segunda-feira, 13 de agosto de 2018

BOLA FORA

Desinformado, candidato do PMDB ao governo gera conflito com declarações sobre carreiras militares em SC
   
Uma declaração do candidato Mauro Mariani (MDB) em entrevista à Gazeta de São Bento do Sul, na última sexta-feira (10) gerou a primeira polêmica da eleição 2018. Ao comentar que, caso eleito, vai combater o que classifica de “corporativismo”, Mariani usou como exemplo os policiais e bombeiros militares.
   
   Afirmou o candidato do MDB: “(...) não se pode permitir mais que policiais militares se aposentem com 40 anos de idade e no dia da aposentadoria sejam promovidos para ficarem em casa e recebendo salário mais alto”.

   A reação foi imediata. O ex-comandante geral da Polícia Militar, Paulo Henrique Hemm, usou as redes sociais para criticar duramente o candidato, a quem acusou de “nunca ter visto a cor de uma carteira de trabalho”.
   Afirmou o ex-comandante: “Lamentável quando um postulante a um cargo eletivo sem conhecimento de causa, que há muito tempo fez da política uma profissão, sem nunca ter visto a cor de uma carteira de trabalho querer legislar sobre a previdência e  tempo de serviço de profissionais que se dedicam 24 hs do seu tempo em proteger a população. Lamentável também que se utilize meios de comunicação para transmitir à sociedade que Funcionários só representam encargos para o bolso dos contribuintes.”
   Ferdinando Gregorio, presidente do sindicato dos agentes penitenciários, também criticou a manifestação de Mauro Mariani. Em grupos de WhatsApp de praças e oficiais as declarações também foram o assunto dominante no fim de semana.

   Desinformação
   O que mais irritou os militares, da ativa e da reserva, foi a desinformação do emedebista com relação a questões básicas de duas das mais relevantes carreiras públicas, que são as dos policiais e dos bombeiros.
   Isso porque militar não se aposenta, vai para a condição de inativo na reserva remunerada da respectiva corporação depois de ter cumprido, no caso dos homens, tempo total de 30 anos de contribuição.
   Ou seja, para ir para a reserva com 40 anos, como acusa e critica Mauro Mariani, o militar teria que ter começado a trabalhar com carteira assinada com 10 anos de idade. Além disso, quando o militar é movimentado para a reserva remunerada não existe promoção alguma, ao contrário do que afirma Mariani. O militar vai para a reserva com o mesmo posto, se oficial, ou a mesma graduação, se praça, que possuía na ativa.

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