quarta-feira, 3 de setembro de 2014

As pausas da política

   Por Leal Roubão*

   Aproveitei a viagem de Luitz Willem da Siltzveira (tradução de LHS para o alemão) até Berlin, e fui à minha Lisboa querida.
   Na Europa, nossas campanhas políticas são mais aguerridas e melhor sabatinadas pela imprensa.
   Aqui no Brasil, especialmente em Santa Catarina, parece-me um tanto morna.
Estudei os últimos 70 anos da história catarinense e vejo que o período oposicionista já se passou. Hoje, a então Arena Jovem apresenta dois candidatos ao governo. Ao senado, apenas um filho e um enteado.
   O que foi oposição um dia, o MDB, depois do "P" de partido, PMDB, foi minguando e sofrendo alterações cutâneas. Tudo ficou casca grossa. A maioria se vendeu para a oligarquia local. Alguns até tentam trucidá-la, para ocuparem seu lugar e praticarem os mesmos atos. A propaganda do João Raimundo é fantástica. Fala de um "admirável mundo novo", onde o Ministério da Verdade é substituído pela Secretaria da Mentira. Nas duas chapas principais, 55 e 45, todos são amigos e traidores uns dos outros. Nas chamadas oposições, o que parece mais confiável, chama-se Janaína, uma senhora de número 54.
   Interessante que um estado tão moderno, produtivo e diversificado no cenário brasileiro, tenha apresentado candidaturas tão medíocres como em 2014.
Temos um burocrata-fazendeiro que não mostra suas vacas. E um contador, do outro lado, que não pode mostrar seu apartamento. Quando o eleitor não pode ver como e onde moram os candidatos do sistema vigente, é sinal de que o sistema está doente. Eles só podem mostrar o passado decente de seus pais.



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