Por Mario Sabino*
Na
semana em que o parecer favorável ao impeachment de Dilma Rousseff foi
aprovado pela comissão especial no Senado, a notícia mais importante foi
o pedido de investigação de Lula por Rodrigo Janot.
Tantas
vezes acusado de ser leniente com o chefão, o procurador-geral da
República foi demolidor na sua petição ao STF: “Essa organização
criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma
tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o
ex-presidente Lula dela participasse".
As
provas contra o petista se avolumam na Lava Jato, a mais recente delas
um imóvel em São Paulo comprado pela Odebrecht para o Instituto Lula,
por meio dos laranjas de sempre. Total: 12,3 milhões de reais. Outras
provas decerto aparecerão, e cada prova é uma marretada no mito
mais vagabundo construído pela esquerda nativa. Mais vagabundo que
Getulio Vargas; mais vagabundo que João Goulart; mais vagabundo que
Leonel Brizola.
Mais
vagabundo porque mais pretensioso. Milhões de cidadãos agora descobrem
que Lula jamais representou o fim da história, na versão "gauche". É
apenas outro
ladrão que fingia ser o salvador da pátria, nessa história sem fim da
roubalheira nacional.
Uma
vez esfacelado o mito, eu proponho erguer uma estátua de Lula em cada
cidade brasileira, com a seguinte inscrição ao seu pé: "O petrolão é
nosso". Talvez assim consigamos aprender alguma coisa.
Já será ótimo se não superfaturarmos as estátuas.
*Mario Sabino é jornalista do Antagonista.
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