quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Justiça traz à tona a pirâmide bilionária da SC-Parcerias

Com a indisponibilidade de bens de empresários e empresas catarinenses decretada pelo juiz Luiz Antônio Fornerolli, da 1ª. Vara da Fazenda Pública da Capital, começa a aparecer a ponta do iceberg de mais umas escandalosa operação financeira praticada no governo de Luiz Henrique da Silveira do PMDB.
      
   O bloqueio dos bens dos epresários Alberto Encimaas Lastra e Enrique Orge Miguel, da GDC Alimentos, e dos ex-diretores da SC-Parcerias Adriano Zanotto, Glauco Corte Filho e Álvaro Colle Casagrande, chega ao extraordinário valor de R$ 198.582.590,80, por quitação antecipada de dívida do Prodec para implantação de empreendimento agroindustrial.

   O plano
   No dia 9 de novembro de 2005 foi sancionada a lei nº13545 que autorizava o estado de Santa Catarina a trasnferir ou ceder à SC-Parcerias ativos de propriedade do estado como imóveis, bens móveis, direitos creditórios e participações acionárias.
   Feita a reengenharia financeira, a SC- Parcerias passou a ser proprietária dos recebíveis do Prodec, um programa de incentivo à Indústira e Comércio Catarinense.

   Como funcionava
   A coisa funcionava da seguinte forma: o Prodec postergava por 200 meses, com carência de 120 meses, o pagamento ICMS gerado por novos emprendimentos. Ao final desses prazos, os empresário começavam a pagar o ICMS postergado ao Fadesc (Fundo de Apoio a Empresa Catarinense) que era a estrutura financeira do Prodec. Feito isso, o Fadesc transferia os valores recebidos para a Secretaria da Fazenda.
   Com a transferência dos créditos do Prodec para a SC-Parcerias a coisa tomou outro rumo. A SC-Parcerias com uma quantidade bilionária de créditos na sua carteira se jogou no mercado. Começou a oferecer o famoso "deságio", também usado no famoso golpe das letras no governo Paulo Afonso, para quem antecipasse os pagamento.
   Muitos empresários embarcaram na canoa do "deságio". Só que a SC-Parcerias recebia o dinheiro e não dava baixa na Secretaria da Fazenda. Muito dinheiro ficou pelo caminho.    Os empresários, hoje, continuam individados com o estado. 

   Weg e Perdigão
   Dois casos de pagamento antecipado à SC-Parcerias que estão sendo investigados pelo Ministério Público envolve duas poderosas empresas catarinenses: a Weg S/A, maior fabricante de compressores do mundo e a Perdigão S/A, hoje pertencente a BR Foods.
   Os dois inquéritos foram instaurados na mesma data (14/8/2013), por supostas irregularidades na liquidação antecipada de contrato mútuo, firmado no âmbito do Prodec.



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