segunda-feira, 21 de março de 2011

SOBRE O BLOG DA BETHANIA

(Curta nota sobre “protecionismo” e os velhos males do patrimonialismo brasileiro)
 
Por Emanuel Medeiros Vieira

Noticia-se que a cantora Maria Bethânia foi autorizada pelo ministério da Cultura a “captar” (as aspas são minhas) recursos no valor aproximado de 1 milhão e 300 mil reais, para a feitura de um blog.
Captar? É claro que logo aparecerão o Banco do Brasil, a Petrobrás (sempre ela!) e a Caixa para oferecer a verba necessária. A verdade é que instalou-se uma “panela” poderosíssima - com apoio de artistas famosos – no ministério – que pela Cultura nada faz. (É por que a “turma” apoiou a presidente?!)

A colocação necessária é a seguinte: Não se trata de discriminar proponente famoso, como observou alguém. Mas sim de recusar uma proposta de quem – até por ser famoso - não precisaria deste aval público para bancar patrocínio, às custas do nosso dinheiro. E, certamente, de quem dispõe de recursos próprios para a empreitada. E o Estado ficaria dispensado de renunciar a receita. A renúncia fiscal deve atender a proponentes que não tenham condições para bancar um projeto.

Quanta gente anônima mereceria!

A postura que aprendemos no CPC da UNE (não aparelhada ainda...) era outra: cultura viva, idealista, desapegada da pecúnia e calcada na identidade do povo brasileiro. Sem patrimonialismo ou privilégios.
(Salvador, março de 2011).


Augusto J. Hoffmann deixou um novo comentário sobre a sua postagem "BethaniaBlog":
Isso é o fisiologismo. O PT não está imune, seu concumbino, o PMDB, já repassou a cultura. Olha o que como o Colombo inova em SC! Funcionário público assumindo posição de jogador, em pleno expediente, é a institucionalização da sem vergonhice. E da desfaçatez de quem prometeu modernidade. Que marasmo. 

Um comentário:

  1. Isso é o fisiologismo. O PT não está imune, seu concumbino, o PMDB, já repassou a cultura. Olha o que como o Colombo inova em SC! Funcionário público assumindo posição de jogador, em pleno expediente, é a institucionalização da sem vergonhice. E da desfaçatez de quem prometeu modernidade. Que marasmo.

    ResponderExcluir