Nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
haverá o embate político. E neles acontecerá a discussão política do
“impeachment”.
O “impeachment” é uma instituição norte –
americana.
Foi concebido pela democracia presidencialista
mais sólida da História.
Richard Nixon sofreu o “impeachment” no
Congresso dos Estados Unidos da America porque mandou espionar a sede do
Partido Democrata no Edifício Watergate... Aliás, renunciou antes da imposição
do “impeachment”.
Não está escrito na Constituição dos Estados
Unidos da America que é crime espionar a sede de partidos políticos. Não, não
está...
Mas, um presidente após o juramento de governar
respeitando as leis e a constituição não pode mentir sobre coisa pública...
Bastou a mentira para que os dois jornalistas do
Washington Post levassem o caso Watergate às ruas e deu no que deu.
Os brilhantes jornalistas Bob Woodward and Carl
Bernstein foram os heróis do caso.
No Brasil, agora, nossos heróis são o Juiz Moro
e os promotores federais de Curitiba que, junto com a Polícia Federal,
iniciaram a Operação Lava a Jato, palco do início desta grande tragédia
nacional.
O Brasil está sendo exposto pelas suas tripas ao
mundo.
Vísceras apodrecidas pelas práticas sorrateiras
“daszelites” com ampliação do pessoal “de esquerda” desta nação espoliada desde
sempre.
É um dos momentos mais salutares da jovem
democracia brasileira. Senão for o maior.
Heróis bandidos fazem o trabalho “sujo” sobre a
sujeira de outros heróis bandidos.
Pena que o nosso Senado não é mais palco de
eloqüentes homens de Estado. Agora é composto por homens das estatais.
O Supremo Tribunal Federal, guardião da
Constituição, cumpriu seu papel. Foi provocado e decidiu sobre um roteiro
atualizado do processo de impedimento presidencial.
Não vamos entrar nas minudências dos votos de
seus membros.
A arena agora é política. E a população usando
as redes sociais e os aplicativos tecnológicos, pode sair às ruas e dizer o que
quer.
A classe política, ainda que contaminada pelas
gentilezas pecuniárias dos recursos financeiros do Tesouro Nacional, terá que
ouvir e se subordinar ao grito popular.
O país avança sobre o Congresso Nacional.
Ainda não somos e não seremos uma “Venezuela”.
Somos maiores do que Veneza. Somos a Roma
tropical.
Nosso amadurecimento político se consolida por
estas duas experiências recentes: “mensaleiros” e “petroleiros”.
A República está podre. Mas, ela é maior do que
a podridão.
O povo brasileiro sabe e saberá encaminhar a
votação que ocorrerá no Senado Federal.
E sairemos melhores e mais democratas desta nova
experiência institucional.
Podem apostar em baixo da figueira da Praça XV
de Novembro, na Capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário