionados. Uma das medidas de economia anunciadas foi o corte de gratificações dos funcionários de carreira. Em outubro, o prefeito anunciou a redução em 30% do próprio salário e 10% dos salários dos secretários, ato que não gera impacto real sobre a folha. 

   “Foi pura demagogia. É por esta razão que o nosso mandato batalha pela transparência dos atos públicos, para que a população saiba onde e como está sendo gasto seu dinheiro. Foi com esse objetivo que fizemos a divulgação da lista dos grandes devedores do município, em outubro, já que empresas e pessoas físicas devem R$ 1,4 bilhão ao município, mais do que a arrecadação anual da Prefeitura”, esclarece Lino.

NATAL

Por Emanuel Medeiros Vieira                          

Naqueles natais não havia peru defumado
E sim presépio, missa do galo, brinquedos de madeira, ternura.

Os shoppings estão cheios – como as novas catedrais do consumo.
Pacotes, gente estressada, barulho.
As pessoas só querem eletroeletrônicos de última geração.
Tudo descartável: gente, bolsas, joias.

O passado escorre úmido, contamina o presente.
O menino talvez esteja naquele pela enrugada.
O que é o tempo?

Tento congelá-lo - para ele ficar sempre comigo:
convertendo o instante em sempre.

Mas o menino continua no outro natal:
e a esperança que não se desgruda da pele.

Natal.

É preciso brindar à vida – sempre.
E saberei rir nesta outra ceia – tantos anos depois.
(Contemplando um natal mítico que nunca morrerá.)

O rio?
Segue o seu curso.

domingo, 20 de dezembro de 2015

A morte de uma tradição

   A decoração de Natal na Praça XV bem que ficou bonita, muita luz, elementos de diversas culturas, esqueceram apenas do nosso PRESÉPIO NATURAL. 
Para quem não teve a oportunidade de conhecer, anexo uma foto de meu arquivo pessoal.

   Iniciada pelo pesquisador e folclorista Franklin Joaquim Cascaes na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a tradição de confeccionar um presépio rústico em tamanho natural para celebrar o Natal foi levada para a Praça XV de Novembro na década de 1970, por incentivo do museólogo Gelci José Coelho, o Peninha, que queria difundir a arte presepista de Cascaes.

    Após a morte do pesquisador catarinense, em 1983, Peninha continuou o projeto por quase uma década e, a partir de 1993, a responsabilidade foi assumida por Jone Cezar de Araújo. Nessa época, o presépio natural da Praça XV de Novembro foi reconhecido como o mais original do mundo pelos integrantes do Congresso Mundial dos Presepistas, realizado na República Tcheca, organizado pela Un-Foe-Prae (Federação Mundial de Presepistas).”


Att.
Paulo Roberto


Tendências...

sábado, 19 de dezembro de 2015

STF se rende ao governo

   O jogo político se dá nos bastidores, todos nós já sabemos há muito tempo. O que aconteceu para o STF jogar no lixo sua já baixa reputação, negando o voto do relator e tomando uma decisão completamente sem nexo, nem amparo constitucional? 
   Eles não apenas inverteram as regras do jogo aplicadas contra Collor em 1992, na vigência das mesmas leis.   Mudaram o resultado da partida, em pleno andamento. É um deboche para a cara dos pagadores de impostos que os sustentam! 
   De outro lado, mas, com os mesmos propósitos, o time de Lula está ganhando em vários outros confrontos de bastidores. O que foi fazer sua excelência, o ministro da justiça, numa madrugada em Curitiba? Do resultado de todas as tramas, o que temos para hoje é essa malemolência que requebra ao luar, nossa tão falada versatilidade, o "jeitinho brasileiro" de ser. 
   O país que se foda, desde que os que estão no poder preservem suas vantagens. Delatar, pra quê? Daqui à pouco o Levandowski pode soltar todo mundo.
   A economia está desabando e vai piorar.
   Os eleitores de Dilma não vão ter feijão para colocar na mesa.
   Mas, segue o samba da gandaia, ô ô ô, tá chegando o carnaval...!!!

Os paquidermes

Os elefantes, animais muito inteligentes, homenageiam o prefeito da Capital e o governador de SC, pelas ruas da nossa cidade...
 
 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Em luta intestina, Renan rouba até frase alheia



 O presidente do Senado, Renan Calheiros, alvo de vários inquéritos na justiça e denunciado na Lava Jato por pegar propina do Petrolão, está de mal com o seu, não menos enlameado, parceiro do PMDB, o vice presidente da República, Michel Temer.

    Na briga entre os compadres, Renan - na tentativa de ofender Temer - roubou uma frase de "Toninho Malvadeza", como era chamado o ex-senador baiano, Antônio Carlos Magalhães, já falecido.
   
    Na época, 1999, ACM era presidente do Senado e reagiu a nota enviada pelo peemedebista Temer, então presidente da Câmara. Para ridicularizar seu opositor, ACM usou a semelhança física de Michel Temer com o ator Vincent Price, considerado dono do rosto mais representativo do horror sem máscara e o vilão mais apavorante do cinema americano nas décadas de 40, 50 e 60.
   
   Senador Renan Calheiros, filme de terror é a política brasileira, é esse Congresso Nacional e esse governo petista do qual o senhor faz parte!

É na arena política...



   Por Marcos Bayer

   Nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal haverá o embate político. E neles acontecerá a discussão política do “impeachment”.
   O “impeachment” é uma instituição norte – americana.
Foi concebido pela democracia presidencialista mais sólida da História.
   Richard Nixon sofreu o “impeachment” no Congresso dos Estados Unidos da America porque mandou espionar a sede do Partido Democrata no Edifício Watergate... Aliás, renunciou antes da imposição do “impeachment”.
   Não está escrito na Constituição dos Estados Unidos da America que é crime espionar a sede de partidos políticos. Não, não está...
   Mas, um presidente após o juramento de governar respeitando as leis e a constituição não pode mentir sobre coisa pública...
   Bastou a mentira para que os dois jornalistas do Washington Post levassem o caso Watergate às ruas e deu no que deu.
   Os brilhantes jornalistas Bob Woodward and Carl Bernstein foram os heróis do caso.
   No Brasil, agora, nossos heróis são o Juiz Moro e os promotores federais de Curitiba que, junto com a Polícia Federal, iniciaram a Operação Lava a Jato, palco do início desta grande tragédia nacional.
   O Brasil está sendo exposto pelas suas tripas ao mundo.
Vísceras apodrecidas pelas práticas sorrateiras “daszelites” com ampliação do pessoal “de esquerda” desta nação espoliada desde sempre.
   É um dos momentos mais salutares da jovem democracia brasileira. Senão for o maior.
   Heróis bandidos fazem o trabalho “sujo” sobre a sujeira de outros heróis bandidos.
   Pena que o nosso Senado não é mais palco de eloqüentes homens de Estado. Agora é composto por homens das estatais.
   O Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, cumpriu seu papel. Foi provocado e decidiu sobre um roteiro atualizado do processo de impedimento presidencial.
   Não vamos entrar nas minudências dos votos de seus membros.
   A arena agora é política. E a população usando as redes sociais e os aplicativos tecnológicos, pode sair às ruas e dizer o que quer.
   A classe política, ainda que contaminada pelas gentilezas pecuniárias dos recursos financeiros do Tesouro Nacional, terá que ouvir e se subordinar ao grito popular.
   O país avança sobre o Congresso Nacional.
   Ainda não somos e não seremos uma “Venezuela”.
   Somos maiores do que Veneza. Somos a Roma tropical.
   Nosso amadurecimento político se consolida por estas duas experiências recentes: “mensaleiros” e “petroleiros”.
   A República está podre. Mas, ela é maior do que a podridão.
   O povo brasileiro sabe e saberá encaminhar a votação que ocorrerá no Senado Federal.
   E sairemos melhores e mais democratas desta nova experiência institucional.
   Podem apostar em baixo da figueira da Praça XV de Novembro, na Capital.