Por Emanuel Medeiros Vieira
"Não coloqueis nos poderosos a vossa confiança.
São apenas homens nos quais não há salvação.
Quando se lhe for o espírito, ele voltará ao pó.
E todos os seus projetos se desvanecerão de uma só vez".
(SALMOS, 145-3/4)
O desmatamento diminuiria e seriam defendidos os índios, os quilombolas, a reforma agrária etc.
Sempre os "outros" fariam maldades, segundo a propaganda oficial.
Ganha a eleição.
O que faz?
Convida um BANQUEIRO para ser ministro da Fazenda. O homem do Bradesco não aceita, mas aceitam homens do chamado MERCADO.
E para o ministério da Agricultura? Chama alguém da Pastoral da Terra? Não. Chama a senadora Kátia Abreu, musa do agronegócio, que detesta tudo que refere-se a movimentos sociais, demarcação das terras indígenas, questão fundiária etc.
Ela era qualificada de direitista extremada pelos apoiadores da presidente. Estão em completo silêncio tais defensores.
Poderíamos chamar tal postura de ESTELIONATO ELEITORAL?
Poderíamos.
D. Tomás Balduíno - combativa e honrada figura - remexe-se no túmulo.
O insuspeito Jânio de Freitas escreve: "O primeiro movimento para o novo governo parece feito em marcha-ré".
O termo "estelionato eleitoral" foi escrito por Clóvis Rossi, que indaga: "Gostaria muito de saber se os colunistas e blogueiros que endossaram a propaganda dilmista farão agora o devido registro do que era uma empulhação". (...)
Poderia me alongar. Não vou.
E ainda reclamam quando as pessoas acham que foi tramada numa pocilga a política reles e mesquinha praticada no Brasil e alhures.
Não refiro-me à "polis" aristotélica - da cidadania, do respeito e da valorização do humano.
(Brasília, novembro de 2014)
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