domingo, 22 de julho de 2018

NICARÁGUA


por Emanuel Medeiros Vieira

O que é a vida? Uma ilusão,/uma sombra, uma ficção,/e o maior bem é pequeno;/que toda vida é sonho/e, os sonhos, sonhos são.” (Pedro Calderón de la Barca) – 1600-1681)
Povo comemora  o fim da ditadura Somozista há 39 anos
Clóvis Rossi  lembra que Fidel Castro declamou um trecho de peça de Pedro Calderón de la Barca nos festejos dos 50 anos do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), depois transformado em OMC.
   E o citado jornalista, falando da situação tenebrosa da Nicarágua, observa: “Ah, velho Fidel, que triste ver que os sonhos que sonharam parcelas significativas dos jovens latino americanos tenham sido soterrados por ditaduras”.

Em 1979, todos os democratas apoiaram a Revolução Sandinista que derrubou a sangrenta ditadura de Somoza.

   A atual e violenta repressão do “sandinista” (?) Daniel Ortega – que mudou de lado e optou por matar o seu próprio povo –, deixou ao menos 351 mortos em três meses de levante popular.
   Os estudantes chamam Ortega de novo Somoza.
   Ele – traidor da revolução – aliou-se “à fatia mais reacionária e corrupta da elite nicaraguense”.
   A Conferência Episcopal nicaraguense convocou um jejum de “explícito conteúdo político”.
   Os bispos dizem que será “um ato de desagravo pelas profanações realizadas estes últimos meses contra Deus” (alusão à tremenda repressão às manifestações – em geral pacíficas – contra o tiranete.
   Informa-se que o PT está apoiando a repressão do novo Somoza chamado Daniel Ortega.
   Custo a acreditar que um partido dito dos trabalhadores apoie regime tão brutal.
   O PSOL tem se manifestado abertamente contra a repressão do novo ditador.
   O secretário de Relações Internacionais da sigla, Israel Dutra, afirmou que Ortega “está se tornando o Assad centro-americano”.
   Os democratas de todo o mundo devem-se unir-se em favor do povo da Nicarágua que está sendo literalmente massacrado.
Nenhum homem é uma ilha.
(Brasília, julho de 2018)

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