terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Concessionária Harley Davidson denunciada por crime ambiental

rio

   Morador do bairro Abraão ingressou com denúncia de crime ambiental, no Ministério Público Estadual, contra os proprietários da concessionária Harley Davidson, recém inaugurada na Avenida Caldeira de Andrade, próximo ao Supermercado Angeloni.

   O morador observa que a construção foi feita ao lado do rio que vem do morro e chega ao mar. “Como pode ser visto nas fotos, esse “elemento hídrico" é um curso d'água - o que, por si só, já exige o cumprimento integral das limitações administrativas impostas pela legislação para a proteção de APPs e sua vegetação (no caso, APP marginal, que varia conforme a largura do curso, a localidade ser classificada como urbana ou rural, etc, entre outros requisitos)”, diz a denúncia.

   Acrescenta que “estranhamente, deixaram que a empresa construísse rente a esse curso d’água e, pior, que pudesse canalizar toda os dejetos para o riozinho, cuja margem está entupida de entulhos e agora serve de estacionamento”.

   Na denúncia é salientado a diferença no tratamento de áreas vizinhas: “Se alguém atravessa a João Meirelles, rua que corta o “fundo” do terreno, o riozinho tão desprezado passa a fazer parte do futuro parque do Abraão, e a área ao entorno é alvo de exigência da Fatma para a execução de um Prad e o plantio de centenas de árvores”.

   Por falar no Parque do Abraão, matéria da Folha de Coqueiros fez um alerta já no mês de outubro, antecipando notícias agora divulgadas pelos jornais diários:

Parquinho do Abraão

   O parque do Abraão foi anunciado em julho de 2013 pela prefeitura da Capital como a maior área de lazer da região continental, com aproximadamente 50 mil metros quadrados. Passaram-se mais de dois anos e o parque corre o risco de virar uma grande praça. Por não ter dinheiro, o superintendente do IPUF, Acácio Bernardes, reconheceu na reunião do Codecon, realizada na ACIF Continental, em outubro, que o município não tem como bancar a desapropriação das famílias que vivem no local.

   Já a Fatma, conforme o diretor técnico do IPUF, Célio Sztoltz, exige que toda a área no entorno do riozinho que atravessa o terreno seja incluída num PRAD (Programa de Recuperação de Áreas Degradadas), com o plantio de mais de duas mil mudas de árvores nativas. Dessa forma, a ideia do IPUF é retirar também do projeto do parque essa área – que seria recuperada com recursos da Cyrela. O espaço restante seria objeto de um novo projeto, já prevendo a ampliação da creche e do centro de saúde do Abraão. Com a redução, ficaria mais fácil para a Cyrela iniciar as obras.

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