sexta-feira, 31 de julho de 2015

Operação Trojan: Irmão da Dário Berger envolvido

   A Operação Trojan, deflagrada em Florianópolis, prendeu 13 pessoas e desbaratou uma quadrilha de servidores públicos, empresários, advogados e ex-secretário, que praticavam fraudes no Sistema Tributário Municipal. Os meliantes faziam cancelamentos de dívidas tributárias e até mesmo transferência deliberada de áreas públicas.
   
   O funcionamento da quadrilha se deu na gestão de Dário Berger e acabou envolvendo o irmão do então prefeito, Dilmo BergerDilmo é conhecido em Florianópolis como o "cabeça econômica" da família Berger. Administra bens e empresas do grupo.

   Breno Pockszevnicki - ex-gerente administrativo financeiro da Secretaria da Receita - e Sandro Ricardo Fernandes - ex-secretário da Receita - presos na Operação Trojan, são apontados como responsáveis inserir dados falsos no sistema sobre uma residência pertencente a Dilmo Berger, irmão do então prefeito Dário Berger. 


   Não é de hoje que o irmão do senador Dário Berger, Dilmo Berger, aparece nas páginas de jornais em denúncias de crimes ambientais e problemas com a justiça.

Em 22 de junho de 2012, o Cangablog publicou a seguinte matéria:


   DILMO BERGER E ESPOSA SÃO CONDENADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL
   O Ministério Público Federal obteve confirmação de sentença favorável no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, condenando Dilmo Berger e Cristine Berger a recuperar o dano ambiental causado na construção de uma residência de 1.536,06 m², em um terreno localizado na Avenida Desembargador Pedro Silva, no Bairro Coqueiros, entre as praias da Saudade e do Meio, em Florianópolis.
   Conforme a ação ajuizada pela procuradora da República Analúcia Hartmann, no local houve movimentação de solo e rochas, pelo uso de máquinas e explosivos, em terreno de marinha e promontório, considerados bens da União. A atividade alterou as características locais e causou dano à vegetação. “Para alteração da zona costeira ou áreas de preservação permanente, a lei exige expressamente o licenciamento ambiental instruído de Estudo de Impacto Ambiental”, esclarece a procuradora.
   Além disso , o próprio Plano Diretor da cidade considera os promontórios como de preservação permanente, vedando toda e qualquer edificação, a não ser para as hipóteses de utilidade pública e interesse social. Mesmo assim, a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (FLORAM) autorizou o pedido para desmonte de rochas e construção do imóvel. Segundo os mesmos documentos, o alvará de construção foi deferido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos (SUSP). De acordo com a procuradora, a interpretação da lei nesse caso específico é no mínimo preocupante.
Com a decisão, os réus terão que recuperar o local por meio de elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), a ser apresentado ao IBAMA no prazo de 30 dias. Além disso, como a reparação não poderá ser integral, visto que o dano ambiental consistiu na detonação de rochas e de seu parcial desmonte, os réus Dilmo Berger e Cristine Berger deverão arcar com indenização no valor de R$ 100 mil, a ser destinada ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Nova vitória na área ambiental – Esta confirmação de sentença é a segunda decisão favorável que o MPF obteve neste mês de junho. Recentemente, em ação ajuizada pela própria procuradora da República Analúcia Hartmann (ACP nº ACP nº 2007.72.00.013421-2), um particular foi condenado a demolir sua residência, rampa e trapiche construído em área de preservação permanente às margens da Lagoa da Conceição, na Costa da Lagoa, em Florianópolis. 

Em 13 de janeiro de 2010, o Cangablog publicou mais esta matéria:



Crime: Irmão de Dário Berger construiu dentro do mar
   O blog Temperos & Apimentadas está desafiando o diretor-presidente da Floram, Gerson “Tombasso”, agora conhecido como “O Demolidor”, a tomar alguma atitude sobre o crime ambiental cometido pelo irmão do prefeito Dário Berger, Dilmo Wanderley Berger. 
   O casarão do "gerente" da família Berger está construido dentro do mar na avenida Desembargador Pedro Silva no Bairro Coqueiros, entre as praias da Saudade e do Meio.

AZIAGO AGOSTO

Millor: Não se fazem ruínas como antigamente...
  Por Emanuel Medeiros Vieira
Narrativa (lembrança) escrita enquanto releio Franz Kafka - santo de minha profunda devoção.
Tiro no coração – Getúlio Vargas, 24 agosto de 1954; renúncia de Jânio Quadros – 25 de agosto de 1961; arremedo de Parlamentarismo, 1961, para que João Goulart (Jango) possa assumir.
O Golpe de 1964 sendo postergado: de 1954; de 1961 (um dia veio)  – ou, mesmo de 1930?
Aziago agosto, longa escravidão, elevador social e de serviço, a frase repetida: “Sabes com quem estás falando?” (Sabemos.)
Vagas para especiais e para idosos não são respeitadas; gorjeta para o guarda não multar, e muito mais. Sujam praias, desmatam, jogam lixo nas ruas – “mas há muito coisa boa”, contrapõe outra voz interior.
E o mundo continua DESSACRALIZADO, além de uma idiotização coletiva (vide a TV aberta), do império do tráfico, de um país mais violento que muitos que estão em guerras declaradas.
Sim: e a banalização do Mal – que ele nunca seja subestimado (pedia meu pai).
O tom solene é dispensável, mas creio: é preciso seguir em frente e não ser vampirizado.
Corrupção, patrimonialismo, desigualdade – limparemos os esgotos? Lavemos...
É preciso deixar alguma esperança: seguro uma flor retorcida do cerrado. (Acreditem: não, não quero ser populista, demagógico.)
A0s 20 anos, romanticamente, achava que isso tudo iria mudar. Aos 70...
“É preciso escrever algo edificante”, reivindica uma voz interior.
Pergunto-me – como Darcy Ribeiro indagava obsessivamente: POR QUE ESTE PAÍS NÃO DEU CERTO?
(Não, não falo de conquistas internas, vitórias pessoais.)
Uma pichação: “Não temo a opressão do governo, mas a inércia do meu povo.”
“Um pensamento: A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase”. (Athayde Ribeiro Costa, procurador que atua na Operação Lava-Jato).
Chegou-se- à degradação sem termos alcançado à grandeza.
Dizia Millor Fernandes: Não se fazem ruínas como antigamente...

(Salvador, 30 e 31 de julho de 2015)

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Falando de corda em casa de enforcado


Governadores vão pedir a Dilma recurso para prisões

   Segundo informa a jornalista Sonia Racy, do Estadão, governadores reunidos hoje, com a presidente Dilma, em Brasília, pedirão recursos para construir mais presídios e centros socioeducativos para recuperação de menores.

   A presidente tentando apoio dos governadores contra o impeachment, e eles pedindo dinheiro para construir mais presídios, bem no momento que a cumpanherada está sendo enjaulada pela justiça...

É o país da piada pronta!

terça-feira, 28 de julho de 2015

Entre nesta campanha: combata a corrupção!



Combata a corrupção. Clique aqui.

Quando o juiz Moro esvazia a cadeia em Curitiba é sinal que vai receber mais "hóspedes"

PF deflagra 16ª fase da Lava Jato e mira braço da Eletrobras
Batizada Radioatividade, operação cumpre trinta mandados em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri
   
   Por: Laryssa Borges, de Brasília

   A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 16ª fase da Operação Lava Jato - e mira contratos firmados pelo clube do bilhão com a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Cerca de 180 policiais federais cumprem 23 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. Batizada Radioatividade, a operação tem também como objetivo investigar formação de cartel, pagamento de propina a empregados da estatal e o prévio ajustamento de licitações nas obras da Angra 3.

   Leia matéria completa. Beba na fonte.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

REMEDIADOS

Por Emanuel Medeiros Vieira
Os ricos enriquecem, os pobres empobrecem. E os outros, os remediados, vão ficando sem remédio(Mia Couto)
Para os “rapazes” de 1945 (do final da guerra) e para os que vieram depois (ou antes)

Não é viagem, mas clausura.
Não é mar – eis o cerrado.
Não é real – apenas um sonho.
O país dos anos jovens ficou na memória.
Claro: a juventude é um sopro – como a vida.
Há flores sim, e alguma risada.
Não é velhice?
Sim – é velhice.
Os ossos querem falar, gritar.

“Nós fomos, nós andamos, nós rimos, nós sonhamos, nos existimos um dia”.

Ninguém escuta.
Retiro fotos de alguns álbuns já amarelecidos.
Mas elas resistem: nos sonhos (contra o oblívio).

Quando atravessar a ponte – a Terceira Margem do Rio – queria que assim fosse: um sorriso de gratidão – como um abraço apertado entre dois amigos que não se vêem há muito tempo.

Dever cumprido?
Nunca saberei.
                                                                                           (Salvador, julho de 2015)

quinta-feira, 23 de julho de 2015

E-mails da Odebrecht envolvem Mercadante e Gabrielli do PT

      Muito interessante os laudos da Polícia Federal sobre e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e executivos da sua empresa a respeito das negociações da maior empreiteira do País com executivos da Petrobras e políticos do governo do PT. 

   As várias mensagens apreendidas tiveram todos os seus códigos decifrados por um grupo de peritos da PF e que resultaram em laudos que comprovam as tentativas de majoração de preços em contratos de navios-sondas para a Petrobrás. 

   Esses laudos, publicados agora pelo Estadão, devem ser lidos por todos os petistas que defendem cegamente os empreiteiros presos, sem o mínimo conhecimento dos fatos e das provas produzidas contra os corruptos.

Querem provas? Então leiam! 



 As mensagens citam os nomes do ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante (PT-SP) e do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli como contatos políticos da empreiteira alvo da Operação Lava Jato nas negociações.Na ocasião da troca de e-mails de Odebrecht, em 2011, Mercadante ocupava o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

WikiLeaks revela envolvimento de Lula com Odebrecht


   A diplomacia americana monitorou os negócios da empreiteira brasileira Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010). Telegramas confidenciais do Departamento de Estado americano revelados pelo grupo WikiLeaks relatam ações da empresa brasileira e suas relações com governantes estrangeiros. Lula é citado em iniciativas para defender os interesses da Odebrecht no exterior.

   Em 21 de outubro de 2008, a embaixada americana em Quito descreve a pressão imposta sobre as empresas brasileiras pelo presidente daquele país, Rafael Correa. O governo equatoriano ameaçava expulsar Odebrecht e Petrobras, alegando descumprimento de contratos.

   A embaixada americana em Quito, porém, alerta ao Departamento de Estado dos EUA que o motivo da pressão seria outro: corrupção. "Alfredo Vera, chefe da Secretaria Anticorrupção do Equador, levantou questões sobre os preços e financiamento dos contratos da Odebrecht", indicou o telegrama. "Apesar de não termos informações de bastidores no projeto San Francisco (usina), o posto ouviu alegações com credibilidade de corrupção envolvendo o projeto de irrigação da Odebrecht em Manabi de um ex-ministro de Finanças que se recusou a assinar os documentos do projeto diante de suas preocupações sobre a corrupção", afirmaram os EUA.

Leia matéria completa. Beba na fonte.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Dário inaugura Mandato de Aluguel


   O finado Amilton Alexandre, o Mosquito, criou em seu blog, o Tijoladas do Mosquito, um personagem folclórico chamado Garoto de Programa. 
Mosquito descrevia o atual ministro do Trabalho, Maneca Dias, tal o nível de negócios que Maneca fazia utilizando o PDT que recebeu de herança de Leonel Brizola. 

   Agora surge um novo personagem na política catarinense: o Político de Aluguel. O apelido se encaixa perfeitamente no senador Dário Berger (PMDB) que "alugou" o seu mandato para o governo do PT.

   Dário conseguiu a façanha de fazer a presidente Dilma colocar "o dentifrício dentro do tubo", de volta. Dilma que já havia dito que não permitiria indicações politicas no sistema elétrico, teve que voltar atras e demitir o engenheiro blumenauense, Márcio Zimmermann, ex-ministro do Ministério de Minas e Energia, para colocar em seu lugar o irmão do senador Dário, Djalma Berger.

   Pela primeira vez na história política de Santa Catarina, temos um caso explícito de aluguel de mandado no Senado da República. Dário vendeu a alma e o mandato para o governo do PT. Dário, que de bobo só tem os eleitores, colocou Cláudio Vignatti, do PT, na Diretoria Financeira da Eletrosul. 

   Seguindo o viciado esquema de indicações, celebrizado pelo Petrolão, é colocar a raposa para gerenciar o galinheiro.

Mané_Estrangeiro deixou um novo comentário:
Com essa "equipe" o futuro da Eletrosul não é muito promissor. Nos bons tempos da APROSUL, do Mauro Passos, os funcionários se rebelavam contra as nomeações de imcompetentes e políticos de segunda categoria.
Fica a sugestão aos funcionários atuais. Afinal, é da sobrevivencia da Empresa e dos seus empregos que está se falando.

Celesc permite que operadoras emporcalhem a cidade

Esquina da Nunes Machado com Hercílio Luz
   A esculhambação que as empresas de telefonia, internet e sinal de tv a cabo, patrocinam nas cidades de SC é uma mostra da impunidade e da falta de controle das nossas instituições.

   Além de poluir visualmente a cidade, colocam o cidadão em perigo e o tratam com o maior desrespeito. Por onde se anda, em Florianópolis, existem cabos e fios arrebentados, caídos nas calçadas e criando riscos para a população.

   Quem fiscaliza estas empresas? Quem fatura a gente sabe, é a Celesc!


   O compartilhamento da infra-estrutura da Celesc (postes), por agentes do setor de telecomunicações para transmissão de voz, imagens e dados está previsto em resolução conjunta da ANEEL/ANATEL/ANP, onde também também está previsto que a responsabilidade de efetuar a manutenção da fiação é das empresas. 


   São 103 em SC. Essas empresas pagam aluguel, por poste, para a Celesc e tem normas que deveriam ser cumpridas na manutenção da fiação. Nada disso acontece. 

   A desorganização das operadoras de telefonia e TV a cabo, mudou o visual aéreo das cidades para uma paisagem suja e caótica, formando um emaranhado de fios de vários tamanhos e bitolas sem nenhuma identificação a que empresa pertence aqueles cabos.

   Fios e cabos velhos em desuso ficam pendurados nos postes e são encimados por novos cabos engrossando uma teia preta, suja e ameaçadora sobre as cabeças dos cidadãos. 

   Além impunidade imposta pela Celesc, a Prefeitura Municipal também é omissa neste caso. 
    
    E tudo isso parece ser uma coisa normal!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Origem política de Eduardo Cunha tem o DNA de Collor e PC Farias

 
   O surgimento político de Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara dos Deputados - denunciado por achaque de 5 milhões de dólares ao lobista da Sansung, Júlio Camargo -  se dá no ano de 1982, quando fez campanha para Eliseu Resende, mais tarde, em 1986, trabalhou para Moreira Franco e em 1989 foi envolvido pela teia colorida de PC Farias e Fernando Collor.

   O economista Paulo Cesar Farias, homem poderoso do governo Collor, percebendo a "agilidade política" de Cunha, o convida para integrar o núcleo da campanha presidencial do então candidato à presidência, Fernando Collor de Mello.

   Conhecido por seu profundo conhecimento de leis e regimentos eleitorais, Cunha teria sido o responsável por ter descoberto uma falha no registro do PMB, o que teria impedido a candidatura de Silvio Santos, na eleição que Collor se sagrou vencedor. Na época, com pouco menos de trinta anos, Eduardo Cunha foi o tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro.

   Collor eleito, convida Cunha para a equipe econômica do governo, chefiada por Zélia Cardoso de Mello. Eduardo Cunha declina do convite e, a pedido de PC Farias, é nomeado por Collor à presidência da Telerj. 

   Na Telerj, Eduardo Cunha foi envolvido em um escândalo de superfaturamento, , quando foi descoberto que ele havia assinado um aditivo de US$ 92 milhões a um contrato da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos NEC do Brasil (então controlada pelo empresário Roberto Marinho), em vez de abrir nova licitação.

   Com a descoberta do Esquema PC em 1992, que culminaria no impeachment de Fernando Collor naquele mesmo ano, Eduardo Cunha foi exonerado da presidência da Telerj em 1993. Investigado no Esquema PC, Cunha negou ter participado desse esquema de corrupção.


Entenda os caminhos do processo sobre os políticos envolvidos na Lava Jato


   O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou no dia 29/06/2015, o prazo para conclusão de 21 inquéritos que tratam de investigação sobre políticos na operação lava jato.

   Neste período, a Polícia Federal e o Ministério Público estarão realizando diligências em busca de mais provas. As diligências de busca e apreensão serão feitas em casas, escritórios, fazendas, casas de campo e postos de gasolina dos suspeitos.

  O novo prazo vencerá no dia 31 de agosto. O "trezista" e ex-técnico da seleção brasileira, Mário Jorge Lobo Zagalo, já andou comentando que agosto é o mês do desgosto e 31 é o 13 invertido!

   OS PRIVILEGIADOS
   Abaixo a lista dos políticos envolvidos na Operação Lava Jato e investigados pelo Supremo Tribunal Federal, por terem foro privilegiados:

- Inq 3883 - Fernando Collor
- Inq 3978 - Simão Sessim
- Inq 3979 - Gleisi Hoffmann
- Inq 3980 - João Pizzolatti
- Inq 3982 - Valdir Raupp
- Inq 3983 - Eduardo Cunha
- Inq 3984 - Renan Calheiros e Aníbal Gomes
- Inq 3985 - Humberto Costa
- Inq 3986 - Edison Lobão
- Inq 3988 - Lindbergh Farias
- Inq 3989 - João Vaccari Neto, Fernando Baiano e mais 37 políticos: Agnaldo Velloso Borges Ribeiro, Aline Correa de Oliveira Andrade, Aníbal Ferreira Gomes, Arthur Cesar Pereira de Lira, Benedito de Lira, Carlos Magno Ramos, Ciro Nogueira Lima Filho, Dilceu Sperafico, Edison Lobão, Eduardo Henrique da Fonte Albuquerque Silva, Fernando Antonio Falcão Soares, Gladison de Lima Cameli, Jeronimo Pizzolotto Goergen, Jão Alberto Pizzolatti Junior, João Felipe de Souza Leão, João Luiz Argolo Filho, João Sandes Junior, João Vaccari Neto, José Alfonso Ebert Hamm, José Linhares Ponte, José Olimpio Silveira Moraes, José Otávio Germano, José Renan Vasconcelos Calheiros, Lázaro Botelho Martins, Luiz Carlos Heinze, Luiz Fernando Ramos Faria, Mário Silvio Mendes Negromonte, Nelson Meurer, Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto, Pedro Henry Neto, Renato Delmar Molling, Rogério Egídio Balestra, Roberto Pereira Britto, Roberto Sergio Ribeiro Coutinho Teixeira, Romero Jucá Filho, Simão Sessim, Valdir Raupp de Mattos, Vilson Luiz Covante e Waldir Maranhão Cardoso.

- Inq 3990 - Vander Loubet e Cândido Vaccarezza
- Inq 3991 - Otávio Germano e Luiz Fernando Farias
- Inq 3992 - João Pizzolatti
- Inq 3994 - Benedito de Lira e Arthur de Lira
- Inq 3995 - José Mentor
- Inq 3997 - Nelson Meurer
- Inq 3998 - Eduardo da Fonte
- Inq 3999 - João Pizzolatti
- Inq 4000 - João Pizzolatti e Roberto Teixeira
- Inq 4005 - Fernando Bezerra Coelho.

   Após vencido o prazo das investigações ou concluídos os inquéritos, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, oferecerá denúncia, ao ministro Teori Zavaski, relator da matéria no STF, dos casos com materialidade do crime comprovada.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Documento histórico

MPF abre inquérito contra ex-presidente Lula por tráfico de influência internacional

Núcleo de Combate à Corrupção no Distrito Federal apura se o líder petista atuou em favor da Odebrecht no exterior



Julio Camargo confessa que foi achacado por Eduardo Cunha (presidente da Câmara) em 5 milhões de dólares

Veja o vídeo do depoimento do empreiteiro:

Ministro Zavascki e a pena de galinha

   A jornalista Mônica Bergmo, da Folha de São Paulo, relata em sua coluna de hoje (16), que o ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem dito aos raros interlocutores em quem confia que está impressionado com o processo da Lava Jato. As informações seriam, nas palavras dele, "volumosas e muito bem documentadas".   
   
    Sempre discreto e de temperamento sereno, Zavascki chegou a afirmar a outros magistrados que, na Lava Jato, sempre que os investigadores "puxam uma pena, vem uma galinha".

Homenagem a Ernesto Meyer Filho

Por Marcio Silva

O OCASO DO ACASO
Em homenagem a 24 anos de ausência

- Meu instinto ferve por uma lembrança. O que temos para hoje?

- Mais um sistema em colapso. Vida pouco inteligente. Bilhões de unidades pulverizadas. Restaram registros da cultura nestes pedaços de metal. Conecte-se:
< trilha sonora incidental – As quatro Estações – Vivaldi >

- Que sons são estes? E esta voz?

- Concentre-se e talvez descubra …… - O diálogo dos estranhos.

   A terra do sempre, onde o nada liga a coisa alguma, fica na cidade que a visão não alcança, onde a rechonchuda princesa Redonda divide o teto com o pai, um rei quadradão. A rainha-mãe-morta-mordida-maçã.

   Redonda circula pela corte com um pastor alemão que, na verdade, é uma fêmea: o que denuncia é apenas um chapeuzinho vermelho.

   O castelo é frequentado por duques e barões, valetes, guardas e plebeus, animados pelos bobos da corte. A realeza não vive sem os serviçais, dos quais não escapa o borralho. Que mantém os aposentos reais aquecidos. Jean Ratto é o filho da borralheira. Mais claro que o carvão, xucro. Menino, era um cavalo doido. Sem norte, dava patadas. Levado para a Igreja por Padre Pio, teve a luz das letras e descortinou penumbra que o levou à música.

   O apego ao alaúde revelou que a batina não faria parte de seu hábito.

   - Do rei não sou o filho, que me perdoe o trocadilho mas cada um no seu quadrado. - Jean Ratto fabulava com seu cravo de menestrel, deixando os minérios para os 7 anões. Branca de Neve que nos desculpe mas Jean seguia o estilo do grego Esopo: seis séculos antes de Cristo já ridicularizava os miados de vaidade, balidos de estupidez e latidos de agressividade da condição humana. Mais tarde, a história, La Fontaine( 1621 – 1695) e George Orwell( 1903 – 1950) contribuíram para sacramentar as semelhanças selvagens entre bichos e homens.

   Jean encarou gigantes sem subir no pé de feijão:
- O homem está nos arranha-céus e, não esqueça, a altitude lhe fez perder a cabeça. - Ele verseja, dedilhando a viola.

   Como em O Leão e o Rato, Jean descobriu jovem a importância do respeito aos outros e a suas diferenças. Não desdenhe a ninguém: é melhor nunca esquecer o passado, porque ajuda a moldar o presente e forjar uma escultura para o futuro, escreveu para homenagear o ratinho que roeu a roupa(de cordas) que prendia o rei(dos animais).

   Ratto, cordato, sempre foi um cordeiro. Empáfia e soberba deixava para os lobos, sem descuidar da falsa razão do mais forte, de quem mata por banal, por esporte, prazer, omissão ou pena de morte. O cortês cantava de sol a sol, cigarra em pele de formiguinha a forrar fardos de um futuro fictício. Porque o apego ao hoje não garante o amanhã. Mas faz uma falta danada quando a necessidade pede licença ao acaso. O canto das cigarras é de sua natureza, como a troca de seus exoesqueletos e o enterro sedentárias à espera de um futuro ensolarado.

   A terra do sempre é aos poucos devorada pelo lobo mau da tecnologia. Jean Ratto chorou com seu alaúde sobre o enorme ataúde da Redonda princesa vítima de lipoaspiração. Os homens caíram nas teias da rede e, paralisados por aracnídeo veneno, não conseguem mais socializar-se.

   O agora DJ Ratto canta a quem faz selfie de umbigo a um número de celular que não ligo de uma world wide window. O refrão é o esteta, o ET em seu próprio planeta. É quando a fábula transforma-se em realidade, fugindo da noite que ulula.

- Como é bom acordar a cada dia nu, sentir-se vivo como um déjà vu. - Filosofa o filho da borralheira.

- Respira, filho, que (ainda) é de graça! - Recebe o beijo da Cinderela que lhe deu Boa Noite. O beijo que torna Jean Ratto distinto e desentala a maçã da garganta de Branca de Neve. O beijo que deixa Zangado igual a Dengoso e Feliz, a receita do Mestre para o Soneca e que impede o espirro de Dunga no Atchim. Sim, o beijo do Sincero porquinho Prático no irmão Heitor.

   O estranho lapida as rochas para fazer ouro e virar fábula, como Esopo, Vivaldi, La Fontaine, George Orwell e Ernesto Meyer Filho( 1919 - 1991), o Rei dos quadros-galos, agora um singelo nome na lápide quadrada.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A verdadeira ascensão da classe C...ollor

Collor sai da Elba, que o derrubou, e chega à Ferrari. Ascensão nos 13 anos de governo petista!
  Só fazendo piada mesmo!

   Fernando Collor de Mello, sempre foi rico e ostentou sua riqueza. Foi derrubado do poder pelo Partido dos Trabalhadores, por Lula e seus acólitos. Hoje são aliados políticos e também nas falcatruas.
 
   Lula e Dilma, em troca do apoio político do senador Collor (PTB), antigo desafeto, permitiram a ele uma fatia da roubalheira do Petrolão, no caso, a indicação de diretores para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás.

   Segundo o jornal O Globo, a Ferrari, a Lamborghini e o Porsche apreendidos na Casa da Dinda "não estão na declaração de bens que Fernando Collor entregou à Justiça Eleitoral em 2014, quando concorreu e venceu a disputa pelo Senado em Alagoas. Ontem, o ex-presidente disse na tribuna que os bens retirados de sua propriedade durante a Operação Politeia foram legalmente declarados e adquiridos antes do suposto cometimento dos pretensos crimes".
Leia Mais:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,operacao-politeia-envolve-tambem-ex-diretores-da-br-distribuidora-indicados-por-collor,1724987
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terça-feira, 14 de julho de 2015

Ricardinho Graça Melo volta a Floripa

  Ricardinho apresenta-se novamente em Florianópolis, "seu segundo lar". Sempre que possível Ricardo vem visitar os amigos e compartilhar da música com os fãs da cidade.

   Na noite de 17 de julho, no 
"O Fado Café e Gastronomia", na Lagoa da Conceição, Ricardinho se apresenta com o amigo Guinha Ramires. No repertório, alguns de seus antigos sucessos, referencias de canções da MPB que fizeram parte de sua trajetória musical e composições de seu CD.

   Nascido no Rio de Janeiro, filho da atriz Marília Pêra com Paulo Graça Mello, Ricardinho adotou a Ilha de Santa Catarina por um tempo e foi um dos músicos mais festejados da noite na Lagoa e adjacências.

Quando: Sexta, 17 de julho de 2015
Onde: O Fado
Rua Manoel Severino de Oliveira, 564- Lagoa da Conceição
R$15,00


Vale!

Buscas da PF na Penha envolvem ex-deputado João Pizolatti Jr. do PP

PF fez buscas na empresa Sólida Negócios Imobiliários e no prédio de luxo Náutilus Home Club, Penha.
   Como parte da Operação Politéia, a Polícia Federal fez buscas, hoje (14), em vários imóveis na cidade de Penha, litoral norte de SC.
   Segundo suspeitas da PF, o ex-deputado catarinense, João Pizolatti (PP), seria dono de uma imobiliária e de 10 apartamentos em um prédio de luxo na cidade.

   João Pizolatti é o principal investigado pela PF em Santa Catarina. Nesta manhã, além dos imóveis no balneário de Penha, teve um sítio de sua propriedade, em Pomerode, rastreado pela PF e um apartamento em Blaneário Camoriú, onde teria recebido dinheiro de propinas da Petrobras, do doleiro Alberto Youssef.

Foto: Rafaela Martins
   Na cidade de Pomerode, no Vale do Itajaí, a PF precisou de duas testemunhas para entrar no sítio de João Pizolatti, pois não havia ninguém na casa. Lá, os agentes recolheram celulares, documentos e uma arma.

   Os mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pelos ministros Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (12), bem como nos estados da Bahia (11), Pernambuco (8), Alagoas (7), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5) e São Paulo (5). Cerca de 250 policiais federais participam da ação.
   As buscas ocorrem na residência de investigados pela Operação Lava Jato, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.
   As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.
   Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa.
   Os investigados, na medida de suas participações, respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.



No sítio de Pizzolatti, a PF não encontrou ninguém para responder aos mandados por volta das 8h40min da manhã. Por isso, usou duas testemunhas locais para acompanhar a ação no local. Essas pessoas, que preferiram não se identificar, relataram à reportagem que foram apreendidos documentos, celulares, uma agenda e uma arma.




Furo nacional

Cangablog dá furo premonitório sobre operação da Polícia Federal

   Em matéria exclusiva publicada ontem por este blog, está o depoimento do doleiro Alberto Youssef que trata sobre repasses de recursos a agentes políticos, detentores de foro privilegiado, encaminhado ao STF. 

   No depoimento de Youssef, consta o nome de todos os políticos do Partido Progressista envolvidos na operação Lava Jato e que tiveram suas casa e escritórios invadidos pela Polícia Federal nesta madrugada.

   A Operação Politéia, um filhote da Lava Jato, está acontecendo hoje onde a PF cumpre mandados de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Penha e Pomerode, em Santa Catarina.

   A Operação Politéia, está cumprindo 53 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal referentes a seis inquéritos. Entre os alvos estão deputados e senadores. Sede da empresa do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), em Maceió, foi um dos locais visitados pela PF.


STF manda Polícia Federal invadir casa de ex-presidente

Parceiro de Lula, teve a casa invadida
Lava Jato faz buscas nas casas de Collor e de senador do PP

Nova fase da operação cumpre 53 mandados expedidos pelo STF contra políticos investigados no esquema do petrolão
   
   A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira mais uma etapa da Operação Lava Jato e cumpre 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) referentes a seis processos contra políticos investigados no petrolão. Um dos alvos da ação é o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL): agentes vasculham as casas de Collor em Brasília e Maceió, além da residência do filho dele, Arnon de Mello, na capital alagoana e da sede da TV Gazeta de Alagoas, que pertence ao senador. Houve também buscas na casa do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

   São cumpridos sete mandados em Alagoas, doze no Distrito Federal, onze na Bahia, oito em Pernambuco, cinco em Santa Catarina, cinco no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo.

   Batizada Politéia, termo de origem grega em referência ao livro República, de Platão, que cita uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção, a operação cumpre mandados expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski e tem como objetivo evitar a destruição de provas, segundo a Procuradoria-Geral da República.

   Além das casas dos investigados, as buscas se dão nas sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos. As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. (Da Veja).


   Em Santa Catarina   
   Aqui em Santa Catarina, o deputado João Alberto Pizolatti Jr. (PP) é um dos investigados que teve sua casa e seus escritórios políticos vasculhados pela Polícia Federal.

   Os mandados, que foram expedidos pelos ministros Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Cerca de 250 policiais federais participam da ação.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A grande farra dos progressistas...

Era uma vez...
Os compadres José Janene e o doleiro Alberto Youssef
...o reino encantado de José Janene. 

   Poderoso deputado progressista (PP), Janene escreveu o roteiro do Mensalão, escandalosa peça de corrupção que corroeu as entranhas do PT e do governo Lula e ainda reinou soberano, mesmo depois de morto. O Petrolão, "em cartaz" na delegacia da Polícia Federal do PR e na Vara de Lavagem de Dinheiro, dirigida pelo juiz Sérgio Moro, tem a sua assinatura.

   A mesma plataforma aplicada no Mensalão, quando o governo Lula corrompeu parlamentares para que se mantivessem fiéis ao governo petista, foi aplicado no Petrolão, só que em escala de proporções gigantescas. Os milhões roubados do povo brasileiro no Mensalão, hoje, no Petrolão, são fichinhas.

   José Janene começou a administrar o Petrolão em 2004, às vésperas da famosa entrevista, para a FSP, quando o deputado Roberto Jeferson (PTB) revelou o Mensalão que colocou o núcleo duro do PT na cadeia.

   Para articular, lavar e administrar a dinheirama que era distribuida para os vários reinos que apoiavam o trono central, agora com Dilma (PT), o "Seo José" confiou a missão ao seu fiel escudeiro e compadre, Alberto Yussef.

   Youssef, natural de Londrina (PR), mesma cidade de Janene, começou a vida vendendo pastel nas ruas da cidade, depois como "executivo de fronteira", fazia contrabando do Paraguai para o Brasil. Com as constantes viagens ao Paraguai, começou a mexer com dólares e a fazer câmbio até ser preso no escândalo do Banestado - (Banco do Estado do Paraná), por meio de contas CC5, facilitou a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, na ordem de R$ 150 bilhões.

   No Petrolão, Youssef, sob o comando do "Seo José", sofisticou o esquema de lavagem de dinheiro. Além de enviar dinheiro para paraísos fiscais, montou uma série de empresas laranjas, de fachada onde intermediava pagamentos de propina e fechava contratos fraudulentos com empresas do governo.

   Em 2004, Youssef foi o primeiro criminoso brasileiro a inaugurar o estatuto de delação premiada. Agora, pilhado com um cofre abarrotado de dinheiro, acabou entregando a ligação com Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobrás e um dos grandes operadores do esquema na Petrobras.

   Mais uma vez Youssef faz delação premiada e entrega todo o jogo de corrupção do governo do PT que envolve vários partidos da "base aliada" e envolveu contratos com a Petrobras que somam mais de R$90 bilhões.

   Abaixo reproduzo depoimento extraído do Termo de Colaboração prestado por Roberto Youssef na superintendência da PF em 14/10/2014.

Este depoimento, conseguido com exclusividade pelo Cangablog, é o único que trata sobre repasses de recursos a agentes políticos, detentores de foro privilegiado, encaminhado ao STF. Esta denúncia é especificamente sobre o esquema de corrupção montado dentro do Partido Progressista, por José Janene.

DE COLABORAÇÃO N° 14 – PRESTADO EM 14 DE OUTUBRO DE 2014, NA SUPERINTENDENCIA DA PF DE CURITIBA – PR.

Procurador: Gostaríamos que relatasse a sua relação com Paulo e o PP.
Youssef: Vou detalhar bem pra que você possa entender: O Partido Progressista ele tinha uma liderança de vinha desde a época do Seu José (Janene) e que num determinado momento esse grupo, que era do Seu José Janene perdeu a liderança.

Procurador: Que época mais ou menos?
Youssef: Final de 2011 começo de 2012, ou meio de 2011, eu não me lembro bem exatamente.  E nessa época o Nelson Meurer era o Líder  e o Nelson Meurer  caiu da liderança e um novo grupo passou a comandar o Partido e esse novo grupo era composto de Ciro Nogueira, Dudu da Fonte, Benedito de Lyra, Artur de Lyra que passou a ser o novo Lider.
Na verdade é o seguinte: quando o José Janene coordenava o Partido, então o Zé foi Lider, o Pizolatti foi líder o Mario Negromonte foi líder por quatro vezes, quatro anos seguidos e aí depois, em 2010 o Nelson Meurer entrou na Liderança. O seu José já não estava entre a gente, já tinha falecido e aí o Nelson Meurer assumiu a Liderança.

Procurador: O último Líder do grupo de Janene foi o Nelson Meurer?
Youssef: Foi o Nelson Meurer.

A rebelião contra o golpe
Procurador: O que aconteceu, que racha foi esse?
Youssef: Aconteceu que na verdade, depois que o seu José (Janene) faleceu, esse Grupo anterior, que era o Grupo do seu José, que era formado por Pizollatti, Mario Negromonte, Nelson Meurer, Pedro Correia, Pedro Henry, esse Grupo passou a não fazer repasses para o Partido, então começou a dividir entre eles, começou a enrolar o pessoal do partido, então o Partido se rebelou e tomou a liderança, inclusive tomou o Ministério das Cidades  do Mário Negromonte.

Procurador: Eles começaram o que, esse é dinheiro de propina, se apropriar do dinheiro da propina?
Youssef: É, começou a fazer repasses a menores, não repassava todo o mês, repassava a menor, começou a enrolar. E aí perderam a Liderança.

Procurador: Não repassava, ou seja se apropriava pessoa física, não repassava ao Partido?
Youssef: Com certeza porque o dinheiro chegava neles.

Procurador: Não repassava ao Partido?
Youssef: É. Repassava uns não repassava outros, começou meio a se dispersar nessa situação e consequentemente o Partido se rebelou. Perderam a Liderança, perderam o Ministério das Cidades e aí pediram uma reunião com Paulo Roberto Costa aonde participou dessa reunião Agnaldo Ribeiro, Dudu da Fonte, Arthur de Lyra e Ciro Nogueira.

Procurador: Quem solicitou a reunião?
Youssef: Foi o próprio Ciro Nogueira que hoje é o Presidente do Partido.

A troca de operador
Procurador: Solicitou pro senhor?
Youssef: Não, solicitou ao Paulo Roberto, e aí nessa conversa que eles tiveram com o Paulo Roberto explicaram que eles tinham tomado a liderança e que a parti de agora os negócios que eles tinham com a Petrobras, passariam a não ir mais para o outro grupo e sim para o grupo que tinha assumido a liderança e consequentemente pediram para o Paulo Roberto que mudasse o interlocutor também, no caso eu era o interlocutor. Pediram a minha mudança também

Procurador: Tem uma liderança formal perante a casa e uma liderança informal?
Youssef: É. A liderança informal sempre foi comanda pelo Ciro Nogueira. Ele sempre foi o articulador desse grupo todo aí com o Dudu da Fonte.

Procurador: Ciro Nogueira era o líder informal?
Youssef: É, tanto que depois virou presidente do Partido.

Procurador: De fato é ele quem é o manda chuva lá dentro?
Youssef: Sim. De fato foi ele que articulou toda essa mudança.

Dilma e Lula sabiam de tudo
Procurador: O Sr. pode afirmar se a presidenta sabia desse comissionamento antes desse racha no Partido ou não  sabia?
Youssef:  Na verdade eu acredito que o Planalto sabia, a Presidenta sabia, o ex-presidente sabia, todo mundo sabia o que acontecia. Mas enquanto não tinha discussão, não tinha brigas internas, enquanto isso não foi parar formalmente no Planalto então se fazia vista grossa. A partir do momento que isso passou a gerar discussões, intrigas e brigas Ela (Presidenta) foi obrigada a tomar uma decisão (exonerar Paulo Roberto Costa). Esse é meu entendimento.
 Enquanto você sabe o que está acontecendo e isso não gera discussões a coisa continua, tudo bem, mas a partir do momento que começa a sair de dentro de casa, começam a plantar notinhas em revistas umas coisas em jornais, aí já passa a ser um assunto de risco. No meu entendimento Ela (Dilma) achou melhor demitir (Paulo Roberto Costa), ou melhor, pedir que ele entregasse a sua renúncia.

Vazamento para a imprensa
Procurador: Que tipo de fator externo o Sr, falou?
Youssef: É que começou a discussão no Partido. Isso saiu pra fora do Partido. Começou sair algumas notas em revistas, jornais, a onde se atacou muito o Mario Negromonte, na época que era ministro, isso foi orquestrado pelo Ciro Nogueira. No primeiro momento eles tomaram a liderança, no segundo tomaram o Ministério das Cidades e quando eles foram pra se apropriar diretamente do cargo do Paulo Roberto Costa isso foi pra dentro do Planalto e não foi visto com bons olhos, e eu acho que isso gerou a queda do Paulo Roberto.

Procurador: Faltou aqui no começo que quando diz que era um grupo hegemônico que comandava o Partido Progressista. Desde quando era esse grupo?
Youssef: Desde 94.

Procurador:  Desde 1994, formado por Mario Negromonte.
Youssef : O Mário acho que veio depois. Na época era o José Janene, Pedro Correia, Pedro Henry, falecido Flávio Derns. O Mário veio depois. O Mário era PSDB e veio depois. O Ciro se não me engano era PSDB e veio depois, já na época, aí nos anos 2002.

A compra do passe
Procurador: O Ciro era do outro grupo.
Youssef: Em quanto o Zé (Janene) era vivo o Ciro respeitava, ele participava do grupo, tanto é que o Zé comprou o passe do Ciro Nogueira pra vim pro Partido. O seu José comprou na época, se não me engano, pagou 150 mil dólares e mais uma condição mensal, como outras pessoas também vieram para o Partido dessa mesma forma, quando se podia mudar de partido assim.

Procurador: O Sr. falou que o PP comprou o passe do Negromonte?
Youssef: Do Mário eu não me lembro se ocorreu isso, mas o Ciro Nogueira sim, com certeza, o seu José comprou o passe dele. Ele veio de outro partido. Como comprou o passe de outros também que eu não lembro os nomes.

Procurador: Quando que o Ciro passou pro Partido:
Youssef:  Eu acredito que tenha sido em 2002, eu não tenho exatidão.

Procurador: Então essa alternância do poder ali ocorreu um pouco depois do falecimento do José Janene?
Youssef: Um pouco pelo falecimento do Janene e outro pouco da displicência do novo líder, no caso o Mário Negromonte, Nelson Meurer, Pizolatti. Eu acho que eles passaram a cuidar mais da questão pessoal deles e deixaram um pouco o Partido de lado e isso comprometeu a hegemonia e a liderança.

Procurador: Qual era a contrapartida desses pagamentos?
Youssef: Votação, eleição do líder, Comissão perante a Câmara, Comissão de Minas e Energia. 
  
A entrega do dinheiro
Procurador: Onde o Sr. entregava o dinheiro:
Youssef: Entregava no apartamento do Pizolatti, entregava na residência dele, de origem, no caso em Camboriu o  Pizolatti, Nelson Meurer em Curitiba,  Mario Negromonte  em Salvador na Bahia, mas a maioria foi entregue em Brasília mesmo, no apartamento do Pizolatti.

Procurador: Apartamento funcional?
Youssef: Funcional.

Procurador: Gostariamos que o Sr. Detalhasse questões relacionadas aos pagamentos direcionados ao Partido Progressista.
Youssef: Na verdade a gente já abrangeu esse tema no Termo anterior a esse, se não me engano foi o termo 14 ou 15, mas eu vou detalhar  um pouco mais esse assunto na questão de valores, por exemplo: quem comandava a alta cúpula tinha participação maior dos valores arrecadados, no caso José Janene,  Mário Negro Monte, João Pizolatti, Neuson Meurer, esses tinham maior valores. O restante, mensalmente funcionava na questão de , tinha deputados que recebiam 30 por mês e tinham deputados que recebiam 150, de 30 a 150.

Procurador: Conforme a importância?
Youssef: Conforme a importância política de cada deputado. E com isso o Partido tinha que arrecadar durante o mês em torno de 3 a 4 milhões para que pudesse suprir todos esses pagamentos.
Porque que era feito isso: justamente para manter a governabilidade e a bancada perto pra que pudesse contar junto com a base aliada do governo e não votasse contra. Na verdade esses pagamentos eram referentes a isso.

Procurador: Isso só da Petrobras. Era o Banco do PP geral assim, ou era so da corrupção  da Petrobras?
Youssef: Normalmente só da Petrobras. As vezes vinha alguma coisa de outro setor, mas era muito difícil.

Procurador: O PP também tinha ministérios,  não tinha?
Youssef: Tinha, o Ministério das Cidades.

Procurador: E lá também a corrupção fazia festa.
Youssef: Era outra operadora.

O preço da liderança
Procurador: Mas também tinha distribuição de mensalão?
Youssef: Com certeza alguma coisa acontecia. Além dos pagamentos para influenciar nas votações da Câmara, eram também pra, quando tinham as exceções, quando havia a eleição do líder, todo ano, também esse líder quando fazia a campanha, na verdade também pagava por isso. Então a eleição de líder custava em torno de 4 a 5 milhões todo ano.

Procurador: Lider dentro ad Câmara?
Youssef: Lider do Partido na Câmara.

Procurador: O Partido comprava então os votos?
Youssef: Na verdade se a pessoa quisesse manter  a liderança tinha que pagar por isso, pra ter o apoio dos outros deputados.

Doleiro elegia líder
Procurador: Houve caso específico de candidatos?
Youssef: Houve, vários. O jota elegeu o Mario Negromonte 4 vezes líder, elegeu o Pizolatti líder. Eu elegi Nelson Meurer líder depois que o José Janene morreu, através dessa mesma sistemática.
Eu não distribui. Eu conheci o valor pra que o Nelson Meurer pudesse comprar os votos par que ele pudesse se eleger.
A eleição do Lider custava em torno de 4 milhões. É muito simples, se a pessoa quiser ter 100% dos votos, 40 deputados a 100 mil reais cada voto, 4 milhões. Ou em caso que tivesse trinta e poucos votos, mas ai tem aquela pessoa que quer 150 mil, outo quer 50 mil, outro quer 200 mil.

Procurador: E isso replicava em torno dos outros partidos?
Youssef: Eu acredito que sim.

Procurador: Os da alta cúpula quanto recebiam?
Youssef: Em torno de 250 a 350 mil reais mensais. No caso do seu José muito mais.

Procurador: Mais tinha cara que não topava o esquema, o Bolsonaro aquela outra lá, como é o nome dela?
Youssef: Bolsonaro não, Ana Amélia também não.Tem mais exceções no PP, eu não lembro o nome.

Procurador: É bom por os honestos, depois traz a lista, de cabeça não dá. Esses que o Sr. diz ter certeza que recebia é por que pagou diretamente?
Youssef: Não, eu via na lista do Lider. Na verdade quem começou com tudo isso foi o Janene,  depois passou o Mario Negromonte quatro vezes na liderança, passou o Pizolatti duas vezes na liderança, passou o Nelson Meurer uma vez na Liderança.

Procurador: O eu era o controle, essa lista que o Sr. Fala?
Youssef: Na verdade era um controle que o líder fazia.

Procurador: Como que o Sr. viu isso?
Youssef: Eu como operador ele vinha com a lista, chagava pra mim e falava “ó preciso de tanto em Brasilia tal dia, ta aqui ó fulano tanto, sicrano tanto, beltrano tanto”.

Procurador: Ele ia no teu escritório lá em São Paulo?  
Youssef: Ele também ia no meu escritório lá em são Paulo, mas quando eu tava em Brasilia mesmo, na casa dele.

Procurador: Quem era ele?
Youssef: João Pizolatti.