Da Gazeta do Povo
A indignação com parte do conteúdo da exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", do Santander, é correta. Mas é preciso cuidado para não promover uma caça às bruxas
por Jones Rossi*
Em um país onde metade da população segue sem saneamento básico — ou seja, não tem coleta de esgoto em casa — e o assunto de toda semana é a corrupção endêmica, pode ser considerado auspicioso que uma exposição cultural esteja em pauta. O brasileiro não é muito chegado a um museu: segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 15% da população vai a uma ampla categoria que engloba “eventos/centro culturais/museus”.
Então, boa parte dos 85% que não vão a museus estão indignados com parte do conteúdo da exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", do Santander por justas razões e outras nem tanto. Vamos a elas:
1 - Crianças
Conforme a Gazeta do Povo apurou, crianças visitaram a exposição que continha obras claramente pornográficas e com cenas de zoofilia. Não se trata aqui nem de fazer uma censura às obras. Existe, porém, uma classificação indicativa para qualquer produto cultural, por mais prosaico que seja: de filmes a videogames. A televisão não pode, com razão, exibir determinados programas em horários, justamente por causa das crianças. Qualquer TV por assinatura ou por streaming, como é o caso da Netflix, possui controles parentais.Se os museus querem atrair mais público, precisam estar atentos a isso. O Santander não só desprezou algo básico, como a produtora do evento, a Rainmaker Consultoria de Imagem, Projetos e Produções, incluiu no projeto que peticionava dinheiro à Lei Rouanet cartilhas e catálogos da exposição para estudantes de escolas públicas.
Leia a matéria completa. Beba na fonte.
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