Meu querido José Soares Sobrinho |
- Mais de meio século de vida", diria meu pai.
É incrível a rapidez com que cheguei nesta idade, ou não?
A cada tempo uma impressão. Se começo a lembrar tudo que fiz e passei na vida da para ver que a vida é longa, que viver 24 horas por dia durante tantos anos custa...tempo.
Mas o interessante disso tudo é que a impressão que eu tinha de uma pessoa de 60 anos é de uma pessoa velha, idosa...
Não me sinto assim. A minha cabeça não acompanha a temporalidade da vida nem o envelhecimento do corpo, ao menos para mim. Continuo me vendo e me sentindo um "guri"!
Lembro do meu pai e de seus amigos que aos 50 já eram "velhos". Me parece que a maioria das pessoas ao atingir uma determinada idade adotam uma postura de senhores, sérios, responsáveis como que para impor um certo ar de respeito. Deixam bigode, mudam a vestimenta e pronto: viram senhores "maduros" rumo à velhice...na aparência. Se vestem de velhos e envelhecem.
Outro dia peguei no IPUF uma licença para Estacionamento em Vaga Especial. Está lá escrito no cartão: IDOSO!
Velho novo na praça |
Logo que retirei o cartão de IDOSO fui à Kibelândia mostrar o dito cujo para a minha amiga Cristina, proprietária do local. Cheguei dizendo que tinha um "novo velho" na cidade: Eu!
Ela riu. Achou muito engraçado eu ter feito aquela credencial para colocar no parabrisas do auto e me falou que o Soares, seu pai e meu grande amigo de muitos anos de Kibelândia, estava muito doente. Havia envelhecido e está hospitalizado.
Pensei nisso e comentei com a Tina:
- Pôrra, convivo com o Soares a mais de 40 anos e nunca o vi como idoso. Em que momento será que isso aconteceu?
- É Canga, a gente não se da conta do tempo. Tínhamos 20 anos ontem...
Fiquei pensando: que tempo louco esse!
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