quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Paulo Bauer admite contratação de fantasma

Em grampo, deputado admite ter servidor fantasma. Ex-funcionário gravou conversa em que Paulo Bauer diz que desviava salário de funcionária para correligionário

CVJ/GovSC
Em conversa grampeada, Bauer (direita) admite que repassava salário de fantasma para Dalonso

Eduardo Militão

Uma gravação obtida pelo Congresso em Foco revela a prática de um expediente conhecido em tese, mas raramente flagrado: a contratação de funcionários fantasmas com o intuito de desviar a verba de gabinete. Na gravação, o deputado licenciado Paulo Bauer (PSDB-SC) admite que usou uma funcionária fantasma para repassar a verba para um correligionário no estado. Na conversa, o deputado afirma a um ex-servidor da Casa que mandou dois assessores procurarem “uma mulher” para “emprestar o nome”. Essa é a gíria para o esquema: “emprestar o nome” significa aceitar a contratação sem ficar com o salário integralmente, de modo a que os recursos possam ser desviados.Paulo Bauer é secretário de Educação de Santa Catarina. Em seu lugar, está Acélio Casagrande (PMDB-SC). Oficialmente, a pessoa que “emprestou o nome” é lotada no gabinete de Acélio. Na prática, como se constata pela gravação, o que ela ganha de salário é repassado para um correligionário de Bauer em Santa Catarina, o ex-presidente da Câmara Municipal de Joinville, Fábio Dalonso, do PSDB. Leia tudo no Congresso em Foco.

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