Por Emanuel Medeiros Vieira
“Os ricos enriquecem, os pobres empobrecem. E os outros, os remediados, vão ficando sem remédio” (Mia Couto)
Para os “rapazes” de 1945 (do final da guerra) e para os que vieram depois (ou antes)Não é viagem, mas clausura.
Não é mar – eis o cerrado.
Não é real – apenas um sonho.
O país dos anos jovens ficou na memória.
Claro: a juventude é um sopro – como a vida.
Há flores sim, e alguma risada.
Não é velhice?
Sim – é velhice.
Os ossos querem falar, gritar.
“Nós fomos, nós andamos, nós rimos, nós sonhamos, nos existimos um dia”.
Ninguém escuta.
Retiro fotos de alguns álbuns já amarelecidos.
Mas elas resistem: nos sonhos (contra o oblívio).
Quando atravessar a ponte – a Terceira Margem do Rio – queria que assim fosse: um sorriso de gratidão – como um abraço apertado entre dois amigos que não se vêem há muito tempo.
Dever cumprido?
Nunca saberei.
Sim – é velhice.
Os ossos querem falar, gritar.
“Nós fomos, nós andamos, nós rimos, nós sonhamos, nos existimos um dia”.
Ninguém escuta.
Retiro fotos de alguns álbuns já amarelecidos.
Mas elas resistem: nos sonhos (contra o oblívio).
Quando atravessar a ponte – a Terceira Margem do Rio – queria que assim fosse: um sorriso de gratidão – como um abraço apertado entre dois amigos que não se vêem há muito tempo.
Dever cumprido?
Nunca saberei.
(Salvador, julho de 2015)
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