sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Seis coisas sobre a exposição no Santander Cultural

Da Gazeta do Povo

A indignação com parte do conteúdo da exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", do Santander, é correta. Mas é preciso cuidado para não promover uma caça às bruxas

por Jones Rossi*

    Em um país onde metade da população segue sem saneamento básico — ou seja, não tem coleta de esgoto em casa — e o assunto de toda semana é a corrupção endêmica, pode ser considerado auspicioso que uma exposição cultural esteja em pauta. O brasileiro não é muito chegado a um museu: segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 15% da população vai a uma ampla categoria que engloba “eventos/centro culturais/museus”

 Então, boa parte dos 85% que não vão a museus estão indignados com parte do conteúdo da exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", do Santander por justas razões e outras nem tanto. Vamos a elas: 

1 - Crianças 

   Conforme a Gazeta do Povo apurou, crianças visitaram a exposição que continha obras claramente pornográficas e com cenas de zoofilia. Não se trata aqui nem de fazer uma censura às obras. Existe, porém, uma classificação indicativa para qualquer produto cultural, por mais prosaico que seja: de filmes a videogames. A televisão não pode, com razão, exibir determinados programas em horários, justamente por causa das crianças. Qualquer TV por assinatura ou por streaming, como é o caso da Netflix, possui controles parentais. 
   Se os museus querem atrair mais público, precisam estar atentos a isso. O Santander não só desprezou algo básico, como a produtora do evento, a Rainmaker Consultoria de Imagem, Projetos e Produções, incluiu no projeto que peticionava dinheiro à Lei Rouanet cartilhas e catálogos da exposição para estudantes de escolas públicas. 

   Leia a matéria completa. Beba na fonte.

Arte e polêmica

 Artista é detida em Paris por posar nua no museu d'Orsay

   Em maio de 2014, a artista luxemburguesa Deborah de Robertis expôs a vagina diante do quadro, "A Origem do Mundo", de Gustave Courbet, que reproduz a imagem de genitais femininos. A trilha sonora para a performance foi "Ave Maria", de Schubert. Ela batizou sua recriação como "o espelho da origem". Alguns frequentadores do museu aplaudiram De Robertis, mas os seguranças foram rapidamente até ela para exigir que finalizasse a performance o quanto antes.

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