Ministro,
parece
que a área econômica começa a acertar o passo, mesmo com a prova de que
são as chuvas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro que
devastam o meio ambiente e não os pobres.
O
trabalho do presidente da Caixa Econômica é elogiável. Até os
funcionários mudaram de humor. Já não atendem o cliente como se
estivessem fazendo um favor.
As três correntes econômicas que moldaram o
mundo moderno, após a Revolução Francesa que dividiu o poder monárquico
em também três pilares, são: O liberalismo de Adam Smith, o centralismo
de Karl Marx e o intervencionismo de John Maynard Keynes. O senhor, é
sabido, pode discorrer fluentemente sobre as três. Nenhuma dúvida sobre
sua capacidade intelectual.
Porém, deve o ministro
lembrar, caso tenha esquecido, o liberalismo econômico que movimentou os
EEUU, a Inglaterra e outros lugares no mundo, como a Suíça,
especialmente ao longo do século 20, não apenas teve ajuda de Keynes
(The New Deal) no caso americano, como foi lastreado em dois aspectos
fundamentais.
(1) Uma sólida base educacional - os
meninos estudam das 07.30 horas às 15.30 h. O sistema forma no ensino
fundamental gente pronta para empreender.
(2)
Taxas de juros menores do que 10% anuais, a fim de encorajar o não
empregado, desempregado e o sem experiência a arriscar-se no mundo
empresarial.
As taxas práticadas no Brasil, na ponta
da linha do crédito, desaconselham o homem sensato a empreender. Os
juros devoram os sonhos.
Assim, para dar algum alívio aos milhões de desempregados, só através da redução da taxa de juros na ponta do tomador.
E,
sempre bom lembrar, a ideia não é emprestar aos pobres, mas
transforma-los em ricos, como pregam Adam Smith e Milton Friedman. Só a
título de ilustração, a família Leal Roubão - sabendo que não existe
almoço grátis - apenas janta. Por tradição.
Na
educação está clara a necessidade de substituir um Weintraub por um
ministro com perfil de um Konrad Adenauer. Ou em 20 anos seremos uma
nação de analfabetos.
Na área econômica o time está
completo. Temos que ver como fará Salim Mattar na privatização. Na
Justiça e Segurança Pública, estamos avançando.
Compete
então ao senhor, ministro de maior intimidade com o presidente, ajudar
na substituição dos ministros inoperantes. O Brasil não pode perder mais
uma chance. Intensificar as relações com os membros dos BRICS, ajustar
as trocas com Canadá, EEUU e Argentina, aumentar o comércio com os
países do Golfo Arábico e União Européia, é o que deve orientar o
Itamaraty.
Por razões que desconhecemos, o senhor é o porta-voz do sonho brasileiro. Esperamos sua determinação.
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