sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dos valores das coisas em geral...

Por Marcos Bayer
Cada dia mais distantes das regras econômicas clássicas, onde para Adam Smith as coisas tiham dois valores: “A água é útil, portanto, tem valor de uso, no entanto, não tem valor de troca. Já o diamante, não tem valor de uso, mas com ele se pode obter muitas outras coisas em troca”, vemos lentamente a modificação de certas afirmações. (1776).
  A água, bem essencial à vida, adquire a cada dia mais valor de troca em razão da escassez, da negligência dos homens e do aumento populacional.
Claro que encontraremos soluções para as crises de abastecimento. Seja pelo reutilização, pela dessalinização ou por outros processos químicos ainda não inventados.
A água já é uma commodity e pode vir a ser um bem com alto valor de troca.
Por outro lado, mais uma vez, o mercado determinará preço em razão da escassez ou da dificuldade de obtenção do precioso líquido.
Este introito é apenas para dizer que a água já faz parte do rol das coisas com valor de mercado e que seu preço estára sujeito às leis clássicas da economia liberal. No Kwait, por exemplo, a água potável vale mais do que a gasolina.
O avanço do capitalismo sem oponentes, pelo menos desde a queda do muro de Berlin em 1989, tem na escassez uma fonte de lucro. Aliás, é a escassez que determina o valor das coisas no sistema capitalista. O risco “protegido” também...
A social democracia escandinava, a melhor forma de organização política até agora experimentada pelos homens, poderia ser modelo para o planeta. Mas, não é...
Assim, na busca incessante do lucro, a qualquer preço, vemos a falência política de alguns países, entre eles o Brasil, onde nem os princípios básicos de proteção à cidadania são respeitados.
Nossos partidos políticos não conseguem manter uma conduta paralela entre a doutrina e a prática. Ambas são cruzadas ao longo do caminho.
Conseguimos construir uma capitalismo de favores (vide Eike Batista), de falsos talentos financiados por verbas públicas (vide as agências de publicidade e empresas de consultoria), de favores estatais, de castas funcionais bem remuneradas.
A tal da isonomia do serviço público tão discutida e debatida pela nação no processo constituinte (1987/88) deu espaço para carreiras de estado como juízes, promotores, diplomatas, fiscais de tributos, delegados e procuradores com remuneração absurdamente maior do que a de professores, médicos, dentistas, bombeiros e outras atividades públicas.
No setor privado, a corrupção na Petrobrás, mostra como estamos bem na prática de crimes financeiros. A nova CPI instalada na Câmara dos Deputados, entre seus 27 membros, tem dez deles financiados pelas empreiteiras envolvidas. Logo...
A argentocracia ou moneycracia, como queiram, controla o Brasil. Cada dia mais...
Ou o cidadão se corrompe ou sofre o peso da honestidade.

Conseguimos, com muito talento e brasilidade, construir um novo modelo político: a cleptocracia tropical.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A saga do povo brasileiro

   Por Jaison Barreto

   Francisco Milani fez história com seu bordão no programa “Viva o Gordo”, do Jô Soares. Terminava seu quadro sempre com a expressão: “Eu sou normal!!!”

   No caso em questão, fica difícil manter isenção diante da vergonheira que envolve a Petrobras.

   Normal ou “louco varrido”, não há como ficar omisso diante das alegações hilárias da nossa Presidente/Presidenta Dilma.

   Roberto Jefferson deixou uma frase marcante diante da frieza de José Dirceu em acareação: “Vossa Excelência provoca em mim os instintos mais primitivos”.

   No caso, sobram adjetivos bem merecidos, mas vamos ficar apenas na postagem deste vídeo, que mostra tão bem os dotes da nossa Presidente.

   Suas declarações de 20/02/2015, tentando fugir das suas responsabilidades, depois de 12 anos, seja como Ministra das Minas e Energia, Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Presidente do Conselho de Administração da Petrobras e Presidente da República, entram para a história brasileira como definidoras da sua personalidade. 


   Fazem parte também da saga do povo brasileiro.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Reflexões de Um Cadelo Moribundo

Por Chivas McWalker

(Sobre o Texto de Ian Bremer na TIMES a respeito do também moribundo neonato governo de Dilma)
   Provavelmente você não conheça Greenock, a noroeste de Glasgow, na região central da Escócia, município e centro administrativo do distrito de Inverclyde com umas 45 mil pessoas, situado na região de Strathclyde. Também não saiba que é vizinha de Gourock, prosaico vilarejo aonde El Tigre se recupera de delicada cirurgia alternativa, recomendada por um de seus famosos clientes hollywoodianos, ambas localizadas na costa meridional do estuário do Clyde. Também é provável que nunca tenha ouvido falar de Ian Bremer, CEO de uma das empresas de consultoria política das mais respeitadas do planeta, chamada Eurasia [se é que sobreviva alguma coisa respeitável nos escaninhos em que vasculha suas perspectivas políticas e caríssimas recomendações]. Pois bem, foi em um discreto pub naquele pedacinho do paraíso terrestre que nosso cão foi surpreendido pela catastrófica matéria do analista de escol, assinada na revista Times então jogada sobre o balcão de linóleo da taverna. No artigo vem pincelado sem rebuços um cenário em 50 tons de preto-breu; vai da falta d’água e de energia elétrica à derretida credibilidade de Dilma passando pelo aumento de impostos e tarifas, inflação em alta renitente e crescimento negativo da economia em cenário recessivo (ele ainda trabalhava com um crescimento pífio, mas o Ministro da Fazenda reconheceu após sair a publicação que já há recessão) e claro, o bilionário escândalo da Petrobrás.

   Mais surpreendido pela autoria que pelo conteúdo veiculado [e já sabido e experimentado pelos simples mortais acoimados de pessimistas do Restelo pela pelegada-digital remunerada]. Mais surpreso ainda, com o claro sinal de rompimento da bolha marqueteira de ‘maravilhas’ em que Lula envolvera o país mundo afora, agora sob um moribundo neonato segundo governo de Dilma Rousseff, flagrado em faraônicas cleptopetrolagens, hemorragia cumpanheira que grassou por 12 anos sob os narizes petistas [cada vez maiores], sem que tivessem vontade, interesse ou competência para ver, estancar ou punir. Entre um pint (leia pãint se estiver fanho e gripado ou páint aspirando o ‘T’ que deve sair num breve sopro aristocrático) e outro, intercalados por um e outro shot do mais legítimo doblewood old cascsingle malt da casa, imergiu em lembranças bertoldianas. Sobre os empresários que apostam em arriscado silêncio marcusvaleriano, sacou em voz alta: O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso” e sobre os aliados da nomenklatura governista, bradou mais alto ainda: “Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso”. Ameaçado por uma gaita de fole intermitentemente sanfonada, o cão pediu a conta: - waiter, check please! Já cansado das criminalizações de Brecht, lembrou-se dos aloprados amigos do círculo palaciano de Dilma [cada vez menor] e enquanto pagava, citou baixinho La Fontaine: “Nada há de mais perigoso do que um amigo ignorante; mais vale um inimigo sábio.” E enquanto levantava a gola da japona e enterrava o gorro de pescador no cocoruto, saiu resmungando baixinho e soturno: ‘Dilma, o perigo não está aqui fora, tá aí dentro do Palácio. E de você’.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Hepatite C - Dinheiro jogado fora na saúde pública

Carta Aberta a população
   É incompreensível a demora da ANVISA no registro e aprovação dos novos medicamentos para tratamento da hepatite C

   Com o mesmo dinheiro que hoje o SUS trata um infectado com hepatite C, se o tratamento fosse realizado com os novos medicamentos livres de interferon é possível tratar 2,5 pacientes. Melhor ainda, hoje somente entre 50 e 60% dos tratados conseguem a cura, com os novos medicamentos a cura chega aos 95%.

   Atualmente 45 pacientes entram em tratamento a cada dia no Brasil, se os novos medicamentos já estivessem aprovados mais de 100 pacientes entrariam em tratamento a cada dia. Tal aumento na quantidade de pacientes não ocasiona nenhum aumento de despesas ao governo, pelo contrario, passa a gastar menos com um menor número de consultas, exames e internações.

   Mas a ANVISA continua sem acelerar como corresponderia o registro e aprovação dos três medicamentos. Prometeu que até 15 de janeiro tudo estaria aprovado, mas chegando ao final de fevereiro ainda ficamos aguardando. Existem normas que devem ser cumpridas e ao analisar os processos surgem pendências que as empresas devem cumprir, mas em vez de solicitar essas informações de uma só vez o processo burocrático faz com que elas sejam solicitadas a conta-gotas, cumprida uma pendência ANVISA aparece com mais uma e assim sucessivamente.

   Com essa demora na aprovação a ANVISA esta ocasionando um enorme prejuízo financeiro ao governo e prejudica milhares de pacientes que poderiam estar sendo curados da hepatite C.

   Esses medicamentos já estão em uso há mais de 1 ano em muitos países. Mais de 200 mil tratamentos já foram realizados e nenhuma morte aconteceu, demonstrando que são seguros e eficazes, mas parece que ANVISA não acredita nesses resultados da vida real.

   Os estados é que estão sofrendo as consequências, pois ante a demora na aprovação os infectados recorrem à Justiça, sendo estimado que 600 ações já foram ganhas e o custo por ter que importar os medicamentos é de aproximadamente 400 mil reais por tratamento. Se eles estivessem no SUS o tratamento custaria para o governo somente 7% desse valor.

   Resumindo, parece que existem dois Brasis na saúde pública. O do ministério da saúde que quer incorporar quanto antes esses medicamentos e o da ANVISA que acha que o Brasil deve ser um país rico e deve continuar a utilizar medicamentos mais caros e ultrapassados na sua eficácia, jogando recursos públicos na lata de lixo.

   Será que a ANVISA está desejando que todos os infectados recorram a Justiça para obter o tratamento e assim levando os estados a falência?

Carlos Varaldo

Leia a série de matérias que escrevi durante tratamento para hepatite C que fiz em 2012. Aqui relatei quase diariamente os efeitos colaterais dos remédios que tomava todos os dias por 6 meses. Para acompanhar cronológicamente o relato, comece pelo fim. Pelo último post, que na verdade é o primeiro,  publicado em 11 de outubro de 2012.

Aquele tratamento foi um fracasso. Inicio dentro de alguns dias essa nova terapia, também dita revolucionária e que estaria curando 95% dos infectados.

Clique aqui: Curando a Hepatite C  

A síntese perfeita do lulo-petismo – a farsa se repete como tragédia!!!

Por Eduardo Guerini
Analisando a triste realidade de uma governante
rejeitada por grande parcela da população brasileira.
O desencantamento com o futuro é latente, teremos ou não
um impeachment por incompetência política e gerencial???
A divulgação da rodada de pesquisas de opinião,  retratando aquela condição cindida na sociedade brasileira pós-eleições, destronou a empáfia  da Governanta do Planalto Central. Os resultados apontaram  uma rejeição da ordem de 44%,  olhando nos pormenores da pesquisa,  47% acreditam que a presidente é desonesta,  54%  - falsa, e,  50% - indecisa.

O inferno astral do petismo começou pela ausência consistente de um projeto de Brasil. A eleição do Criador (Lula), e, sua continuidade na Criatura (Dilma),  reproduziu uma continuidade daquela condição de todo e qualquer partido ou coalização que toma o poder na republiqueta tupiniquim,  tratar uma vitória  temporária em projeto definitivo de poder. 
 O resultado não poderia ser pior (sic!!).  Na decantada prosa republicana,  a corrupção e cooptação de forças políticas, empurrou o Partido dos Trabalhadores para “vala comum” do sistema político representativo.
Na miríade de interesses,  na corrosão ideológica, no pragmatismo  cotidiano de troca de favores e cargos,  tráfico de influência  e compra de apoios  duradouros ou sazonais  - custa CARO!!!
O escandaloso MENSALÃO se transformou em “piada de salão” diante do PETROLÃO,  um esquema de corrupção que ganhou proporções colossais, com obra e graça da velha cantilena das Cassandras alucinadas e lamuriosas do lulo-petismo.  Trata-se  de mais uma conspiração  da direita raivosa e da mídia golpista, como se a realidade não fosse construída e de responsabilidade  do velho e bom trambique petista.
Assim, os pequenos delitos, se transformaram em corrupção aquilatada para manter no poder um partido e seus asseclas, com toda a crise de responsabilidade transferida para governos anteriores.
Se o governo Lula  foi a FARSA,  o governo Dilma é a TRAGÉDIA, na síntese perfeita  de um enredo deprimente que desencanta o mais fervoroso militante petista de outrora.  A republiqueta brasileira - dona de DIVINAS TETAS, não seca nunca, nem que a VACA TUSSA!!!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Mudança de planos. Rumo Las Vegas

  Por John Wayne Junior

   Depois da conversa com George Bush (filho), Colombo e Bira desistiram de visitar a tal fazenda de gado no Texas. Colombo disse que queria aproveitar as férias. Bira sugeriu uma visita a Disneyland na Califórnia. Colombo foi dormir com a ideia na cabeça. Na manhã seguinte, toca o telefone: - Raimundo, tudo bem?


   - Sim, respondeu. - Quem é? 

   - Sou eu, o Derly. Estou em Las Vegas. Que tal?
   
   Colombo, Bira e as esposas rumaram para a meca do jogo. Roleta, Black Jack, Poker, Caça-níquel e muito mais.
   
   À noite foram ao show do Tony Bennett e Lady Gaga. Colombo entusiasmado e depois de um bom vinho, perguntou: - Bira será que eu subo no palco e dou uma "palhinha" do Canto Alegretense???
   - Outro dia, disse o Bira com apoio do Derly.

   Falaram então sobre a sucessão de 2018. Colombo disse: - O caminho natural é a minha renúncia em abril daquele ano. O Eduardo Pinho disputa o governo com o Merísio de vice, eu e o Paulo Bauer para o senado. 

  - E o Paulinho como fica? Nós dois, disse o Bira olhando para o Colombo, devemos nossas vidas profissionais ao Jorge. Tu em Lages e nos vários cargos do governo estadual. Eu na Codesc, Bndes, Embratur e muito mais.

 - Se abandonarmos o Paulinho ele pode compor com o Amin. 
- E o Dário vai aceitar nossa aliança?

  Colombo olhou para o Derly e disse: 
- Peça mais uma garrafa de vinho...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Rinha de antagonistas


   Os corredores brasilienses sopram que o vazamento do encontro do Ministro Cardoso com advogados de enrolados no Petrolão é obra de Luiz Alberto Adams.

   Seria a retaliação do Advogado Geral da União pelo vazamento atribuído por traíras estrelados a Cardoso sobre ida de Adams ao TCU para livrar a cara de cleptopetroleiros enrascados com o juiz Sérgio Moro.

   Os dois petistas disputam vaga no STF. Essa embate renderá capítulos ainda mais aloprados.

Carnaval e as Máscaras da Hipocrisia Nacional

Por Eduardo Guerini
Embriagado de tanto samba-enredo de exaltação.
Com sua fantasia de classe média decadente
ajustando o modelito para  a crise que atinge
todos na republiqueta bruzundanga.

   O carnaval embriaga todos com suas alegorias e fantasias. Na sua origem, era um festa de máscaras em que nobres que adoravam a diversão para não se confundir com o “povão” utilizavam de tal artifício. Na tradição cristã, o carnaval marcava o período que antecedia a quaresma – dando “adeus à carne”, inaugurava um período de  jejum e privações para conversão pascal. 

   Na republiqueta tupiniquim,  os bruzundangas  transformaram a festa  de carnaval em acontecimento popular, com blocos de foliões desfilando nas ruas, ora organizados, noutra vez desorganizados – designados como “blocos de sujos”, onde homens e mulheres promovem a transgressão de identidades de gênero e normas geralmente aceitas pela sociedade.
   
   Na atualidade, a transformação de um festejo popular em negócio promotor do turismo em cidades e regiões, a mídia – principalmente televisiva, se apropriou de imagens , massificando e ordenando ligas e escolas de samba em “mercadoria imagética”, exaltando a capacidade do “morro e suas comunidades” em produzir uma festa de “primeiro-mundo”.

   Com o auxílio e patrocínio direto e indireto do poder público, cidades se destacam na produção “hollywoodiana”, com sambas-enredo exaltando regiões e personagens da história brasileira e mundial. Nesse festejo pagão,  a conciliação entre “pobres e ricos”, resulta da embriaguez momentânea e desnudamento de corpos nas passarelas, avenidas, ruas e praças.

   Neste momento de crise fiscal, com falta de recursos para serviços essenciais à população que festeja nas ruas,  autoridades desfilam no abre-alas do oportunismo político  e  cai a máscara da hipocrisia cívica, todos acumpliciados pela distribuição de verbas sem controle social ,  terão  uma longa “quaresma” tributária , resultante dos pacotaços que foram lançados no lombo da população brasileira, do Planalto Central  à Planície dos Estados e Munícipios.

   Assistimos embriagados,  a decadência da republiqueta corrompida, sambando e cantando “...tanto riso, oh quanta alegria . Mais de mil palhaços no salão...”. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Colombo almoça com George Bush (filho)

   Texas, John Wayne Junior (especial para o Cangablog)

   Os anfitriões prepararam um banquete texano: T - bone (chuleta) com fritas, guacamole com salsa e nachos cheese, chilly beans, geléia de cranberry, ovos mexidos com pimenta, lascas de queijo e azeitonas. Colombo comeu extasiado e ao final disse que gostaria de retribuir, em Lages, com um "entrevero" nativo.


   Bush disse: - Yes, why not? And what about Dilma? Is she doing well?

   Colombo deu um leve sorriso e disse que ela estava num período de turbulências.

   - And what about Petrobrás, perguntou Bush?

   Colombo disse talvez tenha que ser vendida...
   Falaram sobre o "impeachment" de Richard Nixon em 1974 e o de Fernando Collor em 1992. Sobre a renúncia de ambos diante da possível cassação de mandatos.
   Colombo perguntou como consolidar partidos políticos, como são os Democratas e Republicanos nos EEUU.
   Bush respondeu: 
Momentos de extrema descontração pós almoço
   - Não fazendo o que você fez: Você começou pela Arena Jovem, foi para o PDS, depois para o PFL, em seguida para o DEM e agora está no PSD. Nós temos dois partidos consolidados por mais de 200 anos. Você já passou por cinco em apenas 30 anos. Percebe a diferença?
   Colombo amarelou, tossiu e aí o Bira entrou na conversa: - Pois é, presidente: Nossa democracia é muito jovem.

  - Jovem e ordinária, retrucou Bush.

   Mudaram de assunto. Colombo falou que tem gado na Coxilha Rica e que quer expandir os negócios. Bush sugeriu uma visita a uma fazenda modelo americana.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Assim caminha a política

A foto diz bem o clima de confraternização e articulações daquela época.

 Doutel de Andrade, eu, Esperidião Amin e Brizola.Adicionar legenda

   Por Jaison Barreto
    
   Concidentemente, foi numa segunda-feira de carnaval há 30 anos atrás que o 
Governador Esperidião Amin, Vilson Kleinübing (Pai) e eu fomos ao Rio de Janeiro.

  Do aeroporto Santos Dumont, sobrevoamos de helicóptero o Sambódromo, obra do talento de Niemeyer e da visão do Darcy Ribeiro, quando as escolas já se preparavam para os desfiles.

   O destino foi a Ilha de Brocoió, onde Brizola nos aguardava no Palácio de Brocoió, residência alternativa do Governador do Estado, localizado no meio da baía de Guanabara.

   Foi debaixo de uma jaqueira que conversamos sobre a política nacional, candidaturas direta à Presidência da República, constituinte, Presidencialismo, Parlamentarismo, Ministros Militares intocáveis, transição, realidade política de Santa Catarina, etc. etc.

   A construção da Democracia não se faz por Decreto nem por Medida Provisória. Enganam-se os que pensam a política brasileira de maneira simplória. 30 anos depois, a imprensa livre e as redes sociais podem ajudar os historiadores a contar a verdade.
   

   O amigo Adelor Lessa, sempre bem informado, sabe que quem inviabilizou mesmo a Aliança, impedindo inclusive a candidatura à prefeitura de Florianópolis do deputado cassado Evelásio Caon, leva o nome de Manoel Dias, atual Ministro do Trabalho do governo Dilma.

    Em dramática reunião na Agronômica, na última hora antes do prazo fatal, colocou-se como vice do Chiquinho Assis, jogando por terra a finalidade toda da Aliança.

    Como faz falta a presença do amigão Realdo Guglielmi, que conhecia como ninguém os políticos de Santa Catarina.

   A história do PDT foi sempre estiolada no Brasil todo, pelo mandonismo autoritário que obrigou excelentes quadros, mesmo aqui no Estado, a abandonarem a sigla. Todos conhecem os nomes.

   Crime maior está sendo cometido agora, de maneira MAQUIAVÉLICA, colocando na conta do Partido Democrático Trabalhista a responsabilidade pelo corte de direitos trabalhistas, como o do seguro desemprego, auxilio doença, etc.etc.

   Getúlio Vargas teve o Tenente Gregório, o nosso grande Brizola teve o Lupi e o Manoel Dias. Os verdadeiros trabalhistas sabem que tenho razão. O grande Brizola não merecia isso!

   Quanto às colocações do amigo Márcio Albani, lembro muito bem do comício.

   Em 1972, aliás, eu Deputado Federal e ele Prefeito de Brusque, trouxemos Fernando Henrique Cardoso, jovem sociólogo, para uma palestra no salão da Igreja Luterana.

   Cesar Moritz, depois eleito Deputado Estadual, foi convencido a mudar de time pelo expert aliciador Jorge Bornhausen. Passei um bom número de anos sem falar com ele.

   Aproveitando, coisa igual aconteceu com o bravo e vibrante, fumante de charutos cubanos, Delfim de Pádua Peixoto Filho, que não resistiu também ao talento do Kaiser e desistiu de concorrer a Deputado Federal em 77. Eu me elegi Senador e em seu lugar, foi eleito o Luiz Antônio Cechinel de Itajaí.

   Delfim, depois do curso na Assembleia Legislativa, dirige o futebol catarinense há mais de 30 anos. Foram mais um bom par de anos sem a minha amizade.

   Assim caminha a política.

   Parte de relatos do ex-senador e político ímpar de Santa Catarina. Jaison Barreto no seu facebook.

Colombo nos EUA: Agenda do dia King Ranch, Texas.



                              Cavalgada matinal serviu para discutir obras na Coxilha Rica, SC

   Texas,  John Wayne Junior (especial para o Cangablog)

   
   Pela manhã, a família Cartwright levou o governador Colombo e o Bira para conhecerem o King Ranch, o maior do Texas. Fica ao lado das terras dos Bush. Os dois companheiros cavalgaram por um longo período enquanto conversavam sobre amenidades e sobre os planos futuros.

   Colombo perguntou: 
- Bira, levando em conta que os brasileiros levam ferro dos governos federal, estadual e municipal, ao longo do ano, por que eles cantam no Carnaval: "Ei você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí...".?

   Bira responde:
- Olha Raimundo, a questão é complexa e tem um fundo sociológico. No Brasil todos pedem e tomam dinheiro do Estado. Alguns nem devolvem... Aqui na América, eles acreditam no próprio dinheiro, tanto que escrevem nas cédulas do dólar: IN GOD WE TRUST
Maquete da rodovia na página da Secom

   Colombo escutou, refletiu e mais não disse.
   Mais adiante discutiram alguns planos para a Coxilha Rica, em Lages. Falaram numa rodovia estadual atravessando as fazendas de gado, no comércio de carne, exportações e etc.

   Dali seguiram para o Rancho dos Bush, onde foram recebidos para um almoço típico do Texas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Brasil : Pátria Educadora ???

      Por Eduardo Guerini
No início do ano legislativo, os professores sabem
que o ano letivo será movido a sangue, suor e
lágrimas, com perda de direitos e descaso dos
governantes com a educação nos diferentes níveis.

   O início de um mandato presidencial  sempre é carregado de surpresas. As mudanças ministeriais e na condução do plano governamental  - mesmo quando não existe,  são movidas por grandes slogans, típicos de uma nação que se acostumou a desconfiar daquilo que se promete na campanha e seu legado efetivo na gestão cotidiana de uma república.

   No caso brasileiro, o acirramento da campanha eleitoral, com vitória ajustada pela propaganda em larga escala, carregada de emoções e sentimentos, de disputas e fantasias ,  assim como, uma miríade de empulhações, se traduziu no legado do “estelionato eleitoral” e desencantamento em velocidade sideral. 

   Nossa governanta do Planalto Central, para aplacar os ânimos, diante de uma paralisia e silêncio sobre o futuro da nação,  toma posse  e lança mão de mais um slogan midiático : “BRASIL – PÁTRIA EDUCADORA”.

   No ajustado momento de transição da herança produzida pela própria criatura, os ministros  são chamados a defender  a bandeira governista. Eis  que,  no enredo da crise fiscal e na escandalosa lama que foi lançada a Petrobrás, por  sucessivas tramoias e estripulias corruptivas, os recursos do pré-sal são mais uma ficção que traduz a tragédia que a EDUCAÇÃO brasileira está submetida.

   Neste intrincado enredo de responsabilidades, quais foram as primeiras ações do Governo Federal para salvar a Educação brasileira da crise e caos que desencanta as esperanças de gerações – CORTE DE VERBAS, MUDANÇAS DE REGRAS, ATRASO NOS REPASSES .

   No plano federal, a situação é de desencantamento geral, visto que, notícias de atrasos de bolsas e recursos são cotidianos. Como os governantes são prodigiosos em falsear a realidade, ora negam, noutro momento desmentem, para finalmente admitir que ocorreu um redimensionamento no FLUXO.

   No plano estadual,  inúmeros governadores, não satisfeitos em se submeter a crise, tratam de ajustar as contas, usando como “BODE EXPIATÓRIO”, os miseráveis e esgualepados professores!!! As sucessivas greves e denúncias nos governos estaduais, por condições de trabalho deploráveis e salários irrisórios, colocam em xeque o slogan “BRASIL: PÁTRIA EDUCADORA”.

   Na atual conjuntura recessiva, o silêncio e cumplicidade dos brasileiros somado ao escárnio de governantes e legisladores,  traduzem o slogan real do legado educacional atual 

 - “BRASIL : PÁTRIA ENGANADORA”.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Texas Urgente

   Diante das informações oficiais de que Raimundo Colombo estará de férias até 21 de Fevereiro e que, segundo a Secom, vai visitar o seu amigo e consultor Bira, que trabalha no Texas, este blog foi obrigado a contratar um repórter free-lance nos Estados Unidos. 
   
   Optamos pelo jovem John Wayne Junior, neto do velho cowboy do Far-West norte americano. Ele é formado pela Kansas University e especializado em bovinos, equinos e ovinos.
  
   Por John Wayne Junior

   Na primeira noite em solo texano, Colombo e Bira, com as esposas, foram recebidos pela família Cartwright, na Fazenda BORNANZA. Ben Cartwright, viúvo e pai de três filhos, foi o grande anfitrião da noite. A esposa do governador lageano preparou um "entrevero" para homenagear os donos da casa. Como não havia pinhão na região, usaram castanhas.

   Durante o "sarau" Colombo cantou o Canto Alegretense, cuja melodia encantou os Cartwright. Em retribuição, os filhos do viúvo, cantaram: Oh Suzana não chores mais por mim, eu vou para o Alabama com um banjo no meu (knee) joelho.
   Colombo, visivelmente emocionado, disse: - Se não tivesse sido político, teria sido cantor...

   Os Cartwright responderam: - Melhor continuar sendo político... O Bira sorriu.

   Amanhã, uma extensa programação pelo Texas, porque Colombo não para de trabalhar nem quando está de férias.

Onodi visto por Milton Ostetto

O tradicional bloco ONODI deu um banho de alegria no CAMPECHE. Confira os registros feitos pelo Milton Ostetto.


Veja mais do trabalho do Milton AQUI

Chuvas alagam obras do novo prédio do MP-SC (Casa Rosa)

   Matéria que recebi do leitor Márcio Jose Fidencio

   Segue em arquivo anexo, foto tirada na manhã deste sábado, 14/02/15, do alagamento ocorrido nas escavações dos 3 sub-solos de garagens do prédio comercial em construção, que o MP-SC adquiriu na Rua Bocaiuva, ‎conhecido como "terreno da Casa Rosa", da construtora "Becker Construção Civil Ltda", de Paulo Roberto Becker.

   O referido alagamento deverá causar ainda mais atrasos no cronograma de entrega da referida obra, que, mesmo 14 meses após assinado contrato de construção, e pago de entrada de mais de 30 milhões de reais, ainda se encontra apenas na fase de escavação dos sub-solos de garagens.

   Moradores do predio em frente, estão apreensivos com a possibilidade do alagamento vir a atingir a estrutura do ‎predio comercial existente ao lado do terreno.

‎   O que provocou o alagamento total dos 3 sub-solos das obras do novo prédio do MP-SC, localizado na Rua Bocaiuva (Casa Rosa), no centro de Florianópolis, foi, além da chuva de sexta e sábado na capital, foi o aumento de vazao do riacho que existe no local, que atravessa o terreno, e que foi indevidamente canalizado pela construtora "Becker Construção Civil Ltda", de propriedade de Paulo Becker.

‎   Segue também, em arquivo em anexo, outras 2 fotos tirada do mesmo local, na tarde de ontem, domingo. O cenário no local continua o mesmo, mas, existe uma bomba fazendo a drenagem. Repare na segunda foto, que parte do muro ao lado da Casa Rosa caiu, e talvez tenha a água invadido as garagens do sub solo do prédio vizinho, e, afetado a construção antiga tombada existente (a casa rosa).

   Sobre esse assunto do "riacho" que corta o terreno, leia o Editorial do Jornal "O Riosulense", que trata desse assunto:

O “riacho da Malária”, o Ministério Público e os 123 milhões de reais
   Riacho da Malária”, rio do Carreirão, ou canal da Rio Branco, são diferentes nomes de um antigo curso d’água que por décadas passou tranquilo pelo centro de Florianópolis. Sua existência já era reconhecida no Plano da Vila de Desterro de 1777 e o seu percurso ganhou mais precisão na Planta Topográfica de 1876: nascia em algum lugar próximo ao atual Ceisa Center e era o coletor natural das águas que seguem pela Gama d’Eça até a Casa do Barão, onde fazem uma deflexão, passam pela Travessa Carreirão e desembocam no mar.

   A cidade foi sendo urbanizada e o riacho, canalizado. Os curiosos que queiram conhecer o Rio do Carreirão ainda podem vê-lo passar espremido entre edifícios da rua Presidente Coutinho, entre a rua Esteves Junior e Avenida Gama d’Eça, ou talvez nos fundos de um imóvel na travessa próxima à avenida Beira Mar.

   Hoje, este mesmo riacho que cruzava as chácaras da elite local de outrora, está no centro de uma polêmica que relaciona questões ambientais e urbanísticas, a defesa do interesse público e suspeitas de corrupção por parte da Prefeitura de Florianópolis e do Ministério Público de Santa Catarina. Tal riacho cruzava o quintal arborizado da “Casa Rosa”, na Avenida Bocaiúva, onde um edifício comercial, ainda a ser construído, foi comprado pelo MP pelo valor de 123 milhões de reais.

   A polêmica se deve basicamente a irregularidades no licenciamento da obra e ao escandaloso valor de compra, envolvendo questões técnicas e políticas: suspeita de superfaturamento; alto custo do imóvel; compra sem licitação; licença de construção expedida no “apagar das luzes” do governo Dário, em desacordo com estudo ambiental da Floram (que nem chegou a ser concluído); corte de dezenas de árvores; desvio de curso d’água; falta de aprovação dos departamentos de patrimônio histórico antes do início das obras; etc.

   Uma CPI acaba de ser criada na Assembleia Legislativa e deve investigar a compra do imóvel pelo Ministério Público. O inquérito, inédito sobre o MP no estado, tenta pôr luz sobre pontos obscuros da negociação: valores de referência do m2 superestimados; potencial construtivo sobredimensionado; dúvidas sobre a data da formalização da compra (oficialmente do final de 2012, mas há indícios de que negociações ocorriam pelo menos desde 2010).

   Algumas questões urbanístico-ambientais do projeto aprovado, por outro lado, permanecem obscuras e não se extinguirão até que a Prefeitura suspenda (de novo) a licença de construção. Vamos nos concentrar em algumas destas questões e contrastá-las com o projeto aprovado no final de 2012. O resultado é impressionante. O projeto não apenas subverte os pareceres ambientais e de proteção ao patrimônio contrários, como transcende as próprias solicitações da construtora manifestada à Prefeitura, indo além do analisado tecnicamente e do discutido juridicamente. Vejamos alguns casos.

   A polêmica “rio x esgoto” – Uma guerra de nomenclaturas esteve presente em todas as fases do licenciamento. Enquanto a Floram adotava o nome “Canal da Rio Branco” nos seus estudos e sempre exigiu o afastamento de no mínimo 15m em cada margem do curso d’água (com apoio do próprio Ministério Público, à época), a construtora em todos os documentos técnicos se referia ao canal como “esgoto” ou fazia alusão à alcunha “Riacho da Malária”. Assumindo que um rio deve ser protegido e ter as suas margens não-edificáveis (o que fatalmente reduziria o potencial construtivo e os lucros esperados com o empreendimento), o primeiro argumento da construtora foi negar o reconhecimento de que aquele fosse um rio.

Após o embargo judicial que suspendeu a obra, a defesa da construtora misturaria este argumento com outro, o de que o rio em questão se encontraria antropizado. Fosse ele um esgoto ou um rio vítima da urbanização voraz da cidade, o canal da Rio Branco não mereceria ser protegido.

   Da cobertura da vala ao desvio do curso d’água – Mesmo aceitando os (ambíguos) argumentos da construtora, o seu pedido inicialmente manifestado à Prefeitura, e que foi objeto tanto de parecer técnico privado quanto do inconcluso estudo da Floram, não corresponde ao que se vê no projeto aprovado. O solicitado e analisado era a “cobertura do canal”, mantendo a sua seção de 2m de largura e dispensa do afastamento de 15m.

   O projeto, no entanto, vai muito além. O projeto desvia o canal (que deveria continuar pelo terreno vizinho, atual quartel do exército) e encaminha as suas águas diretamente para a rede de esgotos na avenida Bocaiúva, passando em seção fechada (reduzida a 1,5m), pela lateral do primeiro subsolo, como se pode ver no corte do projeto do edifício. Tal medida deve-se a necessidades do projeto arquitetônico. Para viabilizar a construção de três subsolos de garagem, as águas enclausuradas não poderiam passar perpendiculares ao edifício, mas ao seu lado.

   Ou seja, não satisfeita com poder desconsiderar afastamentos, a construtora pretende desviar as suas águas e conectá-lo ao esgoto. Juridicamente, a questão fundamental é que os pareceres técnicos usados pela construtora (de 2010 e 2011), se referiam a questões específicas solicitadas previamente (cobertura do rio e dispensa de afastamento) e não ao desvio do riacho e conexão à rede de esgoto, algo novo que surgiu no projeto aprovado e que não foi objeto de análise dos estudos de impacto ambiental.

   De curso d’água a esgoto: os riscos – Além da irregularidade jurídica, a licença concedida sem base em estudo técnico apropriado traz riscos ao esgotamento hidro-sanitário da região. O Canal da Rio Branco faz a drenagem de uma área de cerca de 370 mil m2 do centro de Florianópolis, o que supõe um enorme volume de água nos dias de chuva. A conexão de águas pluviais ao esgoto pode provocar um colapso da rede. Se há suporte para tal, deve ser feito um estudo neste sentido que o comprove. Mas, como vimos, este tema não foi previsto pelos estudos feitos em 2010 e 2011. Curiosamente, a solução é inversa à típica ilegalidade cometida em Florianópolis de se conectar esgotos ao coletor de águas pluviais. Neste caso, consentida pelo município, que aprovando o projeto, acabou por decretar a extinção do riacho.

   A função social da propriedade x o direito de construir: a raiz do problema – Caso fosse respeitado o afastamento de 15m em cada margem do rio, como determinado na Lei nº 6.766 /79, o potencial construtivo do terreno seria bastante limitado, o que teria como efeito direto a redução dos lucros esperados pela construtora com o negócio, como já foi dito. Cabe lembrar um outro tipo de afastamento que incide e limitaria o projeto: o afastamento de 20m desde a fachada dos fundos da Casa Rosa, um bem tombado.

   É esse o afastamento mínimo exigido, de acordo com os pareceres dos órgãos de patrimônio histórico consultados. Tal afastamento, não é seguido no Termo de Compromisso assinado entre o município e a construtora. O termo alega questões de volumetria para estabelecer que o novo edifício esteja no mesmo alinhamento dos edifícios da Casa do Barão, o que resultaria em um afastamento de apenas 10m entre os fundos da Casa Rosa e a fachada do novo edifício.

   É absurdo que o município tenha proposto que um critério menos restritivo tenha se sobreposto ao mais restritivo (de patrimônio histórico). Se fosse respeitado o afastamento de 20m e mantido o gabarito, isso implicaria em uma redução da área de todas as lajes do empreendimento, com grande impacto sobre o valor geral de venda do imóvel. O potencial construtivo do imóvel poderia estar sobredimensionado também de acordo com outros critérios.

   Cabe lembrar que os estudos de viabilidade realizados em 2005 permitiam um potencial construtivo de 12 mil m2 para o terreno e que o projeto aprovado em 2012 prevê uma área construída de 20 mil m2. O que se vê é que o direito de construir do proprietário prevaleceu em todos os casos, em detrimento do meio ambiente e da proteção ao patrimônio histórico. A função social da propriedade, regulamentada pelo Estatuto da Cidade, implica ônus ao proprietário, como restrições de exercício do direito de construir.

   Foi garantida na Constituição justamente para promover o aproveitamento racional e eficiente, com a adequada utilização doss recursos naturais e a preservação do meio ambiente. A função social é inerente ao exercício da propriedade.

   Tanta polêmica deveria servir a uma reflexão mais ampla sobre urbanismo e meio ambiente, que não se limite a “permitir” ou “proibir” a contrução do edifício, ou à “compra” ou “não compra” pelo MP. É lícito que a construtora recorra ao caráter antropizado do rio como argumento para flexibilizar as restrições ambientais.

   O papel dos rios urbanos, muitos deles “invisíveis”, debaixo de ruas e edifícios, é uma discussão necessária que, no entanto, deve ser coletiva e liderada pelo poder público, e não manipulada para auferir ganhos imobiliários privados. Sem uma política de macrodrenagem em Florianópolis e um plano diretor para os cursos d’água, os critérios para as decisões e os parâmetros para ocupação serão sempre pontuais e sujeitos a variações, de acordo com a persuasão do poder econômico e a complacência do município.

   Quem deveria mediar o debate entre a sociedade, o município e a legislação ambiental? Quem defende o interesse coletivo difuso em um caso como este? Como é sabido, o papel cabe em grande parte ao Ministério Público. Advogado e réu, neste caso, colocando-nos diante de uma equação atípica. No entanto, já sabemos que sem atender ao interesse público, o desenvolvimento imobiliário privado segue a sua própria lógica. Busca a todo custo maximizar o potencial construtivo dos seus empreendimentos, ainda que o resultado empobreça as cidades... e transforme os rios em esgotos.‎


Comentário do leitor:
Canga, 
Pela Resolução 004/2011 da AGESAN, artigo 113, item VIII, "Constitui infração a prática decorrente da ação ou omissão do usuário, relativa a qualquer dos seguintes fatos:
VIII- Lançamento de águas pluviais nas instalações ou coletores prediais de esgoto sanitários".
Portanto, o Rio do Carreirão não poderá ser interligado na rede coletoras de esgotos, pelos motivos óbvios relatados quanto a capacidade da rede e das estações elevatória de esgotos, que foram dimensionadas para transportar e bombear volumes de esgoto e não volumes das águas pluviais.
Abs
Afonso Azevedo

“nada vejo, nada ouço, nada falo”

   

   Por Jaison Barreto

   Remexendo antigos papéis para o livro, me deparei com a homenagem que recebi da Boca Maldita em 1983, antiga Confraria que debatia e criticava tudo e todos sem qualquer restrição, expressando as vontades e indignações populares. A Boca Maldita se destacou em diversos acontecimentos históricos do Estado do Paraná e do País, como por exemplo, a campanha das Diretas.

   Lembranças ainda dos tempos da ditadura.

   Com a mídia ainda controlada e sem o instrumental da internet e redes sociais, era no bar, no cafezinho, na praça, de boca em boca que fomos minando o regime autoritário.

   Entre comentários, fofocas, vazamentos, se pregava a liberdade de expressão, o direito ao contraditório, o fim da ditadura. Bons tempos!

   Sair incólume da Boca Maldita era tarefa pra poucos.

   Imagine ainda ser homenageado como Cavalheiro da Boca Maldita, mesmo morando em Santa Catarina, Senador em Brasília.

   Foi conseguido, pode crer, sem “propina”, sem arranjar “boquinha” pra ninguém.

   No momento que atravessamos, todo esforço é válido, mesmo que se autoflagelando, na procura de limpar este país envergonhado.

    A alegria do carnaval nunca impediu a crítica dos costumes, o deboche das elites e o dia a dia sofrido da nossa gente.


   “Com pandeiro ou sem pandeiro”, pra mostrar que não perdemos o senso da realidade, tasco também uma cópia do meu condomínio, que analisado na sua numerologia, deixa à mostra algumas barbaridades.

    Sem reclamar dos elevadores “ultramodernos”, que têm vontade própria, nos deixando de quando em vez a possibilidade de exercício pelas escadas, e outras mazelas, chama a atenção o custo da água, R$268,00 mensais.

   Não faltará “linguarudo” para afirmar que ando fazendo lavagem de dinheiro.

   Pra outros esclareço que escovo os dentes e tomo banho diariamente.


 Quanto ao whisky, continuo bebendo com Coca-Cola e pouco gelo.

   Precavido, diante do anunciado e escandaloso aumento da luz, já comprei luminárias 
adequadas, velas e lanternas.

   Foi-se o tempo em que a gente cantava: “As águas vão rolar...”

   Saudações carnavalescas

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Colombo baila na Flórida

Miami: diversão garantida
   Por Leal Roubão*

   Após as tratativas com Thomas Mason, engenheiro responsável pelo projeto da Ponte Hercílio Luz, em Pittisburgh nos Estados Unidos, Raimundo Colombo resolveu curtir o Carnaval na Flórida, com o Bira.

   Vão, com as respectivas esposas, ao Baile dos Cubanos. Uma festa tradicional de refugiados de Cuba que residem em Miami. As fantasias foram sugeridas pela SECOM para disfarçar a figura do governador, visto que as despesas correm por conta do Tesouro do Estado.

   Colombo e acompanhante ficarão alguns dias com o Bira para ouvir orientações sobre seu governo, o futuro da água no planeta, a crise no mundo árabe, a economia grega, o estilo Obama de governar, os contos dos irmãos Grimm, as razões pelas quais Menelau perdeu Helena para Páris de Tróia, o verdadeiro projeto de Eike Batista com Luiz Henrique em Biguaçu, o próximo time de Neymar e muitas outras histórias que fazem Colombo dormir...

   Colombo relatará ao Bira as dificuldades financeiras do Estado, as obras anunciadas e abandonadas, os problemas com o PMDB. Dirá que pretende enrolar o PP, convidando um deputado estadual para seu líder. Quer manter o PP sob suas asas.

   Na volta, no Free-shop do aeroporto, Colombo comprará whiskey, batons do YSL e um aplicativo da Apple para controlar seu gado pastando na Coxilha Rica, via computador.

   Colombo, cada vez que vai à América, sente-se em casa...

   Por isto, depositará flores ao seu tio tataravô, Cristovão, na Praça do Descobrimento em Key West.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Hercílio Luz: Está difícil de ver uma luz no fim do túnel

 Grandes obras em Florianópolis sempre acabam na Justiça. Hercílio Luz tem inquérito na 30ª Promotoria e Ministério Público de Contas também investiga desperdício de verba 


   Já virou tradição em Florianópolis. As grandes obras, de tão enroladas que ficam, sempre acabam na Justiça. A Ponte Hercílio Luz é a bola da vez. Com a restauração paralisada há mais de seis meses (e correndo o risco de desabar, como admitiu o então presidente do Deinfra, Paulo Meller, em entrevista a uma emissora de TV), as obras da ponte já tem inquérito na 30ª Promotoria de Justiça da Capital e, agora, o Ministério Público de Contas de SC (MPTC) também vai investigar irregularidades, ausência de fiscalização e desperdício de verba pública em contratos da ponte. 

   A investigação é em cima do consórcio Prosul/Concremat. O MPTC questiona que a Prosul, líder do consórcio, recebeu R$ 4,3 milhões do Estado entre 2012 e 2014 mas não controlou o andamento das obras. Foi um trabalho meia boca. A malha fina do MPTC vai esmiuçar o período que a construtora Espaço Aberto esteve à frente das obras. O contrato inicial, firmado em 2008, previa a conclusão da restauração para junho de 2012. Não foi cumprido. A empresa conseguiu um aditivo (mais dinheiro) e o prazo de entrega ficou para dezembro de 2014. Também não foi cumprido porque o Governo rompeu o contrato com a Espaço Aberto. As obras estão paralisadas há mais de 6 meses.

Leia matéria completa no Bom Dia Floripa.

Eu votei no PT! Fundei o PT! Acreditei no PT!

Dos arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI) os informes que arapongas enviavam semanalmente para Brasília, relatando a militância e movimentações do "elemento subversivo". O relatório completo é de chorar...de rir. 
   As discussões polêmicas e acaloradas sobre o PT e seu governo, que se dão no Facebook e outros meios de comunicação hoje, chegaram a um nível de agressão e fanatismo que já está enchendo os tubos de qualquer pessoa com razoável bom senso.

   Os defensores ferrenhos do desastroso governo petista, em sua grande maioria ou foram acometidos do "esquerdismo tardio" ou foram sodomizados pela verborrágica retórica lulista que de comunista nada tem e muito menos de esquerda. Esse cristãos novos, raivosos defensores dos ladrões, queimaram inclusive a etapa de "esquerda de botequim". Além de cegos são incultos. Cursaram as madrassas Franklinianas e, cegamente, partiram para a prática.

   Defendem - os fanatizados - o indefensável. Defendem o roubo escancarado e justificado como "apropriação revolucionária", usam argumentos como: os outros também roubaram, o Fernando Henrique também roubou...e por aí à fora! 

   Agora já estão na gêneses da roubalheira das empreiteiras: "Desde a fundação de Brasília que estas empreiteiras roubam". Só esquecem de dizer que roubam com os políticos e governos. E agora quebraram a Petrobras e o país com os 12 anos de governo petista!

   Triste e melancólico fim de um movimento social que vira partido político organizado que teve sua origem no calor da luta contra a ditadura, com promessa de paraíso terrestre com igualdade, honestidade e combate a corrupção. Melhor seria o lema bolchevista pré-revolucionário de 1917 de “paz, terra, pão, liberdade e trabalho”. Mas nem para isso tiveram competência. Falte-lhes"contiúdo", saber, leitura. 

   Mas como dizia Lula: "Aqueles que têm o privilégio de ler um belo livro de Marx ou Lenin confortavelmente deitados, evitem ditar regras aos trabalhadores". 

   Bem, de bobo não tem nada o Sr. Lula. Quanto mais ignorante o militante, mais fácil de fezer-lhes a cabeça!

   Quando falo isso, quando expresso minha indignação, quando contesto discursos e práticas que considero falsas não estou apenas contrapondo opinões políticas partidárias. Minha indignação vem da constatação baseada na experiência de coisas que vivi e pratiquei. 

   Sim, acreditei no discurso petista. Não comprei de graça. Ajudei a construí-lo. Estudei muito, discuti muito e combati na prática uma ditadura que perseguiu, torturou e matou, mas principalmente vedou a liberdade de opinião e a liberdade de expressão como querem fazer os bolivarianos petistas de agora.

   Há algum tempo já não voto mais no PT. Há muito tempo percebi que aquele PT ético, honesto, revolucionário, que vinha para ser diferente de tudo que tínhamos vivido até então, só existia na minha cabeça e no discurso mentiroso de Lula e de seus próceres. Ninguém imaginou que Dirceus e Jenoínos, companheiro de lutas, de armas e de fundação do PT, rasgariam tudo que se escreveu de bom para criar o PT, acabariam na cadeia por ladrões do povo. Sim, daqueles que prometíamos defender e levá-los ao paraíso. O dinheiro que roubaram era público, do povo, nosso!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Pizzolatti: no secretariado de Roraima…

Barrado pela Ficha Limpa e citado na Lava-Jato, ex-deputado do PP assume secretaria em Roraima
   
        Pizzolatti: no secretariado de Roraima…
   Depois de nomear doze parentes para o seu secretariado e dizer que tal prática é “comum” no estado, a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), resolveu dar uma força a um correligionário encrencado.

   Suely ressuscitou a Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos (SEAPI), desativada desde 2010, e a colocou nas mãos do notório João Pizzolatti(PP-SC).

   Pizzolatti teve a candidatura de deputado federal barrada pela Lei da Ficha Limpa em 2014, está entre os políticos implicados por Paulo Roberto Costa em sua delação premiada e, como se não bastasse, foi flagrado por câmeras de segurança fazendo visitas ao doleiro Alberto Youssef.

   Caberá a Pizzolatti, com o vistoso cargo, de acordo com o Diário Oficial de Roraima, “assessorar e acompanhar das relações políticas internas e externas do Governo do Estado de Roraima (…) além de captação e efetivação de recursos a serem aplicados no Estado de Roraima”.
                                                       …e nas câmeras do prédio de Youssef

Do Lauro Jardim (Veja)

Pittsburgh Urgente

Foto da época em que estudava
 engenharia de pontes
   Por Leal Roubão*

   Raimundo Colombo e comitiva encontram, em reservado, com o engenheiro que construiu a Ponte Hercílio Luz, entre 1922 e 1926, Mr. Thomas Mason, hoje com 113 anos de idade. A seguir as partes mais importantes do diálogo entre ambos.

RC Hello Mr. Mason. We are from Leiges (Lages em inglês). It is a pleasure to be here.

TM It is my pleasure Mr. Colombo. How can I help you? (O Bira sorriu com a evolução do Raimundo na língua inglesa)

RC Vou falar em portugues para melhor expor o assunto. Precisamos salvar a ponte. A qualquer preço. É possível?

TMYes, at any price it is possible. (Sim, a qualquer preço é possível).

RC – Quanto, por exemplo?

TM My engineers follow by GPS what you have been done lately in the bridge. I have the information that you wash money while working.
(O assessor ficou constrangido e traduziu: - Meus engenheiros acompanham pelo GPS o que vocês têm feito ultimamente. Vocês lavam dinheiro na ponte).

RC É... O vento lava a ponte e nós gastamos muito dinheiro para secá-la.

TM Let us install a big dryer over the bridge. (Vamos instalar um grande secador sobre a ponte). An american dryer. (Um secador americano).

Decidiram então que um grupo de engenheiros americanos visitará Florianópolis para orçar o serviço e incluir o preço do secador na obra.

Nas despedidas, Mr. Thomas Mason advertiu: 

- Without a dryer, no solution...