A Amazônia é um pedaço do planeta que pertence a mais
de um país, sendo o Brasil o dono da maior área. É e será cada vez mais objeto
de cobiça de brasileiros e estrangeiros. Como recurso natural renovável (ainda
não inventamos nenhum substituto tecnológico para as florestas), valerá cada
vez mais por sua biodiversidade. Pois para plantar uma floresta igual a ela,
seria tarefa inominável. Além da abundância em água doce ainda limpa e extensão
territorial.
Vicente Fernando Silveira, biólogo por formação, aqui
no Brasil e na Grã- Bretanha escreve:
“A concessão de lavra mineral (e de extração
de madeira também!) no território nacional é dada constitucionalmente pelo
governo federal. Essa suposta gulodice dos gringos por nossos Recursos Naturais
é autorizada por nós mesmos! Não existe uma invasão ideológico-econômica,
existe uma incompetência (e subserviência) do Estado brasileiro em fiscalizar e
administrar esse patrimônio natural. O que precisamos discutir é qual o
desenvolvimento sócio-econômico queremos para a nossa Amazônia? Queremos a
Floresta em pé produzindo sustentavelmente serviços ambientais (água, chuva,
sequestro de carbono, oxigênio, biodiversidade, madeira sustentável,
extrativismo, fitoterápicos, ecoturismo, aquicultura, energia solar,
compensação ambiental, etc.) ou queremos o inexorável ciclo econômico
mineração-madeira-gado-soja?”.
Além da definição sobre os usos que queremos da
floresta, decisão soberana do Brasil, na parte que lhe toca, é preciso
verificar o que é verdade e o que é mentira. Não resta dúvida de que a ocupação
é contínua, mas temos que considerar a regeneração natural também.
As florestas são fundamentais para a refrigeração do
planeta e para a provocação de chuvas. Não por acaso a Alemanha desenvolve um
grande programa de reflorestamento, substituindo espécies exóticas que
estimulou no passado recente (para fins industriais) por matas nativas.
Temos que considerar pesquisas que dão conta do
caráter do brasileiro. Estudos da Transparecia Internacional indicam que nos
Índices de Percepção da Corrupção – IPC, no que se refere ao setor público, o
Brasil está lá no final da fila. Em 2017 estava em 105º posição.
Os países da Escandinávia estão nas primeiras
posições. Cabe lembrar que no setor público estão os poderes executivo,
legislativo e judiciário.
As causa da corrupção nacional não se sabe. Sabemos
que parte da elite brasileira é corrupta e que aqueles que alcançam uma posição
dentro da mesma elite, também se corrompem.
A corrupção, dizem os psicólogos, é uma forma de
compensação de alguma deficiência que o sujeito imagina ter. Às vezes é a falta
de dinheiro mesmo.
Logo, num país assim, tudo fica um pouco mais caro!
Os ingleses dominaram o mundo com suas esquadras por
200 anos. Neste período criaram a expressão “balance of power”.
Balanço de poder significava uma aliança com a França, quando a Holanda era
ameaça. Já quando a ameaça passava a ser a França, a aliança poderia ser com a
Espanha ou Portugal.
Os árabes, quando descobriram que havia petróleo em
seu subsolo, foram obrigados a procurar aliados para facilitarem tecnologia,
transporte e mercados. Alguns países árabes estão na órbita dos
norte-americanos. Outros na órbita russa.
Se o Brasil não conseguir suportar as pressões para a
utilização da Amazônia, terá que procurar aliados externos.
Entre os norte-americanos e ou os chineses,
expansionistas modernos, eu preferiria os europeus. Eles são diversificados,
múltiplos, humanistas e já passaram pela fase da expansão e colonização
territorial.
Por último, cabe lembrar que incêndios florestais,
provocados ou não, são comuns na Califórnia, em Portugal, França, Grécia e
Espanha. Mas, por razões climáticas, quando passam por verões muito intensos e
a vegetação seca. Não é o caso da Amazônia, ainda!
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