Por Olsen Jr.
Soube pela imprensa da PEC – Proposta de Emenda Constitucional, texto do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), acrescentando ao artigo 6º da Constituição Brasileira “a busca da felicidade” entre os direitos fundamentais do cidadão.
Cristóvam Buarque (que conheço pessoalmente) é um idealista, sonhador, parecido com o poeta que habita em mim, e tem todo o meu respeito, o que não inviabiliza estes comentários.
Lembrei-me do Salão de Humor de Piracicaba, década de 1970, em que sob o título de “Humor na Biblioteca” anunciavam os três primeiros colocados:
3º lugar - O sujeito está diante de um espelho grande, em cima de uma mesa, vários clássicos da literatura (Darwin, Freud, Marx) e ele fica experimentando os livros e se mirando no espelho, a dúvida era com qual sair naquele dia.
2º lugar - O advogado recém formado contrata uma empresa para por o papel de parede no escritório que imita as estantes de uma biblioteca. Dois funcionários estão naquela tarefa com parte do papel ainda para ser colado.
1º lugar - Uma estante de livros vista de cima, embaixo duas pessoas olhando para cima, as estantes recheadas de livros e lá na última prateleira, um único volume, inalcançável pelos mortais, o título: “A Felicidade ao Alcance do Todos”.
Agora, começando por mim, será que alguém já parou para se questionar sobre “o que é a felicidade?”... Ou o que é “ser feliz?”... Se “ser” feliz é “ter” o que se quer, well, “ter” não é “ser”... Voltamos à estaca zero. Às vezes, rara acrescente-se, tenho a sensação de que o mundo poderia parar, então, nesses momentos de plenitude, de uma estranha paz me envolvendo, creio chegar perto desse “ideal” conhecido como “felicidade”, mas não sei, passa muito rápido e depois permaneço tão “vazio” quanto antes. O que me entristece é que ninguém pode procurar o que não conhece.
Por isso é curioso que se acrescente “a busca da felicidade” num artigo constitucional.
Deve ser o sol dos trópicos, dá-lhe Lévi- Strauss...
Minha vida nessa área obscura (de alguém que procura algo que não conhece na expectativa de que aconteça alguma coisa para justificar a busca) pode ser descrita como “no começo você acredita que independente do que aconteça, o importante é ser feliz; mais tarde observa que a felicidade está ao alcance de qualquer um, embora tenha a consciência de que qualquer um não significa um qualquer; finalmente, conclui, dadas as circunstâncias, importa menos ser feliz que encontrar uma saída honrosa”.
Deve ser esse o intuito da Constituição!
Acrobata deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A FELICIDADE POR DECRETO": Canga, este hedonismo todo é a "filosofia" de grande parte da maçonaria. Para esta turma será o máximo colocar a "busca pela felicidade" na constituição federal. Só não é necessário "escrever" que "o fim justifica os meios" porque isso daí já é implícito em quaisquer fatos, atos ou contratos no executivo, legislativo e judiciário. Acrobata.
Acrobata deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A FELICIDADE POR DECRETO": Canga, este hedonismo todo é a "filosofia" de grande parte da maçonaria. Para esta turma será o máximo colocar a "busca pela felicidade" na constituição federal. Só não é necessário "escrever" que "o fim justifica os meios" porque isso daí já é implícito em quaisquer fatos, atos ou contratos no executivo, legislativo e judiciário. Acrobata.
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