- Bom dia Inspetor, disse a Tte. Brigitte.
- Como está o senhor?
- Abalado Tte Brigitte. Abalado!
- Eu
estava concentrado na CPI da ALESC sobre os respiradores chineses, o
pagamento antecipado de R$ 33 milhões, aquela confusão dos equipamentos
que não foram entregues, o golpe no meio da Pandemia. De repente, o
Júlio Garcia aceita pautar um pedido de Impeachment sobre equivalência salarial
entre procuradores dos poderes Legislativo, Executivo e do TCE e MPSC.
- O Júlio desviou o foco da CPI. E o pior é que ele quer a minha cabeça, a da vice governadora e do Tasca, disse o Inspetor.
Tte Brigitte -
Sei. Todo mundo comenta o fato. O povo já fala em golpe. Se caírem os
três como disse o senhor, o Júlio assume o governo e pode ser eleito
indiretamente pela ALESC para terminar o mandato.
Inspetor
- Exato minha cara. E se a CPI pedir a minha cabeça também. Como fica?
Inventarão alguma regra de que o válido é sempre o primeiro impeachment?
Tte Brigitte
- Pois é. Difícil prever o futuro político de Santa Catarina.
Inclusive, já ouvi comentários de que se o Júlio for considerado réu
pela juíza de primeiro grau e com habeas corpus já negado no TRF4 para
sair do processo criminal, ele fica impedido de entrar na linha
sucessória. Exatamente como aconteceu com o Renan Calheiros, então
presidente do Senado Federal.
Inspetor Clouseau
- Isso, isso mesmo é o que dizem os advogados. E ainda tem o caso da
Daniela. Nossa relação é tumultuada, mas ela não tem nada com os
aumentos dos procuradores, nem com os respiradores. Ela é a sucessora
constitucional. É a governadora se eu cair.
Tte Brigitte
- É verdade. E se ela assumir o governo será que ela vai conversar com
os políticos, com as entidades de representação, com o povo? Ou ela vai
pelo caminho desta nova política que é muda, isolada e permite
falcatruas? Essa nova política digital...
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