quinta-feira, 29 de setembro de 2016

PMDB catarinense na mira da Lava Jato


   Finalmente começam a emergir da alguns "mal feitos" praticados pela cúpula do PMDB catarinense, no poder do estado há muitos anos. Casos de corrupção e roubalheira de dinheiro público, há muito sabido e comentado pela população, agora são investigados pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal.
   As investigações da Polícia Federal, nesta fase da Operação Lava Jato (Omertá), se concentram em decifrar os codinomes encontrados nas planilhas de pagamento de propinas, de Marcelo Odebrecht, a políticos catarinenses.
   O codinome "Alemão", é o que mais intriga os policiais da força-tarefa. As suspeitas recaem em um empresário/político, de Joinville, notório operador do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.
   Já a alcunha "Lagoa", remete diretamente ao vice governador Eduardo Pinho Moreira, uma das mais emblemáticas lideranças peemedebistas do estado. Natural de Laguna, Pinho Moreira já esteve envolvido em várias denúncias de corrupção em estatais de Santa Catarina.
   O codinome "Figueirense" é outro que tem causado grandes especulações nos meios político/esportivo de Florianópolis. O nome mais comentado é que seria o do atual presidente do Figueirense Esporte Clube, Wilfredo Brillinger, diretor-presidente da Prosul Engenharia. 

 CASAN
Uczai denunciou doação suspeita
   Com o nome da CASAN, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de SC, nas planilhas da Odebrecht e a suspeita de que existiria um "acerto" para vender a empresa para a Foz do Brasil, subsidiária da Odebrechet, novas especulações aparecem envolvendo o nome do governador Raimundo Colombo.
   Logo no começo de seu primeiro governo, Raimundo Colombo encaminhou projeto à Assembléia Legislativa propondo que parte da Casan fosse vendida à iniciativa privada.
   As suspeitas de "negociações" entre a Odebrecht e o governo catarinense, partem de uma antiga denúncia feita pelo deputado petista, Pedro Uczai, baseado em uma carta com denúncia de uma funcionária aposentada da CASAN.  Segundo o deputado Uczai, a funcionária aposentada relatava uma suposta doação de R$ 2 milhões, de Norberto Odebrecht, para campanha do governador Raimundo Colombo.
   A doação teria como contra partida, o compromisso de venda da Casan para a Foz do Brasil, empresa controlada pela empreiteira.

Da Sul connection 
Lava-Jato se aproxima de relação da Odebrecht com PMDB catarinense
 Chave para decifrar principais envolvidos com esta fase da Operação no estado está nos codinomes utilizados pela Força-Tarefa para identificar os envolvidos.
 
   Quando o fundo do poço parecia ter chegado, eis que se cava mais um pouco e o precipício parece não ter fim. Agora a Operação Lava-Jato abriu uma nova frente de investigação, apurando pagamento de propinas da Odebrecht em outras obras além da Petrobras. E uma verdadeira bomba explodiu nos meios políticos catarinenses: a empreiteira teria pago propina para tentar comprar a Casan, empresa catarinense de água e saneamento.
   Foram identificados 38 negócios registrados no setor de “Operações Estruturadas” da Odebrecht, identificado pela Lava-Jato como um verdadeiro departamento de propinas da empreiteira.
   O que emerge de fato é a participação do PMDB. Os codinomes divulgados na lista da empreiteira para pagamentos de propinas no estado são Figueirense, Laguna e Alemão. Curiosamente a investigação remonta ao ano de 2006 e tem como fio da meada o Porto de Laguna. Os alvos seriam grandes lideranças peemedebistas. O caso bateria em Florianópolis, Laguna e Joinville.
   Figueirense seria um empresário ligado ao meio do futebol e com histórico de negócios relacionados à lideranças peemedebistas. Já Laguna estaria se referindo a uma das mais emblemáticas lideranças do partido no estado nos últimos anos. O mistério maior estaria em torno de Alemão, que comenta-se nos bastidores da operação, estaria diretamente relacionado ao município de Joinville.
   A privatização da Casan sonhada pela Odebrecht não aconteceu com Colombo, mesmo tendo sido muito bem encaminhada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O atual senador Dalírio Beber (PSDB), negou qualquer participação nos fatos através de nota oficial. Segundo ele, nunca houve um plano de privatização da Casan, mas apenas a abertura de seu capital para a participação privada.
   Durante todo o primeiro mandato do atual governador, Raimundo Colombo, de 2011 até 2014, a Odebrecht não foi contratada para uma única obra no estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário