Recém agora, final de 2018, o Ministério Público de SC vem a público denunciar o que este blog já sabia e havia publicado, em 2012, a respeito da "Indústria da Restauração da Ponte Hercílio Luz".
Aparece como novidade uma falcatrua que todo o povo de Florianópolis sabia e comentava abertamente.
Matéria de Ânderson Silva (NSC) finalmente toca no assunto, levantado pelo MPSC, que a imprensa ignorou esses anos todos.
MP pede bloqueio de R$ 230 milhões de empresários e servidores por obras da Ponte Hercílio Luz
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu à Justiça a indisponibilidade de bens de quatro empresas e oito pessoas - entre eles ex e atuais servidores do Departamento de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra) - para que seja ressarcido aos cofres públicos um montante de R$ 230 milhões por irregularidades nas obras da ponte Hercílio Luz, na Capital. A informação foi noticiada com exclusividade pelo jornalista Raphael Faraco, no Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, nesta terça-feira (18). Para a promotora Darci Blatt, autora da ação, aditivos liberados de forma irregular causaram “enorme prejuízo” ao erário.
O MPSC faz uma análise a obra a partir de 2006, e entende que os servidores e as empresas não cumpriram o contrato e ignoraram, propositalmente, a lei de licitações que limita os aditivos a 25% do valor total acordado. São alvo da ação os ex-presidentes do Deinfra, Romualdo França Júnior e Paulo Roberto Meller, os engenheiros do Deinfra, Wenceslau Diotallévy, Antônio Carlos Xavier, o ex-servidor Nelson Luiz Giorno Picanço, e a assessora jurídica do Deinfra, Lyana Cardoso.
As empresas citadas são Prosul, Concremat Engenharia e Tecnologia, Construtora Espaço Aberto, CSA Group, e os empresários Wilfredo Brillinger e Paulo Almeida. Leia matéria completa aqui
Matéria do Cangablog de 2012
Hercílio Luz: a indústria da restauração
Interditada em 1982 pelo governador Jorge Bornhausen, a ponte Hercílio Luz continua correndo risco de cair e tem gerado discussões acaloradas sobre a sua sobrevivência.
O processo de recuperação da ponte foi desencadeado em
11 de dezembro de 2001, quando o então governador Esperidião Amin
assinou, com o ex-ministro dos Transportes Eliseu Padilha a ordem de
serviço para a realização do projeto. O custo da restauração total era
estimado entre R$ 35 e R$ 45 milhões.
Até a chegada de Luiz Henrique da
Silveira (PMDB) ao poder em 2003, a ponte só comia dinheiro para a sua
manutenção. Daí o "gênio" LHS inaugurou a "Indústria da Restauração". Em
seus 8 anos de (des)governo Luiz Henrique encheu as burras com projetos
suspeitos e duvidosos para restaurar a o nosso grande "cartão postal".
No dia 24 de março de 2005, na "Casa do
Jornalista", Luiz Henrique apresentou um resumo do maravilhoso Projeto de Reabilitação da Ponte
Hercílio Luz. Ali mesmo foi estabelecido um prazo para o
lançamento do edital para a execução das obras de reabilitação da
Ponte.
No dia 15 de dezembro de 2005 o DEINFRA
iniciava a abertura do Edital de Concorrência Internacional n.º
24, no qual o consórcio formado pelas empresas ROCA e TEC foi o
vencedor do certame.
Em 17 de fevereiro de 2006 o consórcio iniciou a
execução do contrato PJ-015/2006, no valor de R$20.983.905,55 que executar a obra com fornecimento de materiais e insumos, de todos os serviços
necessários para a restauração, reabilitação e manutenção da
Ponte Hercílio Luz. O contrato terminaria no dia 05 de agosto de 2008 com a primeira fase da obra terminada.
Tudo isso esta no site do Deinfra onde também tem esta pérola que custou alguns milhões aos cofres públicos em projetos e estudos:
Bem, como está a Hercílio Luz a gente sabe. Decidiram agora desmontar a parte central da ponte e em uma operação desastrada acabaram afundando um dos pilares de concreto para sustenção da velha senhora!
Isso era apenas o começo do festival
de dinheiro, aditamentos e números que Luiz Henrique executaria durante
os seus últimos anos de governo. Logo pós o consórcio ROCA e TEC iniciar as obras outros R$9.810.170,61 foram investidos na contratação das empresas
consorciadas PROSUL e CONCREMAT.
Aparece aí, o nome da empresa PROSUL, que segundo se comenta tem políticos como "acionistas". A empresa, junto com a Concremat, ficaria encarregada do gerenciamento, coordenação, supervisão, controle de qualidade e apoio à fiscalização das obras de reabilitação da Ponte. Se a primeira etapa foi concluida totalmente e dentro das normas estabelecidas no contrato não se sabe. A Prosul deve ter esse relatório.
Aparece aí, o nome da empresa PROSUL, que segundo se comenta tem políticos como "acionistas". A empresa, junto com a Concremat, ficaria encarregada do gerenciamento, coordenação, supervisão, controle de qualidade e apoio à fiscalização das obras de reabilitação da Ponte. Se a primeira etapa foi concluida totalmente e dentro das normas estabelecidas no contrato não se sabe. A Prosul deve ter esse relatório.
Etapa II
Em 2007 o Deinfra publica novo edital de Concorrência Pública Internacional (número 044/07) para a fase final de conclusão das obras de reabilitação da Ponte Hercílio Luz. O orçamento básico para a licitação foi estimado em R$169.425.943,71.
No contrato da nova etapa, prevista para ser finalizada em 2012,seriam realizadas as seguintes atividades.
- Reforços das bases das torres principais;
- Reforços dos blocos de ancoragem;
- Reforços das fundações das torres dos viadutos;
Em 2007 o Deinfra publica novo edital de Concorrência Pública Internacional (número 044/07) para a fase final de conclusão das obras de reabilitação da Ponte Hercílio Luz. O orçamento básico para a licitação foi estimado em R$169.425.943,71.
No contrato da nova etapa, prevista para ser finalizada em 2012,seriam realizadas as seguintes atividades.
- Reforços das bases das torres principais;
- Reforços dos blocos de ancoragem;
- Reforços das fundações das torres dos viadutos;
- Troca das barras de olhal;
- Recuperação dos elementos estruturais do vão central e torres principais;
- Reformulação da pista de rolamento;
- Recuperação da passarela de pedestres existentes (Lado Norte) e contrução de outra - passarela para pedestre (lado Sul)
- Recuperação dos elementos estruturais do vão central e torres principais;
- Reformulação da pista de rolamento;
- Recuperação da passarela de pedestres existentes (Lado Norte) e contrução de outra - passarela para pedestre (lado Sul)
Tudo isso esta no site do Deinfra onde também tem esta pérola que custou alguns milhões aos cofres públicos em projetos e estudos:
"Em virtude dos estudos de viabilidade realizados para a instalação do metrô de superfície em
Florianópolis,constatou-se que a Ponte Hercílio Luz estará
habilitada para receber este moderno tipo de transporte."
Bem, como está a Hercílio Luz a gente sabe. Decidiram agora desmontar a parte central da ponte e em uma operação desastrada acabaram afundando um dos pilares de concreto para sustenção da velha senhora!
Na última agora o governo federal autorizou, via Lei Rouanet, que o
Estado capte mais R$ 64 milhões para recuperar a ponte. Alguém tem
dúvidas de onde vai sair a dinheirama? Acho que da Celesc, Casan etc...
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