Tenente Brigitte chega apressada.
- Bom dia Inspetor, como vão as coisas?
Inspetor Clouseau - Complicadamente complexas, minha cara.
Tenente Brigitte - Como o senhor vê a situação?
Inspetor Clouseau - Não vejo. Eu sinto. Sábios eram os gregos e os romanos.
Eu tenho certeza do provérbio proclamado por Braulius, o carcereiro de Roma. Quando chegava um novo preso, ele bradava: Fobus Anus Fobus.
Tenente Brigitte - O senhor está pálido. Vou chamar o serviço médico.
Inspetor Clouseau - Vou abrir a camisa para refrescar.
Chegam médico e enfermeira. Pegam o estetoscópio, colocam nas costas do Inspetor e determinam: -Diga 33.
O Inspetor sente falta de ar. As pernas amolecem e ele apaga.
Tenente Brigitte - Vocês estão loucos?
Não poderiam determinar outro número?
44 por exemplo? Ele não pode ouvir falar em 33.
Inspetor Clouseau - Onde estou? E o Douglas? Os respiradores?
Tenente Brigitte - Calma Inspetor. O senhor está bem. Tudo sob controle. Não há motivos para impedimentos.
O Inspetor vai à lona. E balbucia - im - pe - di - men - tos...
Tenente Brigitte
- Dirigindo - se aos agentes de saúde, agradece e dispensa ambos.
Recompõe o Inspetor e pergunta: - Vamos passear, dar uma caminhada, tomar
oxigênio...
O Inspetor Clouseau cai novamente. Ela, Brigitte, então se deu conta: 33, impedimentos e oxigênio...
O poder das palavras. Ah! As palavras!
Inspetor Clouseau - Pois é Brigitte! E pensar que isto tudo começou com o vereador Esmeraldino lá em Tubarão.
Saudades do Boião, daquela tranquilidade...
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