Recontando os votos brancos,
nulos e abstenções nas eleições municipais
de 2016. No final das contas
não restou um fio de esperança.
O pleito eleitoral municipal de 2016 findou na maioria absoluta dos municípios catarinenses e brasileiros. Todos os analistas e comentaristas da mídia provinciana, no primeiro momento, elevaram o “espírito cívico” do eleitor catarinense, e, em falsete, a democracia representativa como legado de um Estado e País que soube amadurecer, dando solidez às instituições no marco da constitucionalidade.
Neste ano eleitoral, com novas regras impostas sem diálogo efetivo com a sociedade insatisfeita, indignada e desencantada com o quadro partidário, coligações e candidaturas, remanescentes dos “manifestos de junho de 2013” bradaram silenciosamente na “urna eletrônica” com elevado número de votos nulos e brancos, potencializados pelas abstenções crescentes.
Os ruidosos protestos das ruas, com manifestações exigindo transparência, combate a corrupção, melhores serviços públicos - nas áreas de educação, saúde, segurança e saneamento deixaram os representantes do outrora governo petista em estado de estupefação e nossa “canalha política” em silêncio sepulcral durante algumas semanas. As alegadas mudanças não aconteceram!!!
A campanha eleitoral de 2016 não empolgou!!! Os partidos políticos e suas coligações lançaram velhas figuras sem qualquer preocupação com o recado das ruas – renovar e mudar o modo de “fazer política”. As condições de financiamento, a estrutura dos partidos e tempo de exposição destronou a “soberana vontade geral”. O resultado não poderia ser outro, no primeiro turno, os grandes partidos mantem a hegemonia dos cargos no Executivo e Legislativo municipal, exceto o desmilinguido PT- Partido dos Trabalhadores e seus partidos satélites.
O atual momento político, com a repetida trucagem midiática, debates modorrentos e figuras sem lastro social, potencializa a cooptação das forças políticas, exacerba o pragmatismo político, calando as vozes dissonantes, elevando a espiral de cinismo cívico na classe política desprovida de qualquer espírito republicano.
Pobre republiqueta, no primeiro turno, o resultado apurado das urnas foi a desilusão e desencantamento. No segundo turno, os eleitores terão como resultado final, a hipocrisia de uma classe que não cansa de enganar incautos e ingênuos eleitores que acreditam que um voto lhes garantirá cidadania!!
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