por Eduardo Guerini
Realizando uma análise prospectiva da
gestão governamental em tempo de cofres vazios.
A
classe política brasileira não consegue disfarçar seu abissal distanciamento
daqueles ditames da gestão pública. O governante no plano federal ou estadual
deve prever acontecimentos, planejando suas ações com base em diagnóstico
realista sobre a encadeada relação da economia com a política.
No
tocante a gestão pública, a transparência dos acordos pautado no programa a seguir,
é base dos princípios republicanos, ou seja, o interesse geral da sociedade,
ainda que permeado por interesses difusos, deve o gestor ser um bom articulador
político e racionalmente colocar em marcha um plano de gestão.
O
governo transitório de Michel Temer, fruto de uma fatalidade política – o
impedimento de Dilma Rousseff, que cometia erros gravíssimos na condução da
economia, e, para coroar era considerada uma inábil e inepta articuladora
política junto aos representantes populares, repete tais imperícias, embora
seja considerado um bom operador junto ao Congresso Nacional. Nada é tão devastador quanto governo
titubeante ou vacilante, a imagem que reflete junto à sociedade, é de fraqueza.
Mas como poderia ser um governo forte,
se a base de apoio é orquestrada por Renan Calheiros, um presidente do Senado
Federal polivalente em processos de corrupção passiva e ativa.
Se
no Planalto Central, toda a articulação está ferida de morte por falta de
PROJETO DE NAÇÃO, com princípios nada republicanos orientando a ação
governamental, resultado de denúncias contra ministros, falta de consenso em
torno de medidas efetivas para recuperar a economia, o descompasso na política
gera uma série de TEMERIDADES, contrastando capacidade política e resultados
objetivos do Presidente da República e seu ministério. Daí a queda na confiança
de consumidores, empresários, afastando todas as possibilidades de romper o
estado de expectativas negativo que impera na republiqueta.
Na
província catarinense, o Governador Raimundo Colombo, envolvido em pedaladas
fiscais, contabilidade criativa, reforça sua atuação com o realismo fantástico
da propaganda institucional que irriga a mídia provinciana. O cotidiano contrasta com as propagandas, o
CAOS NA SAÚDE, a CRISE DE (in) SEGURANÇA PÚBLICA, o descalabro na EDUCAÇÃO,
resultam de um colapso fiscal, fruto da recessão econômica e queda na
arrecadação. As raimundices do governador sempre acabam em entrevistas e prestação
de contas, em clara tentativa de engambelar todos que tudo será resolvido,
embora os problemas se potencializem diariamente.
A
impressão para o cidadão brasileiro e catarinense, diante da surpresa na queda
da arrecadação, crescente endividamento do Estado, ausência de planejamento de
longo prazo, e, constantes acordos nada republicanos, é que as técnicas de
previsibilidade resultam da combinação de sorte com acaso.
Neste
cenário de crise fiscal do Estado, não resta outra alternativa senão REZAR aos
deuses para que lancem alguma luz que oriente os catarinenses e brasileiros
contra toda as TEMERIDADES E RAIMUNDICES produzidas no presente. Afinal, o servilismo, a patronagem, o
clientelismo, o patrimonialismo, são marcas incontestes do “governismo de cooptação” que se instaurou no Brasil e Santa
Catarina.
A
canalha política que nos representa agradece a fraqueza destes governantes, inflacionando
seu apoio sem qualquer pudor ou ética.
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